Como os brilhos interiores e profundo do diamante, o interior do homem sempre deve haver o dobro do seu exterior. Há pessoas que são pura fachada, como casas sem acabar porque faltou dinheiro: têm a entrada de palácio e os aposentos de casebre. Não há onde descansar, ou tudo é descanso, porque depois dos cumprimentos se acaba a conversa. Podem impressionar com as saudações iniciais, mas imediatamente se convertem em silenciários, (os que ocupavam de guardar silêncio nos templos) pois onde não há uma contínua corrente de inteligência as palavras se esgotam. Enganam facilmente outros que também só têm aparência, mas não a astúcia. Esta olha o interior e o encontra vazio.
Baltasar Garcián - A arte da prudência
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