Esta é uma das primeiras regras da prudência. As grandes inteligências sempre deixam muito caminho livre antes dos momentos críticos: há muito que andar de um extremo a outro e elas sempre estão centradas em sua sabedoria. Só chegam a uma decisão depois de muito pensar, porque é mais fácil evitar o perigo do que se sair bem dele. Cada risco traz outro maior, conduzindo-nos à beira do precipício. Há homens imprudentes que, por temperamento ou nacionalidade, se encontram facilmente em situações difíceis. Mas o que caminha à luz da razão vai sempre muito atento, considera melhor não se arriscar do que vencer o perigo. Quando encontra um tolo imprudente, evita torna-se o segundo.
Baltasar Garcián - A arte da prudência
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