terça-feira, 22 de dezembro de 2020

A MERITOCRACIA É UM MITO QUE ALIMENTA AS DESIGUALDADES, DIZ SIDNEY CHALHOUB


Para historiador da Unicamp e de Harvard, a Universidade está preparada para as cotas étnico-raciais


Ao aprovar o princípio das cotas étnico-raciais, a Unicamp se alinhou às grandes universidades do mundo, como Harvard, Yale e Columbia, que adotam a diversidade como critério para o ingresso de seus estudantes. O pressuposto dessas instituições é que a diversidade melhora a qualidade. A afirmação é do historiador Sidney Chalhoub, professor titular colaborador do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp e docente do Departamento de História da Universidade de Harvard (EUA). Na entrevista que segue, concedida ao Jornal da Unicamp, Chalhoub salienta a importância das ações afirmativas como mecanismo de reparação e promoção de justiça social e contesta argumentos utilizados pelos críticos das cotas, como a necessidade de preservar a meritocracia. 

“A meritocracia como valor universal, fora das condições sociais e históricas que marcam a sociedade brasileira, é um mito que serve à reprodução eterna das desigualdades sociais e raciais que caracterizam a nossa sociedade. Portanto, a meritocracia é um mito que precisa ser combatido tanto na teoria quanto na prática. Não existe nada que justifique essa meritocracia darwinista, que é a lei da sobrevivência do mais forte e que promove constantemente a exclusão de setores da sociedade brasileira. Isso não pode continuar”, defende.


O historiador Sidney Chalhoub: “As razões históricas, sociais e filosóficas em favor das cotas justificam plenamente a medida. Não há futuro possível com esse perfil de desigualdade se reproduzindo ao longo do tempo. É uma missão de todos superar essa desigualdade”


Jornal da Unicamp – Quem tem medo das cotas étnico-raciais?

Sidney Chalhoub – Quando esse assunto começou a ser discutido no Brasil, ainda nos anos 1990, houve uma resistência grande entre intelectuais e acadêmicos que consideravam que a adoção desse sistema provocaria tensões raciais na sociedade brasileira. No entanto, o que se viu, conforme essas políticas foram sendo adotadas, primeiro isoladamente por algumas universidades estaduais, e depois em várias universidades federais, até que uma legislação federal sobre o assunto fosse aprovada, foi que as cotas foram muito bem acolhidas no interior das instituições. Hoje, o que se vê na Unicamp é a defesa das cotas pelo movimento estudantil. A defesa não está restrita ao movimento negro. A partir das experiências das universidades estaduais e federais, houve o entendimento de que a diversidade do corpo discente contribui para a qualidade acadêmica e para a produção de conhecimento nas universidades. Os que têm medo das cotas são os setores que têm tido acesso às universidades públicas e gratuitas como uma prerrogativa sua, de muitas décadas. São pessoas que vão a escolas particulares porque têm maior poder aquisitivo e que defendem a exclusividade de acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade. Esta é uma distorção grande na sociedade brasileira.


Entretanto, não é possível generalizar. Hoje você tem um contingente grande de estudantes da Unicamp que são brancos e de classes favorecidas e que também entendem a importância das cotas para promover a diversidade no corpo discente e para promover diferentes perspectivas a respeito dos assuntos abordados pela universidade. Esse novo contingente de alunos colocará em cheque vários hábitos da universidade. Vai forçar um questionamento a respeito da importância da existência da universidade pública, a quem ela deve servir e que tipo de conhecimento ela deve produzir. Essa experiência é muito bem-vinda. A resistência às cotas é mais barulhenta que generalizada. O país convive bem com a ideia das cotas. O engajamento dos estudantes da Unicamp em geral mostra a receptividade à ideia. As pesquisas de opinião mostram que a maior parte da população brasileira é favorável às políticas de ação afirmativa e o próprio Supremo Tribunal Federal aprovou por unanimidade a necessidade dessas políticas para combater o racismo e as consequências dele na sociedade brasileira.


JU – O princípio das cotas é um tema novo?

Sidney Chalhoub – Não. O tema está longe de ser uma originalidade brasileira. As melhores universidades do mundo, aquelas que a própria Unicamp utiliza como referência para qualificar suas atividades, adotam a diversidade no ingresso dos estudantes há bastante tempo. Harvard, Yale e Columbia, para ficar em três exemplos, adotam políticas agressivas de promoção da diversidade do corpo discente. Não fazer isso deixaria a Unicamp na contramão da história. A decisão do Conselho Universitário em aprovar o princípio das cotas foi muito bem-vinda.


JU – Correntes contrárias às cotas étnicos-raciais argumentam que esse tipo de política pode comprometer a qualidade do ensino, ao permitir o ingresso de estudantes “despreparados” na vida acadêmica. Como o senhor analisa esse tipo de justificativa?

Sidney Chalhoub – A primeira observação a respeito disso é que, como mencionei anteriormente, o pressuposto das grandes universidades do mundo é que a diversidade melhora a qualidade. Obriga a um contraste de pontos de vista. Enquanto a universidade existe como prerrogativa de uma mesma classe social, de uma mesma raça e dos mesmos setores, ela não se abre ao tipo de questionamento e de tensões que são criativas, oriundas da necessidade da convivência de grupos sociais e raciais com perspectivas diferentes. O segundo ponto é que, na prática, todas as pesquisas existentes demonstram claramente que o desempenho dos estudantes cotistas é igual ou superior ao desempenho dos não cotistas nas universidades estaduais e federais que adotaram esse tipo de política afirmativa. Isso é fácil de entender.

Ao contrário da propaganda maldosa que se faz, a adoção de cotas não tem nada a ver com a exclusão do mérito. Tem a ver com a utilização de critérios de seleção que promovam a competição entre estudantes que tiveram oportunidades educacionais semelhantes até o momento em que se candidatam ao ingresso na universidade. Dessa forma, os estudantes negros e indígenas que serão selecionados representarão uma fração dos que postularam uma vaga na universidade. Serão, portanto, os melhores entre eles. A tendência é que sejam ótimos alunos, tanto quanto os não cotistas. Por fim, a universidade evidentemente tem o desafio de lidar com eventuais dificuldades que existam entre os estudantes de modo geral. Tanto as dificuldades de origem socioeconômica quanto as acadêmicas e pedagógicas. Nada disso impede, porém, que a apolítica de cotas seja implementada. Essa é uma dívida das universidades públicas em relação à população afrodescendente. Obviamente, os programas de permanência estudantil são tão importantes quando a criação de oportunidades de ingresso. Esse é um desafio que a Unicamp terá que enfrentar.


JU – Numa das audiências públicas promovidas em 2016 pela Universidade para discutir o princípio das cotas, um professor universitário de origem indígena disse que os indígenas não querem mais ser apenas estudados pela academia. Eles também querem contribuir para a construção da ciência...

Sidney Chalhoub – Esses novos sujeitos que ingressam na universidade representam um deslocamento importante de negros, indígenas e populações pobres, que são objeto de estudos da academia, mas que raramente têm a oportunidade de se tornarem sujeitos do conhecimento. Isso também é uma experiência fundamental e epistemológica. Isso descentraliza o conhecimento e permite que perspectivas diferentes passem a fazer parte do cenário das universidades. Um assunto no qual a universidade é bastante carente diz respeito a uma reflexão conjunta sobre que tipo de conhecimento ela deve produzir e para quem são esses conhecimentos.

Será que o conhecimento que a universidade produz na área de energia, por exemplo, deve estar voltado às necessidades do mercado ou deve priorizar as necessidades de preservação do planeta? Até que ponto os conhecimentos gerados na área médica priorizam o bem-estar do conjunto da sociedade? O conhecimento de ponta pode ser produzido em várias frentes. A escolha de que frentes serão priorizadas é uma questão que precisa ser politizada na universidade. Não se pode partir do pressuposto de que o conhecimento deve necessariamente atender às necessidades do mercado. É preciso haver debate a respeito dos motivos pelos quais a instituição deve investir nesta ou naquela frente. Na minha opinião, o critério fundamental é produzir o bem-estar social. Esse é um tema que a universidade discute pouco.

JU – O senhor mencionou a questão do mérito numa resposta anterior. Correntes contrárias às cotas alegam que o modelo desconsidera a meritocracia, o que geraria injustiças. O que o senhor pensa a respeito desse tipo de argumento?

Sidney Chalhoub – O fundamental é questionar a ideia da meritocracia como um valor abstrato universal, que justifique a existência de alguma medida comum da aptidão e de inteligência da humanidade. Fica parecendo que a meritocracia partiu de uma definição abstrata, excluída das circunstâncias sociais e materiais de vida das pessoas. A universidade, sendo pública, é da sociedade inteira. O ideal seria que todos aqueles que tivessem condições intelectuais e interesse em entrar na universidade, obtivessem uma vaga. Como não há nenhuma perspectiva de que nossos políticos priorizem o acesso ao ensino universitário, é preciso fazer algum tipo de seleção. A seleção deve fazer com que a sociedade esteja representada no corpo discente da universidade. Não se pode ter somente uma determinada raça ou classe social na universidade.

Já que o ingresso não pode ser da maneira universal, que a sociedade esteja presente, então, por meio da representatividade. Esse foi o princípio aprovado pelo Consu. Não é possível que todos os candidatos entrem em competição pelas vagas como se tivesse havido uma igualdade ideal de oportunidade entre eles. Não se pode fazer com que o aluno negro, pobre e que estudou numa escola pública localizada na periferia de Campinas concorra em igualdade de condições numa prova padronizada com alunos cujos pais cursaram universidade, têm alto poder aquisitivo e tem alto acesso ao capital simbólico. É preciso que a universidade busque equilibrar essa disputa.

Desse modo, quando há reserva de vagas para negros e pessoas de baixa renda, a competição se dá entre eles, entre iguais. Então, não há exclusão do mérito. É uma maneira de ter o mérito qualificado pelas condições sociais e econômicas dos candidatos, e não uma competição que exclui alguns segmentos da sociedade desde sempre. Então, a ideia da meritocracia como valor universal, fora das condições sociais e históricas que marcam a sociedade brasileira, é um mito que serve à reprodução eterna das desigualdades sociais e raciais que caracterizam a nossa sociedade. Portanto, a meritocracia é um mito que precisa ser combatido tanto na teoria quanto na prática. Não existe nada que justifique essa meritocracia darwinista, que é a lei da sobrevivência do mais forte e que promove constantemente a exclusão de setores da sociedade brasileira. Isso não pode continuar.


JU – As cotas étnico-raciais constituem uma política de reparação ou de justiça social?


Sidney Chalhoub – As duas coisas. Se você pensar na história de São Paulo, onde a Unicamp está localizada, a prosperidade do Estado, principalmente a partir da expansão do café, na década de 30 do Século XIX, se deu por meio de duas ilicitudes praticadas pela classe proprietária de maneira abusiva durante décadas. Ela se beneficiou do contrabando de africanos. A lei brasileira de 7 de novembro de 1831 havia proibido o tráfico africano de escravos, mas a propriedade cafeicultora fluminense e paulista se formou por meio da continuidade do tráfico. Um contingente formado por 750 mil africanos foi trazido ao Brasil ilegalmente, em condições desumanas. Esses negros foram escravizados e seus descendentes também. Além disso, a formação da grande propriedade cafeicultora ocorreu através de invasão das terras. Trabalho e terras foram obtidos pela classe dominante ao arrepio da lei. Portanto, a reparação é uma questão que deve ser levada a sério. Se não for levada a sério do ponto de vista legal, que pelo menos seja levada a sério sob o aspecto da promoção de uma justiça social que é devida a essa população cuja presença no país se deu por meio de crimes cometidos pelos cafeicultores.

No caso de São Paulo, também se adotou políticas afirmativas em favor de imigrantes. No final do Século XIX, foram adotadas políticas para subsidiar a imigração de europeus brancos, italianos inicialmente. A vinda desses imigrantes era subsidiada pelo tesouro da Província de São Paulo e depois pelo Estado de São Paulo, o que favoreceu a adaptação dessas pessoas ao país. Tratou-se de uma política de inclusão social que jamais existiu para a população negra até recentemente. Portanto, já houve no Brasil a adoção de política de ação afirmativa para brancos europeus e seus descendentes. Dessa maneira, não há nada demais que se veja como reparação as políticas de cotas para negros e indígenas.

Além disso, é importante pensar que, no caso da população negra, quando houve uma aceleração no processo de emancipação escrava, nas duas últimas décadas da escravidão, ocorreu uma mudança na lei eleitoral, em 1881, que proibiu o voto de analfabetos, o que não existia antes. Isso, numa situação em que não havia escola primária para negros. Devido à falta de acesso à instrução, nas primeiras décadas após a emancipação, a população negra ficou excluída da política formal. Esse foi outro movimento importante de desvantagem dessa população na luta por direitos na história do país. Eu entendo que as pessoas esbravejem quando perdem privilégios. Mas as razões históricas, sociais e filosóficas em favor das cotas justificam plenamente a medida. Não há futuro possível com esse perfil de desigualdade se reproduzindo ao longo do tempo. É uma missão de todos superar essa desigualdade.

JU – Aproveitando essa reflexão, o quão prejudicial tem sido para o Brasil essas posturas vinculadas à nossa herança escravocrata?

Sidney Chalhoub – Quando as pessoas se espantam ao constatar que a corrupção no Brasil está tão generalizada, isso é pura ignorância histórica. Como eu citei, o maior exemplo de corrupção na história do país talvez tenha sido a importação ilegal de centenas de milhares de trabalhadores por meio do tráfico africano. Isso no período de formação do Estado nacional, nas décadas de 20 e 30 do Século XIX. Esse Estado se organizou em grande medida para defender os interesses dos contrabandistas e dos cafeicultores. A corrupção está no cerne da formação do Estado brasileiro. Qualquer solução simplista e messiânica para esse problema não faz sentido. É preciso reconhecer a complexidade da questão, o que pode levar a sociedade brasileira a superar essa corrupção crônica que existe no país. Isso tem a ver com a escravidão. A escravidão foi, insisto, a pedra de toque da formação do Estado nacional. A corrupção é capilar na sociedade brasileira e essa capilaridade esteve ligada à própria escravidão no Século XIX.



Alunos, funcionários e integrantes de movimentos sociais acompanham, em frente ao prédio da Reitoria da Unicamp, a sessão do Conselho Universitário que aprovou o princípio de cotas étnico-raciais, no último 30 de maio 

JU – No contexto da aprovação do princípio das cotas étnicos-raciais, a Unicamp anunciou a criação da Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade. Qual a importância dessa instância para promover a reflexão sobre esses aspectos que o senhor abordou?

Sidney Chalhoub – As cotas vão envolver muitas coisas. Vão envolver mudanças curriculares, para que as disciplinas ligadas à história do racismo e do pensamento negro e indígena sejam disseminadas, de maneira que se reconheça a densidade desse tipo de conhecimento. Há uma série de movimentos que apontam para uma receptividade em relação às cotas. Mas é preciso ser vigilante. Haverá tentativas de fraudes no vestibular. Haverá tentativa de agressões gratuitas, como a do professor da Medicina, que felizmente não representa o pensamento da comunidade da faculdade. É preciso ter acompanhamento desses assuntos. É preciso acolher os ingressantes, oferecer condições para que a inclusão ocorra de fato e fazer com que o conhecimento que essas pessoas trarão à universidade seja reconhecido e disseminado. Tudo isso exige um acompanhamento próximo. Desse modo, a criação da secretaria, que terá essa atribuição, é bem-vinda.

O Brasil está pronto para as cotas. A Unicamp está pronta, sim, para adotar as cotas. E a comunidade está mobilizada nesse sentido. Acho que a nova gestão da Reitoria, que herdou a discussão da gestão anterior, começa muito bem, inclusive para tentar assegurar a governabilidade num momento difícil da universidade, ao abraçar uma causa que é bastante popular entre os estudantes, funcionários e grande parte dos docentes. O Consu, que é o parlamento da universidade, já aprovou. Resta aplicar a política da melhor forma possível e assegurar a permanência estudantil. Daqui a poucos anos, teremos finalmente médicos, engenheiros, físicos, historiadores e biólogos de alto nível formados numa das melhores universidades do país. Pessoas que servirão de exemplo e inspiração para a transformação da sociedade brasileira em uma sociedade racialmente mais justa.






quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

SÉRGIO MORO O DR. CRÁPULA ANTIBRASILEIRO


O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro foi contratado pela empresa de consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, na função de sócio-diretor para a área de Disputas e Investigações, informou a companhia em nota oficial neste domingo (29/11/20).

Entre os principais clientes da empresa, está a Odebrecht, uma das construtoras mais afetadas pela Operação Lava Jato no Brasil e em toda a América Latina. Moro era o juiz responsável por julgar as denúncias contra a companhia e seus diretores.

A contratação de Moro está alinhada com o compromisso estratégico da A&M em desenvolver soluções para as complexas questões de disputas e investigações, oferecendo aos clientes da consultoria e seus próprios consultores a expertise de um ex-funcionário do governo brasileiro”, diz a nota publicada no site da consultoria.

O sócio-diretor da A&M e responsável pela área de investigações na América do Norte, Steve Spiegelhalter, afirma ainda que “a experiência de Sergio como ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, somado à sua extensa bagagem em anticorrupção, crime do colarinho branco e lavagem de dinheiro, contribuirá para solucionar os problemas dos clientes”.

Já Moro fala no comunicado que está “ansioso” para “contribuir para o legado da empresa de impulsionar a mudança e ajudar clientes a resolver desafios atuais e antecipar os futuros” e que “o modelo integrado da A&M e o grupo de líderes com prévia atuação em funções governamentais e regulatórias reflete minha própria experiência e cria uma base sólida para fornecer soluções em todo Brasil, América do Sul e outros países”.

O ex-juiz da Lava Jato ficou conhecido nacionalmente por sua forte atuação jurídica durante toda a operação e, por isso, foi alçado à posição de ministro no governo de Jair Bolsonaro. No entanto, após uma suposta interferência do mandatário nas nomeações da Polícia Federal, Moro deixou a função de ministro. (ANSA).

Minhas considerações:

Bom dia, amigos/as

Realmente fiquei embasbacada (em se tratando de Brasil, não deveria) com o anúncio que liga ainda mais os pontos da perversidade político cultural que envolve o Brasil.

Vamos fazer de conta que um marciano veio à Terra, resolveu escolher o Brasil para estudo humano e após análises fez o seguinte questionamento:

Como é possível e vcs permitem????!

Vamos lá, breve resumo.

Um juiz federal de 1a instância em Curitiba, chama pra si a competência de um suposto crime ocorrido em SP.

Não há ligações que permitam isso pois o acusado já não é mais funcionário público (presidente) quando do cometimento do suposto crime.

O ministro do STF que iria supostamente declarar a incompetência do juízo morre misteriosamente num acidente de avião.

Esse juiz de 1a instância autoriza um "grampo" telefônico que pega a presidência da República, portanto ilegal.

Divulga para a mídia esse vazamento da conversa envolvendo a presidência da República com o intuito de impedir a nomeação do investigado para o cargo de ministro.

Um ministro da suprema corte defere uma liminar impedindo a nomeação que é ato EXCLUSIVO da presidência da República.

Esse mesmo juiz ordena a condução coercitiva (espetaculosa e circense) do investigado que SEQUER havia sido intimado, com cobertura midiática.

A então presidenta é impedida por um golpe midiadico parlamentar com aval jurídico (um grande acórdão nacional com supremo, com tudo - dizia um dos "roteiristas" desse golpe).

O réu é acusado de receber um triplex como propina.

Leo Pinheiro (então presidente da OAS) é preso preventivamente.

Em seu depoimento, Leo afirma que o triplex nunca foi do réu pois ele pertence a OAS.

Os advogados da OAS, escritório Alvarez&Marsal, mostram documentos que provam a inocência do réu Lula.

O juiz não aceita esse depoimento.

Meses depois, após muita pressão, Léo altera seu depoimento, faz acordo de delação premiada, e fala o que o juiz queria ouvir.

O juiz orienta a acusação o tempo todo, inclusive indicando o que acha relevante como produzir "provas".

O réu é condenado (em tempo recorde) afinal o operação tem que acompanhar a agenda política.

Nos embargos de declaração opostos pela defesa contra a sentença, o juiz acaba confessando, sem querer, que a sentença não tem nada a ver com a denúncia!!!H

Hã?? Como assim?????

Isso mesmo.

Em apelação o TRF desconsidera isso e (em tempo super recorde, lembram da agenda política, né) não somente confirma a sentença como, pasmem, aumenta a pena se fundamentando em crime que não consta na denúncia e sentença.

Esse réu, diga-se de passagem, era líder nas intenções de voto em todos os cenários apresentados.

Esse juiz (de férias) interferiu num HC deferido por um desembargador em favor do réu.

Esse juiz, nas eleições de 2018, liberou uma delação (Palocci) que o próprio MPF desconsiderou por ser infundada e sem nenhuma prova.

O candidato apoiado pelo réu crescia nas pesquisas, tanto é que chegou no segundo turno.

Tribunais superiores ordenaram que essa delação fosse excluída dos autos. (Após a eleição, claro)

Um dia após a vitória do atual presidente, esse convida o juiz de primeira instância para o cargo de ministro da justiça, fato que ele aceita de imediato.

Após perceber que apenas fora usado pelo presidente apenas para aproveitar o apoio de seus apoiadores e que não estava pra ser descartado por esse presidente, resolve romper e sair atirando.

Não deu muito certo pra ele.

Agora esse ex juiz e ex ministro, vira sócio diretor do escritório Alvarez&Marsal (sim, aquele mesmo lá atrás que defendia o Léo Pinheiro) que é o administrador judicial das empresas Odebrecht e OAS , dentre outras quebradas pela Lava Jato, para atuar como consultor gestor dessas empresas que ele próprio ajudou a quebrar.

Sim, a força tarefa da LJ não se preocupou com o impacto financeiro e demissões e quebradeira que suas ações teriam.

Em qualquer país civilizado, EUA inclusive, preservam-se as empresas e punem-se os corruptos. Aqui não.

Quebraram o setor de construção civil pesada brasileiro que era o maior concorrente do americano.

Sim, e o escritório Alvarez&Marsal é americano que defende interesses americanos!



Como explicar isso ao marciano? ???????!!!





segunda-feira, 30 de novembro de 2020

GUILHERME BOULOS 🎂🇧🇷🏆

Covas pode ter ganho em SP, 
mas BOULOS ganhou no Brasil


Quem é Guilherme Boulos?

Boulos nasceu na classe alta paulistana, filho de um famoso médico e médica infectologistas e professor da USP.


Mas escolheu o caminho de andar ao lado dos pobres, em especial na defesa dos que não tem um teto para morar. 

Deixou a nobre zona oeste paulistana para morar na periferia. É professor e mora com a esposa e duas filhas numa casa simples. 

É gente como a gente. Um cara capacitado, com formação acadêmica, conhecimento, e experiência popular. Sabe o que o povo passa porque vive no meio dele, no nosso meio.
Vai Boulos!! 

#Boulos50


Uma análise política pós eleições 2020

Algumas considerações: 
  1. Os Partidos de centro foram os maiores vitoriosos das eleições;
  2. Bolsonaro foi o maior derrotado;
  3. O Partido dos Trabalhadores precisará repensar a forma de fazer política. Não venceu nenhuma capital, encolheu o número de prefeituras e perdeu o protagonismo;
  4. Boulos já venceu só por ter passado para o segundo turno. Mas ainda está no começo de sua trajetória e com certeza sai muito fortalecido para o campo progressista;
  5. PDT e PSB na formação de frente alternativa de centro esquerda foram grandes vitoriosos;
  6. Venceram em importantes capitais e fizeram mais de 350 prefeituras. 
  7. A esquerda não tem chances de vencer uma eleição majoritária federal sozinha. Nem com uma “frente ampla Pura”. Só terá alguma chance se encontrar uma alternativa pelo centro, qual alternativa? Veremos o xadrez que será feito até 2022. 
  8. Duas forças estão disputando o Campo Progressista: Ciro x Lula. 

Façam suas apostas! 
No Rio derrotaram Crivella!!! 
Amém! 🙏



sábado, 28 de novembro de 2020

Maradona viveu 200 anos em 60.

Quem escreveu disse tudo! 
Dom Diego Maradona foi é e será eterno ídolo e lenda do mundo do futebol. 

Gente chata, certinha, eticera e tal além de ser sem graça é chatoooooo pra caramba e não faz sucesso com pessoas legais e reais ... hehehe

Roberta Carrilho

“Não entendo porque os brasileiros não amam o Pelé como os argentinos amam o Maradona. Brasileiro e a sua de mania de não saber valorizar seus ídolos”

Vamos lá: 
Pelé usa drogas? Não.
Pelé bebe? Não.
Pelé faz dancinha? Não. 
Pelé dá dedo do meio? Não. 
Pelé beija outro homem na boca? Não.
Pelé envenenava jogadores adversários? Não. 
Pelé já fez gol de mão em copa? Não.
Pelé tem uma igreja só pra louvarem ele? Não. 

Qual é a graça do Pelé então fora dos gramados? 
Não bebe, não fuma, não cheira, não transa mais... 

Nem reconhecer a própria filha ele foi capaz. 

O cara é tão CHATO que um fã chamou ele de “foda” e ele ainda ficou puto e disse que não era pra chamá-lo assim porque falar palavrão é feio. 

Vai se fuder! Que cara sem graça!

E eu ainda completaria : Pelé é fã de um certo presidente (inominável) e Maradona tem até tatuagem do Che Guevara ! 😜

terça-feira, 24 de novembro de 2020

GASLIGHTING (manipulação psicológica e social)

O termo se origina na manipulação psicológica sistemática de uma vítima por seu marido na peça de teatro de Patrick Hamilton de 1938, Gas Light, e nas adaptações para o cinema lançadas em 1940 e 1944.

Na história, o marido tenta convencer sua esposa e outras pessoas de que ela é louca manipulando pequenos elementos de seu ambiente e insistindo que ela está errada, lembrando-se das coisas incorretamente ou delirando quando aponta essas mudanças.

O título da peça alude a como o marido abusivo lentamente apaga as luzes de gás em sua casa, enquanto finge que nada mudou, em um esforço para fazer sua esposa duvidar de suas próprias percepções.

A esposa pede repetidamente ao marido que confirme suas percepções sobre as luzes que estão diminuindo, mas, desafiando a realidade, ele continua insistindo que as luzes são as mesmas e, em vez disso, é ela quem está enlouquecendo.

Estamos vivendo em um estado perpétuo de iluminação a gás. A realidade de que a mídia nos diz é totalmente diferente do que vemos com nossos próprios olhos. E quando questionamos a falsa realidade que estamos sendo apresentados, ou afirmamos que o que vemos é essa realidade real, somos simplesmente loucos.

Sófocles disse: 

"O que as pessoas acreditam prevalece sobre a verdade."






segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Aula 1 Semana Acorde o Seu Sonho

Eu sou fã deste homem lindo, sensível, inteligente, tesão, charmoso, tudibão. Ele reúne tudo que eu considero atraente em um homem ALLAN CASTRO a voz do verbo


Tenho sonhos eróticos com ele. ❤️🙋🏻‍♀️🥰🤗🦁🔥

domingo, 25 de outubro de 2020

TOMARA por Vinicius de Moraes



Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais



Maria Bethânia 






quinta-feira, 22 de outubro de 2020

DESEJO PÓSTUMO - ROBERTA CARRILHO

Eu quero que fique registrado aqui no meu blog a minha decisão-vontade que eu Roberta Carrilho sou doadora universal de todos os meus órgãos e tecidos que puderem ser retirados para salvar outras vidas. Não quero velório e nada de despedidas porque será só a morte de um corpo. Estarei livre! O resto se for possível quero ser cremada e colocada numa urna biodegradável (abaixo) com sementes de árvores e ser plantada na cidade de Tiradentes/MG.
Quero que minhas cinzas sirvam de adubo para sementes de uma linda, frondosa e resistente árvore num lugar perto da Igreja Matriz de Tiradentes/MG (localização só pra quem eu pedi pra o Joãozinho Corrêa informar); quero ficar lá em cima nas montanhas (reserva ambiental), crescendo ao vento, cercada de montanhas e perto das estrelas. 
Não quero que nenhum parente de 1º até o 4º grau tenham acesso aos meus restos ou localização dos mesmos. Não permito que meus irmãos biológicos e nenhum filho ou agregados dos mesmos possam se aproximar do meu corpo (exceção José Victor dos Reis Carrilho e Fabinho dos Reis). 
Não quero falsidades nestes últimos momentos da minha passagem nesta existência. Não quero nenhum tio, tia do lado paterno (exceção: Tia Angela) ou materno (exceções: Zélúcio, Adalgisa, Rogério e Teresa, Alice Helena). Também não quero primos ou primas (exceção: Elemara e Fernanda). 
A parantela estão todos proibidos de chegarem perto de mim ou do que restar. Continuem suas vidinhas individualistas, egocêntricas e falsas pra lá. Não quero e nem preciso desse cinismo familiar para conveniências sociais. Nunca foram pessoas que se importaram ou foram qualquer coisa para mim... não quero que eles passem recibo de família ou de pessoas boas e amorosas. Eles não são!!! 
Família uma ova!!! Farsa pura. 
Se minha avó paterna Angelina estivesse viva teria vergonha dos filhos que ela deixou aqui na Terra. Um bando de pessoas fake news e de aparências. Quase todos túmulos caiados. Coitada! Deve estar muito triste com resultado desta ninhada de filhos já que me disseram que ela era muito amorosa, humana, empática e generosa. Quanto a avó materna Alice dizem que era uma peste então filhos de peixe, peixinhos são. Mas, porém, sobraram só 2... Família com genética ruim (câncer é mato)  morrem cedo abaixo dos 60 ou 50 anos. 
São todos individualistas, interesseiros, falsos, egoístas que eu desprezo. 
Também não quero que a família amaldiçoada do Haroldo Kennedy e principalmente ele chegue perto de mim e muito menos que saibam onde ficarão enterrados ou depositados meus restos mortais. 
Filhas! Maria Eduarda CARRILHO ou Maria Tereza CARRILHO pelo menos desta vez sejam filhas e façam o que eu desejo. Outra coisa espero que o João Antônio Corrêa Filho escolha um tipo de árvore bonita que lembre a minha personalidade (ele vai escolher), inspirado o tipo da árvore com o meu eu enquanto ser único criada por Deus entre as que eu postei abaixo.  
Ah! Se der avise aos meus amigos mais chegados como José Geraldo Ferreira, Cícero Couto, Francisco Alvarenga (Zu BH), Josemary Ferreira, Carlos Alberto Faustino, Maria Luiza Ordones (Malu), Nana Gontijo, Vander Reis, Guilherme Cardoso, Dr Iris José Almeida, Marcelo Martins Corrêa, Ana Maria Maia (Aninha do Cruzeiro), José Maria Miguel (Zé das verduras), Família Azevedo, Andreia Serrano, etc (todos estão no meu face ou celular. O login e a senha estão na última folha da minha cadernetinha da Carmem Steffens que fica na bolsa ou Maria Tereza sabe) e já está bom... sem muitas frívolas e chororó. Tenham paciência!! 
Quanto ao lugar em Tiradentes deixa para João Antônio Corrêa Filho escolher ele vai saber achar um local bem bonito...
Eu estarei livre... qual é o motivo de tristeza?Têm que ficarem alegres por mim ou por vocês que não querem responsabilidades, compromissos ou trabalho num era isso que vcs queriam de fato... ora bolas!
Livre estou!!!! 
Filhas por favor façam a minha vontade!!!! O corpo é meu e quero que ele seja útil para outras pessoas e também que eu possa devolvê-lo à Terra como adubo, que seja algo útil. É um ato de gratidão por ela ter me recebido ofertando uma oportunidade de vida (mais uma vez) nesta atual existência como:

Roberta Carrilho
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Quando você comunica a sua família e aos amigos que é um doador de órgãos, você facilita o processo de transplantes e pode salvar muitas vidas. O milagre da vida pode estar na sua decisão.

Eu sou uma doadora de órgãos! 
Roberta Carvalho Carrilho 
OAB/MG 172165


Saiba mais sobre a campanha Doar é Legal: 



MINHA URNA

Urna biodegradável enterra as cinzas 
de morto e germina uma árvore



Nada mais simbólico do que, após a morte, uma pessoa (ou suas cinzas) ser enterrada e voltar à natureza. Para evidenciar ainda mais este simbolismo, os designers espanhóis Martín Azúa e Gerard Moliné criaram a Urna Bios, uma pequena caixa em forma de cone que pode abrigar cinzas humanas e, quando enterrada, dá inicio a uma outra vida.

É que dentro de cada urna há uma semente de planta que é escolhida pelo freguês… antes de morrer, claro! Poucos dias depois de enterrada, a planta começa a germinar e a crescer, marcando claramente o novo lugar que o antigo corpo ocupa na terra. De acordo com o site de Azúa, “a Urna Bios reintegra o homem ao ciclo de vida natural. É um ritual laico de regeneração e volta à natureza”.

Esta proposta de reintegração, é claro, não poderia prejudicar o solo. Por isso, a Urna Bios é feita com casca de coco, celulose e turfa – um material de origem vegetal – e pode se desintegrar na natureza sem impactá-la.

Você apostaria nesta forma de vida após a morte?

Quer saber mais sobre a sustentabilidade da morte? Abaixo, estão listadas várias reportagens bacanas sobre o assunto, produzidas por nós e pela revista Mundo Estranho, parceira do nosso movimento. Tem até um infográfico que explica as vantagens ecológicas da cremação.



Leia também:

Modelos de árvores que eu quero ser depois que eu desencarnar: gosto de todas 


AMARILIS PAXINI AIRES



PAU FERRO (Caesalpinia ferrea)



GAMELEIRA



ABRICÓ DE MACACO (Couroupita guianensis)



CARRAPETA (Guarea guidonia)



FEDEGOSO (Senna macranthera)




FIGUEIRA BRANCA (Ficus guaranitica)



IPÊ AMARELO (Tabebuia vellosoi)



IPÊ BRANCO (Tabebuia roseo alba)






PAU BRASIL (Caesalpinia echinata)




JABUTICABEIRA (Myrciaria cauliflora)


OITI (Licania tomentosa)



PAINEIRA (Chorisia speciosa)



JACARANDÁ (Dalbergia nigra)









PS1. Fica autorizado por mim através do meu blogger que João Antônio Corrêa Filho poderá se caso ele quiser solicitar o ressarcimento de todas as despesas com minha cremação, urna biodegradável, plantio, etc através do meu quinhão hereditário seja do inventário da minha genitora ou genitor, inclusive requerendo juridicamente se assim for pra fazer valer seu direito e minha vontade. 

PS2. Caso minha filha Maria Eduarda ainda se identificar como uma clebicar ela automaticamente fica proibida de ter qualquer acesso ou notícia de mim ou dos meus restos mortais. Não a reconheço como filha. Jamais! Se ela for uma CARRILHO e assim se comportar poderá ter acesso. 

Investigue nas suas redes sociais e se ela utilizar só o clebicar e não o meu CARRILHO e também 2 exigências são necessárias no caso dela em específico: 

1a. exigência: se não tiver usando CARRILHO como sobrenome não é minha filha;

2a. exigência: se ela estiver mantendo contato ou vínculo com parentes Clebicar Levenhagen (todos, exceção o genitor dela - Haroldo Kennedy :/). Porém, confere por favor se tiver principalmente DORA, LUANA, ALICE, RAUL, CAROLINA E SEUS FILHOS FERNANDO E FILIPE) qualquer contato ou vínculo familiar com esses Clebicar's não autorizo  repassar nada sobre mim e nem deixe que ela chegue perto de mim viva ou morta. Nada! 

Eu a renego como filha que eu gestei e pari. Não tenho filha Clebicar com amizades com estes demônios. 

PS3. CARRILHO e Clebicar-Levenhagen  não devem-se misturar. Hoje, ontem, nunca! Eu aprendi tardiamente com o sofrimento que eles me fizerem sentir. Infelizmente conheci essas pessoas nesta vida. Nunca mais quero que nas futuras meu caminho cruze com ninguém deles. 

Rogarei misericórdia a Deus pra me libertar desta maldição que eles vivam bem longe de mim se possível continentes diferentes sem qualquer possibilidade de reencontro. Não quero mais! 

Os Clebicar e Levenhagen's são famílias ou clãs amaldiçoados e não são bem-vindos nada que tenha eu ou alguma relação comigo, seja de perto ou de longe. São meus inimigos 'ad eternum'. Demônios bestais. Odeio! 

Roberta Carvalho Carrilho



segunda-feira, 17 de agosto de 2020

CHICO XAVIER O APÓSTOLO DO BRASIL - POR QUE SOU ESPÍRITA KARDECISTA?


em processo evolutivo... 
Roberta Carrilho



EU SOU ESPÍRITA (KARDECISTA), ESTA RELIGIÃO ME EXPLICOU quem sou, de onde vim, para onde vou e o que estou fazendo neste Planeta.

ELA ME ENSINOU QUE preciso olhar para dentro de mim, me compreender para poder compreender o próximo. Pois, se eu tenho meus conflitos, falhas, erros, dificuldades, defeitos, com certeza, todos que convivem comigo neste mundo, também tem. Estamos todos na luta, numa guerra interior, brigando conosco mesmo para corrigir estas falhas.

ENSINOU QUE LIVRE ARBÍTRIO não é propriedade minha, mas de todos, por isso devo respeitar quando alguém pensa e age diferente de mim. Não tenho o direito de impor nada a ela. E quando uso mau este livre arbítrio haverá uma consequência que terei de reparar nesta ou na outra encarnação. O plantio é livre mas a colheita obrigatória.

Que tenho direitos, mas tenho também OBRIGAÇÕES e que meu direito acaba quando começa o do próximo.

QUE TODAS AS RELIGIÕES SÃO BOAS e, consequentemente, devo respeitá-las porque gosto que respeitem a minha.

QUE A SALVAÇÃO NÃO DEPENDE DA RELIGIÃO, mas da prática da caridade conosco e com o próximo.

QUE O PRÓXIMO é qualquer pessoa que convive conosco neste Planeta, seja ele de outra religião, de outra raça, heterossexual ou homossexual, rico ou pobre, branco ou negro, etc., Enfim, devemos ajudar e conviver bem, respeitando, sem preconceito.

Que CARIDADE não é só a esmola, mas também a tolerância, a paciência, o abraço amigo, a mensagem consoladora, a visita ao doente, uma prece, etc etc etc.

QUE SER CRISTÃO vai além de cultos externos, de rótulo religioso, de declarações de amor vazias sem a prática dos ensinamentos do Cristo, enfim, que a Fé sem obras é morta.

ENSINOU que O JESUS DO ESPÍRITA não é visto apenas com interesse de pedir, mas de ensinar e que serve de GUIA e MODELO a ser seguido.

Com esta compreensão de saber que cada um está num grau de evolução...

Que todos temos um passado reencarnatório.

Que está presente nesta encarnação...

Que estamos resgatando e reparando erros...

Que convivemos na família com afetos e desafetos para aprendermos a AMAR, para nos reconciliarmos e perdoarmos, ME ALIVIA e DÁ FORÇAS para seguir em frente buscando ser hoje melhor do que ontem E TENTAR SER AMANHÃ MELHOR DO QUE FUI HOJE.

( )


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

LUTE COMO UMA LETÍCIA






Eis que me deparo com os seguintes comentários:

"Vagabunda".
"Bicho Grilo sem noção....fora daqui PTista ridícula".
"Bem feito para essa filha da puta".
"O que esta vaca foi fazer ai??? Vai defender a Dilma sua FDP".
"Petista Comunista e ordinária..."
"Puta vadia".
"Rabicho forrado com a Lei Rouanet, grande hipócrita!"
"Bem feito. Escorraçada. Mereceu".
"Mulher ridícula, sem noção e mercenária....Vai de retro!"
"De uma personalidade cínica, arrogante e prepotênte... Essa tal de Letícia Sabatela foi provocar os brasileiros do bem, hoje,na praça Santos Andrade... não apanhou por muito pouco... Vamos comprar uma passagem só de ida para para ela,para Cuba..."


**** As frases acima foram reproduzidas dos comentários publicados em posts públicos na página de um dos agressores da atriz, Gustavo Guga Abagge. Os demais agressores também já foram identificados. ****


RITA LEE- mais uma vez, dizendo muito!




“Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não ser mais Virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos Bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.


Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico. O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente, esqueceu, morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas. Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba. Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem iirresistíveis diante dos homens. E, com isso,Barbies de fancaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima.

Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composto de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.

Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência. As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.

É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos. Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas.

São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.

Nem toda feiticeira é corcunda. Nem toda brasileira é só bunda.

Rita Lee