quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A LEI DO CAMINHÃO DE LIXO - Arnaldo Jabor

Adorei!! 
Mais uma crônica fantástica de Jabor.

Eu tento praticar esta lei na minha vida todos os dias... 
é a minha lei de melhor viver ou conviver.

Mas... têm dias que eu me dou o direito de ser ser humano mesma
com todas prerrogativas inerentes ao termo, como por exemplo:
xingar, brincar, ri, chorar, acertar, errar, ter medo, ter audácia,
colocar um ponto final nas relações (todas elas sem distinção) 
que começam a ter muitas vírgulas.

E, assim, vou seguindo meu caminho.(risos!)
Simples... eu sou assim!!!
Humana demais em todos os sentidos sejam positivos ou negativos. 

Eu sou gente!!!
Roberta Carrilho


ADEUS NOVEMBRO
  DOCE NOVEMBRO

SEJA BEM-VINDO DEZEMBRO!!!
Caminhão de lixo!!!

Um dia peguei um táxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando um carro preto saiu de repente do estacionamento, direto na nossa frente.

O taxista pisou no freio bruscamente, deslizou e escapou de bater em outro carro... foi mesmo por um triz!

O motorista desse outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente, mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigável.

Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro, a nós e quase nos manda para o hospital?!?!'

Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo."

Ele me explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo.

Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, de raiva, traumas e desapontamento.

À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar e às vezes descarregam sobre a gente.

Nunca tome isso como pessoal.

Isto não é problema seu! É dele !!!

Apenas sorria, acene, deseje-lhes sempre o bem, e vá em frente.

Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.

Fique tranquilo... respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR.

O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragar o seu dia.

A vida é muito curta, não leve lixo com você !

Limpe-se dos sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustrações.

Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.

A vida é dez por cento do que você faz dela e noventa por cento da maneira como você a recebe !!!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

VERSOS SOLTOS - Fabrício Carpinejar





“Não há quem não feche os olhos ao comer, não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita, não há quem não feche os olhos ao beijar, não há quem não feche os olhos ao abraçar. Fechamos os olhos para garantir a memória da memória. É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima, no avesso das pálpebras. Concentramo-nos para segurar a dispersão, para segurar a barca ao calor do remo. O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio. Os cílios se mexem como pedais da memória. Experimenta-se uma vez mais aquilo que não era possível. Viver é boiar, recordar é nadar. Escrevo na água, no vento da água. O passado sem os olhos fechados é como uma roupa enrugada. Sem corpo. Sem as folhas dos plátanos.”

domingo, 25 de novembro de 2012

FRASE DO DIA INTERNACIONAL DO COMBATE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. DIGA NÃO A VIOLÊNCIA!!!



HOJE É 25 DE NOVEMBRO: DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

É PRECISO DIVULGAR...
É PRECISO PREVENIR AS PESSOAS DE QUEM 
SÃO ESTES OMENS (SEM 'H' MESMO) COVARDES!
CUIDADO! MENINAS, MULHERES!!!COM AQUELE DESCONHECIDO
QUE PARECE EDUCADO, TÍMIDO, SIMPÁTICO, ETC. 
ELE FICA TIRANDO FOTOS SÓ DE MULHERES ... 
É UM ATRATIVO QUE ELE USA PARA PEGAR MULHERES DESAVISADAS
E DEPOIS ESPANCAR!

Olha bem para o desenho do 'papai' !!!
Eu fiz parte dessa estatística infame de violência doméstica 
quando morei em BH com 
H. K. C. N.
(meu agressor - http://www.flickr.com/photos/hkclebicar/ )

Eu estava grávida da filha dele 2001/2002!!?!!

Imagina se eu não tivesse grávida então? 
Ele teria me matado! Com certeza!!!
Ele está bem representado neste desenho
Roberta Carrilho



O dia 25 de novembro foi instituído pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. Todos os anos desde 1999, governos, organizações não governamentais e instituições outras promovem neste dia atividades de sensibilização sobre o problema da violência contra a mulher, que atinge mais da metade da população mundial sem distinção de cor, raça e classe social.

A informação é publicada pelo Instituto Maria da Penha, e reproduzida por Adital, 23-11-2012.

É importante colocar que não só as mulheres, mas a maioria dos homens tem se posicionado e contribuído em favor da efetividade da Lei Maria da Penha, preocupados que estão em garantir um futuro sem violência para suas descendentes. Porém é imperioso que os gestores públicos, de forma maciça, invistam na criação das políticas públicas imprescindíveis (Delegacias da Mulher, Centros de Referencia, Casas Abrigo e Juizados da Violência Doméstica) para fazer a lei sair do papel e funcionar de verdade.

Afinal, porque tanta resistência quando a principal finalidade da Lei 11340 não é a de punir homens, mas punir o homem agressor que por não saber tratar sua mulher como pessoa humana pratica atos que ferem o seu desenvolvimento, autoestima, integridade e dignidade?

É importante que os gestores públicos que resistem em enfrentar a violência doméstica atentem que esse tipo de violência também contribui para o aumento da violência urbana, pois antecipa o desejo dos filhos saírem de casa, levando-os a situação de rua e conseqüentemente ao alcoolismo, drogadição, prostituição e delinquência. Como desejar uma cultura de paz no mundo se nós não a temos nem dentro de nossas próprias casas?

Nós do Instituto Maria da Penha estamos empenhados em resgatar os valores da família que estão se perdendo na sociedade (respeito mútuo, carinho, incentivo, acolhimento, harmonia, diálogo, enfim, o amor) e acreditamos que educar para estes valores é a única forma de plantarmos as sementes de uma sociedade mais justa e igualitária e neste sentido não podemos esquecer a recomendação da OEA de incluir nos currículos escolares a importância do respeito à mulher, a seus direitos e ao manejo dos conflitos intra-familiares  (Relatório Caso Maria da Penha, nº54/01).

A propósito, gostaria de louvar a iniciativa, sem precedentes, do INSS de fazer ações regressivas dos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, nas quais o agressor devolverá aos cofres públicos o recurso que foi utilizado com a vítima de violência doméstica. Este exemplo de enfrentamento poderá ser transformado em uma tecnologia social e replicado pelos demais órgãos do Governo.

Seis anos já se passaram desde a criação da Lei Federal 11.340, batizada com o meu nome e é reconfortante ouvir depoimentos emocionados de mulheres que se autointitulam "salvas pela Lei”. É isto que não nos deixa parar e alimenta a nossa esperança de um futuro melhor para as nossas descendentes e mulheres.

A entrevista com Maria da Penha é de Fernanda de Souza Aranda.

Eis a entrevista.

A Lei Maria da Penha é reconhecida pelos especialistas como um dos principais avanços no combate à violência contra a mulher. Em sua avaliação, a população feminina, em especial a mais carente, já reconhece e utiliza a legislação como uma ferramenta protetora e até preventiva?

Sim nos locais onde as políticas públicas que atendem a Lei foram criadas.

Algumas pessoas, especialmente policiais e delegados, afirmam que as mulheres vítimas de violência utilizam os boletins de ocorrência como forma de ameaça e não de proteção. Reclamam ainda que elas não levam as denúncias em frente. O que falta para encorajar as mulheres à denúncia e à efetivação da punição dos agressores?

A Lei Maria da Penha só permite a desistência da ação na presença do juiz, mesmo assim o Ministério Público pode continuar com a ação. A efetivação da punição independe da vontade da vítima, pois quem comete um crime tem que ser punido.

Especialistas em violência doméstica defendem o tratamento clínico dos agressores como estratégia fundamental para romper o ciclo de violência. Qual é a sua avaliação sobre o tratamento clínico de agressores?

Está previsto na Lei a conscientização do agressor sobre o tipo de crime que ele cometeu através de medidas educativas, mas isto não o exclui de ser punido, pois ele cometeu um crime de violência doméstica e familiar.

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz detectou que as adolescentes utilizam a violência de forma muito parecida do que os adolescentes. A mesma pesquisa mostrou que elas batem da mesma forma que apanham. Em sua avaliação, a mulher está tornando-se mais violenta?

Elas apenas estão começando a reproduzir o que vivenciam nas suas próprias casas e utilizam a violência contra o adolescente agressor como uma forma de defesa.

Quais são os avanços ainda necessários para combater a violência contra a mulher?

Existência de políticas públicas que atendem a Lei Maria da Penha como casa Abrigo, Delegacia da Mulher, centro de Referência da Mulher e Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e conscientização da mulher de que agora ela tem direitos garantidos na Lei Maria da Penha e que depende dela tomar uma atitude.

O número de denúncias ao Disque 100 tem aumentado significativamente nos últimos anos. Denunciar mais, em sua avaliação, é reflete o que?

O número de denúncia à violência doméstica contra a mulher é o 180. As denúncias estão aumentando porque a mídia também colabora com a divulgação.

Por fim, as mulheres sempre foram responsáveis diretas pela criação dos filhos. Acredita que a educação atual ainda contribui para a formação de homens violentos? As mulheres participam deste ciclo?

Infelizmente para uma grande parcela da população, as mulheres ainda estão educando seus filhos de maneira diferenciada das suas filhas.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DOCE QUIMERA - Hannah Lessa

Foto by Tina Kazakhishvili Canaud

Te quero minha alma 
Em doce quimera
Nas estacões do amor
Em noites quentes de verão...
Te espero vida minha 
Ao cair da tarde 
Na madrugada fria 
Nas horas de saudade... 
Amo-te meu amor 
Como o poeta ama a poesia 
Com todo meu coração 
Com a esperança 
De ter você aqui. 

ACORDA-ME COM TODA TUA VOLÚPIA ... Zeza Marqueti


Foto by Jillian Xenia

Acorda-me...
Com toda tua volúpia
Deixando o deslizar 
Das tuas mãos pelo 
Meu corpo provocar-me 
Vertigens 
Ama-me sempre 
Com a ternura de um 
Amor intenso 
Assim como te amo 
Todos os dias... 
E cada manhã que 
Acordares-me assim... 
Serei sempre tua 

CURIOSIDADES LITERÁRIAS - "Alice no País das Maravilhas"

Vocês sabem qual é a verdadeira história de Alice, a personagem do livro "Alice no País das Maravilhas"???

Fonte- revista superinteressante


Alice Liddell - Essa foto "A Pequena Mendiga" foi tirada pelo próprio Carroll quando a menina tinha ainda 7 anos - além de escritor, ele era fotógrafo nas horas vagas. Consta que Alice gostava muito das histórias que ele contava, e sua personalidade teria inspirado a personagem.

O que você faria se a sua filha de 7 anos estivesse muito amiga de um esquisitão de 31, fazendo com ele demorados passeios de canoa e posando para seus retratos artísticos?

Em vez de chamar a polícia - como qualquer família normal - a de Alice Pleasance Liddell incentivou seu relacionamento com Charles Dodgson, um escritor que assinava como Lewis Carroll. 

E a menina acabou sendo a musa inspiradora dos clássicos Alice no País das Maravilhas (1865) e Através do Espelho (1871) - este inclusive termina com um poema em que as primeiras letras de cada estrofe formam o nome da menina. Até hoje não é claro o que exatamente estava rolando entre a menina e o escritor. 

Especula-se, e ninguém poderia deixar de especular, que havia uma paixão, consumada ou não. Sempre se acreditou que, quando ele deixou de frequentar a casa dos Liddell subitamente, em 1863, foi porque os pais de Alice haviam resolvido dar um basta naquele relacionamento inapropriado. 

Mas documentos descobertos pela biógrafa Karoline Leach mostram que Carroll talvez fosse tão simpático com Alice e suas irmãs porque estava interessado mesmo era na governanta da casa. 

Já adulta, Alice soube usar a fama da personagem a seu favor. Mãe de 3 filhos e apertada de grana após a morte do marido rico, leiloou o valioso manuscrito de As Aventuras de Alice Embaixo da Terra (primeiro nome de Alice no País das Maravilhas). Ela já não mantinha contato com Lewis Carroll. O escritor anotou em seu diário que se lembraria dela pra sempre "como aquela menininha de 7 anos completamente fascinante".


sábado, 17 de novembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ENSINO [MEDÍO]CRE - Editorial Folha de S. Paulo




Em mais um atestado de que o ensino médio brasileiro está em petição de miséria, o cientista social Simon Schwartzman, após analisar dados do Enem, revela que apenas 27,9% dos que fizeram a prova em 2010 obtiveram mais de 450 pontos em todas os testes (as notas máximas variam em torno dos 900).

Os 450 pontos, vale assinalar, são o novo limiar definido pelo Ministério da Educação para conferir diploma de nível médio a quem não concluiu essa etapa da educação básica numa escola. Ou seja, quase três quartos dos alunos ficam aquém do mínimo aceitável.

As variáveis socioeconômicas, como a escolaridade na família, pesam muito no desempenho. Entre os estudantes cujos pais não têm nenhuma instrução formal, apenas 12,1% alcançaram os 450 pontos. Já entre aqueles cujos genitores cursaram o ensino superior, a taxa vai a 49,6%, e chega à maioria (66,4%) só no caso dos filhos de pais com doutorado.

Como observa Schwartzman, para a maioria dos estudantes que fazem o Enem, a prova é "uma ilusão cruel" -seu resultado já se encontra em grande parte predeterminado por suas condições socioeconômicas e pela má qualidade da educação que tiveram até aí.

A única maneira de quebrar esse círculo vicioso é oferecer um sistema público de ensino com qualidade suficiente para permitir que o nível de instrução dos ancestrais não signifique uma condenação irrecorrível ao péssimo desempenho.

Nessa matéria, os avanços dos últimos anos ficam entre o mínimo e o inexistente. Se é verdade que as avaliações mostram algum ganho nas séries iniciais do ensino fundamental, elas também indicam que a melhora desaparece quando o aluno chega ao nível médio.

Infelizmente, no lugar de encarar o problema e procurar resolvê-lo com mais ousadia, autoridades educacionais têm preferido a saída fácil de apelar para cotas raciais e outras pirotecnias populistas, que apenas contribuem para mascarar a questão principal.

Pior, os esquemas adotados não vêm sem efeitos colaterais. Um deles é obrigar universidades públicas a criar sistemas de apoio para compensar lacunas na formação dos alunos, uma tarefa para a qual elas não estão preparadas.




O AZAR MORRE DE MEDO DE PESSOAS DETERMINADAS

PENSO ASSIM!!
Roberta Carrilho



O SILÊNCIO É UM TEXTO FÁCIL DE SER LIDO ERRADO - Igor Cury



Fantástica esta frase!
É fato!!!  Adorei =D
Roberta Carrilho

A VIDA SÓ DÁ ASAS PRA QUEM NÃO TEM MEDO DE CAIR - Kleber Martins



ESTOU COM UMA FRASE INSISTENTE NA CABEÇA 
QUE ESCUTEI HOJE, É A SEGUINTE:

"SE VOCÊ TIVER QUE LUTAR, VENÇA!"

Sintam-se a vontade para refletirem intimamente 
como eu estou fazendo... 
Esta frase é de uma profundidade incrível, 
é um tapa naquelas sensações que temos: 
de derrota, comodismo  pessimismo, etc
Enfim, 'nós todos não viemos a este mundo só para comer doce', 
já dizia minha vó-amiga Dona Neusa de Oliveira 
(saudades imensas que tenho dela).

E, quando eu voltar a reencontrá-la, direi que aprendi 
e pratiquei muitos dos seus ensinamentos. 
Ah! Também vou dar um pito nela (risos) 
por ela ter dito uma profecia que até agora não se cumpriu, 
e já são 7 anos de lambuja (risos!)

Roberta Carrilho 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

EU TE DEVORO - Djavan

Adoro esta música! 
Sempre estou cantando, ouvindo, sentindo; 

Hoje tô que tô!
Roberta Carrilho



Teus sinais
Me confundem
Da cabeça aos pés
Mas por dentro
Eu te devoro
Teu olhar
Não me diz exato
Quem tu és
Mesmo assim
Eu te devoro...

Te devoraria
A qualquer preço
Porque te ignoro
Te conheço
Quando chove ou
quando faz frio
Noutro plano
Te devoraria
Tal Caetano
A Leonardo di Caprio...

É um milagre
Tudo que Deus criou
Pensando em você
Fez a Via-Láctea
Fez os dinossauros
Sem pensar em nada
Fez a minha vida
E te deu
Sem contar os dias
Que me faz morrer
Sem saber de ti
Jogado à solidão
Mas se quer saber
Se eu quero outra vida
Não! Não!

(Repetir a letra)

Eu quero mesmo é viver
Prá esperar, esperar
Devorar você...(2x)

Meu viver
É esperar você!

ESSE CARA SOU EU - ROBERTO CARLOS

Eu sou uma fã incondicional do Roberto Carlos.
Esta música é linda! 
A letra é tudo que uma mulher 
busca encontrar no homem.
Creio eu que todas (mulheres) sem exceção!

Segue a letra abaixo 
Aliás, esta letra é um manual de como o homem  precisar 
ser e fazer para  viver um grande amor. 
Não tem erro! 
Roberta Carrilho



O cara que pensa em você toda a hora, 
Que conta os segundos se você demora, 
Que está todo o tempo querendo te ver, 
Porque já não sabe ficar sem você. 

E no meio da noite te chama, 
Pra dizer que te ama, 
Esse cara sou eu. 

O cara que pega você pelo braço, 
Esbarra em quem for que interrompa seus passos, 
Que está do seu lado pro que der e vier, 
O herói esperado por toda mulher. 

Por você ele encara o perigo, 
Seu melhor amigo, 
Esse cara sou eu. 

O cara que ama você do seu jeito, 
Que depois do amor você se deita em seu peito, 
Te acaricia os cabelos, te fala de amor, 
Te fala outras coisas, te causa calor. 

De manhã você acorda feliz, 
Num sorriso que diz, 
Que esse cara sou eu, 
Esse cara sou eu. 

Eu sou o cara certo pra você, 
Que te faz feliz e que te adora, 
Que enxuga seu pranto quando você chora, 
Esse cara sou eu, 
Esse cara sou eu. 

O cara que sempre te espera sorrindo, 
Que abre a porta do carro quando você vem vindo, 
Te beija na boca, te abraça feliz, 
Apaixonado te olha e te diz, 
Que sentiu sua falta e reclama, 
Ele te ama, 
Esse cara sou eu. 

Esse cara sou eu. 
Esse cara sou eu. 
Esse cara sou eu. 
Esse cara sou eu.

45 LIÇÕES QUE A VIDA ME ENSINOU - Regina Brett




Recebi este e-mail e me encantei com o texto que decidi  compartilhar com vocês, meus amigos, seguidores, 

visitantes, enfim todos vocês! 

Leiam, vale a pena!!
Fica como uma reflexão para o feriado..
Roberta Carrilho


Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio.

“Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi. Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto aqui vai a coluna mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate…É inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado…Assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo…Você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos, mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida…Não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados “desastres” com estas palavras ‘Em cinco anos, isto importará?’

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa — morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente".


AYRES BRITTO, O MINISTRO POETA DO STF SE DESPEDE ...




Sentirei saudades do Ministro Ayres Britto...

Sempre que eu posso acompanho pela 'TV Justiça' as sessões do Plenário do STF e o 
Ministro Ayres sempre me pareceu destacar entre os demais, 
não pela eficiência jurisdicional, não! 
Mas pelo  interesse em ser pessoa, ser humano, diferentemente de muitos de lá que se acham 'deuses do Supremo Olimpo Federal'.

Ele passava serenidade e firmeza ao mesmo tempo.

Um ser humano como eu, como você  com a preocupação ao

aplicar a lei sobressaltando a humanidade 
com todas as nuances da vida comum em si. 

Suas falas sempre serenas e gentis. 
Ele é um legítimo republicano e democrata 
na essência e comportamento. 

Ministro Ayres Britto o Senhor deixará saudades ...
Seja Bem-vindo Ministro Joaquim Barbosa ao comando do STF.
Roberta Carrilho

Algumas frases do Poeta do STF: Ayres Britto:


A silhueta da verdade só se assenta em vestidos transparentes”;

“O aparelho genital de cada pessoa é um plus, um superávit de uma vida (...) Corresponde a um ganho, um bônus, um regalo da natureza” (no julgamento da união estável entre homossexuais); 

“Não sou como camaleão que busca lençóis em plena luz do dia. Sou como pirilampo que, na mais densa noite, se anuncia";

“Derramamento de bílis não combina com produção de neurônios”

“Há quem chegue às maiores alturas para fazer as maiores baixezas” (sobre corrupção); 


 Ayres Britto na sessão de despedida do STF

Em sua despedida da Presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Carlos Ayres Britto afirmou nesta quarta-feira que não cabe mau humor aos integrantes da Corte. O ministro, que se aposenta no domingo ao completar 70 anos, recomendou aos colegas "viagem de alma e não de ego".

Ayres Britto disse que o Supremo vem mudando o país e cobrou a defesa da Constituição.




"Não temos direito ao mau humor, tamanha a honra de servir ao nosso país. Devemos fazer viagem de alma e não de ego porque o Supremo interfere mais e mais no curso da vida, como deve ser, como fiel interprete de uma constituição concretista", apontou.

Segundo ele, é "direito agrado do jurisdicionado saber que sua causa está com um juiz sereno".

O ministro não fez referência a nenhum julgamento, mas disse que os colegas precisam atuar como verdadeiros guardiões da Constituição. "O Supremo está mudando a cultura do país, a partir da Constituição, que quer essa mudança cultural. Nós somos os guardiões, os maiores, mais altos e tiramos dessas guarda, nossa própria legitimidade", disse.

Nomeado em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Britto disse que os 10 anos na Corte passaram "como um estalar dos dedos" e que isso foi provocado justamente porque sempre esteve feliz.

Chamado de ministro poeta, Britto afirmou que um juiz "não precisa impor respeito, mais deve-se impor-se respeito".

Decano do Supremo, Celso de Mello reclamou do sistema de aposentadoria compulsória e fez diversos elogios a Ayres Britto. Ele disse que as teses do colega serão eternizadas.

"Seus julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo na vida dos cidadãos da República, na vida das instituições democráticas desse país. Vale para a marca que vossa excelência deixa em seu longo itinerário nessa Corte, os grandes juízes nunca desaparecem, eles permanecem na memória e no respeito dos jurisdicionários para sempre", afirmou.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que ter que falar de Ayres Britto faz dilatar o coração e que ele simbolizava da melhor forma o significado da República. Ele apontou ainda que, apesar da gestão dele ser "efêmera", "desgraçadamente breve", ele soube dar a "densidade do eterno". "Cumpriu o prometido", disse.

Responsável pela denúncia do mensalão, Gurgel agradeceu a condução do processo. "A eloquência da Justiça na condução magnífica do complexo julgamento da ação penal 470 [mensalão]", disse.

"Vossa excelência é absolutamente impressionante em tudo republicano. Se alguém tiver dúvida do que significa a República, o que significa agir republicanamente, basta olhar para vossa excelência, basta olhar para a trajetória de vida de vossa excelência que concretiza de maneira perfeita do que seja a República".

Falando pelos advogados, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, disse que Ayres Britto vai ser lembrado por sua humanidade e frases de efeito.

"Vossa excelência deixa em todos nós a marca da importância do ser humano dentro de uma instituição. Vossa excelência sobrepôs sempre o humano sobre o jurista, o poeta, o ser. A vossa marca é o diálogo, a sensibilidade, respeito pelo próximo, pelo contrário, mas uma marca que marca é saber ouvir. Poucas pessoas têm o dom de ouvir e as vezes sem nem falar mudar o pensamento".

O ministro Luis Inácio Adams (Advocacia Geral da União) destacou a originalidade de Ayres em seus votos. "O último exemplo de lealdade é ser leal a si mesmo. Registro em nome da AGU e dos advogados públicos essa nossa homenagem nesse momento que é um rito de passagem. Não é o fim, todo fim tem um primeiro passo, e esse é o primeiro passo", disse.
Sergio Lima/Folhapress 

DISCURSO DE POSSE DO MINISTRO AYRES BRITTO NO CARGO DE PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

“Eu disse à minha alma, 
fica tranquila e espera. 
Até que as trevas sejam luz, 
e a quietude seja dança” 
− T. S. Eliot

Quem já se colocou à testa de qualquer dos Poderes do Estado brasileiro certamente fez o que fiz ainda há pouco: prestar o solene compromisso de atuar sempre nos marcos da Constituição e das leis, assim, nessa ordem mesma. Com um registro especial para o ato de posse da presidente Dilma Rousseff, que, sob a mais respeitosa audição e o mais atento olhar da própria História, se tornou a primeira mulher a titularizar o cargo de presidente da República Federativa do Brasil. Ungida que foi, sua excelência, na pia batismal do voto popular.

Perguntarão os que me ouvem e veem: por que o compromisso de tais agentes do Poder é o de atuar nos marcos da Constituição e das leis, nessa imperiosa sequência? Resposta: porque na primacial observância da Constituição e na complementar obediência às leis do Brasil é que reside a garantia de um desempenho à altura da relevância dos respectivos cargos. É como dizer: basta cumprir fielmente a Constituição e as leis, com as respectivas prioridades temáticas, para se ter a antecipada certeza do êxito de tão honrosas, elementares e complexas investiduras.

É o que sente e pensa o próprio homem comum do povo, segundo pessoalmente comprovei com a vivência deste recente episódio que peço licença para contar: retornava eu de um almoço domingueiro, aqui em Brasília, na companhia da minha mulher e de um dos meus filhos, quando encontrei ao lado do nosso automóvel um homem que aparentava de 30 a 35 anos de idade. Apresentou-se como guardador de carros, mas eu já o conhecia, meio a distância, como morador de rua. Já o vi mais de uma vez, com uma rede estendida sob as árvores, a embalar o abandono dele. E assim me dirigiu a palavra: “ministro Ayres Britto, como o senhor vê, estou aqui tomando conta do seu veículo para que ninguém danifique o patrimônio da sua família”. Eu agradeci àquele homem que me conhecia até pelo nome e procurei nos bolsos algum trocado para recompensá-lo. Em vão. Nenhum dos três membros da família Britto portava dinheiro, nem graúdo nem miúdo. Disse então ao meu educado interlocutor: “como o senhor percebe, desta feita vou ficar lhe devendo”. Ele me fitou diretamente, profundamente, nos olhos e, altivo, respondeu: “ministro, o senhor não me deve nada. O senhor não me deve nada, ministro; basta cumprir a Constituição”.

Fecho o parêntese e faço nova pergunta: e por que tudo começa com o dever do fiel cumprimento da Constituição? Resposta igualmente fácil. É que esse documento de nome Constituição é fundante de toda a nossa Ordem Jurídica. Diploma inaugural do nosso Direito Positivo, portanto, e o supremo em hierarquia normativa.

Constitucionalista, eminente Michel Temer, dá lições primorosas quanto ao conceito de Constituição e Poder Constituinte. A Constituição é primeira e mais importante voz do Direito aos ouvidos do povo. Donde o seu caráter estruturante do Estado e da própria sociedade, a um só tempo. Certidão de nascimento e carteira de identidade do Estado, projeto de vida global da sociedade.

Daqui já se vislumbra o que mais importa: esse diploma jurídico de nome Constituição provém diretamente da nação brasileira, única instância de poder que é anterior, exterior e superior ao próprio Estado. Por isso que, pela sua filha unigênita que é a Constituição mesma, a nação governa permanentemente quem governa transitoriamente. E o faz, aqui nesta Terra Brasilis, pelo modo mais intrinsecamente meritório; pelo modo mais cristalinamente legítimo, pois o fato é que a menina dos olhos da nossa Constituição é a democracia. Democracia que nos confere o status de país juridicamente civilizado. Primeiro-mundista, pois os focos estruturais de fragilidade do País não estão em nosso arcabouço normativo, mas no abismo que se rasga entre a excelência da Constituição de 1988 e sua concreta incidência sobre a nossa realidade sócio-econômica e política.

Democracia, enfim, que se enlaça tão intimamente à liberdade de imprensa que romper esse cordão umbilical é matar as duas: a imprensa e a democracia.

Com efeito, o mais refinado toque de sapiência política da nossa última Assembleia Nacional Constituinte foi erigir a democracia como sua principal ideia-força. O pinacular princípio de organização do Estado e da sociedade civil, sabido que, de todas as fórmulas de estruturação estatal societária, somente a democracia é que se funda na soberania popular.

Democracia que toma o nome de Federação, quando vista sob o ângulo da divisão espacial do poder político; o nome de República, já sob o prisma da tripartição independente e harmônica dos Poderes estatais. Daí esses dois anéis de Saturno que são a indissolubilidade de laços e a autonomia política, em se tratando do condomínio federativo. Daí os princípios da eletividade dos governantes, da temporariedade dos respectivos mandatos, da responsabilidade jurídica pessoal, individual, de todo e qualquer agente público, do controle externo a que todos eles se submetem, em se tratando de República. Democracia, enfim, repito, que mantém com a “plena liberdade de informação jornalística” uma relação de unha e carne, de olho e pálpebra, de veias e sangue.

Claro que há muito mais a elogiar em nossa Constituição, mas não em um discurso de posse. Discurso que, pelo que vejo ao redor, nem se faz acompanhar de um bonito arranjo de flores para tornar a plateia menos indefesa. Por isso que tento abreviar as coisas, dizendo, em síntese, o seguinte: a nossa Constituição tem o inexcedível mérito de partir do melhor governo possível para a melhor Administração possível. A melhor Administração, porque regida pelos republicanos e cumulativos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37, caput). Dando-se que a moralidade tem na probidade administrativa o seu mais relevante conteúdo, pois sua violação pode acarretar a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao Erário, sem prejuízo da ação penal cabível e sob a cláusula de que tais ações de ressarcimento ao Erário são imprescritíveis (§§ 4º e 5º do mesmo art. 37); ou seja, a Constituição rima Erário com sacrário. Publicidade, a seu turno, como sinônimo perfeito de transparência ou visibilidade do Poder. Como princípio de excomunhão à ruinosa cultura do biombo, da coxia, do bastidor. A silhueta da verdade só assenta em vestidos transparentes.

Já o melhor governo possível, porque não basta aos parlamentares e aos chefes de Poder Executivo a legitimidade pela investidura. É preciso ainda a legitimidade pelo exercício, somente obtida se eles, membros do poder, partindo da vitalização dos explícitos fundamentos da República (“soberania”, “cidadania”, “dignidade da pessoa humana”, “valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”, “pluralismo político”), venham a concretizar os objetivos também explicitamente adjetivados de fundamentais desse mesmo Estado republicano (“construir uma sociedade livre, justa e solidária”, “garantir o desenvolvimento nacional”, “erradicar a pobreza e a marginalização (a maior de todas as políticas públicas) e reduzir as desigualdades regionais e sociais”, “promover o bem de todos, sem preconceitos de qualquer natureza”. Posição em que também fica o Poder Judiciário, estrategicamente situado entre os fundamentos da República e os objetivos igualmente fundamentais dessa República. Mas há uma diferença, os magistrados não governam. O que eles fazem é evitar o desgoverno, quando para tanto provocados. Não mandam propriamente na massa dos governados e administrados, mas impedem os eventuais desmandos dos que têm esse originário poder. Não controlam permanentemente e com imediatidade a população, mas têm a força de controlar os controladores, em processo aberto para esse fim. Os magistrados não protagonizam relações jurídicas privadas, enquanto magistrados mesmos, porém se disponibilizam para o equacionamento jurisdicional de todas elas. Donde a menção do Poder Judiciário em terceiro e último lugar (há uma razão lógica e cronológica) no rol dos Poderes estatais (primeiro, o Legislativo, segundo, o Executivo, terceiro, o Judiciário), para facilitar essa compreensão final de que o Poder que evita o desgoverno, o desmando e o descontrole eventual dos outros dois não pode, ele mesmo, se desgovernar, se desmandar, se descontrolar. Mais que impor respeito, o Judiciário tem que se impor ao respeito, me ensinava meu pai, João Fernandes de Britto juiz de direito de carreira do Estado Sergipe e da minha cidade Propriá.

Numa frase, se ao Direito cabe ditar as regras do jogo da vida social, mormente as que mais temerariamente instabilizam a convivência humana (o Direito é o próprio complexo das condições existenciais da sociedade, como ensinava Rudolf Von Ihering), o Poder Judiciário é que detém o monopólio da interpretação e aplicação final do sistema de normas em que esse Direito consiste. É a definitiva âncora de cognição e aplicabilidade vinculativa do Direito, como uma espécie de luz no fim do túnel das nossas mais acirradas e até odientas confrontações (derramamento de bílis não combina com produção de neurônios). É o Poder que não pode jamais perder a confiança da coletividade, sob pena de esgarçar o próprio tecido da coesão nacional. 

Pronto! Concluo este passar em revista a nossa Constituição para dizer que ela, sabendo-se primeiro-mundista, investiu na ideia de um Poder Judiciário também primeiro-mundista. Por isso que dele fez o único Poder estatal integralmente profissionalizado. Centralmente estruturado em carreira e sob os mais rigorosos critérios de investidura, assim no plano do conhecimento técnico quanto do comportamento ético (para os magistrados sempre vigorou a lei da ficha limpa).

Habilitou-o a melhor saber de si e dos outros Poderes, pois as respectivas linhas de competência funcional são por ele, Poder Judiciário, interpretadas e aplicadas com definitividade. A Constituição impôs aos juízes de primeiro grau a frequência e o aproveitamento em cursos de formação e aperfeiçoamento técnico, até como pressuposto de promoção na carreira. Tudo isso de parelha com a imposição de bem mais rígidas vedações, de que servem de amostra a sindicalização e a greve, filiação a partido político, participação em custas processuais, acumulação de cargos (salvo uma função de magistério), percepção de horas extras, mesmo sabendo que nenhuma categoria funcional-pública supera os magistrados em carga de trabalho, inumeráveis que são as chamadas “ações judiciais”. Todos nós magistrados, quando vamos nos recolher à noite, para o merecido sono, dizemos mentalmente ou inconscientemente, “Senhor, não nos deixeis cair em tanta ação”. Enfim, a Constituição conferiu aos magistrados a missão de guardá-la por cima de pau e pedra, se necessário, por serem eles os seus mais obsessivos militantes (a adjetivação de “obsessivo” é da ilustrada jornalista Dora Kramer). Por isso que eles, os magistrados, fazem do compromisso de posse uma jura de amor. E têm que transformar seus pré-requisitos de investidura – como o notável saber jurídico e a reputação ilibada – em permanentes requisitos de desempenho.

Agora eu termino com a parte mais devocional da função judicante. Peço vênia para fazê-lo. Os magistrados julgam os indivíduos (seus semelhantes, frise-se), os grupos sociais, as demandas do Estado e contra ele, os interesses todos da sociedade. O Poder Legislativo não é obrigado a legislar, mas o Poder Judiciário é obrigado a julgar. Tem que fazê-lo com a observância destes requisitos mínimos:

I - com um tipo de preparo técnico ou competência profissional que vai da identificação dos dispositivos, e às vezes são tantos aplicáveis ao caso, à revelação das propriedades normativas deles (os textos jurídicos a interpretar são ondas de possibilidades normativas, para me valer de expressão cunhada pelos físicos quânticos do início do século XX e a propósito das partículas subatômicas dos prótons, elétrons e nêutrons);

II - com serenidade ou equilíbrio emocional, pois é direito subjetivo fundamental do jurisdicionado saber que o seu processo está sob os cuidados de um jurisdicionante sereno, equilibrado, calmo. Calma, porém, que não se confunde com lerdeza, tendo em vista o direito constitucional “à razoável duração do processo”, com os meios “que garantam a celeridade de sua tramitação” (inciso LXXVIII do art. 5º);

III - sem confundir jamais o papel de julgador com o de parte processual, pois o fato é que juiz e parte são como água e óleo: não se misturam;

IV – tratando as partes com urbanidade ou consideração, o que implica o descarte da prepotência e da pose. Permito-me a coloquialidade da vez: “Quem tem o rei na barriga um dia morre de parto”.

V - promovendo a abertura das janelas dos autos para o mundo circundante, a fim de conhecer a particularizada realidade dos seus jurisdicionados e as expectativas sociais sobre a decisão objetivamente justa para aquele tipo de demanda. Juiz não é traça de processo, não é ácaro de gabinete, e por isso, sem fugir das provas dos autos nem se tornar refém da opinião pública, tem que levar os pertinentes dispositivos jurídicos ao cumprimento de sua, pouco percebida, mediata ou macro-função de conciliar o Direito com a vida. Não apenas de sua imediata ou micro-função de equacionar conflitos entre partes nominalmente identificáveis, exigindo-se-lhe, no entanto, fundamentação rigorosamente científica;

VI – outro papel do magistrado contemporâneo, distinguir entre normas que fazem o Direito evoluir apenas por modo tópico ou pontual, à base de modestos critérios de conveniência e oportunidade, e normas decididamente ambiciosas quanto à matéria por elas conformadas, pois, agora sim, ditadas por critérios de imperiosa necessidade. Normas, estas últimas, que, infletindo sobre a cultura mesma de um povo para qualitativamente transformá-la com muito mais denso teor de radicalidade, fazem do Direito um mecanismo de controle social e ao mesmo tempo um signo de civilização avançada. Por isso que demandantes, essas normas, de interpretação ainda mais objetivamente fundamentada, pois vão além da simples introdução de novos comportamentos sociais para mudar mentalidades e assim transformar as pessoas. E nós sabemos que há pessoas que experimentam imensa dificuldade para enterrar ideias mortas. A exemplo daquelas normas que, na Constituição mesma, consagram políticas públicas de enfrentamento dos fatores de desigualdades sociais, aqui embutidas as que democratizam o acesso das pessoas economicamente débeis à Justiça e que prestigiam o aparelhamento das Defensorias Públicas. Ou as normas de cerrado combate à improbidade administrativa e complementarmente propiciadoras das ações de ressarcimento ao Erário. As promocionais da inata dignidade das mulheres, dos negros, dos sofredores de deficiência física ou mental e as chamadas “lei da ficha limpa”, “Maria da Penha”, “Estatuto da Criança e do Adolescente”, “Código de Defesa e Proteção do Consumidor”, “PROUNI” ou universidade para todos, Lei de Acesso à Informação, comentada ainda há pouco em um diálogo franco com a eminente presidenta da República, Dilma Rousseff. Normas ainda definidoras de um desenvolvimento nacional em que a livre iniciativa exerce um papel de vanguarda, conciliatóriamente com os valores sociais do trabalho, fortalecimento do mercado interno, criação e refinamento de tecnologias nacionais, proteção e preservação do meio ambiente (nunca podemos esquecer que as matas virgens são as que mais procriam);

VII - manejar, diante do caso ou das teses em confronto, os dois conhecidos hemisférios do cérebro humano. Esse é um papel atualíssimo, contemporâneo, dos magistrados. Os dois hemisférios são categorizados como tais pela física quântica e pela neurociência. Manejar o lado direito do cérebro, no qual se aloja o sentimento. O lado esquerdo, lócus do pensamento. No sentimento, a geração da energia a que chamamos de intuição, contemplação, imaginação, percepção, abertura para o outro e também para a sociedade em geral, disposição para dialogar com a própria existência, presentificar a vida e assim compartilhar a experiência que Heráclito (540/480) traduziu com a máxima de que “o ser das coisas é o movimento”. Ninguém entra duas vezes nas águas de um mesmo rio”, pois o fato é que na vida tudo muda, menos a mudança. Só o impermanente é que é permanente, só o inconstante é que é constante, de sorte que a única questão fechada dever ser a abertura para o novo. Embora não devamos confundir o novo com o fashion. Se tudo é incerto, é porque é certo mesmo que tudo seja incerto. Se tudo é teluricamente inseguro, que nos sintamos seguros na telúrica insegurança das coisas. É o nosso lado emocional, feminino, artístico, amoroso, sensitivo, corajoso, por saber que quem não solta as amarras desse navio de nome coração corre o risco de ficar à deriva é no próprio cais do porto. Que é a pior forma de ficar à deriva. Lado do cérebro mais sanguineamente irrigado, a ciência comprova isso, o lado feminino, e que tanto nos catapulta para o mundo dos valores (bondade, justiça, ética, verdade e estética, sobretudo), quanto nos livra das garras da mesmice. Com a virtude adicional de abrir os poros do pensamento ou inteligência dita racional para que ela se faça ainda mais clara, mais profunda e mais alongada no seu funcionamento. Já o hemisfério esquerdo do cérebro, este é o lócus do pensamento, conforme dito há pouco. A nossa banda neural da técnica e da Ciência. Matriz de uma outra modalidade de energia vital, multitudinariamente designada por ideia, conceito, silogismo, teoria, doutrina, sistema e todo o gênero de abstrações que estamos aptos a fazer como seres dotados de razão. Logo, pensamento que é sinônimo de inteligência racional ou lógica ou intelectual ou reflexiva ou cartesiana, responsável por um tipo de conhecimento que se obtém, não de chapa, não de estalo, como um raio que espoca no céu, porém por metódicas aproximações de um objeto necessariamente isolado ou fechado em si mesmo. O cientista é aquele que sabe cada vez mais sobre cada vez menos. À guisa de parte sem um todo (no sentimento é o contrário, um todo sem partes). Por isso que chamado o científico de conhecimento indireto ou discursivo ou especulativo, assim como quem se aproxima de um campo minado ou fortaleza inimiga. Lado, enfim, que nos leva a idolatrar a segurança, tanto quanto o hemisfério direito nos conduz à justiça. É o nosso hemisfério viril, não sendo por acaso que o Direito seja uma palavra masculina, enquanto a justiça, uma palavra feminina. Também não sendo por coincidência que o substantivo sentença venha do verbo sentir, na linha do que falou esse gênio da raça que foi o sergipano Tobias Barreto: “Direito não é só uma coisa que se sabe, mas também uma coisa que se sente”. Precedido por Platão (...) e seguido por Max Scheler, numa linha mais filosófica e holista, a saber: Platão (427/347 a.C.) - “Quem não começa pelo amor nunca saberá o que é filosofia”; Sheler – “O ser humano, antes de ser um ser um ser pensante ou volitivo, é um ser amante”;

X – entender, o juiz, que é justamente desse casamento por amor entre o pensamento e o sentimento que se pode partejar o rebento da consciência. Terceira categoria neural que nos unifica por modo superlativo ou transcendente dos pólos primários do sentimento e do pensamento. Consciência que já corresponde àquele ponto de equilíbrio que a literatura mística chama de “terceiro olho”. O único olho que não é visto, mas justamente o que pode ver tudo. Holisticamente, esfericamente, sabido que no interior de uma circunferência é que se fazem presentes todos os ângulos da geometria física, e, agora, da geometria humana. Consciência, em suma, que nos leva a transitar do sensível para o sensitivo e do humano para o humanismo. E que nos habilita a fazer as refinadas ou sutis distinções entre reflexão e percepção, entendimento e compreensão, conhecimento e sapiência, segurança e justiça, Estado e sociedade civil, sociedade civil e nação. Esta última como realidade tridimensionalmente temporal, porquanto enlaçante do passado, do presente e do futuro do nosso povo. Laço que prende a ancestralidade, a contemporaneidade e a posteridade da nossa gente.

Encerro o discurso. Fazendo-o, proponho aos três Poderes da República a celebração de um pacto. O que me parece mais simples e ao mesmo tempo necessário, e, ao fazê-lo, tenho certeza de que estarei falando em nome de todos os ministros desta Casa de Justiça, que é um pacto do mais decidido, reverente e grato cumprimento da Constituição. Um pacto pró-Constituição, portanto. Pelo que, simbolicamente, anuncio que, ministro Joaquim Barbosa e eu estaremos distribuindo aos presentes, por ocasião dos cumprimentos formais, um exemplar atualizado dela mesma, Lei Fundamental do País. Impresso por atenciosa autorização do presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, senador José Sarney, a meu pedido. Senador a quem agradeço e formulo votos de pronta recuperação de saúde. 

Senhora Presidente Dilma Rousseff, receba os meus respeitosos e carinhosos cumprimentos pela sua presença a esta solenidade de minha posse e do ministro Joaquim Barbosa nos cargos de presidente e Vice-Presidente  respectivamente, do Conselho Nacional de Justiça. Também assim o vice-presidente da República, Michel Temer, amigo pessoal desde os anos 70 do século passado. Cumprimento que ainda estendo ao Presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia, à senadora Marta Suplicy, ora respondendo pela presidência do Senado da República, todos na honrosa companhia do Exmo. Sr. Procurador Geral da República, Roberto Gurgel Santos, e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, a quem emocionadamente agradeço, Dr. Roberto e Dr. Ophir, pela afetiva e até mesmo cativante saudação que me dirigiram. O século XXI é o século da afetividade. Sem afetividade não pode haver efetividade do Direito. A mim e ao ministro Joaquim Barbosa. Vou além para dizer aos queridos servidores da Casa, com quem passarei a trabalhar com toda honra, e mais a tantas respeitáveis autoridades e amigos tantos que se deslocaram para este recinto. Em especial, permito-me citar alguns nomes, sem a pretensão de excluir absolutamente ninguém. Refiro-me a Daniela Mercury, artista e cidadã admirável, simpatia de gente, que nos regalou com uma interpretação maravilhosamente personalizada do hino nacional. Refiro-me a Roberto Dinamite, ídolo vascaíno de sempre, Romário, Dora Kramer, Ziraldo, Leda Nagle, Milton Gonçalves, Antônio Carlos Ferreira.

Cinco últimos e breves registros: o primeiro, para saudar à distância Celso Antônio Bandeira de Mello e Fábio Comparato, queridos amigos, referências de preparo científico, ética e cidadania, que não puderam estar presentes a esta nossa posse. O segundo, para agradecer as palavras do ministro Celso de Mello, essa enciclopédia jurídica e cultural da nossa Casa, palavras tão repassadas de desvanecedora amizade e reveladoras de uma inexcedível qualidade literária, tão própria de Sua Excelência. O terceiro, para dizer ao ministro Peluso que é uma honra sucedê-lo na presidência do Supremo e do CNJ; ele, ministro Antônio Cezar Peluso, que tão ilustra os anais desta nossa Instância Suprema e ao mesmo tempo Tribunal Constitucional com o seu denso estofo cultural, inteligência aguda, raciocínio tão aristotélica ou cartesianamente articulado quanto velocíssimo, técnica argumentativa sedutora e vibrante a um só tempo.

Tenho a honra de ser seu colega e de sucedê-lo na presidência. A quarta anotação vai para o ministro Joaquim Barbosa, também paradigma de cultura, independência e honradez, com quem partilharei mais de perto a dupla gestão que ora me é confiada. O quinto e último registro é para a minha família. Inicialmente, meus oito irmãos aqui presentes, com seus esposos e esposas, meus cunhados, mais um irmão que não pôde se deslocar da minha querida Propriá, e outro irmão que está aqui, sim, no meio de nós, mas substituindo seu belo e alegre corpo físico pela feérica luz do seu amoroso espírito: Márcio. Feérica luz que neste local também se esparrama por efeito da eternal lembrança do meu pai, João Fernandes de Britto, e de minha mãe, Dalva Ayres de Freitas Britto, ícones desta minha vida terrena e de outras vidas que ainda terei, porquanto aprendi com eles dois que o nada, o nada não pode ser o derradeiro anfitrião de tudo. Em sequência, saúdo meus cinco amados filhos, Marcel, Adriana, Adriele, Tainan, Narinha, na companhia dos meus igualmente amados netos Bruninha, Lucas, João Paulo e Davi, além dos meus estimados genros e noras. Por último, ponho meus olhos nos olhos de Rita, mulher com quem durmo e acordo, e que também é a mulher dos meus sonhos. Mulher a quem digo que tinha mesmo que ser abril o mês desta minha posse. Pois abril foi o mês em que nos conhecemos. O dia 9 foi a cereja do bolo. Rubra como a pele das manhãs ainda no talo das madrugadas. Doce como o gosto da minha vida, Rita, ao seu lado desde então.

Obrigado a todos.

Brasília, 19 de abril de 2012.


Fontes: http://www.conjur.com.br/2012-abr-19/ayres-britto-toma-posse-presidencia-supremo-tribunal-federal
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1185573-em-despedida-ayres-britto-diz-que-nao-cabe-mau-humor-a-ministros-do-stf.shtml