quarta-feira, 29 de agosto de 2018

A IDENTIDADE COMPLEXA E A VIDA SECRETA DE FRIDA KAHLO



O status cultuado e icônico de Frida Kahlo se deve muito a seus autorretratos, em que capturou e interpretou sua própria identidade visual. Eu particularmente tenho uma sinergia muito minha de identificação com a Frida que nem eu mesma sei explicar. É como se eu a conhecesse e fôssemos velhas amigas ou irmãs que se gostam muito. 

Frida Kahlo 


“Eu pinto autorretratos porque fico sozinha com muita frequência, porque sou a pessoa que conheço melhor“, disse a artista mexicana Frida Kahlo. O status cultuado e icônico de Frida se deve muito a seus autorretratos, em que capturou e interpretou sua própria identidade visual.

O tema levanta uma questão em uma nova exposição: 
  1. a imagem pessoal e única de Kahlo era tão central para seu mito e persona como parte de sua obra? 
  2. E o que seus objetos e estilo pessoal dizem sobre sua vida e sua arte?

Durante 50 anos, roupas e outros itens pessoais de Frida ficaram trancados na Casa Azul, onde a artista morava com o marido muralista Diego Rivera, em Coyoacán, perto da Cidade do México. Após a morte da mulher, em 1954, Rivera trancou 6 mil fotos, 300 itens pessoais e 12 mil documentos no banheiro da casa. 

Quando os artigos foram finalmente revelados, os historiadores levaram quatro anos para organizá-los e catalogá-los. Agora, pela primeira vez, essas peças deixaram a Casa Azul para serem exibidas no Museu Victoria & Albert, em Londres.

Na exposição Frida Kahlo: Making Her Self Up, vestidos e outros itens pessoais são apresentados ao lado de suas pinturas, mostrando a conexão íntima entre eles. Ela é retratada como um tipo de artista performática, cuja identidade é uma extensão de sua arte. Os vestidos coloridos e adornos com flores estão lá, junto das próteses pintadas a mão e dos corpetes que ajudavam a sustentar sua coluna e mascarar suas deficiências físicas.

A descoberta dos objetos também permitiu uma compreensão maior sobre seu acidente. Itens como remédios e aparelhos ortopédicos lançam luz sobre sua história, além dos corpetes e coletes – incluindo alguns que ela pintou com símbolos religiosos e comunistas, assim como imagens que fazem referência a seus abortos espontâneos.

Estilo adaptado
Circe Henestrosa, cocuradora da exposição, disse que a construção da identidade de Kahlo “em torno de suas políticas, sua etnia e deficiência” é a tese central da mostra.

“A exposição busca dar um contexto pessoal, cultural e político à história de Frida. Ela sobreviveu a um acidente terrível, quase fatal, aos 18 anos, o que a deixou acamada e imobilizada. Muito mais foi entendido sobre o acidente após a descoberta dos objetos na Casa Azul, e a mostra lança luz sobre essa história por meio de seus remédios e aparelhos ortopédicos.”

Com a descoberta dos objetos pessoais da artista, novos insights foram revelados sobre como seu estilo pessoal era em parte guiado por suas deficiências. “Roupas se tornaram parte de sua armadura, para desviar, omitir e disfarçar suas lesões“, diz Henestrosa.

“Frida passou por múltiplas cirurgias, tanto no México quanto nos Estados Unidos, e teve que usar corpetes ortopédicos feitos de couro e plástico. Os corpetes eram necessários por razões médicas, mas ela também os decorou de forma elaborada. O estilo indígena que ela adotou permitia esconder esses itens sob longas saias e blusas com cortes geométricos.”
“Acho que o estilo poderoso de Kahlo integra tanto seu mito quanto suas pinturas. É a construção de sua identidade por meio de sua etnia, sua deficiência, suas crenças políticas e sua arte“, diz Henestrosa.

Segundo ela, quando a artista passou a usar os vestidos de Tehuana, ela queria reforçar a identidade mexicana – o traje é proveniente de uma sociedade matriarcal no sudeste do México, chamada Istmo de Tehuantepec.

“Frida entendeu o poder da vestimenta desde muito cedo“, explica a curadora.
“Após ter pólio aos 6 anos, ela ficou com uma perna atrofiada e mais curta, o que a levou a escolher saias longas. E começou a usar três a quatro meias na parte mais fina da panturrilha, além de sapatos com um salto interno para mascarar a assimetria.”

Isso mostra como ela construiu uma relação entre seu corpo e vestuário desde cedo. Ao usar os autorretratos e vestidos tradicionais mexicanos para se estilizar, Frida lidou com sua vida, suas visões políticas, suas batalhas de saúde, seu acidente e seu casamento turbulento.

De acordo com o designer Tom Scutt, a ideia de desvendar tesouros escondidos é central para a exposição.

“Há um espírito único de tempo e espaço nessa exposição. A atitude de destrancar um quarto na Casa Azul para descobrir todos os pertences de Frida ecoa na noção de chegar a uma mostra como visitante e descobrir os pertences por si mesmo. Por causa disso, a exposição tem uma carga mágica indiscutível“.

Dualidade, reflexão e repetição
A mostra explora a infância de Kahlo – inclui um álbum de fotos de arquitetura de igrejas feitas por seu pai, o alemão Guillermo Kahlo. Conta ainda com pinturas e fotos dela ao lado do marido e do círculo de amigos famosos, incluindo Leon Trotsky.

Seu senso de orgulho da cultura mexicana após a Revolução do México (1910-20) também está presente nos itens que ficaram guardados – o interesse pela arte, artesanato e tradições do povo indígena era uma paixão.

As décadas de 1920 e 1930 foram marcadas pelo que ficou conhecido como “Renascença Mexicana“. Nessa época, o país atraiu artistas, escritores, fotógrafos e cineastas do mundo inteiro. Fotos tiradas por Edward Weston e Tina Modotti, em 1920, também estão expostas na mostra. E há um mural de votos religiosos da coleção de Frida e Rivera. As pequenas pinturas oferecidas a santos eram uma influência para o casal de artistas.

Entre as roupas expostas, estão os tradicionais huipil (blusas bordadas em quadrados), rebozos (xales mexicanos), saias longas e joias, incluindo peças de jade colombianas e ornamentos modernos de prata.

Há também um resplandor, faixa tradicionalmente usada na cabeça pelas mulheres de Itsmo.

Os visitantes podem conferir ainda o batom vermelho da Revlon original da artista e o kajal que ela usava para definir sua famosa “monocelha”.

“A vida de Frida era cheia de dualidade e ideias complexas e opostas, a noção de olhar para si no espelho para pintar um autorretrato se tornou central [para a exposição]“, diz o designer Scutt.
“É essa dualidade, reflexão, repetição que tentamos expandir pela exibição, oferecendo aos visitantes uma ideia de dualidade.”

Essencialmente moderno
O arquiteto Matt Thornley, da empresa de arquitetura Gibson Thornley, que organizou a exposição com Scutt, afirma que a complexidade de Frida é central.

“A imagem externa de Frida é tão poderosa“, diz ele. “Os retratos fotográficos estão explodindo em cor e vida, assim como suas pinturas. A exibição explora isso, mas também sua fragilidade física e sua força interna. São essas complexidades que fazem dela uma figura tão duradoura e interessante.”

Assim como a própria artista, o design da exibição é “essencialmente moderno“, acrescenta Thornley.

“Age como um pano de fundo para os objetos e pinturas que descrevem eventos chave em sua vida. A exibição explora as raízes de Frida e sua posição dentro de um contexto maior de arte, cultura e política no México dos anos 1920 e 1930.”

A individualidade de Frida, sua energia e modernidade fizeram dela um ícone incomparável. 

Mas será que ela continuará a influenciar futuras gerações? A cocuradora Circe Henestrosa acredita que sim.

“Frida Kahlo é o próprio modelo da artista boêmia: única, rebelde e contraditória, uma figura cult que continua sendo apropriada por feministas, artistas, estilistas e a cultura popular. Como uma mulher, uma artista, um ícone, Kahlo conquistou uma aclamação quase universal rara. Em uma sociedade muitas vezes obcecada com a destruição das paredes do mundo interno, Kahlo é a própria personificação do ethos contemporâneo. Suas escolhas de roupa refletiam uma habilidade intuitiva de usar uma imagem visual ousada em uma época em que homens dominavam o mundo da arte e foi por meio da arte e da vestimenta que ela demonstrou suas crenças políticas, ao mesmo tempo em que lidou com suas deficiências.”

E uma coisa é certa: as paixões feministas e “contraculturais” de Kahlo combinam perfeitamente com os tempos de hoje. Como diz Henestrosa:

“Ao longo de sua vida, Kahlo foi vista algumas vezes como ‘exótica’, tratada com paternalismo ou excluída, mas hoje – sua identidade interseccional, complexa e autoconstruída é melhor compreendida e é inspiradora. Essa é a mensagem que queremos passar nessa exposição. Ela era uma artista mexicana com deficiência, buscando um lugar para uma mulher artista em um ambiente dominado por homens, na Cidade do México.”

“Nós, mulheres, não estamos lutando pela mesma coisa hoje? Quão mais relevante e atual ela pode ser?”, finaliza.


Fonte: BBC


sexta-feira, 24 de agosto de 2018

POR MAIS MULHERES NA POLÍTICA

Os políticos eleitos devem representar seus eleitores. A identidade de quem governa tem um efeito enorme sobre o tipo de políticas públicas que são implementadas no nosso país. As demandas femininas são muitas vezes deixadas de lado porque é preciso muita vontade para inclui-las na agenda política, e isso muitas vezes não acontece. Importante lembrar que, sem mulheres eleitas as pautas como combate a violência contra a mulher e igualdade no mercado de trabalho são deixadas de lado. Precisamos que as mulheres se sintam representadas e isso só depende delas mesmas. 

Vote em uma candidata! 





Candidata a deputada estadual Roberta Carrilho #CDL DEBATE




CONHEÇA MEU NOVO PROJETO DE VIDA – POLÍTICA

A voz das mineiras irá ecoar na Assembleia Legislativa. Chegou à vez das mulheres na política. Em 2014, foram eleitas apenas seis deputadas e 71 deputados em Minas. Roberta Carrilho está chegando para mudar esse cenário com reNOVAção e iNOVAção. Política pode ser melhor com a sensibilidade e compromisso de uma mulher. Política é também uma pauta feminina!


Por uma Minas Gerais mais plural, mais sensível, humanizada para as demandas sociais e compromissada por uma assembleia mais feminina e renovada. Minas somos muitas! Agora é nossa vez!








sábado, 18 de agosto de 2018

REVELAÇÃO DA MINHA FILHA ... MARCANTE!
















 



















Hoje minha filha Maria Eduarda Carrilho numa longa conversa de vídeo pelo telefone me confessou algo que no fundo eu já pressentia. Sim, meus pressentimentos de mãe se concretizaram hoje... deu o sinal que é possível que se torne realidade o que já havia pensado, sentido, comentado com os meus amigos e amigas mais próximas. Não mudará nada para mim... pelo contrário, apoiarei ainda mais neste mundo cheio de ódio e preconceito. Amo e me solidarizo com com sua vida seja qual seja suas escolhas. Sou sua mãe e estarei com ela além desta vida finita. Amor eternum. 


Minha Bebein... minha amada filha, amiga!





Fica como registro - 18/08/2018 

Relatos de uma mãe 
Roberta Carrilho


EU E MINHAS FILHAS



EU E MINHAS FILHAS 
#MariaTerezaCarrilho1994 
#MariaEduardaCarrilho2002


Minha família verdadeira e única! São elas..:woman::girl::girl:







sexta-feira, 17 de agosto de 2018

ROBERTA CARRILHO CANDIDATA À DEPUTADA ESTADUAL POR MINAS




CONHEÇA MINHA HISTÓRIA

Nascida em Divinópolis no dia 08/08/1972 no Hospital São João de Deus, filha do Diretor de Patrimônio da Prefeitura de Divinópolis, Carrilhão e sua mãe foi conhecida por 50 municípios pertencentes naquela época a 12ª SRE como Diretora Jurídica da Superintendência Regional de Ensino, Aparecida Carrilho.

Mãe de duas meninas de 24 e 16 anos, Maria Tereza Carrilho e Maria Eduarda Carrilho, respectivamente, Advogada, Professora de formação pelo INSSC e Artista plástica formada pela Escola de Belas Artes Guignard e recentemente estava cursando Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Itaúna - UIT, porém devido ao AVC de seu pai e o falecimento de sua mãe teve que fechar matrícula.

Trabalhou por 10 anos na Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis, também já foi servidora terceirizada da Advocacia Geral da União - AGU e oficial judiciária do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG.

Vítima de violência quando jovem transformou a dor de sua experiência em força para lutar e defender uma sociedade mais igualitária e justa para mulheres e homens. Já foi voluntária em diversas instituições, como Lar das Meninas e a Biblioteca Pública municipal de Divinópolis entre outras instituições voltadas para fins sociais e filantrópicos.

Militante nas redes sociais desde 2009 quando começou pelo seu blog “Sou sentimentos...” que hoje está com quase 2(dois) milhões de acessos entre outras plataformas digitais como Facebook com mais de mil seguidores, Instagram, Twitter. Flickr, etc.

Aberta ao diálogo com todas as ideologias que buscam o desenvolvimento e dignidade de Divinópolis e Minas. Seu posicionamento é de políticas progressistas, desenvolvimentista, com flexibilidade para fazer parcerias com pessoas com outras ideologias mais liberais dentro do limite das suas convicções. Roberta Carrilho é uma mulher empreendedora, combativa e guerreira.

CONHEÇA MINHAS PRINCIPAIS PROPOSTAS - ALMG

- INCENTIVO ÀS EMPRESAS E EMPREGOS EM MINAS: Incentivar o desenvolvimento econômico de Minas Gerais priorizando a geração de empregos com parceria para facilitar e atrair novos investimentos e implantação de empresas e indústrias e consequentemente o aumento real do poder de compra da população mineira.

- DIREITOS ASSISTENCIAIS ÀS MULHERES: lutar por mais estrutura para a Rede de Atendimento à Mulher, por mais Juizados, parcerias com a OAB/MG, mais Delegacias da Mulher e pela garantia de fato do funcionamento da Lei Maria da Penha.

- SERVIDORES PÚBLICOS: Lutar por melhores salários e pela valorização dos professores, enfermeiros, atendentes, enfim todos os servidores de todas as secretárias estaduais com diálogos e cobrança junto ao Governo.

- MOBILIDADE URBANA E HUMANA INTEGRADA AO MEIO AMBIENTE SAUDÁVEL: Lutar por políticas públicas de mobilidade urbana. Buscar incentivos para o uso de bicicletas e de transporte público em quantidade e qualidade.

- TRANSPARÊNCIA NO EXERCÍCIO DO MANDATO: implementar um mandato participativo e popular, com prestação de contas públicas e que atenda às demandas da população mineira.