sexta-feira, 10 de novembro de 2017

ENSAIO FOTOGRÁFICO MAITÊ CARRILHO (minha filha mais velha)



Impressionante como ela se parece hoje comigo quando moça. Quem me conheceu pode confirmar. Estou um pouco assustada com esta semelhança.
Instagran para contato comercial @maitecarrilho
ou pelo Facebook Maite Carrilho Dias



























segunda-feira, 16 de outubro de 2017

SEJA VOCÊ por OSHO



Quando você começa a ficar responsável em relação a si mesmo, começa a abandonar suas máscaras. Os outros começam a se sentir perturbados, porque eles sempre tiveram expectativas e você satisfazia essas exigências. Agora eles sentem que você está ficando irresponsável.

Quando os outros dizem que você está sendo irresponsável, estão simplesmente dizendo que você está saindo do controle deles. Você está ficando mais livre. Para condenar o seu comportamento, eles o chamam de irresponsável.
Na verdade, sua liberdade está crescendo e você está se tornando responsável. Responsabilidade significa a habilidade de responder. Ela não é uma obrigação que precisa ser satisfeita no sentido comum. Ela é capacidade de responder, sensibilidade.

Porém, quanto mais sensível você se tornar, mais descobrirá que muitas pessoas acham que você está ficando irresponsável – e você precisa aceitar isso -, porque os interesses delas, os investimentos delas não serão satisfeitos. Muitas vezes você não satisfará as suas expectativas, mas ninguém está aqui para satisfazer as expectativas dos outros.

A responsabilidade básica é para com você mesmo. Assim, um meditador primeiro se torna muito egoísta. Porém, mais tarde, quando ele ficar mais centrado, mais enraizado em seu próprio ser, a energia começará a transbordar. Mas isso não é uma obrigação, não é que a pessoa precise fazê-lo. Ela adora fazê-lo; trata-se de um compartilhar.

Osho




quinta-feira, 27 de julho de 2017

FELICITAÇÕES PELOS 15 ANOS DA MINHA FILHA AMADA MARIA EDUARDA CARRILHO



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 #BomDiaFilhaQuerida# 🎂


💕 Hoje, filha querida, você está fazendo 15 anos…

💕 Que emoção para um coração de mãe que te carregou no ventre e desejou para sua vida os melhores e maiores sonhos.

💕 Que data especial para se fazer planos de felicidade! Solte sua alegria e deixe-a bailar no compasso da emoção!

💕 Você é uma linda jovem que está deixando para trás um mundo de bonecas e de fantasias infantis, para fazer parte do mundo maduro e complicado dos adultos.

💕 Não tema nada minha filha, ao seu lado estou e estarei sempre, pois meu amor por você é infinito, forte e ultrapassa qualquer fronteira de tempo ou de distância.

💕 Eu te amo filha e quero que sintas a minha emoção por te ver completar 15 anos.

💕 Viva intensamente o dia de hoje, ele é inteiramente seu e receba o carinho de todas as pessoas que te cercam e que te desejam somente o bem.

💕 Este momento agora é somente o começo, o início de uma vida linda e plena de realizações que você irá trilhar, com todo o meu amor e o meu apoio por muitos anos.


🎉🎊🎏 Parabéns filha pelos seus 15 anos! 🎂🍰 
🍃Maria Eduarda Carvalho Carrilho Clébicar Nogueira🍃 
... é o nome que eu lhe dei há 15 anos atrás pra você fazer parte deste mundo e da minha vida. Minha filha! 

☺Parabéns meu amor! 


Que os seus sonhos mais secretos possam ser realizados, que você tenha força, equilíbrio, energia, amor, respeito por todos, saúde física e emocional, coragem, humildade, benevolência, paciência e fé.

Estes são os meus desejos pra sua vida hoje e sempre.
🍃♥🍃

🍃"Nunca me esqueça porque eu nunca poderei viver sem você. Meu amor é eterno e pra sempre por você." 🍃

Mamãe ♥


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O PECADO POLÍTICO por Rander Maia


Obrigada meu amigo querido Rander Maia de Boa Esperança  por compartilhar comigo mais uma das suas fantásticas crônicas. Sempre carinhoso e amoroso comigo.

Roberta Carrilho 
  


A política é uma causa nobre e a bíblia diz que devemos orar pelos nossos governantes. Ela é importante para servir ao país e ao povo, mas do jeito que está sendo exercida no Brasil, ela macula e desvirtua seus objetivos. 

Numa outra crônica usei pela primeira vez o termo “pecado político” para expressar a falência do sistema político no país e o descalabro da atuação dos políticos brasileiros nas últimas décadas. A corrupção institucionalizada, a incompetência e o descompromisso dos nossos governantes, senadores, deputados federais e estaduais com os interesses da nação, dos estados e do povo não é novidade na vida política brasileira. Mas, sem dúvida alguma, é a maior que já existiu nesse país, que parece esquecido por Deus, desde que o Brasil se tornou independente. Jamais existiu coisa parecida. Desde que o Brasil trocou os governos militares por essa democracia corrompida nunca tivemos tantos desgovernos e tanta corrupção. Existe coisa mais imoral que o foro privilegiado dos políticos, que só existe no Brasil, para crimes comuns? O congresso e as assembleias consagram a impunidade. Os homens do poder, ao assumirem um mandato pensam somente em seus próprios interesses, em acumular riqueza e status em detrimento dos verdadeiros interesses da nação e do povo. No Brasil a maioria dos partidos políticos é criada para atender interesse de corporações e ou projetos políticos pessoais. Atualmente são 35 partidos. É surreal. Na verdade não são partidos. São legendas. Não têm ideologia e não cumprem os seus próprios programas. Têm interesses. Não pensam no Brasil. Não são patriotas. Disse o, escritor Diogo Mainardi, “Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se unem pra roubar juntos”. 

Criam-se verdadeiras organizações políticas criminosas que permitem cuidarem tranquilamente de seus interesses pessoais, na busca pelo poder, não para servir ao povo, mas o poder pelo poder, para se servirem e se abastarem com o dinheiro público. Muitas obras que são realizadas pelos nossos governantes mais com o intuito de levarem vantagens ou mesmo roubarem e se locupletarem do que propriamente para servir a população. Alguns são espertalhões. Sabem roubar e não são descobertos ou ainda não foram, embora todos sabem da origem de sua riqueza. Hipócritas. Pensam que o povo é tolo. E mesmo quando pegos em suas falcatruas, têm o cinismo de dizerem: Foi tudo feito dentro da lei e as contas foram aprovadas. São profissionais do cinismo. Tentam desqualificar os críticos na tentativa de vestir a trapaça com o verniz da lisura. Uma desfaçatez. É o roubo institucionalizado. É, sim, a exploração dos trabalhadores pelos governantes, senadores, deputados e ocupantes de cargos do alto escalão, em todos os poderes da república, que vão acumulando vantagens, benefícios e benesses com seus altos salários que chegam a receber 40, 50 e 80 mil reais mensais ou mais. Recebem auxílios e mais auxílios. Falta vergonha. Sobra ganância. E o povo pergunta: Para que servem o Congresso Nacional e as Assembleias Estaduais que deveriam ser os guardiões da democracia e da decência? Para nada responde a maioria da população. Ah sim, servem de balcão de negócios escusos dos políticos corruptos. Infelizmente. Enquanto isso, as mais diversas categorias profissionais tão úteis e importantes à sociedade brasileira não tem o valor nem a remuneração que merecem. 

A corrupção e a ganância dos políticos brasileiros devastam o país e essa roubalheira institucionalizada retira os recursos da saúde pública, da segurança, da educação, das obras de infraestrutura necessárias ao país. Recentemente num programa de televisão do jornalista Alexandre Garcia com especialistas no assunto, ele afirmou que o Congresso brasileiro gasta para atender a assistência médica, paga com os recursos públicos, dos senadores e deputados o equivalente ao que 5.500 municípios brasileiros gastam para atender a assistência à saúde de seus munícipes. Afirmou, também, que o fundo partidário criado pelos políticos com verbas públicas para os partidos políticos fazerem politicagem é um saque escamoteado e um acinte a dignidade do povo brasileiro. 

Os governos do Brasil contemporâneo insistem em cobrar mais e mais impostos, quando poderiam cortar as despesas supérfluas, os privilégios e a corrupção. Recursos absurdos são subtraídos na forma de aposentadorias kafkianas e injustas e privilégios descabidos para políticos e ocupantes de altos cargos públicos. Sem falar nos milhares cargos comissionados desnecessários criados somente para acomodar seus apaniguados. O povo brasileiro trabalha cinco meses do ano somente para sustentar uma máquina administrativa onerosa, ineficiente desses governos perdulários, corruptos e incompetentes. O povo brasileiro vive uma distopia, termo usado pelo escritor e jornalista inglês George Orwell para designar a opressão governamental, e assim o povo brasileiro vive oprimido pela corrupção, pela excessiva carga tributária, pelo imposto de renda injusto e desumano que tanto sacrifica a classe média, pelos péssimos serviços públicos e pelo podre sistema político. É o império da opressão. 

Agora, o Governo Federal, cujos donos do poder ostentam polpudas aposentadorias, apresenta uma proposta criminosa e covarde de reforma da previdência que é uma violência e muito prejudica os trabalhadores e suas viúvas. E ainda a sensação de impotência, pois, aqueles que deveriam defender o interesse do povo, em sua maioria, são corrompidos e venais. Certamente os privilegiados políticos e os marajás do serviço público não estarão incluídos nela ou encontrarão outras formas de se beneficiarem. E com essa reforma, que vai provocar o empobrecimento dos trabalhadores e da classe média brasileira, os brasileiros irão se aposentarem na hora da morte. Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte, afirmou em entrevista a jornal “Estado de Minas”: “falta moral a maioria dos atuais deputados e senadores para reformar a previdência”. Segundo especialistas em seguridade social, a previdência social urbana não é deficitária. Temos um governo podre e medíocre. 

É injusto e opressivo recolher impostos cada vez mais escorchantes do povo trabalhador para enriquecer os políticos e atender as suas mordomias. Os recursos que faltam nos serviços públicos de qualidade, na construção de obras de interesse da população são consumidos pela corrupção, pelos altos salários dos ocupantes de cargos públicos ou jogados no ralo do desperdício. Empobreceram o país. Vivemos uma democracia corrompida e um sistema político apodrecido. Elegemos políticos para nos roubarem. Mas a verdade é que ultimamente Brasil tem sido governado por organizações criminosas travestidas de partidos políticos. A intemperança desses políticos rasga a alma brasileira. 

Os recursos roubados são o dinheiro retirado do povo pelos impostos absurdos. É o pecado político. É o pecado cometido pelos políticos que roubam e se locupletam disfarçados com o verniz da honestidade que não possuem e acham que enganam o povo. Certamente o inferno estará cheio desses políticos e governantes desonestos e dissimulados. O Brasil e os brasileiros estão mal servidos com seus governantes e representantes no parlamento e nas assembleias estaduais. Com honrosas exceções. 
Como diz o padre Fábio de Melo; “O poder não é fonte de vaidade”. 

Nem de enriquecimento ilícito. Isso mesmo, eles são eleitos para servir ao país e ao povo e não para se servirem. O Brasil tem jeito, mas o sistema político tem que mudar e as mordomias e privilégios dos políticos têm que acabar. Estamos acomodados e não adianta somente nos indignar. É preciso reagir e manifestar repúdio contra esse descalabro dos políticos e dos governantes brasileiros. A desilusão e a descrença com a política e com os políticos são generalizadas. BASTA.


AUSTERIDADE PARA QUEM?


Após o golpe, Michel #ForaTemer busca se legitimar com o discurso de austeridade financeira. Emenda Constitucional nº 95 (Pec do Fim do Mundo), terceirização, antirreforma trabalhista, destruição da Previdência, aumento do PIS/Cofins dos combustíveis e, por último, o programa de demissão voluntária (PDV) para os servidores públicos do Poder Executivo. Tudo isso com o falacioso “argumento” de cobrir o “rombo” do orçamento. O discurso é neoliberal de sempre.

Mas, qualquer pingo de legitimidade que ele pudesse vir a ter foi para o ralo com a desfaçatez com que verbas públicas para atender a um desejo individual: a sua manutenção no poder. Para garantir o apoio do Congresso, Temer derrama rios de dinheiro em emendas parlamentares para a base aliada, aumenta cargos de confiança no Executivo.

Individual? Mas e a aprovação da antirreforma trabalhista não seria uma demonstração de força de Michel Temer? Não. A trabalhista passou porque havia uma comoção, em função da composição social do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, para votar ao seu favor. A maioria é formada por empresários míopes de visão estratégica e que votam por interesse próprio, e não para favorecer o Temer. Há uma coincidência de propósitos




O PODER DA ALMA


Do ontem, traga o máximo de experiencias que puder, do hoje, faça o seu melhor, e tenha cautela. Agindo assim, para o amanhã, você terá infinitas surpresas e merecimento digno do que tiver que colher.



terça-feira, 4 de abril de 2017

MORO SE IRRITA COM PROCURADORES


Curitiba Urgente: Força tarefa faz reunião de emergência, e o clima é tenso! (veja em tela cheia) - Vídeo de Paulo Sérgio 

Adorei!! 
Bem assim mesmo este deusmoro fascista kkkkkk
Roberta Carrilho 







quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

GRATIDÃO SENTIMENTO DE PESSOAS NOBRES DE CARÁTER E CORAÇÃO....


Bom Carnaval para todos!!!!
Roberta Carrilho



P.s.: Eu não curto carnaval (carne que nada vale) mas para quem gosta então se joga ... na folia - rs 



INGRATIDÃO MATA PAIXÃO, ALIÁS, MATA TUDO!! NADA SOBREVIVE ESTE SENTIMENTO MENOR E HORRÍVEL



Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, de servir gente folgada, de nutrir amizades duvidosas, para que possamos percorrer somente os encontros verdadeiros.


Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer. Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois, mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.

Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.

É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele. Temos que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de vergonha na cara.

Não podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma coisa, algo sem importância, invisível, dispensável. Nem todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente os encontros verdadeiros.

Não é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos, a vida, tudo é imprevisível. Embora muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.


EXISTÊNCIA by Paulo Coelho



''Precisamos esquecer o que achamos ser...
Para que possamos realmente ser o que somos.''

Paulo Coelho


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

ESTOU EM LUTO!!! Morre o sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman


O intelectual tinha 91 anos e era considerado um dos principais pensadores do século XX


O filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman morreu nesta segunda-feira (9), em Leeds, na Inglaterra, informou o jornal polonês Gazeta Wyborzca. A causa da morte não foi divulgada. Aos 91 anos, Bauman era considerado um dos intelectuais mais importantes do século 20. Ele deixou a mulher, Janine Lewinson-Bauman, e três filhas. 

Nascido em Poznan, no oeste da Polônia, em 1925, Bauman fugiu do nazismo, ainda pequeno, com a família para a União Soviética. Lá, serviu na Segunda Guerra Mundial pelo Exército local.

Mais tarde voltou à Polônia, onde foi professor da Universidade de Varsóvia. O que não durou muito. Destituído do posto, teve obras censuradas e foi expulso do Partido Comunista do qual era afiliado.

Em 1968, deixou a Polônia por conta de perseguições antissemitas. Mais tarde, renunciaria à sua nacionalidade e se instalaria em Tel Aviv, em Israel. Anos depois, se fixou Universidade de Leeds, na Inglaterra, onde desenvolveu a maior parte de sua carreira.

Com uma visão crítica da realidade, Bauman era considerado um pessimista.

Um intelectual que se manteve ativo e trabalhando até os últimos momentos de sua vida. Uma de suas teorias mais conhecidas era a da “modernidade líquida” – que compreende um período de intensa mudança na humanidade: tudo que era sólido se liquidificou. De acordo com o conceito, agora “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso”.

A filosofia, a cultura, o individualismo, o avanço da desigualdade, a revolução digital, a efemeridade das relações a partir dessa revolução são algumas questões estudadas pelo pensador – que se tornou uma figura de referência em diferentes campos do conhecimento.

A maioria dos livros de Bauman foi traduzida para o português. Seu último título lançado no Brasil foi A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós? (editora Zahar). Nele, o polonês aborda as atuais consequências do neoliberalismo que triunfou na sociedade capitalista nos aos 80.

O filósofo deu aula em universidades dos Estados Unidos, Austrália e Canadá, sendo professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds, onde trilhou a maior parte de sua carreira. Sua obra, que começa nos anos cinquenta, foi reconhecida com prêmios como o Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades em 2010, que obteve juntamente com o colega Alan Touraine.

As teorias de Bauman exerceram grande influência nos movimentos antiglobalização. Seus ensaios alcançaram fama internacional nos anos oitenta, com títulos como Modernidade e Holocausto (1989), em que define o extermínio dos judeus pelos nazistas como um fenômeno relacionado ao desenvolvimento da modernidade. Em sua última entrevista concedida ao EL PAÍS, Bauman fez uma dura crítica às redes sociais: "As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha". 

Entre suas obras mais significativas, destacam-se Modernidade Líquida (2000), em que afirmava que o capitalismo globalizado estava acabando com a solidez da sociedade industrial; Amor Líquido (2005); e Vida Líquida (2006). Além disso, é autor de títulos como A Cultura Como Praxis (1973, sem tradução no Brasil), O Mal-Estar da Pós-Modernidade (1997), A Globalização: As Consequências Humanas (1998), Em Busca da Política (1999), A Sociedade Individualizada(2001) e Vidas Desperdiçadas (2005). 

Entre seus trabalhos publicados em português, também encontram-se Medo Líquido (2006), A Arte da Vida (2008), Desafios do Mundo Moderno (2015) e A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós? (2015). 

Relações, consumo e globalização: 9 pensamentos de Zygmunt Bauman que vão chacoalhar sua mente 


A seguir, conheça 9 pensamentos deixados pelo intelectual 

1) Sobre identidade e redes sociais

“A diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence à comunidade, mas a rede pertence a você. É possível adicionar e deletar amigos, e controlar as pessoas com quem você se relaciona. Isso faz com que os indivíduos se sintam um pouco melhor, porque a solidão é a grande ameaça nesses tempos individualistas. Mas, nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. Elas são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se precisa ter uma interação razoável. Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se envolver em um diálogo [...] As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.” Trecho extraído de entrevista ao El País

2) Sobre consumo e poder de escolha

“Numa sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutoras as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o sentido da realidade empobrecida, tanto mais irresistível se torna o desejo de experimentar, ainda que por um momento fugaz, o êxtase da escolha. Quanto mais escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para nós.” Trecho extraído do livro Modernidade Líquida

3) Sobre o sofrimento mediado pelo consumo

“Algum tipo de sofrimento é um efeito colateral da vida numa sociedade de consumo. Numa sociedade assim, os caminhos são muitos e dispersos, mas todos eles levam às lojas. Qualquer busca existencial, e principalmente a busca da dignidade, da autoestima e da felicidade, exige a mediação do mercado.” Trecho extraído do livro Vida Líquida.

4) Sobre redes sociais e privacidade

“Os adolescentes equipados com confessionários eletrônicos portáteis são apenas aprendizes treinando e treinados na arte de viver numa sociedade confessional – uma sociedade notória por eliminar a fronteira que antes separava o privado e o público, por transformar o ato de expor publicamente o privado numa virtude e num dever público (…)” Trecho extraído do livro Modernidade Líquida

5) Sobre globalização e uma humanidade interligada 

“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não, torcendo positivamente ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando nossas vidas.” Trecho extraído do livro Modernidade Líquida

6) Sobre o Brasil 

“Vocês estão no caminho certo e eu espero de todo o meu coração que vocês cheguem lá. Eu apenas direi que os representantes de 66 governos do mundo vieram para o Rio de Janeiro para se consultarem, para aprenderem sobre a experiência de retirar 22 milhões de pessoas da pobreza. Ninguém mais repetiu esse milagre, só o Brasil. Desejo que continuem isso, mas também agora algumas deficiências estão vindo à tona”. Trecho extraído de entrevista ao jornalista Alberto Dines, em 2015.

7) Sobre a pós-modernidade globalizada

“Na hierarquia herdada dos valores reconhecidos, a ‘síndrome consumista’ destronou a duração, promoveu a transitoriedade e colocou o valor da novidade acima do valor da permanência.” Trecho extraído do livro Vida Líquida.

8) Sobre relacionamentos em um mundo individualista

"Em nosso mundo de furiosa individualização, os relacionamentos são bençãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro. Na maior parte do tempo, esses dois avatares coabitam - embora em diferentes níveis de consciência. No líquido cenário da vida moderna, os relacionamentos talvez sejam os representantes mais comuns, agudos, perturbadores e profundamente sentidos da ambivalência." Trecho extraído do livro Amor Líquido

9) Sobre relacionamento e riscos 

"Não se deixe apanhar. Evite abraços muito apertados. Lembre-se de que, quanto mais profundas e densas suas ligações, maiores os seus riscos. (...) E lembre-se, claro, de que apostar todas as suas fichas em um só número é a máxima insensatez!" Trecho extraído do livro Amor Líquido


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ZYGMUNT BAUMAN: BABEL ENTRE A INCERTEZA E A ESPERANÇA por Leonardo Cazes (08/08/2016)


NÓS, OS FABRICANTES DE SOLIDÃO publicado em sociedade por Mariana Ribeiro