E eu também tenho vários sonhos ...
Linda homenagem a este ser humano
extraordinário e humanista.
Roberta Carrilho
EU TENHO UM SONHO
28 de agosto de 1963 Washington, D.C.
Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Independência estavam assinando uma nota promissória de que todo norte americano seria herdeiro. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim, homens negros assim como homens brancos, teriam garantidos os inalienáveis direitos à vida, liberdade e busca de felicidade.
Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça. No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados de atos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na taça da amargura e do ódio. Precisamos conduzir nossa luta, para sempre, no alto plano da dignidade e da disciplina. Precisamos não permitir que nosso protesto criativo gere violência físicas. Muitas vezes, precisamos elevar-nos às majestosas alturas do encontro da força física com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade negra não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas brancas. Isto porque muitos de nossos irmãos brancos, como está evidenciado em sua presença hoje aqui, vieram a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender que sua liberdade está inextricavelmente unida a nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar.
Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho norte americano.
Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais".
Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter.
Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo espiritual negro: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim,
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.
Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver.
O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício.
No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.
Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.
É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver.
Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira.
O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos.Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.
O que vale não é o quanto se vive...mas como se vive.
Nós não podemos nos concentrar somente na negatividade da guerra, mas também na positividade da paz.
Nós não somos o que gostaríamos de ser.
Nós não somos o que ainda iremos ser.
Mas, graças a Deus,
Não somos mais quem nós éramos.
Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.
Saiba que seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora. O seu pensamento é a planta concebida por um arquiteto para construir um edifício denominado prosperidade. Você deve tornar o seu pensamento mais elevado, mais belo e mais próspero.
Cada dia é o dia do julgamento, e nós, com nossos atos e nossas palavras, com nosso silêncio e nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: 'O que fiz hoje pelos outros?
O comunismo existe hoje por que o cristianismo não está sendo suficientemente cristão.
Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização.
Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes; mas não aprendemos a simples arte de vivermos junto como irmãos.
Quando os nossos dias se tornarem obscurecidos por nuvens negras e baixas, quando as nossas noites forem mais negras do que mil noites. Lembremo-nos, que no universo a um grande e benigno poder , que e capaz de abrir caminho onde não há caminho, e de transformar o ontem sombrio num luminoso amanhã
O que afeta diretamente uma pessoa, afeta a todos indiretamente.
Enfrentaremos a força física com a nossa força moral.
"Eu também sou vítima de sonhos adiados,
de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso,
eu ainda tenho um sonho, porque a gente não
pode desistir da vida."
"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.
A covardia coloca a questão: 'É seguro?'
O comodismo coloca a questão: 'É popular?'
A etiqueta coloca a questão: 'é elegante?'
Mas a consciência coloca a questão, 'É correto?'
E chega uma altura em que temos de tomar uma posição que não é segura, não é elegante, não é popular, mas o temos de fazer porque a nossa consciência nos diz que é essa a atitude correta.
Martin Luther King
complementando ...
Aniversário
Economia deve marcar fala de Obama em evento sobre Martin Luther King
Primeiro presidente negro dos EUA vai discursar no mesmo local em que pastor fez o histórico pronunciamento "Eu tenho um sonho...", há cinquenta anos
O pastor Martin Luther King, durante o célebre discurso em Washington (AFP PHOTO/FILES)
Em meio a questões delicadas, como a crise na Síria e o vazamento de informações secretas sobre operações de espionagem, Barack Obama reservará uma parte de sua agenda nesta quarta-feira para discursar em frente ao Memorial de Lincoln, em Washington, no evento dos 50 anos do célebre discurso “Eu tenho um sonho...”, do pastor Martin Luther King Jr. Na condição de primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, Obama deverá fazer um discurso calcado na economia. Na homenagem a Luther King, o democrata estará acompanhado dos ex-presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton.
Obama já abordou a questão nos últimos dias. Na Universidade Binghamton, em Vestal Nova York, o presidente disse que o legado de discriminação nos EUA é uma desigualdade persistente entre negros e brancos. Acrescentou que a busca por igualdade hoje atinge também hispânicos, imigrantes, gays e outras minorias que cada vez mais têm peso no eleitorado americano. Em uma entrevista a um programa americano no início desta semana, lembrou que o discurso do pacifista, em 28 de agosto de 1963, também foi sobre empregos e justiça e que, quando se fala em economia, os Estados Unidos “não conseguiram mesmo progresso visto nas áreas civil e social”.
“King e Obama, nascidos com 32 anos de diferença, aprenderam que um líder afro-americano precisa ligar à questão da igualdade racial a causa mais ampla da justiça econômica, que inclui brancos, classe média e trabalhadores para evitar o fracasso, a revolta e a marginalização”, analisou o site americano Politico. “Para Obama, a economia é uma forma segura de falar sobre raça”, disse ao site o historiador Taylor Branch, autor de uma série sobre o movimento de direitos civis no período Martin Luther King.
O texto afirma ainda que Obama tem se mostrado mais à vontade para falar de questões raciais de um ponto de vista pessoal agora que não terá mais uma corrida eleitoral pela frente. Pode até ser, mas os objetivos políticos estão presentes, como no pronunciamento feito no mês passado sobre a morte do jovem negro Trayvon Martin. Em sua fala, Obama fez referência a experiências pessoais de discriminação e falou em um “histórico de disparidades raciais na aplicação das leis” nos EUA. Ele falou dias depois da absolvição do vigia comunitário George Zimmerman, em um julgamento legítimo realizado na Flórida.
Obama já havia citado Martin Luther King em seu discurso de posse, no dia 21 de janeiro, feriado nacional em homenagem ao líder negro. Desta vez, ele deverá ligar as esperanças do pacifista com conquistas de seu governo e com objetivos de seu segundo mandato, que inclui questões complicadas, como a reforma imigratória, a taxação maior para os mais ricos, a redução dos custos do ensino superior para os estudantes.
Será uma oportunidade para o democrata apresentar uma agenda positiva, diante dos escândalos que marcam esse início de segundo mandato, um leque que vai da manipulação de informações sobre a ameaça terrorista na Líbia – onde um ataque ao consulado em Bengasi deixou quatro funcionários americanos mortos – à perseguição do Fisco a opositores do governo, passando pela perseguição a jornalistas e a divulgação de informações sobre o abrangente esquema de vigilância de cidadãos pelos Estados Unidos.
Saiba mais:
Evento – Há cinquenta anos, 250 000 pessoas foram a Washington acompanharam as palavras de King e de outros oradores que falaram sobre a situação racial e social do país. Milhões de outras pessoas acompanharam o evento pela televisão. King, então com 34 anos, foi o último a faltar naquele dia. Seu discurso, distante da visão revanchista de outros ativistas da época e carregado com um forte tom cristão – que havia sido aperfeiçoado em púlpitos de igrejas batistas do sul dos EUA – pedia conciliação, esperança e, sobretudo, justiça.
Incluía algumas das frases que ficaram gravadas na história: "Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se levantará e tornará real o verdadeiro significado de seus princípios: 'acreditamos que estas verdades são evidentes: que todos os homens são criados iguais'". E ainda: “tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter”.
No ano seguinte ao discurso, 1964, a segregação oficial em escolas e locais públicos nos EUA foi finalmente banida com a aprovação do Ato dos Direitos Civis, que havia sido enviado pelo presidente John Kennedy ao Congresso ainda em 1963, a culminação de mais de uma década de luta por igualdade.
A contribuição de King foi reconhecida no mesmo ano, quando ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz – aos 35 anos, King tornou-se o mais jovem a receber o prêmio. Quatro anos depois, ele seria assassinado.
Os negros representam 14,2% da população dos Estados Unidos. Entre eles, o desemprego chegou a 12,6%, em julho, o dobro da média nacional. Já a renda média de uma família negra equivale a dois terços da renda geral. O nível de pobreza dos negros, apesar de ter caído nos últimos 50 anos, passando de 41,8% para 27,6%, continua sendo muito maior do que a média geral, que é de aproximadamente 15%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário