quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

VAIDADE E ARROGÂNCIA - Hammed



Verdadeiramente, quantos, em todas as épocas, viveram essa embriaguez alucinante pela fama, pelo poder, pelo status, a ponto de declinar de suas realidades apenas para velejar pelos mares procelosos dos enganos, ainda que conscientes, sempre injetados de delírios, a vicejar pelo campo da loucura? São espetáculos megalomaníacos de vaidade, prepotência, um achincalhe às leis naturais, um desvio inconsequente na direção da insanidade, determinando para mais dia, menos dia uma colisão mental de grandes proporções, levando muitos a estagiar na área dos comportamentos esquizos, bipolares, delirantes, desvestidos de equilíbrio no campo da sanidade mental, uma vez que os impactos da ilusão são tão pesados e tão devastadores que acabam por incapacitar o ser durante muito tempo, inviabilizando qualquer propósito mais auspicioso na direção do progresso consciente.

E assim, em razão da invigilância do dia a dia, sem perceber, o ser efetua desprevenidamente um homicídio perigoso, na medida em que vai matando em si o sentido da humildade e afastando-se da harmonia universal. O universo nos dá seguidamente lições profundas de humildade, apesar de toda sua grandeza. Dessa forma, o ser acaba por destruir em si oportunidades relevantes de aprendizado no campo da Fraternidade, complicando temporiamente sua marcha rumo às faixas excelsas da luz, por se isolar e deixar de agregar conquistas que se fazem decisivas para sua evolução psíquica. Assim, companheiros maravilhosos, nobres promessas acabam por autorretardar a própria marcha inviabilizando por tempo infindo conquistas pessoais tão necessárias ao espírito imortal. Tornam-se, por assim dizer, miseráveis, paraplégicos espirituais atados inertes às cadeiras das vaidades e arrogâncias humanas, e assim permanecem condenados a longínquos períodos de inércia a circular por terrenos viscosos detendo a mente em constantes derrapagens na área da razão e do bom senso, tudo em decorrência de um monoideísmo sutil que passa a se nutrir da virulência de das chagas purulentas, malignas e aniquilantes denominadas "Vaidade e Arrogância".

Onde se instalam a "vaidade e arrogância", pouco a pouco vai se verificando uma derrocada geral nas linhas dos valores pessoais. As pessoas deixam de perceber a realidade e se aprofundam nas fantasias; mergulham nos mares tempestuosos das ilusões, de onde dificilmente conseguirão sair, o que acontecerá somente à custa de muito sofrimento e de continuados sacrifícios. De todas as prisões existentes, nenhuma é mais terrível do que as da Vaidade e Arrogância. Na medida em que encarcera o ser, ela retira dele, de forma total e imediata, a liberdade de escolha, impediando-o de enxergar a realidade que o cerca. Mas o pior de tudo é que, apesar de preso, manietado em suas liberdades e cerceado em sua visão do real, o vaidoso e o arrogante se compraz com sua vaidade e sua arrogância, ama-as e, assim, vai passando a adorá-las. E daí, pelos impactos vertidos das forças resultantes da adoração, acabam por prestar-lhe culto construindo em seus corações verdadeiros altares deificando seus bezerros de ouro.

Nenhuma escravidão é mais cruel e maior do que a senzala na qual vive o vaidoso e arrogante. Ele sofre diariamente quando colocado no tronco da realidade; apanha impiedosamente com as chibatas do bom senso, que buscam chamá-lo à liberdade, liberdade esta que somente a humildade poderá ser capaz de resgatar. Mas o vaidoso e arrogante, infelizmente, ao conseguir quebrar os grilhões da rebeldia que o mantêm preso, ainda assim, se compraz com o próprio sofrimento, aceitando-o, abrindo amplos processos de vivência por meio das convivências de cada dia, impossibilitado que se acha de trabalhar em prol da humildade libertadora A humildade é a única carta de alforria capaz de libertar o ser dos grilhões que o mantêm atado ao tronco das vaidades e arrogâncias.

Quanta insensatez!
Quanta vaidade!
Quanta arrogância!

Somente o ser humilde pode aplacar a vaidade e arrogância em si, na medida em que a humildade não se dá a disputas, ela cede ininterruptamente e concede sempre, por isso somente a humildade é suficientemente forte e capaz de desconstruir no íntimo do ser as trevas densas causadas pelas ideias de posse. Somente o ser humilde apreende, entende e toma consciência plena de que ninguém possui nada, todos os bens humanos são pertinentes aos murais da vaidade e todos são total e plenamente transitórios, viajam de mão em mão e, como a areia que se espalha pelo chão, não pertencem a ninguém. Os humildes sabem que a riqueza não existe, e que o mundo chama erroneamente de riqueza o acúmulo de posses transitórias. Ela é simplesmente o valor que se dá a um conjunto de coisas ou bens, e varia de valor de pessoa para pessoa. O humilde entende que verdadeiramente ninguém possui nada e, em relação aos bens materiais, quanto menos os temos mais leves ficamos. A leveza nos concede agilidade e, assim, mais rápido andamos e por certo mais longe vamos, concluindo assim nossos objetivos com menos desgastes.


Hammed


Toda vez que leio texto como este sobre comportamento humano... não tem jeito, vem logo à cabeça a figura do H.K. Então ...
Eu dedico este texto do Hammed a ele uma das pessoas mais arrogantes que eu tive o desprazer de conhecer e conviver nesta existência. Infelizmente!!!
Já é tempo deste sujeito desprovido de caráter e sentimentos mais refinados aprender a tratar às pessoas com respeito e dignidade. Eu não sei o porque dessa insistência em continuar agindo como um 'molóide' num comportamento esquizo rsrsrs (peguei pesado hein!).
Deixando a brincadeira de lado, não sei se tenho dó ou pena (podem escolher) porque sei que sua colheita será espinhoooosa. Suas companhias serão a solidão, tristeza, desprezo das pessoas. Ele merece o pior porque ele é a pior pessoa. E não adiantará reclamar, vitimizar ou chorar, não Senhor! Quem planta colhe. Não tem outro jeito, porque ninguém, digo ninguém mesmo, fica impune a Lei de 'Causa e Efeito'.
Roberta Carrilho








Nenhum comentário:

Postar um comentário