quinta-feira, 15 de julho de 2010

RESTABELEÇA OS SENTIMENTOS BONS - Livro: Amar sem Mimar



Se houve uma confrontação raivosa, é importante restabelecer os bons sentimentos o mais cedo possível - assim que todos se acalmarem.

Os pais e as crianças querem e precisam que os bons sentimentos prevaleçam, até mesmo quando as batalhas se tornam ferozes. Tempo e distância curam muitas feridas, e um simples pedido de desculpas por diminuir ressentimentos e pavimentar o caminho para a reconciliação. Algumas pessoas têm medo de deixar seus filhos verem que elas são vulneráveis. Mas é uma boa lição para as crianças aprenderem. Todos nós, às vezes, somos fracos. Cometemos muitos erros com nossas crianças e todos nos lamentamos. Porém, quando colocamos o lado humano no trabalho de paternidade/maternidade e reconhecemos nossas imperfeições, fica mais fácil restabelecer os bons sentimentos.

Como você consegue fazer isso? Às vezes, um abraço e uma declaração simples como: "A mamãe te ama!" funcionam. Outras, especialmente com crianças mais velhas, uma conversa mais longa é necessária. Outras, ainda, se você fica descontrolado, tem de se desculpar.

Muitas pessoas relatam que seus pais munca se desculparam com elas nem admitiam que estavam errados. Eu penso que alguns pais se preocupem que essas admissões suprimam sua autoridade. Mas é importante para nós, como pais, mostrarmos respeito pelos sentimentos de nossas crianças desculpando-nos quando dissermos ou fizermos alguma coisa pela qual nos lamentamos. Desse modo, ensinamos nossas crianças que todo nos lamentamos. Desse modo, ensinamos nossas crianças que todo mundo, às vezes, pode estar errado, e que não há problemas ou vergonha em admitir isso.

Há muitos modos de dizer: "Eu sinto muito!":

  • "A mamãe não deveria ter gritado com você. Eu não pretendia magoar seus sentimentos".

  • "Nós tivemos um dia difícil hoje, não é mesmo? O que posso fazer para você se sentir melhor?"

  • "Eu gostaria de apagar o que acabei de dizer. Eu realmente perdi a cabeça".

  • "Eu estava errado".

  • "Eu não lhe culpo por estar chateado. Você está pronto para os meus beijos e  para fazer as pazes?"

  • "Sinto muito por ter perdido a paciência. Nós podemos recomeçar?"
Se nós conseguirmos colocar o lado humano no trabalho de ser pai ou mãe, ficarár mais fácil restabelecer os bons sentimentos.

Quando você é tentado a gritar com sua criança por ser rude, descuidada ou chata, pare e tente se imaginar falando com um estranho ou com alguém que você mal conhece. Você falaria do mesmo modo?

Depois de uma palestra que dei em Ohio, uma mãe me contou a seguinte história: "Eu tinha pedido para minha filha parar de correr pela casa, mas ela continuava a me ignorar. De repente eu ouvi um som de algo quebrando. Ela tinha pisado no meu novíssimo e caro grampo de cabelo de casco de tartaruga. Eu fiquei a ponto de gritar com ela, de dizer o quanto estava furiosa e de perguntar por que tinha me ignorado. Porém, dei uma olhada na expressão em seu rosto e vi como estava assustada e se sentindo culpada. Então, é apenas uma coisa e coisas podem ser substituídas. Isso não é como machucar uma pessoa. Eu sei que foi um acidente e você não pretendeu fazer isto. 'Oh, mamãe, eu te amo!', ela disse com os olhos cheios de lágrimas. 'Eu sinto muito. Eu não fiz de propósito".

Uma história de pais: O presente de Garret
"Sendo solteira, eu luto para usar a disciplina positiva com meu filho de nove anos, cheio de energia e paixão. As tensões da vida, minhas próprias feridas e minha natureza apaixonada frequentemente atravessam o caminho. Uma tarde, chamei meu filho repetidamente para vir para casa. Uma vizinha estava comigo e fiquei furiosa porque meu filho não veio quando o chamei e mais brava ainda por ee ter escolhido fazer isso na frente dela. Além disso, era um dia de TPM, o que me deixa furiosa por qualquer coisinha.
Quamdo meu filho entrou e a vizinha se foi, eu gritei com ele sobre seu comportamento rude, a seis centímetros de distância de seu rosto. Eu o mandei para o quarto para que eu pudesse me acalmar. Masi tarde, à noite, me senti muito arrependida por ter ficado tão furiosa por uma coisa muito pequena; falei com ele sobre isso e pedi desculpas por ter perdido o controle. Então, discutimos o que poderíamos fazer de modo diferente da próxima vez.
Ainda nessa noite, suportando todo o peso de meu mais recente fracasso como mãe, perguntei a ele, com receio: "Quando você for adulto, pai, tiver muitas tensões na sua vida e chegar em casa e seus filhos se comportarem mal, para quem você vai olhar como um modelo de comportamento?' Ele calmamente respondeu: "Você".
"Eu? eu disse, horrorizada. 'Eu! Por que eu?"
"Porque, ele disse, você nunca desiste de tentar".


Nancy Samalim e Catherine Whitney

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