Os pais frequentemente se sentem culpados quando perdem as estribeiras ou a paciência com seus filhos. Mas, quando pensam nas vezes em que expressaram raiva - sem mencionar a raiva incontrolável, que deixa o rosto roxo - a maioria deles acha que, de alguma maneira, falharam. Mas a raiva é uma emoção humana normal e as pessoas tendem a ficar mais iradas com quem mais amam. A questão não é como parar a raiva e sim o que fazer quando os ataques de raiva são inevitáveis.
Aqui estão algumas válvulas de escape para quando as coisas saírem do controle:
- Reserve um tempo só para você. Quando ficamos tãoalterados que estamos a ponto de perder o controle, sair de cena ou pedir um brece tempo pode nos dar uma pausa para que não fiquemos à mercê de nossas palavras ou emoções. E sair pode ser um modo poderoso de mostrar autocontrole e demonstrar para seu filho como voê considera a situação. O dilema dos pais, há três palavras que devem ser lembradas quando a raiva o fizer se sentir vermelho: sair, esperar e se acalmar.
- Saia do quarto, coloque fones de ouvido ou se tranque no banheiro (se for necessário, coloque os bebês e as crianças em um berço onde você sabe que estarão seguros durante alguns minutos). Explique brevemente para seus filhos por que você está deixando a cena. Por exemplo, você pode dizer: "Eu estou me sentindo tão furiosa neste momento que não quero ver vocês até me acalmar". As crianças pequenas podem seguir você e se sentirão muito tristes quando você sair. Porém a alternativa - gritar, bater ou atacar seu filho verbalmente - é mais prejudicial. Assim, embora sair de perto de seu filho possa não ser o ideal, frequentemente é o menor dos males.
- Segure sua língua. As pessoas bravas, magoadas ou chateadas não podem ter um discussão civilizada ou argumentar uma com a outra: assim, se seu filho provocar você ao ponto da ira, tente não dizer nada durante um minuto. Estamos no máximo de nossa vulnerabilidade e menos aptos a disciplinar efetivamente quando estamos transtornados. Nesses momentos, lembre-se: "Eu responderei mais efetivamente se me acalmar primeiro". A coisa maravilhosa sobre não dizer nada é que você nunca tem de ouvir nenhum desaforo de volta. Ou, como disse uma pessoa sábia: "Aquele que hesita provavelmente está certo".
- Mantenha a perpectiva. Às vezes, as crianças exibirão um comportamento irritante apenas para provocar uma reação em você. Perseguirão uma à outra pela casa, dirão insultos sórdidos à mesa na hora do jantar e resmugarão muito depois de você dizer um não. Antes de se irritar com um assunto em particular, pergunte: "Qual a importância disso?". Enquanto você pensa na resposta dessa pergunta, começará a se acalmar.
- Reconheça quando corre risco. O que acontece às vezes com a raiva é a reação "gota d'água". Incidentes foram se acumulando e você foi contendo tudo - mas, então, uma pequena coisa acontece. É nessa hora que você não pode resistir ao impulso de listar todas as coisas aborrecedoras que seu filho fez naquele dia ou semana ou mês. Mas a maioria das crianças simplesmente ignora depois da primeira ou segunda acusação.
Esteja atento, pois a tentação de agredir seu filho, verbal ou fisicamente é maior quando você está no seu limite. Evite entrar nesse estado, cuidando de você e se dando um tempo - mesmo que isso se resuma a preciosos cinco minutos no banheiro.
Uma história de pais: Quando a raiva gera mais raiva
Um pai, em um de meus grupos, me falou como ficou enraivecido quando chegou em casa do trabalho e descobriu que o filho tinha pegado emprestado o seu novo computador portátil sem pedir permissão. Para piorar as coisas, quando confrontado, seu filho negou que o tivesse feito, culpando a irmã mais velha. O pai ficou tão enfurecido que perdeu o controle e xingou o filho de todos os nomes, disse onde ele terminaria desse modo e citou o perdedor da família a quem o filho fazia lembrar. O filho, chorando com os insultos do pai, correu para o quarto, gritando: "Eu te odeio!". Em vez de se sentir arrependido ou com a consciência pesada, tudo o que o filho conseguiu sentir foi raiva de seu pai.
Nancy Samalin e Catherine Whitney
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