segunda-feira, 5 de julho de 2010

EVITE PALAVRAS COM SINAL VERMELHO - Livro: Amar sem Mimar



Palavras com sinal vermelho são aquelas expressões simples que quase sempre aumentam qualquer conflito com uma criança, um cônjuge ou outra pessoa com quem temos uma relação íntima. Conhecendo as palavras que podem refletir negativamente, podemos substituí-las por expressões que mais provavelmente resultarão em cooperação e entendimento.

A maioria das palavras ou frase com sinal vermelho acontece no início ou próximo do início de uma frase. Aqui estão algumas alternativas para duas palavras aparentemente inócuas que estão entre as piores ofensivas: se  e por que.

"SE VOCÊ ..."

Se - normalmente seguido por você - envia um sinal vermelho a ser usado como uma ameaça:

"Se você não guardar seus brinquedos, eu vou dar tudo para o Exército da Salvação".
"Se você não consegue cuidar das suas roupas, eu não vou comprar nenhuma pelo resto do ano".

Muitas crianças percebem uma ameaça como um desafio e podem repetir a ofensa apenas para testar a firmeza dos pais. Pior, essas ameaças frequentemente são impossíveis de serem levadas à frente. E, se nós não levarmos adiante uma ameaça, nossos filhos deixarão de nos levar a sério.

Além disso, se uma ameça é tão irracional ou fora de propósito quanto a ofensa que produz, não ensina nada à criança sobre as consequências realistas do seu comportamento.

Melhor opção: Em vez de se, use assim que ou quando. Essas frases são mais positivas e menos punitivas. Elas o encorajam a se manter racional e a fazer uma declaração realista que você pode levar à frente.

"Assim que você guardar seus brinquedos, nós vamos lanchar".
"Quando você pendurar sua jaqueta, podemos brincar com um jogo".

"POR QUE VOCÊ NÃO ..."

Por que  também envia um sinal vermelho, especialmente quando seguido por você nunca, você não pode, ou você não:

"Por que você nunca recolhe suas coisas?"
"Por que você não pode manter suas mãos quietas?"
"Por que você não escuta?"

Essas perguntas não têm respostas. Na realidade, não estamos perguntando por que para obter uma resposta racional. Em vez disso, estamos simplesmente culpando ou então fazendo uma declaração crítica. Não é provável que as crianças cooperem quando sentirem que estão sendo acusadas.

Outro uso comum da palavra por que está em "Por que você fez ...", como em: "Por que você bateu na sua irmã?". A maioria das crianças nem mesmo sabe por que faz o que faz. Elas são criaturas basicamente impulsivas e espontâneas.

Melhor opção: Omita essa inútil expressão por que, e mude a pegunta para uma declaração clara, firme e não-acusatória:

"Esses brinquedos precisam ser recolhidos".
"Nada de brincadeira de mão".
"Eu gostaria que você pendurasse sua jaqueta sem eu ter de lembrá-lo".

Na pior das hipóteses, essas são declarações globais sobre a natureza de uma criança que ela não pode mudar, em vez de declarações sobre aspectos de seu comportamento sobre os quais ela tem algum controle. As acusações colocam as pessoas  - crianças e adultos - na defensiva, e uma pessoa nessas condições certamente não está motivada a mudar para melhor ou melhorar  seu comportamento para agradar ninguém.

Uma história de pais: O poder das palavras
"Minha bolsa foi roubada. Meu marido, bravo e aborrecido, disse: 'Você sempre larga suas coisas espalhadas por todo lado. Se você não fosse tão descuidada, isso não teria acontecido'. As palavras dele me enfureceram e me fizeram sentir estúpida. Mas, naquela noite, meu filho de dez anos ouviu sobre o ocorrido. Ele colocou seu braço ao redor de mim e disse: 'Oh, mãe, você deve estar se sentindo horrível!".

Moral da história: Quando as coisas derem errado, tente não dizer aos seus familiares o que está errado com eles.


Nancy Samalin e Catherine Whitney

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