Foto by Jim Wrigley |
"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajeto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere o "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante,
Desistindo de um projeto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar.
Estejamos vivos, então!"
Pablo Neruda
Estejamos vivos, então ...
Pois, não existe morte pior que não ...
... amar e ser amado,
de não se perdoar,
de ter medo em se arriscar,
de não jogar tudo para cima,
e viver uma louca, ousada e livre vida.
Roberta Carrilho
Também gostei muito do seu blogue, por isso, fiquei. Está cheio de «sentimentos». Curioso, que ontem tinham-me enviado este poema belíssimo do Pablo Neruda para a minha caixa de correio, por isso, o publiquei. Hoje, venho encontrá-lo no seu cantinho. Muito bem. Parabéns pelo seu blogue e adiante sempre com a maior das paixões pela vida e pelas pessoas generosas. Tudo de bom e venha sempre que desejar ao meu/nosso BANQUETE.
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