terça-feira, 14 de dezembro de 2010

LEI DA VIDA - André Luiz


Ninguém se evade das conseqüências dos próprios atos. Estas são inevitáveis no processo evolutivo de todas as criaturas. 

Conforme seja a ação, desencadeia-se a reação. Por isto mesmo, o homem vive segundo age. Nem sempre, porém, os resultados se fazem imediatos. Há tempo para semear, quanto o existe para colher. A trilha de cada criatura é percorrida com os pés do esforço pessoal. Indispensável, portanto, pensar antes de agir, de modo a não se arrepender, ao raciocinar depois. 

Produze, a cada momento, uma sementeira de amor, deixando pela estrada percorrida os sinais da esperança e do bem. Talvez retornes pelo mesmo caminho, realizando uma nova experiência. E, se, por acaso, não volveres por aí, aqueles que o irão percorrer te bendirão o labor realizado. 

Sê tu aquele que acende luzes na treva dominante. A viagem evolutiva se faz assinalar pelas conquistas incessantes, que respondem pela promoção moral e espiritual do indivíduo. Há quem se compraz na ignorância, porque o conhecimento lhe é estranho. Teimam, muitos homens, pela permanência na arbitrariedade. Pessoas agem, equivocadamente, no disfarce do oculto, acreditando-se dribladoras da honestidade, da correção, do dever. 

Sorriem, enganadas, supondo-se livres do escândalo, ou, escamoteando a verdade, creem se indenes ao escárnio, à cobrança pelas suas vítimas. Quiçá, permaneçam ignoradas pelos demais, as suas ações ignóbeis; nunca, no entanto, pela própria consciência, que reflete a presença de Deus em todos os indivíduos. É até mesmo provável que o culpado não venha a ser acusado publicamente, e passe pela vida respeitado por todos. 

Isso, todavia, não é importante. Ele jamais fugirá de si mesmo, das suas recordações. O tempo não pára, mas, os efeitos de cada um permanecem. Um dia ressumam dos arquivos da memória os lances dos atos perpetrados. E, se por acaso se demoram anestesiadas, as lembranças, elas prosseguem vivas, aguardando o momento próprio. De uma existência se transfere para outra, o somatório das experiências. 

A reencarnação é lei natural da vida. Através dela cada Espírito avança, conquistando, palmo a palmo, o campo do progresso pessoal. Graças aos seus impositivos, o que parecia oculto faz-se revelado, o desconhecido torna-se público, o errado se faz corrigir. Assim, não cesses de produzir no bem, com o bem e para o bem. 

Se te enganas ou a alguém prejudicas, apressa-te para retificá-lo e reabilitar-te. Com muita propriedade, afirma a lição evangélica, ensinando que “nada há de oculto, que não venha a ser revelado”.

André Luiz

Nenhum comentário:

Postar um comentário