Por mais que tenha se tornado comum em tempos modernos, algumas mulheres ainda têm dificuldade em cantar um homem ou simplesmente fazer um convite para um café, um drinque, um jantar etc.
Este é um dos assuntos corriqueiros nas cartas recebidas por Miss Corações Solitários, a consultora sentimental deste blog.
A situação: a mulher menos atirada –ou menos decidida, como se define- está a fim de um cara. Acontece que ele parece interessado, mas também não se pronuncia, não sai para o jogo, como diríamos em bom futebolês.
Que fazer?
Perguntar qual é o face do rapagão e iniciar uma conversa como quem não quer nada? Trata-se de uma bom começo.
Aqui na virtualidade a mais recatada das mulheres, depois de duas taças de vinho, vira uma Luz Del Fuego. O mais tímido dos homens, do tipo que ainda ruboriza diante de certas situações, também se solta e diz coisas que até Deus duvida.
O problema é que a maioria dessas tentativas fica apenas na empolgação da virtualidade erotizada. O desejo escorre pelo ralo do amor líquido e nada acontece para valer no bate-coxas da vida à vera. Pena.
Nada mais excitante do que levar uma cantada de mulher. Daquelas diretas. Na lata quente da testosterona. Mas tem homem que (ainda) se assusta, amiga. Uns chegam a julgar como vulgaridade. Como se estivéssemos em 1900 e lá vai pedra.
Educado sob o signo da sedução lânguida da mocinha de telenovela ou do cinema americano, o macho latino não está preparado para ser objeto de desejo. Não sabe o que está perdendo.
Muitos machos ainda acreditam que agindo dessa forma o mulherio moderno esteja apenas repetindo o pior do comportamento masculino. Não creio. Trata-se apenas de um manifesto, diante de um cara que a interessa. Seja por uma noite ou seja por mil e uma –o homem somente para transar e o homem para casar.
Seja qual for o interesse, uma cantada feminina é muito comovente. Seja para um enrosco imediato e à queima roupa ou seja para dizer um educado “não” camuflado naquele clássico “veja bem…” e outras tantas reticências.
Desperte a mulher-pedreiro que existe na argamassa do inconsciente feminino. Não perca tempo, amiga. Nada como segunda-feira sem lei para cantar aquele homem do tempo que fica apenas no chove-não-molha.
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