Conta-se que numa pequena cidade do interior um grupo de pessoas se divertia às custas de uma idiota. Uma pobre coitada "de pouca inteligência", que vivia de pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam a boba ao bar onde se reuniam. E ofereciam a ela uma escolha entre duas moedas: - uma grande de 400 Réis e outra menor, de 2.000 Réis. Ela sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-a e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos...
- Eu sei, respondeu a não tão tola assim.
- Ela vale cinco vezes menos, mas no dia em que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.
Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa:
* Quem parece idiota, nem sempre é.
* Os que se julgam espertos podem ser, na verdade, os grandes tolos.
* Não ser gananciosa preserva sua fonte de renda. Mas a conclusão mais interessante, a meu ver, é a de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
O que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos e "O maior prazer de uma mulher inteligente é bancar a idiota diante de um idiota que banca o inteligente."
Roberta Carrilho
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