Criar conexão duradoura com crianças e adolescentes ajuda a formar adultos felizes, seguros e equilibrados. Conseguir isso é mais simples e barato do que muitos imaginam.
Manter, ao longo da infância e da adolescência dos filhos, a ligação mágica que se experimenta no tempo em que eles são bebês é um dos maiores desejos de mães e pais – ao lado, é claro, da vontade de que eles se tornem adultos felizes, seguros e equilibrados. E os dois objetivos se entrelaçam: trabalhar a proximidade de toda a família é uma das melhores maneiras de ajudar as crianças a amadurecerem com uma boa saúde emocional.
Veja, na galeria abaixo, 26 atitudes que aproximam pais e filhos:
Independentemente da idade de seu filho, sempre converse com ele olhando nos olhos. Isso mostra atenção e honestidade.
Desde os primeiros meses de vida, os filhos entendem tudo que os pais falam. Converse com o bebê, conte sobre o ambiente à sua volta, sobre o mundo.
Deixe o bebê, sob a supervisão de pelo menos um adulto, tocar objetos da casa e sempre fale o nome de cada um deles
Brinquem de construir objetos com jogos de encaixe de peças. Além de pais e filhos ficarem juntos, a criança desenvolve a coordenação motora.
Montem um quebra-cabeça com seu filho. Escolha o jogo de acordo com a idade da criança – há opções para todas as faixas etárias.
Brinque de esconde-esconde com as crianças, dentro de casa ou ao ar livre. Deixe que ela vença de vez em quando, para se sentir confiante.
Solte bolinhas de sabão com as crianças. Elas adoram! É melhor que seja em lugares abertos, pois o sabão pode deixar o piso da casa escorregadio.
Desafie os filhos a apostar pequenas corridas em ambientes amplos. Evite fazer isso na sala, por exemplo, para prevenir acidentes com os móveis.
Comemore pequenas coisas: o novo legume que a criança finalmente resolveu experimentar, um acerto em um jogo. Todo mundo gosta de elogios.
Se o dia livre estiver bonito, vá a um parque com a família, faça um piquenique. Quebrar a rotina em uma das refeições faz bem de vez em quando.
Leia um livro com seu filho e peça que ele leia em voz alta alguns trechos – crianças que leem mais escrevem melhor e têm vocabulário mais amplo.
Desenhe ou pinte com seu filho. Deixe-o livre para escolher cores e o estimule a falar sobre o que está fazendo – muitos sentimentos são revelados assim
Estimule os pequenos a tocar flores, folhas e árvores quando estiverem em parques ou jardins. O contato com a natureza desenvolve o respeito por ela
Vá para a cozinha em família: faça uma receita no fim de semana com a participação de todos e dê à criança tarefas seguras, longe de facas e do fogo
Chame seu filho para ajudar a lavar a louça depois das refeições. Ele pode colocar os itens menos delicados, como panelas, no escorredor.
Determine um período do dia para acompanhar a lição de casa e ajude apenas quando a criança pedir. Não queira fazer a lição por ela.
Reserve 15 minutos da noite para conversar sobre o dia que está acabando. Deixe a criança contar o que aconteceu na escola e conte algo seu também.
Aproveite o tempo dentro do carro para conversar com seus filhos. Cantar uma música de que todos gostem também é um bom passatempo familiar no trânsito.
Participe de todas as reuniões de pais e mestres da escola e converse com os pais dos amigos de seus filhos sobre a relação deles.
Mostre álbuns de fotos e conte histórias da família para seu filho, se possível mostrando outros parentes. É importante que ele conheça suas origens
Assistam juntos a um filme por semana – pode ser no cinema ou na tv – e troquem ideias sobre a história logo na sequência.
Deixe o adolescente convidar amigos para passarem a tarde na sua casa. Procure não se intrometer nas conversas: mostre respeito para poder exigir o mesmo.
Leve a filha adolescente à manicure ou a ensine a fazer as unhas em casa. A vaidade feminina aproxima mãe e filha.
Pratique um esporte com o filho adolescente. Também podem ser aulas de dança ou de idiomas, desde que seja um interesse comum.
Faça uma viagem em família. Pode ser um dia em uma cidade próxima ou um mês no exterior – o importante é estarem todos juntos longe de casa.
Demonstre carinho e amor pelo seu cônjuge perto dos filhos. Eles aprenderão o que é um relacionamento equilibrado e buscarão o mesmo para eles.
Independentemente da idade de seu filho, sempre converse com ele olhando nos olhos. Isso mostra atenção e honestidade.
A criação de uma conexão duradoura exige carinho, dedicação e planejamento do tempo. “As crianças precisam de atenção e perceber que, mesmo que a convivência diária seja curta, é de qualidade”, afirma a psicóloga Valdeniza Sire. “Uma das necessidades básicas do ser humano é a segurança. Saber-se importante para os pais leva, automaticamente, à conquista da autoconfiança”, complementa.
Dinheiro não é algo relevante na questão da aproximação familiar, como explica a coach parental e educacional Daniela Monteiro: “É importante que os pais parem de se culpar e de dar aos filhos tudo que eles pedem. Crianças ou adultos, eles nunca terão tudo o que desejam, todos se frustram em algum momento. Não é preciso dar um presente a cada ida ao mercado. Atingir o objetivo grandioso de ter filhos maduros, saudáveis e felizes está nos pequenos atos de cada dia”.
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Aí entram atividades como acompanhar de perto as lições de casa, bolar programas com a participação de todos (fazer uma receita para o almoço no fim de semana ou montar um quebra-cabeça, por exemplo) e muita conversa. “O diálogo favorece um melhor desempenho no convívio social, inclusive. Os filhos ficam satisfeitos em contar o que lhes acontece, porque sabem que são ouvidos”, diz Valdeniza.
Mas atenção: dialogar não significa tentar um relacionamento de igualdade. “Não se deve abrir mão dos limites”, alerta Maria Ângela Barbato Carneiro, professora titular da Faculdade de Educação da PUC-SP. “É necessário mostrar a importância desses limites para uma convivência harmônica. As crianças compreendem isso desde pequenas, embora os testem. Cabe aos pais dizer ‘não’ e cumprir com a palavra”.
Inspire-se, na galeria acima, com 26 atitudes simples que aproximam pais e filhos na infância e na adolescência. Todos sairão ganhando. “Que nesse caminhar na tarefa de pais, os adultos tenham a disposição de se redescobrir através dos filhos. É possível aprender muito sobre si ao longo do desenvolvimento das crianças”, enfatiza Valdeniza.
Fontes: Daniela Monteiro (psicóloga e pedagoga, coach parental e educacional da Educare Coaching ), Maria Ângela Barbato Carneiro (professora titular da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP) e Valdeniza Sire (psicóloga licenciada em pedagogia, especialista em desenvolvimento de potencial humano).
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Fotos: Thinkstock
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