Muitos companheiros evidenciam admirável coragem nos momentos de heroísmo. O homem que dominou um animal selvagem, colocando-lhe o freio...
Outro que venceu o campeonato de mergulho em águas perigosas...
E ainda outro que adquiriu enorme destaque na corrida de pedestres...
Todos eles, pela disciplina que demonstram são dignos de respeito.
Outro tipo de coragem, porém, existe, característica nos seguidores do Cristo: — a coragem da fé.
Aquela de se calar alguém para que outros falem mais alto; de suportar humilhações e agravos sem deteriorar a imagem dos adversários e agressores; de cumprir alegremente as obrigações assumidas no tempo, mesmo quando se transfiguram em desagradável rotina; de auxiliar aos outros, sem esperar qualquer aplauso público; e aquela de se esquecer a criatura, a fim de que outros recolham as vantagens de serviço que empreenderam e sustentaram com imenso esforço, sem perder o sorriso de cordialidade e compreensão.
O heroísmo será talvez mais fácil pelo deslumbramento de uma hora, perante a admiração dos homens; entretanto, a coragem da fé será sempre difícil, porque exige a repetição incessante do cultivo da humildade e da tolerância, da renúncia e da dedicação ao próximo, no desdobramento do dia-a-dia.
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Espera servindo)
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