domingo, 10 de fevereiro de 2013

Q.I. NÃO É INTELIGÊNCIA - Saiba como a Emotologia pode ajudar você a desenvolver as habilidades do seu cérebro



A Emotologia no Rol das Neurociências.

A ciência que possibilita o desenvolvimento das potencialidades humanas

"Conhecer a Emotologia, hoje, é a possibilidade que cada um tem de realmente mudar a dinâmica de sua mente, de forma positiva, clara e objetiva."
Suely Souza Lima
Terapeuta Comportamental e Life Coach, autora do livro “Educando à luz das Emoções”

Breve Histórico da Emotologia

Como surgiu o conceito de emotologia, sua razão de ser para suprir uma lacuna no campo dos conhecimentos científicos.

Em 1964, o Professor Luiz Machado, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), foi convidado para realizar estudos e pesquisas, na Universidade de Colúmbia, em Nova York, na categoria de visiting scholar (Professor/Pesquisador). Ali, começou a aprofundar seus estudos sobre inteligência e criatividade, pois já então tinha concebido os rudimentos de sua teoria, no campo da psicolinguística, de que a linguagem conceptual encerra todo o processo da inteligência e criatividade humanas.

À medida que seus estudos foram se desenvolvendo, tornou-se necessário ao pesquisador estudar o cérebro humano, principalmente do ponto de vista do que somos capazes de realizar com este órgão que, no caso, ele chamou de cérebro performático, o cérebro que realiza coisas, o cérebro sadio, pois as patologias e terapias pertencem a área da medicina e/ou da psicologia. Até então, o professor seguia a tendência predominante no meio científico naquele momento, de explicar os fenômenos da mente, do intelecto com base exclusivamente na lógica aristotélica. Mas, na trajetória de observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos, chegou às estruturas mais responsáveis pelas emoções, as quais são abrangidas pela expressão sistema límbico. “O termo sistema límbico deriva-se do conceito de um lobo límbico apresentado pelo anatomista francês Broca, em 1878. A palavra límbico refere-se a borda, margem, ou orla. Broca (Pronuncia-se /brocá/) usou o termo lobo límbico para designar o tecido cerebral que circunda o tronco cerebral e que fica abaixo do manto neocortical...”, como explica Robert L. Isaacson, em seu livro “The Limbic System”, Plenum Press.

Verificou o Prof. Machado, com base em estudos e pesquisas de neurocientistas, que essas estruturas estão diretamente envolvidas nos processos da inteligência, da criatividade, do comportamento e, mais tarde, encontrou respaldo na obra de outro brasileiro, o Dr. Marino Júnior: “Somente há algumas décadas se chegou à conclusão de que apenas o sistema límbico poderia preencher todos esses requisitos – o de substrato neural dos processos mentais – das emoções, do intelecto, da motivação, do aprendizado, da memória, do comportamento e muitas outras funções cerebrais do mais alto nível, que apresenta um elo essencial entre a mente e o corpo”. (No livro “Fisiologia das Emoções”, Sarvier, São Paulo).

Os cientistas não são unânimes quanto às estruturas que compõem o sistema límbico, mas há consenso quanto ao hipotálamo, hipocampo, amígdala e área septal. “A justificativa para esse grupamento é baseada no fato que o hipotálamo tem fortes interconexões com todas as outras regiões”, como diz Robert Isaacson, na obra anteriormente citada. E foi por isso mesmo que o Prof. Luiz Machado chamou essa estrutura de “o cérebro do cérebro”, em seu livro “O Cérebro do Cérebro”.

Por cerca de 20 anos, período que medeia entre sua estada na Universidade de Colúmbia e a apresentação da Emotologia, pela primeira vez no mundo, em congresso, em Estocolmo, Suécia, o Prof. Luiz Machado participou de muitos congressos, para apresentar contribuições científicas desenvolvidas nos Laboratórios de Idiomas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), nos quais chefiava o Programa Especial de Desenvolvimento da Inteligência e da Criatividade (PEDIC), tendo como objetivo principal o desenvolvimento de sistemas de ensino para criar as condições para os alunos aprenderem melhor e mais rápido.

Em 1984, em congresso, em Estocolmo, Suécia, o Prof. Luiz Machado apresentou a seus pares a tese de que a inteligência depende mais do sistema límbico que do intelecto, pois até então era admitido nos meios científicos que a inteligência era explicada unicamente pelo intelecto. Essa conclusão foi apresentada somente em 1984, depois do trabalho com mais de 20.000 alunos nos laboratórios de idiomas já mencionados, em cursos de idiomas por um sistema de aprendizagem acelerativa.

A tese considerou a inteligência como função do organismo para a preservação da espécie e estabeleceu o silogismo: como o sistema límbico é o mais responsável pela preservação da espécie e a inteligência é uma função do organismo com esse objetivo, logo, as estruturas que o compõem são as mais responsáveis pela inteligência.

O sistema límbico funciona em íntima conexão com a usina química do organismo, em especial com o sistema glandular endócrino. Com os estudos do sistema límbico produziu-se uma verdadeira revolução na compreensão dos processos cerebrais: foram descobertos novos fatores intracerebrais que parecem controlar não somente a função da hipófise e do sistema endócrino, mas também a atividade do próprio cérebro.

Tendo identificado o sistema límbico, funcionando em íntima conexão com o sistema glandular endócrino, como o conjunto mais responsável pela preservação da espécie, e as implicações que isso representa, o Prof. Luiz Machado cunhou, desde 1964, o acrônimo SAPE com a primeira letra de cada palavra de “sistema de autopreservação e preservação da espécie”. Somente as informações que penetram ali são capazes de provocar mudanças de comportamento e os comportamentos adaptativos representam os atos de inteligência. Muitos treinamentos para mudança de comportamento partem logo de comportamentos, mas, de acordo com a teoria do professor, é preciso penetrar nas estruturas do sistema límbico para gerar mudança de comportamento.

Sistemas existem para atingir resultados. Desenvolveu, então, o Prof. Luiz Machado o seguinte raciocínio: se o SAPE existe para atingir o objetivo maior da Natureza, que é preservar as espécies, se nós tornarmos comum ao SAPE os nossos próprios objetivos, de tal modo que ele os interprete como sendo os que deve atingir, na mesma categoria daqueles da Natureza, ele usará todas as energias para atingir nossos objetivos, como faz para garantir a preservação da espécie, pela preservação do indivíduo.

A pesquisa evoluiu então para quando o Homo sapiens ainda não fazia uso da linguagem conceptual. Sua comunicação, quer do indivíduo com seu SAPE, quer entre os membros do grupo, era realizada por imagens, símbolos, como atestam, por exemplo, as figuras rupestres, pois fixavam objetivos, principalmente os de caça, que representam alimentação, sobrevivência, nas paredes de rochedos. Evidentemente, não havia ali nenhuma preocupação artística, mas sim o de reforçar as imagens mentais dos resultados que queria conseguir. A linguagem conceptual é posterior às imagens mentais. No processo de evolução, a Natureza de nada se desfaz. Embora o ser humano use hoje a linguagem com palavras, somente as imagens mentais penetram o SAPE. Mas não são todas imagens mentais que chegam até lá; é preciso que elas mobilizem energias e isso só ocorre se forem capazes de acionar a usina química do organismo. E o Prof. Luiz Machado sentiu a necessidade da existência de um verbo para isso; criou então emotizar (de e(x), “para fora”; motus, “movimento” e o sufixo –izar, que indica “ação demorada”, pois forma verbos frequentativos, de ação repetida.

Durante 20 anos, o pesquisador brasileiro trabalhou nos testes e comprovações de suas observações e só depois desse tempo considerou que poderia apresentar ao mundo científico o corpo de conhecimentos sistematizados com base nas neurociências e na física quântica, que, adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinados fenômenos e fatos, formulados metódica e racionalmente para promover o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de auto-realização. Ao conjunto desses conhecimentos deu o nome de emotologia, palavra híbrida formada do latim e(x) “para fora”, motus, “movimento” e o grego lógos, “tratado”, “descrição”. A emotologia veio preencher uma lacuna no universo dos conhecimentos. Não havia até então a sistematização de conhecimentos que poderia ser considerada a verdadeira ciência do ser humano. As ciências que mais se aproximam dessa condição, como a medicina e a psicologia, por exemplo, ocupam-se de patologias, de terapias, pertencem à área da saúde. A psicolinguística, ramo da linguística que trata dos processos psicológicos envolvidos na linguagem conceptual, também não tem como objeto o estudo e aplicação de conhecimentos para promover o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de auto-realização.

A Ciência do Ser Humano

Inicialmente, façamos algumas considerações sobre ciência. A palavra vem do particípio presente latino sciens, do verbo scire, "saber". Quando queremos ir na essência do conhecimento é sempre aconselhado recorremos à etimologia para aumentar nossa percepção; assim, no caso de ciência, a ideia é mais voltada para o que se sabe e como se sabe que o objeto de estudo.

Na verdade, ninguém sabe realmente o que é ciência, assim como também não se define o que é arte. Mas sabemos que a ciência está mais voltada para a maneira como encaramos o conhecimento, sem distorções, sem quaisquer visões que tentem modificar a análise dos fatos, procedendo com total isenção, e não o tipo de conhecimento em si. A ideia errônea de que ciência é tudo aquilo que dá estouro no laboratório vem do tempo dos alquimistas e é totalmente ultrapassada.

A ciência procura desvendar o oculto por meio da atitude do pesquisador, por procedimentos guiados pelo espírito científico, isto é, com rigor, objetividade, sem preconceitos, sem tendenciosidade, com fundamentos metodológicos precisos.

Em relação à emotologia, comecemos pela origem da palavra: do latim e (x), "fora", "para fora", motio, "ação de mover" e o pospositivo grego–logia, de lógos, "tratado", "estudo de", mais o sufixo –ia, que forma nomes de ciências.

A palavra emotologia é um hibridismo, formada de elementos latinos e (x), motio e outro grego lógos, da mesma forma que a palavra sociologia, do latim socius, "companheiro" e lógos, criada por Auguste Comte para indicar o estudo científico da organização e do funcionamento das sociedades humanas e das leis fundamentais que regem as relações sociais, as instituições etc.

A emotologia é um corpo de conhecimentos sistematizados com base em elementos das neurociências e da física quântica, que, adquiridos via observação direta, identificação, descrição, investigação experimental, pesquisa e explicação teórica de determinadas categorias de fenômenos e fatos, são metódica e racionalmente formulados para promover o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de autopreservação.

Esse é o conceito de emotologia. Conceito é uma síntese de uma noção a que se chegou pelo estudo, pela reflexão, pela experiência. Prefere-se conceito à definição, pois esta última palavra implica contornos bem delineados, com limites bem definidos daquilo que se quer explicar, o que não se consegue com o rigor exigido no campo das ciências.

Vamos analisar o conceito: um corpo de conhecimentos sistematizados. Muitos dos conhecimentos abrangidos pela emotologia encontravam-se esparsamente distribuídos em outros campos do saber humano e aqui nós os reunimos para dar-lhes consistência e destaque tal a sua relevância para as pessoas; com base em elementos das neurociências e da física quântica. A neurociência (esta palavra também é usada no plural: neurociências) indica qualquer ciência que se refere ao sistema nervoso; física quântica, ciência que investiga as leis do universo no que se refere às partículas extremamente pequenas ou no que diz respeito à energia; adquiridos via observação direta. A observação direta é um método científico. 

O que faz um conhecimento ser científico não é a sua natureza e, sim, a maneira como é estudado e apresentado. A identificação é o ato ou efeito de conhecer, de reconhecer, de distinguir os traços característicos de alguma coisa, no caso, para poder estudá-los com rigor; descrição: depois de observados fenômenos e fatos vem a descrição, que consiste numa representação do que foi verificado; investigação experimental que consiste no fato de as mesmas causas produzirem os mesmos tipos de efeitos, podendo o ato ser repetido. 

A emotologia tem leis e efeitos; pesquisa é um conjunto de atividades que têm por finalidade a descoberta de novos conhecimentos no domínio científico, literário, artístico etc.; explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos indica o ato de tornar claro aos outros o resultado da observação, identificação e conclusões destacando as características comuns para melhor compreendê-los; são metódica e racionalmente formulados indica que o método científico, com racionalidade, isto é, comparados os dados e informações, deduziram-se consequências e foram enunciados de forma precisa conforme os estudos; para promover o desenvolvimento das potencialidades humanas como elemento de auto-realização – aqui está a grande razão de ser da emotologia pois a auto-realização é o maior fator de motivação para que o ser humano cumpra sua destinação biológica e a Natureza persiga sua maior finalidade: a preservação da espécie. 
Esse é o objeto da Emotologia.

Outros pilares da Emotologia podem ser encontrados em:

Eduard Von Hartmann (1842-1906) que publicou em 1869, a primeira edição de seu livro "A Filosofia do Inconsciente" (no original: "Phylosophie des Unbewussten"). Essa obra tem merecido várias edições e reimpressões, sendo a nossa cópia da 12ª edição, de 1923. É um alentado estudo, em três volumes, sobre o inconsciente, que certamente inspirou Sigmund Freud em sua teoria.

Jean Martin Charcot (1825-1893), "o grande Charcot" da Medicina, com quem Freud estudou em Paris, é autor, entre outros trabalhos, do livro "A Fé que Cura" (no original "La Foi qui quérit").

Charles Richet (1850-1935), fisiologista francês que também se interessava pela parapsicologia, Prêmio Nobel em 1913, que escreveu, além de livros sobre sua especialidade, obras como "A Inteligência e o Homem" (no original: "L'Intelligence et L'Homme", "Tratado de Metapsíquica" (no original: "Traité de Métapsychique"), "Nosso Sexto Sentido" (no original: "Notre Sixième Sens").

Alfred Korzybski (1879-1950), com seu livro "Ciência e Sanidade: Introdução a Sistemas Não-Aristotélicos e Semântica Geral", de 1933, que, certamente, inspirou os autores da Programação Neurolinguística (PNL) onde se lê, por exemplo, a frase que encerra um dos princípios da PNL: a saber, "o mapa não é o território", no original: "a map is not the territory it represents" (página 50, da sexta impressão, do livro de Korzybski).

http://www.cidadedocerebro.com.br/emotologia.asp

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