No domingo fui ao cinema com alguns amigos para assistir o filme "Black Swan". No início achei que seria mais um daqueles filmes de balé clássico 'o tão batido Lago dos Cisnes'. Ou seja, mais um filme enfadonho de apresentação de balé e para ser sincera acho um 'saco' estas apresentações de danças clássicas. Tudo bem, ficar perto dos meus amigos compensava toda aquela chatice, pois, eles me fazem rir sempre.
Também para ser justa (ou pelo menos tentar ser justa, porque ser 100% justa não é deste mundo humano/material) estava precisando me distrair e sair um pouco da rotina estressante de estudar para concursos federais. E claro, porque na próxima sessão (21:00hs) assistiria o filme: "O turista" com Johnny Deep e Angelina Jolie (sou fã do Johnny Deep, para mim ele é um homem extremamente charmoso e sua personalidade exuberante, exótica me atrai).
Voltando ao filme em questão, para minha surpresa esta nova versão 'Black Swan' ou 'Cisne Negro' foi no mínimo interessante, densa. Cenas e roteiro incríveis, fotografia perfeita e uma interpretação fantástica de Natalie Portman no papel principal de uma bailarina (Nina) que confunde dedicação com obsessão, que não enxerga limites para conseguir o que quer, ou seja, ser perfeita.
O filme retrata com uma precisão essa relação esquizofrênica que Nina cria na sua mente pertubada entre o ideal e o real. Porém, até mesmo seu ideal de perfeição é alvo de ressalvas. Há cenas que se tornam em um angustiante e assustador pesadelo, capaz de fazer o espectador virar o rosto. Tons macabros e sustos se intercalam com sequencias de dança onde a câmera participa ativamente, dando a noção da dificuldade das coreografias. Natalie Portman, luminosa, carrega toda a pressão e sofrimento da personagem em uma silhueta raquítica. Tudo nela é frágil e vulnerável, do tom de voz aos tímidos e medrosos olhares. O restante do elenco, em contrapartida, rivaliza pelo posto de mais ameaçador.
Fiquei em estado de suspense ao final do filme, as cenas não saíam da minha cabeça, num misto de querer entender e ao mesmo tempo uma sensação irracional de insegurança, desproteção contrapondo a beleza das cenas, fiquei confusa. São sentimentos ambíguos que não gosto de sentir.
Roberta Carrilho
Ah! também assisti os filmes:
Rango e Caça as Bruxas com Nicolas Cage.
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