segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

À DESATENÇÃO por Carlos Bernardo González Pecotche Raumsol



São causas desta propensão a ociosidade mental, o hábito de perder-se em abstrações estéreis e a falta de uma ideia clara a respeito da responsabilidade que incumbe na condução da vida.


Revela falta de atividade mental consciente. O homem que não pensa vive em geral distraído, com o que coopera para seu empobrecimento moral e espiritual.

Esta é uma propensão particularmente negativa, porquanto intercepta o desenvolvimento normal das atividades ou atuações diárias, sendo evidente que quem não procura destruí-la a tempo termina por sentir seus efeitos de forma acentuada, perseguindo-o continuamente percalços contratempos ou outras situações ingratas carreadas sem necessidade sobre si.

Esta propensão pode tirar defesa do homem, visto que a desatenção subtrai da observação múltiplos detalhes, importantíssimos quando se trata de tomar uma resolução, formar um juízo, extrair uma conclusão, decidir uma conduta, etc. Ademais, o ser que não está atento a tudo quanto ocorre em torno de si ou do mundo, costuma acolher com ingenuidade temerária qualquer versão que escute desprevenido de seus riscos.

Nada construtivo poderá fazer em sua vida quem passa a maior parte do tempo sem consciência da realidade que interpenetra seu ser e move os fios de sua existência individual.

A atenção a todo afazer, a todo acontecimento da vida, não somente é fator de atividade, mas também estímulo poderoso para o desenvolvimento amplo das aptidões  Se a consciente que cada ser humano deve realizar para conhecer a si mesmo e a realidade cósmica que o rodeia, se assegurará o concurso permanente da consciência, que é, definitivamente, a que reger o mecanismo da atenção.


Carlos Bernardo González Pecotche Raumsol



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