terça-feira, 16 de julho de 2013

ESTUDANTE DE MEDICINA DO PARÁ MATA MORADOR DE RUA PARA FAZER UMA PESQUISA ACADÊMICA

Uma reprise mal feita do clássico da literatura mundial: "O médico e o monstro", do escritor Robert. L. Stevenson, onde a trama é desenvolvida por diversas vozes narrativas, que transmitem ao leitor seus pontos de vista sobre a história do médico Dr. Jekyll, honesto e virtuoso, que tenta, em suas experiências científicas, dividir sua face boa e sua natureza má.

É assim que nasce o pavoroso Mr. Hyde, materialização de suas inclinações perversas, através de uma fórmula química elaborada secretamente no laboratório do Dr. Jekyll, que procura manter sua criatura sob estrito controle. No início ele alcança seus intentos, mas aos poucos vai encontrando dificuldades para retomar sua personalidade primordial, discreta e circunspecta.


Com o passar do tempo, e impossibilitado de produzir mais doses de sua fórmula, o médico é dominado pelo monstro, o qual é condenado por homicídio. Ciente de que sua outra metade é acusada de cometer um crime, o doutor se desespera e recorre a uma atitude radical.


Este enredo foi inspirado por uma história real, a de um marceneiro de Edimburgo, vítima de dupla personalidade; William Brodie era um simples profissional à luz do dia, mas à noite ele assaltava as residências dos habitantes da cidade. 


Tempos modernos ou não tão modernos assim. Mas estranhos!

Roberta Carrilho




Foto: Thiago Gomes


Na madrugada de ontem, um crime cercado de mistérios assustou quem trafegava pela avenida Almirante Barroso, em Belém. Um morador de rua que dormia na calçada, em frente ao Instituto Federal do Pará, foi morto com várias facadas por um estudante de Medicina que caminhava pelo local. Segundo a polícia, Antonio Cardoso Valadares Junior, 18 anos, seguia a pé, sozinho pela rua, usando uma luva cirúrgica e um canivete dizendo que precisava fazer uma pesquisa para a faculdade. “Nós seguíamos em ronda pela área quando, de repente, nos deparamos com a cena. Um rapaz assustado, usando uma luva, segurando um canivete, e ao lado dele o corpo de um homem todo ensanguentado no chão”, revelou o cabo L. Santana, do 1º Batalhão da Polícia Militar.

Assim que percebeu a viatura se aproximando do local, o jovem entregou a arma para os policiais e confessou o crime. De acordo com a PM, o estudante disse que matou a vítima para fazer uma pesquisa acadêmica e com muita frieza teria dito que não estava arrependido. “Foi muito estranha a reação dele quando viu a nossa viatura. Na maior tranquilidade do mundo, ele se aproximou da gente, disse detalhes do que tinha feito e falou que não tinha nenhum problema em ser preso, pois já tinha feito sua pesquisa”, relatou o policial, que chegou ao local minutos depois do crime.

A vítima não foi identificada. Segundo a polícia, o homem, de aproximadamente 25 anos, seria morador de rua e costumava perambular próximo do estádio do Baenão. Com ele, foi encontrado apenas um cachimbo artesanal usado para fumar crack, uma caixa de fósforos e uma carteira de cigarros. “O que mais intriga a polícia nesse caso é a circunstância do crime. Por um lado, parece que o assassino confesso agiu de forma premeditada, pois inclusive ele estava com uma luva cirúrgica no momento que esfaqueou a vítima. 

Mas, por outro lado, parece que esse homicídio foi causado devido a um surto do tal estudante, algo de momento. E é isso que precisa ser investigado pela polícia”, afirmou o delegado Eduardo Rollo, da Divisão de Homicídios de Belém.

Após o flagrante, o estudante foi encaminhado à Seccional Urbana de São Brás. Na unidade policial, o jovem apresentou duas versões sobre o crime. Primeiro disse que só matou a vítima porque se sentiu ameaçado por ela. “Eu não queria matar aquele homem, mas eu fui obrigado a fazer isso, porque ele queria me assaltar. Eu estava tranquilo na parada, esperando o ônibus, quando ele levantou da calçada e anunciou o assalto. Foi nesse momento que eu abri a mochila, peguei um canivete e parti para cima dele”, revelou Antônio Junior.

Em seguida, o estudante voltou atrás e relatou a mesma versão apresentada aos policiais militares. Demonstrando muita frieza, o rapaz disse que teria brigado com os pais na noite do sábado e por isso resolveu sair da casa deles, que fica no bairro do Guamá, para “esfriar a cabeça, aproveitar e fazer uma pesquisa de campo”, justificou. “A ideia era fazer uma pesquisa sobre os moradores de rua, por isso saí de casa com as luvas cirúrgicas. Mas acabei me empolgando demais e matei o rapaz. A intenção não era essa. Mas o trabalho da faculdade foi feito assim mesmo”, afirmou.

O Diário entrou em contato com a assessoria de comunicação da Universidade Estadual do Pará (Uepa), onde o jovem disse que estudava. A instituição, por meio da assessoria, confirmou a informação e relatou que Antonio Cardoso Valadares Junior cursa o segundo ano de Medicina. Ninguém da direção da escola foi encontrado para falar sobre o comportamento do rapaz.

O estudante foi autuado em flagrante pelo crime e encaminhado para a Divisão de Homicídios, onde o caso deverá ser investigado.

***
Aproveitando esta reportagem  postada hoje 16/07/13 no blog: Contexto livre - http://contextolivre.blogspot.com.br/2013/07/a-midia-que-desinforma.html quero colocar alguns posicionamentos que tenho do polêmico projeto federal de instituir 2 anos para os estudantes de medicina terem seu registro CRM uma contraprestação trabalhando para o SUS.

Vou copiar um debate que tive ontem e hoje com meu primo, dentista de Itaúna sobre este tema.

Seguem abaixo os comentários do meu facebook



Eu aceito esta imposição se eles (médicos) não querem é problema de EGO inflamado ... tem pomada de toma vergonha na cara para isso! 

Engraçado a coisa!!! Veja bem se um Doutor (doutor na forma popular ... para ser considerado realmente um Doutor tem que fazer Doutorado, diga-se de passagem, mas vá lá) que teve sua formação profissional bancada na maioria das vezes nas federais pelos nossos impostos porque eles os Doutores não podem contribuir com seu trabalho para com seus patrocinadores? O POVO!!! 

Para eles terem um diploma de graduação eles não pagaram NADA PARA ISSO. Eles tiveram estrutura, professores, pesquisas, livros, etc TUDO pago pelo POVO e agora estão dando chilique de ter que ressarcir o povo com seu trabalho e ainda por cima ganhando 10 mil ... Eles tão se achando demais num tá não?


  • Angelo Matos É só esta porra loka da Dilma parar de ouvir seu marqueteiro oficial, João Santana, que implantou estas idéias de botar tudo nas costas dos médicos e, de uma só tacada, desviar toda a discussão para este tema. Mas se ela quiser levar adiante, basta investir em infraestrutura básica de saúde nos municípios que os médicos, com certeza, vão. Ninguém quer trabalhar onde não tem sequer um aparelho de pressão. Quer saber? Estamos com dificuldades de contratar médicos PARA ITAÚNA, com salário de 15 mil reais para o setor público (leia-se SUS). Os que vem ficam no máximo 6 meses e vão embora e a maioria fala a mesma coisa: não tenho com que trabalhar, não quero ver gente morrer e nada poder fazer. Olha que Itaúna é uma boa cidade, próxima de BH, lugar bom de morar, tem Universidade bem avaliada e bem conceituada nacionalmente. Nossa esperança é a primeira turma de medicina que se formará no final do ano - alguns poderão ser contratados (esperamos que os de Itaúna fiquem por aqui uns tempos) e façam residência médica no setor público aqui, pelo menos dois anos, mas aí é voluntáriamente, claro, se eles quiserem - não um Serviço Civil Obrigatório.
  • Angelo Matos O marqueteiro João Santana está tramando mais campanhas de marketing ´desta feita para desviar o foco da população do péssimo estado da economia brasileira, com inflação crescente e produção industriall em declínio, para ver se salva a pele da anta Dilma.
  • Roberta Carrilho Em tese Angelo Matos concordo com você nas questões de infraestrutura do sistema público - SUS -ser precário, etc e tal. Porém, por outro lado eu não posso concordar que seja uma imposição arbitrária do Governo Federal esta contrapartida dos médicos formados pela universidades públicas (as privadas não concordo) trabalharem por 2 anos atendendo ao POVO pelo SUS. A questão aqui é mais de gestão pública eficiente e eficaz do que como posto por você de ser uma arbitrariedade impositiva. É natural quando se ganha alguma coisa dar algo em troca, portanto meu posicionamento é a a favor desta medida do governo Dilma. Porque para mim o interesse público deve prevalecer sobre o interesse privado- diga-se dos estudantes de medicina. E acho mais ainda que além desta medida deveria ser aplicado um exame nacional para ter direito a exercer a profissão de médico, dentista, enfermeiros, engenheiros, etc como é feito na graduação em Direito para eles também possam comprovar se são aptos ou não para exercerem. Isonomia es o princípio Constitucional!!! E no caso deles (profissionais da área de saúde) eu reforço ainda mais porque é tão ou mais importante esta convalidação da graduação através de um exame desse, porque lidam com a vida e morte a todo o tempo. Enquanto os advogados lidam com a liberdade entre outros direitos menos valorativos como é a vida. Eu sei que é um crítico ácido ao Governo do PT, seja Dilma ou Lula. Respeito sua ideologia política, mas penso diferente de você. Eu e o povo que a mais de 11 anos mantem a ideologia petista no poder. E não me diga que são os semi-alfabetizados que estão por trás deste índice de popularidade histórico que eles bancaram até o momento. Não são! Existem muitas pessoas altamente qualificadas intelectualmente que votaram neles, posso citar inúmeras, mas vou me deter a um exemplo somente, o Ministro e Presidente do Supremo Tribunal Federal, o tão aclamado Joaquim Barbosa disse publicamente que votou no Lula e na Dilma. É como penso! Reforçando sou a favor desta medida e penso que no futuro não muito longe deveria se estender para todas as profissões bancadas pelo Povo - EU DIGO TODAS AS PROFISSÕES SEM EXCEÇÃO, médicos, advogados, promotores, defensores, dentistas, engenheiros, professores, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, etc e etc... Pois o verdadeiro patrocinador e titular deste direito de ser atendido com presteza, celeridade, qualidade pelos seus profissionais formados e graduados com seu dinheiro- digo impostos - é o único e exclusivamente o POVO BRASILEIRO.
  • Roberta Carrilho Angelo Matos para você este link - Risos! Tô atentada hoje num tô? Fica então a leitura para seu deleite ou não!http://saraiva13.blogspot.com.br/2013/07/dilma-tem-334-dos-votos-diz-pesquisa.html

    saraiva13.blogspot.com




    • Roberta Carrilho Para complementar e fundamentar ainda mais o que penso que MÉDICOS formados ou ainda estudantes ou de qualquer outra profissão não estão excluídos de errar. É de ressaltar que ninguém é menos humano que ninguém - em tese. Somos falíveis porque somos humanos. É fato! É necessário mais atenção e cuidado com autorizações de exercício profissional porque somos o que somos, como dito por isso minha defesa para implantação de um exame profissional para todas as profissões e mais ainda para aquelas que trabalham com a vida e saúde do indivíduo. É uma condição essencial e de segurança em convalidar aptidão intelectual, profissional e também a criação de estatutos (cada profissional com o seu) com regra claras e com sanções penais mais rígidas para as questões de natureza moral, comportamental e neste caso de sanidade mental. Veja esta reportagem postada HOJE sobre um estudante de medicina disse que matou a vítima para fazer uma pesquisa acadêmica e com muita frieza teria dito que não estava arrependido - lamentável!






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