terça-feira, 26 de outubro de 2010

RASCUNHOS - I

Foto by Alisa A.
Ontem recebi os livros da escritora Márcia Tiburi que tanto esperava. Ah! também chegaram "Inteligência Emocional" do Daniel Goleman (recentemente fiz um curso sobre inteligência emocional e gostei. É importante buscar na literatura mais informações sobre o tema) e também outros jurídicos. Comecei a ler este penúltimo.

Infelizmente o dia só têm 24 horas... Gostaria de ter mais tempo para dedicar alguns dos muitos prazeres que tenho, entre eles: ler um bom livro, assistir um filme romântico, cozinhar, tomar vinho com os amigos e pedalar de manhãzinha. Mas o tempo que tenho é dedicado aos estudos jurídicos, pois, no momento tenho este objetivo definido: vou ser uma analista de algum Tribunal Federal ou Ministério Público da União

Segue um pequeno trecho das poucas páginas que li ontem:
"... Tive que esperar que a pesquisa científica ficasse suficientemente completa para escrever este livro. Essas observações vêm com um certo atraso, em grande parte porque o lugar dos sentimentos na vida mental foi, ao longo dos anos, surpreendentemente desprezado pela pesquisa, fazendo das emoções um continente pouco explorado pela psicologia científica. Essa lacuna propiciou uma enxurrada de livros de auto-ajuda, conselhos bem-intencionados baseados, na melhor das hipóteses, em opiniões clínicas, mas com pouca ou nenhuma base científica. Agora a ciência pode finalmente abordar com autoridade essas questões urgentes e desorientadoras da psique, no que ela tem de mais irracional, para mapear com alguma precisão o coração humano.
Esse mapeamento lança um desafio àqueles que são adeptos de uma visão estreita da inteligência, e que por isto entendem que o QI é um dado genético impossível de ser alterado pela experiência de vida, e que nosso destino é, em grande parte, determinado pela aptidão intelectual recebida geneticamente. Esse argumento não considera a questão mais desafiante: o que podemos mudar para ajudar nossos filhos a se sentirem melhor? Que fatores entram em jogo, por exemplo, quando pessoas de alto QI malogram e aquelas com um QI modesto se saem surpreendentemente bem? Eu diria que o que faz a diferença são aptidões aqui chamadas de inteligência emocional, as quais incluem autocontrole, zelo e persistência, e a capacidade de automotivação. E essas aptidões, como vamos ver, podem ser ensinadas às crianças, na medida em que lhes proporcionam a oportunidade de lançar mão de qualquer que seja o potencial intelectual que lhes tenha sido legado pela loteria genética.
Além dessa possibilidade, estamos diante de um presente imperativo moral. Vivemos um momento em que o tecido social parece esgarçar-se com uma rapidez cada vez maior, em que o egoísmo, a violência e a mesquinhez de espírito parecem estar fazendo apodrecer a bondade de nossas relações com o outro. Aqui, o argumento a favor da importância da inteligência emocional depende da ligação entre sentimento, caráter e instintos morais. Há crescentes indícios de que posturas éticas fundamentais na vida vêm de aptidões emocionais subjacentes. Por exemplo, o impulso é o veículo da emoção; a semente de todo impulso é um sentimento explodindo para expressar-se em ação. Os que estão à mercê dos impulsos  - os que não têm autocontrole  - sofrem de uma deficiência moral. A capacidade de controlar os impulsos é a base da força de vontade e do caráter. Da mesma forma, a raiz do altruísmo está na empatia, a capacidade de identificar as emoções nos outros; sem a noção do que o outro necessita ou de seu desespero, o envolvimento é impossível. E se há duas posições morais que nossos tempos exigem são precisamente estas: autocontrole e piedade".

Para se ter uma vida tranqüila e plena, podemos dizer que quase tudo está baseado no autocontrole,  respeito e amor. Em tudo e com todos. Pelo pouco que li e sei, o nosso cérebro pode ser desenvolvido para algumas aptidões, ou seja, levar a inteligência à emoção (levar a cognição para o campo do sentimento).  

É fundamental termos consciência de como somos e se não estivermos satisfeitos com o resultado, exercitar o nosso querer-pensar-analisar-mudar. Depois de tudo isso, buscar o aperfeiçoamento do ser como um todo. Temos o direito de ser feliz!! Então por que esperar? Por que retardar a felicidade? A vida é luta! Não estamos aqui (vivos) só para comer doce.

... falando em doce...  é a minha perdição!!!  rsrsrs

A cada dia aprendo mais, seja através de boas leituras ou cursos, mas principalmente observando a vida e as pessoas. Estou ou sou igual ao um poço sem fundo; quero aprender mais e mais. Isto não é defeito é uma qualidade de pessoas criativas e ativas como eu. A vida ao meu lado nunca fica monótona.

Roberta Carrilho

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