Não viva nem descontente nem satisfeito consigo mesmo. Para a maioria, a satisfação nasce da ignorância e leva a uma felicidade tola que serve ao prazer, mas não à reputação. Como não percebe as grandes qualidade dos outros, contenta-se com qualquer mediocridade própria. A cautela sempre é útil e prudente. Serve de precaução para que as coisas saiam bem, ou de consolo quando saem mal. Nenhum revés surpreenderá quem já temia o pior. Tudo depende das circusntâncias: o triunfo pode virar fracasso se a situação for diferente. Mas a tolice é incorrigível: a satisfação mais vazia se transforma em flor e sua semente sempre brota.
Baltasar Gracián - A arte da prudência
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