terça-feira, 5 de novembro de 2013

MISÉRIA EMOCIONAL, NÃO PEGA MAS INCOMODA por Bruno Soalheiro

Texto excelente! De um realismo sincero. Ele retrata o que  temos visto infelizmente em todos os lugares e mídias; e o pior vindo de pessoas pseudo-inteligente ou 'doutores'. Outra coisa, já repararam que uns tempos para cá quase todo mundo é doutor em alguma coisa? Basta ter uma graduação ou qualquer título que já se julgam: "...eu sou o cara!" sei tudo. Isto quando tem algum estudo ou título de verdade e se tiver aí que ninguém merece mesmo. Inteligência atrofiada pela arrogância. Aff!!! É impressionante! Como existem pessoas que têm prazer ou gozo em dar 'pitacos', críticas ácidas disfarçados de bons conselhos que só nos deixam pra baixo. São as tais 'boas intenções' infernais e pior falam sem sequer ser solicitada uma mísera opinião. Faz favor! Sai para lá... Coisa chata e inconveniente!  Vou dizer num papo reto essas pessoas são muito sem noção e de uma pedância nojenta no português rasgado. Por isto fica a dica para continuarmos a rezar para que Deus nos livre deste mal.
Assim Seja!
Roberta Carrilho



Tem muita gente idiota no mundo, e olha que não há um curso superior neste sentido. Ainda assim temos mestres e doutores na área. Alguns atravessam sinais vermelhos, outros tratam estranhos com descaso, há os que jogam suas tralhas pela rua afora, e tem aqueles que genuinamente apreciam dar feedback negativo sem serem solicitados. São os piores.

Aquela sua amiga que durante a festa de casamento comentou que o vestido é realmente lindo, mas não ficou muito bem em você, é o tipo. Ela chama isso de opinião, mas é despeito. Há uns que quando te veem olham de cima abaixo na sincera tentativa de achar algum ponto a ser melhorado. Quando encontram, comentam despretensiosamente e se regozijam por dentro – já que sua falha faz da vida deles algo menos miserável.

Miséria emocional é um assunto que muito me interessa ultimamente, especialmente pelo fato de me atingir vez ou outra. Há pouco tempo veio um sujeito, por e-mail, esclarecer meu modesto entendimento a respeito de um tópico que tratei em um texto. Propus um argumento sincero; achou ruim, deu um pinote semântico e sumiu. (pinote semântico é ótimo - risos!)

Aliás, o quanto você aceita que as pessoas possam discordar de seu modo de pensar? (Sem dar chilique ou fazer bico, please.)

Procurei alguma patologia que pudesse me dar esperança de que as pessoas realmente tem um problema claro e catalogado quando passam a se comportar de maneira emocionalmente miserável umas com as outras e com o mundo, mas não encontrei, Conclui triste, que é uma escolha mesmo. Um nome que me ocorreu é “auto-estupidez”, um neologismo provável.

O problema sobre certos feedbacks não solicitados é que geralmente atendem mais a uma necessidade de quem os fornece do que de quem os recebe. O sujeito brota do nada com uma observação “pertinente” – sobre sua roupa, seu trabalho, sua forma física, o hidratante que você usa – e você quase pode ver os olhinhos ardendo de prazer.

O antídoto? Ajude a pobre alma, se tiver amor pra isso. Sorria com condescendência, pergunte se vai tudo bem, e se gostar um pouquinho da figura concorde com ela sobre o defeito apontado ou sobre como você deveria considerar seriamente o ponto de vista dela. Aliás, aponte em si mesmo algo possivelmente negativo que ainda não foi comentado; ela vai te amar.

Agora, se não for alguém com quem você se importa muito, ou se realmente já estiver até a tampa com quem precisa fazer você descer para ter a sensação de que subiu um pouco na lama da própria existência, indique meu site. Provavelmente não vou conseguir ajudar muito com terapia, mas tenho ótimos amigos psiquiatras.
Deus nos proteja.

Até mais.
Bruno Soalheiro





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Sobre Bruno Soalheiro

Bruno soalheiro é Psicoterapeuta, Palestrante e sócio-diretor da Fator de Sucesso, empresa que trabalha com Educação Comportamental para organizações e pessoas que busquem crescimento e resultados. É autor de vários artigos sobre comportamento e carreira e há mais de 10 anos se dedica à área de RH, tendo atuado como consultor empresarial e Coordenador – Business Partner em empresas multinacionais da área de projetos de energia, óleo gás e mineração.

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