domingo, 1 de setembro de 2013

CONHECIMENTO ESPECIALIZADO - PASSO NÚMERO 4 DO LIVRO: PENSE E ENRIQUEÇA de autoria Napoleon Hill




CONHECIMENTO ESPECIALIZADO


Sua instrução é o que você faz dela; você achará o conhecimento que o conduzirá onde quer chegar. Não será preciso começar de baixo se seguir esse plano simples.


HÁ DUAS ESPÉCIES de conhecimento: o geral e o especializado. O conhecimento geral, por maior que seja em quantidade ou variedade, pouco serve para a acumulação de dinheiro. As congregações das grandes universidades possuem, em conjunto, praticamente todas as formas de conhecimento, conhecidas da civilização. A maioria dos professores tem pouco dinheiro. Especializam-se em ensinar conhecimentos, mas não se especializam na organização ou no uso do conhecimento.

O conhecimento não atrai dinheiro, a não ser que seja organizado e inteligentemente dirigido, através de planos de ação práticos, com o objetivo definido de acumular dinheiro. A falta de compreensão desse fato tem sido fonte de confusão para milhões de pessoas, que creem, falsamente, que “conhecimento é poder”. Nada disso! Conhecimento é apenas poder em potencial. Só se torna poder se for, e quando for organizado em planos de ação definidos e dirigidos a um fim definido. 

Esse “elo ausente” em todos os sistemas de educação pode ser encontrado no fracasso de instituições educacionais em ensinar aos estudantes como organizar e usar o conhecimento, depois de adquiri-lo. 

Muitos cometem o erro de presumir que porque Henry Ford teve pouca “instrução”, não era um homem “instruído”. Os que cometem esse erro não compreendem o significado real da palavra “educar”. Ela é derivada do latim educo, que significa eduzir, derivar, desenvolver. 

O homem educado nem sempre e o que têm abundância de conhecimentos gerais ou especializados. O homem educado é o que desenvolveu as faculdades da mente de tal modo, que poderá adquirir o que deseja, ou seu equivalente, sem violar os direitos alheios. 

SUFICIENTEMENTE "IGNORANTE" PARA FAZER FORTUNA

Durante a Primeira Guerra Mundial, um jornal de Chicago publicou certos artigos nos quais, entre outras afirmações, Henry Ford era chamado de “pacifista ignorante”. Ford protestou contra as afirmações e processou o jornal por difamação. Em juízo, os advogados do jornal pleitearam uma justificação e chamaram Ford para depor, com o propósito de provar ao júri que ele era ignorante. Fizeram-lhe muitas perguntas, todas com o fim de provar que, conquanto possuísse considerável conhecimento especializado, referente à fabricação de automóveis, não passava, de modo geral, de um ignorante.

Importunaram-no com perguntas como as que se seguem:

“Quem foi Benedict Arnold?” e “Quantos soldados mandaram os ingleses para os Estados Unidos, para debelar a revolução de 1776?” Em resposta à última pergunta, disse Ford: “Não sei o número exato de soldados que os britânicos mandaram, mas sei que era consideravelmente maior do que o que voltou.”

Afinal, Ford cansou-se dessa espécie de perguntas e, em resposta a uma, especialmente ofensiva, debruçou-se, apontou o dedo para o advogado que a fizera e disse: “Se eu quisesse realmente responder a pergunta tola que o senhor acabou de fazer, ou a qualquer outra que me foi feita, deixe-me lembrá-lo de que tenho, na minha mesa, uma fileira de botões elétricos. Se aperto o botão certo, posso chamar a minha presença, para auxiliar-me, homens que podem responder a qualquer pergunta que eu queira fazer, referente ao negócio a que venho devotando os meus esforços. Tenha, pois, a bondade de me dizer porque iria eu atravancar a cabeça com conhecimentos gerais, para poder responder a perguntas, se tenho homens a minha volta, capazes de fornecer qualquer conhecimento exigido?” 

Certamente havia muita lógica nessa resposta.

O advogado ficou desconcertado. Todos, no tribunal, compreenderam que era a resposta, não de um ignorante, mas de um homem instruído. Todo homem que sabe onde encontrar o conhecimento de que necessita e sabe organizar esse conhecimento em planos de ação, e um homem instruído. Com a assistência do seu grupo de “Mente Superior”, Henry Ford tinha em seu poder todo o conhecimento especializado de que necessitava, para capacitá-lo a tornar-se um dos homens mais ricos dos Estados Unidos. Não era essencial que tivesse as conhecimentos em sua própria mente.

É FÁCIL ADQUIRIR CONHECIMENTOS

Antes de ter certeza da sua capacidade de transmutar desejo em seu equivalente monetário, você precisara de conhecimentos especializados sobre o serviço ou mercadoria que pretende oferecer em troca da fortuna. Talvez necessite de muito mais conhecimento especializado do que possa, por capacidade ou inclinação, adquirir. Nesse caso, sua fraqueza pode ser remediada pelo auxílio do grupo de “Mente Superior”.

O acúmulo de grandes fortunas exige poder e esse é adquirido através de conhecimentos altamente organizados e inteligentemente dirigidos, mas esses conhecimentos não precisam, obrigatoriamente, estar na posse do homem que acumula a fortuna.

O parágrafo anterior deve dar esperança e coragem ao homem que têm a ambição de acumular fortuna e que não possui a necessária “instrução” para ter o conhecimento especializado de que possa precisar. Às vezes, homens atravessam a vida sofrendo de “complexos de inferioridade”, por não serem homens de “instrução”. O homem que sabe organizar e dirigir um grupo de homens de “Mente Superior”, possuidores do conhecimento necessário na acumulação de dinheiro, é tão instruído quanto qualquer um do grupo.

Thomas A. Edison só teve três meses de instrução escolar, em toda a vida. Não lhe faltou educação; nem morreu pobre. 

Henry Ford pouco mais teve que o segundo ano primário; no entanto, saiu-se muito bem, do ponto de vista financeiro. 

Conhecimento especializado é uma das formas mais difundidas e baratas de serviço, que se possa encontrar! Se duvidar, consulte a folha de pagamento de qualquer universidade. 

ONDE ENCONTRAR CONHECIMENTOS

Antes de mais nada, resolva o tipo de conhecimento especializado que precisa e o fim para o qual é necessário. Em grande parte será seu objetivo principal na vida, o fim pelo qual trabalha que ira ajudar a determinar o conhecimento exigido. Resolvida essa questão, o passe seguinte exige que você tenha informações precisas sobre fontes de conhecimento fidedignas. Dessas, as mais importantes são:

1. A experiência e educação próprias.

2. Experiência e educação acessíveis, através da cooperação de outros (Aliança da Mente Superior).

3. Colleges e universidades.

4. Bibliotecas públicas (em livros e revistas, em que pode ser encontrado todo o conhecimento organizado pela civilização).

5. Cursos especiais de treinamento (em escolas noturnas e cursos domiciliares, em especial).

Ao ser adquirido, o conhecimento precisa ser organizado e aplicado para um objetivo definido, através de planos práticos. O conhecimento só tem valor pelo que se aproveita de sua aplicação a um fim útil.

Se você pensa em instrução adicional, resolve primeiro qual o objetivo do conhecimento que procura, depois indague onde obter esse determinado tipo de conhecimento.

Homens de sucesso, em todas as profissões, jamais param de adquirir conhecimento especializado, relacionado com seu principal propósito, negócio eu profissão. Os que não têm sucesso, geralmente cometem o erro de acreditar que a período de aquisição de conhecimentos termina ao terminar a escola. A verdade é que a instrução escolar pouco mais faz que encaminhar a pessoa no sentido de aprender a adquirir conhecimento prático. 

A ordem do dia é a especialização! Essa verdade foi salientada por Robert P. Moore (ex-diretor de colocações na Universidade de Columbia) numa notícia de jornal: 

ESPECIALISTAS MAIS PROCURADOS 

Particularmente procurados por companhias de colocações são os candidatos que se especializaram em algum campo – diplomados em escola de comércio, com curso de contabilidade e estatística, engenheiros de todas as espécies, jornalistas, arquitetos, químicos e também dirigentes excepcionais e homens de atividade da classe adiantada. 

O homem ativo na universidade cuja personalidade faz com que se dê bem com todos, e que foi bem nos estudos, tem uma superioridade marcante sobre o estudante estritamente acadêmico. Alguns desses, por suas qualificações variadas receberam inúmeras ofertas de cargos, alguns até em número de seis. 

Uma das maiores companhias industriais, a maior do ramo, ao escrever ao senhor Moore com relação a bacharelandos promissores, disse: 

“Estamos interessados, primeiramente, em encontrar homens que possam fazer progresso excepcional em trabalhos de direção. Por, essa razão, acentuamos as qualidades de caráter, inteligência e personalidade muito mais que as de conhecimentos específicos.” 

Propondo um sistema de “aprendizado” de estudantes em escritórios, lojas e indústrias durante as férias de verão, o senhor Moore declarou que, depois de dois ou três anos de college,todo estudante deveria ser convidado a “escolher um curso futuro definido e parar se estava apenas passando, agradavelmente, sem nenhum propósito, por um currículo acadêmico geral.” 

“Colleges e universidades devem encarar a. consideração, prática, de que todas as profissões e ocupações agora exigem especialistas, disse ele, propondo que instituições educativas aceitem responsabilidade mais direta na orientação vocacional. 

Uma das fontes de conhecimento mais honestas e práticas, acessíveis aos que precisarem de instrução especializada, são os cursos noturnos, que funcionam na maioria das grandes cidades. Os cursos por correspondência fornecem treinamento especializado em todos os lugares onde chega o correio norte-americano, sobre qualquer matéria possível de ser ensinada pelo método de extensão. Uma das vantagens do estudo domiciliar e a flexibilidade dos programas de estudo, que permite que se estude nos momentos livres. Outra vantagem do estudo domiciliar (se o curso for bem escolhido) e o fato de que a maioria dos cursos oferecidos por escolas de ensino domiciliar, fornece generosos privilégios de consulta, de valor inestimável aos que precisam de conhecimento especializado. Seja onde for que você more, pode aproveitar os benefícios. 

ESTUDO E AUTODISCIPLINA

Tudo o que se adquire sem esforço e sem gastos, geralmente nos parece de menor valor, às vezes até sem valor nenhum; talvez por isso é que aproveitamos tão pouco nossa maravilhosa oportunidade em escolas públicas. A autodisciplina que se recebe de um programa definido de estudo especializado compensa, até certo ponto, a oportunidade perdida, quando o conhecimento pode ser adquirido sem gastos. Escolas por correspondência são instituições comerciais altamente organizadas. Suas taxas de inscrição são tão baixas que são forçadas a insistir em pagamentos rápidos. Sendo obrigado a pagar, tenha o estudante boas notas ou más, o efeito e de seguir o curso até o fim, quando, de outra maneira, desistiria. As escolas por correspondência não insistiram suficientemente nessa questão, pois a verdade é que seus departamentos de cobrança constituem a melhor espécie de treinamento em decisão, rapidez e o hábito de terminar o que se começa.

Aprendi isso por experiência, há mais de quarenta e cinco anos. Matriculei-me num curso de propaganda, por correspondência. Após oito ou dez lições, parei de estudar, mas a escola não parou de me mandar às contas. Além disso, insistia no pagamento, quer eu continuasse os estudos, quer não. Decidi que, se tivesse de pagar pelo curso (a que me obriguei legalmente), deveria completar as lições, para aproveitar meu dinheiro. Achei, na época, que o sistema de cobrança da escola era bem organizado demais, mas aprendi, mais tarde, na vida, que essa era uma parte valiosa do curso, pela qual nada se cobrou. Sendo forçado a pagar, continuei e completei o curso. Descobri, mais tarde, que o eficiente sistema de cobrança da escola valera muito como dinheiro ganho, por causa do aprendizado de propaganda que tão relutantemente terminei. 

NUNCA É TARDE DEMAIS PARA APRENDER

Temos, em nosso país, o que se diz ser o maior sistema de escolas públicas do mundo. Uma das coisas estranhas a respeito dos seres humanos e que só dão valor ao que têm preço. As escolas gratuitas dos Estados Unidos e as bibliotecas públicas gratuitas, não impressionam as pessoas, por serem gratuitas. Essa é a principal razão pela qual tanta gente acha necessário adquirir instrução adicional, depois de deixarem a escola e irem trabalhar. É também uma das razões principais pelas quais os empregadores têm mais consideração para com os empregados que fazem cursos domiciliares. Aprenderam, por experiência própria, que qualquer pessoa que tiver ambição bastante para desistir de parte de seu tempo livre, para estudar em casa, tem em si as qualidades que fazem um líder.

Existe uma fraqueza nas pessoas para a qual não há remédio: é a fraqueza universal da falta de ambição! As pessoas, principalmente as assalariadas, que reservam o tempo livre para estudo domiciliar, raramente ficam por baixo, durante muito tempo. Sua ação abre caminho para a ascensão social, remove muitos obstáculos do caminho e conquista o interesse amigo dos que têm o poder de encaminhá-los para a oportunidade.

O método do estudo domiciliar de instrução adapta-se, de modo especial, as necessidades dos empregados que acham, depois de deixar a escola, que precisam adquirir conhecimento especializado adicional, mas não dispõem de tempo livre para voltar a escola.

Stuart Austin Wier preparou-se para ser engenheiro construtor, seguindo essa carreira até a depressão limitar o mercado a ponto de não lhe proporcionar a renda necessária. Fez um inventário de si mesmo, resolveu mudar a profissão para a·de advogado, voltou a escola e fez cursos especiais, preparando-se para advogado de partido. Completado o curso, passou nos exames e logo se impôs na profissão.

Para dar informação completa e antecipar os álibis dos que dirão: “Eu não poderia ir à escola porque tenho família para sustentar”, ou “Estou velho demais”, acrescentarei que Wierpassava dos quarenta anos e se casou ao voltar a escola. Além disso, escolhendo com cuidado cursos altamente especializados em escolas bem aparelhadas para ministrar as matérias que lhe interessavam, completou, em dois anos, o trabalho que exige, aos demais estudantes de Direito, quatro anos. Compensa saber como comprar conhecimentos!

CONTABILIDADE SOBRE RODAS

Examinemos um exemplo específico. O vendedor de uma mercearia encontrou-se, de repente, desempregado. Tendo tido experiência anterior como guarda-livros, fez um curso especial de contabilidade, familiarizando-se com os mais modernos equipamentos contabilísticos e de escritório e começou a trabalhar por conta própria. Iniciando com o dono da mercearia para a qual trabalhara antes, fez contratos com mais de cem pequenos comerciantes, como guarda-livros, por uma quantia mensal modesta. Sua ideia era tão prática, que logo se tornou necessário organizar um escritório portátil, num caminhão de entregas leves, que equipou com as mais modernas maquinas de contabilidade. Agora ele tem uma frota desses escritórios de contabilidade “sobre rodas” e emprega grande corpo de assistentes, fornecendo aos pequenos comerciantes o melhor serviço de contabilidade que se pode obter por baixo custo.

Conhecimento especializado mais imaginação foram os ingredientes usados nesse negócio sem par e de muito sucesso. O ano passado, o dono do negócio pagou imposto de renda dez vezes superior ao do comerciante para o qual trabalhara, ao perder o emprego.

O começo desta empresa comercial de êxito foi uma ideia!

Como eu tive o privilégio de fornecer a ideia ao vendedor desempregado, assumo agora o privilégio de sugerir outra, que traz em si a possibilidade de uma renda ainda maior.

Essa ideia foi dada pelo vendedor que desistiu de vender e organizou uma firma de contabilidade, numa base atacadista. Quando se sugeriu o plano, como solução ao problema de desemprego, ele exclamou rapidamente: “Gosto da ideia, mas não sei como transformá-la em dinheiro.” Em outras palavras, queixou-se de que não saberia como aproveitar, comercialmente, seus conhecimentos de contabilidade, depois que os adquirisse.

Isso trouxe à baila outro problema a resolver. Com o auxílio de uma jovem datilógrafa, que sabia redigir uma história, preparou-se um folheto muito atraente, descrevendo as vantagens do novo sistema de contabilidade. As páginas foram bem datilografadas e coladas num livro de recordes comum, usado como vendedor silencioso, com o qual a história de novo negócio era tão eficientemente contada, que o dona logo se viu as voltas com mais pedidos do que podia vencer. 

O “PROJETO” QUE CRIOU UM EMPREGO

Em nosso país, há milhares de pessoas, que precisam dos serviços de um especialista em mercados, capaz de preparar um livrinho atraente, para usar na oferta de serviços pessoais.

A ideia aqui descrita nasceu da necessidade, para sanar uma emergência que tinha de ser vencida, mas não parou ao servir uma pessoa só. A moça que criou a idéia tinha imaginação fértil. Vislumbrou a criação de nova profissão, capaz de servir a milhares de pessoas, que precisam de orientação pratica ao oferecer serviços pessoais. 

Estimulada pelo sucesso instantâneo do seu “primeiro plano preparado para oferecer serviços pessoais”, essa mulher enérgica voltou-se, em seguida, para a solução de problema semelhante para o filho, que acabara de terminar os estudos, mas que era totalmente incapaz de arranjar mercados para seus serviços. O plano que arquitetou para ele era o melhor tipo de oferta de serviços pessoais que jamais vi. 

Quando terminou o livreto, esse continha quase cinqüenta páginas, muito bem datilografadas, de informações bem organizadas, contando das habilidades naturais do filho, sua instrução, experiências pessoais e grande variedade de outros dados, extensos demais para uma descrição. O folheto continha, também, completa descrição da posição que o filho desejava, juntamente com belíssimo quadro de palavras sobre o plano exato que ele usaria, ao obter o cargo. 

O preparo do livrinho exigiu várias semanas de trabalho, durante as quais sua criadora mandava o filho a biblioteca publica, quase diariamente, para procurar dados necessários a oferta de serviços mais vantajosa. Mandou-o também a todos os competidores de seu empregador em perspectiva, deles obtendo informações vitais, referentes aos métodos comerciais, o que era de grande valor na formação do plano que pretendia usar se obtivesse o cargo desejado. Completado o plano, esse continha meia dúzia de ótimas sugestões para usa e beneficio do empregador em perspectiva. 

ECONOMIZOU DEZ ANOS DE "COMEÇO"

Dá vontade de perguntar: “Porque ter todo esse trabalho para garantir um emprego?”

A resposta é: “Fazer bem uma coisa nunca é trabalho! O plano que essa mulher preparou em beneficio do filho ajudou-o a conseguir o emprego que procurava, na primeira entrevista e por um salário por ele mesmo estipulado.”

Além disso – e isso também é importante – o cargo não exigia que o rapaz começasse de baixo. Começou numa gerência media, com salário de dirigente de empresa.

“Por que ter todo esse trabalho?”

Bem, em primeiro lugar, a apresentação planejada da repetição desse jovem cortou nada menos que dez anos do tempo que teria levado para chegar de onde começara, se tivesse “começado de baixo e trabalhado para se elevar”.

Essa ideia de começar de baixo e subir pelo trabalho pode parecer sólida, mas a principal objeção a ela é a seguinte: gente demais que começa de baixo nunca consegue alçar a cabeça bastante alto para ser vista pela oportunidade, de modo que fica no fundo mesmo. Deve-se lembrar também que a visão que se tem, no fundo, não é muito alegre ou animadora. Tende a matar a ambição. Chamamo-Ia de “entrar no mecanismo”, o que significa que aceitamos nosso destino porque formamos o hábito da rotina diária, hábito esse que, finalmente, se toma tão forte que cessamos a tentativa de exterminá-lo. Essa é outra razão porque compensa começar a um ou dois passos acima do fundo. Fazendo-o, forma-se o hábito de olhar a volta, de observar outros que sobem, de perceber a oportunidades e abraçá-las sem hesitação.

O MUNDO AMA OS VENCEDORES

Dan Halpin é um esplêndido exemplo do que quero dizer. Em seus dias de estudante de college, era dirigente do famoso time de futebol de Notre Dame, no campeonato de 1930, quando era diretor o falecido Knute Rockne.

Halpin terminara os estudos numa época bastante desfavorável, quando a depressão diminuíra muito os empregos. Após uma tentativa em investimentos bancários e fitas de cinema, agarrou a primeira oportunidade para um futuro potencial, que conseguiu encontrar – como vendedor de aparelhos elétricos de surdez, na base de comissões. Qualquer um podia começar nessa espécie de emprego e Halpin sabia-o, mas para ele era o suficiente para abrir as portas da oportunidade. 

Durante quase dois anos, continuou num emprego que não era do seu agrado, e nunca teria sobrepujado o cargo se não tivesse tornado certas providências. Primeiro, procurou obter o cargo de assistente do gerente de vendas da companhia e conseguiu-o. Esse passo para cima elevou-o bem acima da multidão, possibilitando-lhe ver oportunidade ainda maior. Além disso, colocou-o onde a oportunidade podia vê-lo. 

Conseguiu um índice de vendas tão bom, com os aparelhos de surdez, que o diretor da companhia “Dictograph Products”, competidor da companhia para a qual Halpin trabalhava, queria saber algo sobre o tal de Dan Halpin, que tirava grandes vendas da “Companhia Dictograph”. Mandou chamá-lo. Quando a entrevista terminou, Halpin era o novo gerente de vendas encarregado da Divisão Acústica. Depois; para por à prova o valor de Halpin, Andrews foi embora para a Flórida por três meses, deixando-o para afundar ou nadar no novo emprego. Não afundou! O espírito de Knute Rocke, achando que “todo o mundo ama os vencedores e não têm tempo para os vencidos”, inspirou-o a dar tanto ao emprego, que foi eleito vice-presidente da companhia, cargo que muitos se orgulhariam de alcançar em dez anos de esforço leal. Halpin conseguiu o lugar em pouco menos de seis meses.

Um dos pontos principais que estou tentando salientar, através de toda essa filosofia, é que galgamos altas ou permanecemos no fundo, por causa de condições que podemos controlar – se quisermos controlá-las.

NÃO SE DEMORE NO FUNDO

Estou, também, tentando salientar outro ponto, isto e, que tanto o sucesso como o fracasso são, em grande escala, resultados do hábito! Não tenho a menor dúvida de que a convivência de Halpin com o maior instrutor de futebol que os Estados Unidos jamais conheceram, implantou-lhe na mente o mesmo tipo de desejo de distinguir-se que tornou famoso, no mundo inteiro, o time de Notre Dame. Em verdade, está certa a ideia de que adorar um herói é útil, desde que se adore um vencedor. 

Minha crença na teoria de que sociedades comerciais são fatores vitais, tanto no fracasso como no sucesso, foi claramente provada quando meu filho Blair estava em negócios com Dan Halpin, por um cargo. Halpin ofereceu-lhe um salário inicial de mais ou menos meta de do que poderia ter obtido de uma companhia rival. Pus em jogo a pressão paterna, induzindo-o a aceitar o lugar, porque acredito que associação com quem se recusa a ceder em certas circunstâncias que não lhe agradam, é uma vantagem que nunca poderá ser medida em termos de dinheiro. 

O fundo é um lugar monótono, sombrio, desvantajoso, para qualquer pessoa. Por isso é que levei tanto tempo em descrever como o começo, no fundo, pode ser evitado por um planejamento certo. 

VOCÊ PODE NEGOCIAR A SI MESMO

A mulher que preparou o “Plano de Vendas de Serviços Pessoais” para o filho, recebe agora pedidos de todas as partes do país, para cooperar no preparo de planos similares, para outros que desejam oferecer serviços pessoais por mais dinheiro.

Não se deve supor que o plano consista apenas numa técnica de vendas inteligente, pela qual se auxilia homens e mulheres a pedirem e receberem mais dinheiro pelos mesmos serviços que antes vendiam por pagamento menor. Ela cuida dos interesses do comprador, assim como dos de vendedor de serviços pessoais, preparando os planos de tal modo que o empregador recebe o valor integral do dinheiro adicional que paga.

Se você tiver imaginação e procurar um mercado mais vantajoso para seus serviços pessoais, essa sugestão pode ser o estímulo que esta procurando. A idéia é capaz de trazer uma renda bem maior que a do módico, advogado, ou engenheiro “médios”, cuja instrução exigiu muitos anos de faculdade.

Não há preço fixo para idéias boas!

Atrás de todas as idéias está o conhecimento especializado. Infelizmente, para os que não encontram riquezas na abundância, o conhecimento especializado é mais abundante e mais fácil de adquirir que idéias. Por causa dessa verdade, há uma exigência universal e oportunidades sempre crescentes para a pessoa capaz de ajudar homens e mulheres a vender, com vantagens, seus serviços pessoais. Capacidade significa imaginação, a única qualidade necessária para combinar conhecimento especializado com idéias, na forma de planos organizados, destinados a atrair riquezas. 

Se você tiver imaginação, esse capítulo ira presenteá-lo com uma ideia que será suficiente para o começo das riquezas que deseja. Lembre-se de que a ideia é a coisa mais importante. Conhecimento especializado pode ser encontrado logo ali na esquina – qualquer esquina! 

PONTOS A FIXAR: 

Conhecimento e apenas um poder potencial. Você pode organizá-lo de modo a dar-lhe planos de ação definidos, dirigidos a um fim definido. 

Abra a mente à instrução que vem da experiência e do contato com outras mentes. Henry Ford foi suficientemente “ignorante” para fazer fortuna. 

Use uma ou todas as cinco fontes de conhecimento que esse capítulo lhe fornece. É fácil adquirir conhecimentos. 

Se você não estiver pronto para vender um produto, pode vender seus serviços ou idéias por muito bom preço. Homens de mais de sessenta anos tiveram muito sucesso ao fazê-lo. O plano deu enorme impulso ascensional a milhares de jovens autodisciplinados. 

O projeto fornecido neste capítulo pode fazê-lo iniciar-se com uma vantagem de dez anos em qualquer emprego. 

O conhecimento pavimenta a estrada para a riqueza – quando você sabe qual a estrada a tomar.




LINKS QUE COMPLEMENTAM A LEITURA
Veja também:

LIVRO: "PENSE E ENRIQUEÇA" 
PENSAMENTOS SÃO COISAS


PASSO NÚMERO 1 
DESEJO 
PASSO NÚMERO 2 
FÉ E CONFIANÇA 
PASSO NÚMERO 3 
AUTO-SUGESTÃO
PASSO NÚMERO 4 
CONHECIMENTO ESPECIALIZADO
PASSO NÚMERO 5 
IMAGINAÇÃO
PASSO NÚMERO 6 
PLANEJAMENTO ORGANIZADO
http://robertacarrilho-div.blogspot.com.br/2013/09/livro-pense-e-enriqueca-passo-numero-6.html


PASSO NÚMERO 7DECISÃO
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PASSO NÚMERO 8
PERSISTÊNCIA

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PASSO NÚMERO 9
PODER DA MENTE SUPERIOR

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PASSO NÚMERO 10
MISTÉRIO DA TRANSMUTAÇÃO SEXUAL

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PASSO NÚMERO 11
O SUBCONSCIENTE

http://robertacarrilho-div.blogspot.com.br/2013/09/livro-pense-e-enriqueca-passo-numero-11.html


PASSO NÚMERO 12
O CÉREBRO

http://robertacarrilho-div.blogspot.com.br/2013/09/livro-pense-e-enriqueca-passo-numero-12.html


PASSO NÚMERO 13
O SEXTO SENTIDO

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OS SEIS FANTASMAS DO MEDO
Napoleon Hill
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