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sábado, 8 de outubro de 2016

SOBREVIVENDO AO NARCISISMO PERVERSO MATERNO por Silvia Malamud


Relato redimensionado permitido por paciente 

Cenas e mais cenas que me trouxeram um mesmo mal-estar avassalador estão nas minhas memórias e se entrelaçam pelo caminho da minha vida de crescimento junto com a minha mãe. Incontáveis vezes ela literalmente me quebrou emocionalmente, e eu, por não ter a clareza do que estaria acontecendo, apenas me deprimia e sequer tinha a percepção de que poderia me revoltar, brigar, ou mesmo me impor naqueles momentos. Apenas me recolhia profundamente arrasada.

Foram tantas as situações que daria um livro imenso enumerá-las por aqui. Quando comecei a me revoltar, só piorou, ela se tornou extremamente agressiva em suas palavras, usando de outras armas de manipulação e abuso emocional; os ataques foram verbais e muito mais intensos. Ela alegava que eu nunca percebia as situações de modo correto, ou simplesmente argumentava dizendo que tinha se esquecido do que havia acabado de falar e me culpava de não ser uma boa filha... talvez porque naqueles momentos eu começasse a ter lucidez sobre o que não me era permitido ter.

O que pude entender depois de muita terapia? Entendi que o processo é bem assim; toda vez que eu poderia ter qualquer ato espontâneo, seja ele qual fosse, a minha mãe imediatamente fazia o serviço de cortá-lo de modo fulminante. Uma verdadeira castração de tudo que fosse representar a vida pulsando em mim, e não era apenas eu a vítima, eram todos que estivessem ao seu redor. Por conta disso, quando eu ainda estava inconsciente destes processos, por anos a fio, ela teve a maestria de me dar verdadeiros nocautes. E o pior é que eles sempre vinham quando eu me distraía, quando abria a guarda, quando era amorosa e espontânea e amorosa. Ou seja, quando a minha existência aparecia com colorido próprio, quando eu mostrava a minha própria luz.

Seria como se a explosão natural da vida nunca pudesse acontecer em mim, e nas vezes em que acontecia, simplesmente eu não era validada, ao contrário, sequencialmente era altamente desqualificada de modo aberto e quando ela poderia ficar mal vista por outros, mesmo assim, insistentemente ela fazia tudo de forma velada. Sossegava apenas no momento em que notava ter conseguido me quebrar emocionalmente.

Qual foi o resultado disso? Graças aos céus e para a minha própria sobrevivência e não enlouquecimento, acabei intuitivamente buscando referencias em outras pessoas fora do meu ambiente familiar. Como consequência alcancei uma vida repleta de amigos na adolescência e fiz muita coisa que me trouxe alegria plena nestes ambientes. Hoje, porém, noto que fui refém de uma busca excessiva pelo que sempre me faltou, que era poder sentir o prazer que sempre me fora tão podado. Constantemente, busquei olhares de aprovação dos outros e funcionava como se fosse um verdadeiro radar em busca deles. A todo custo precisava ser validada, era insegura sobre as minha qualidades e mesmo de quem eu era, afinal, o que mais me fez falta na vida foi um olhar de conexão, amor e compreensão real. Então, eu passava a maior parte do tempo encantando e seduzindo as pessoas ao meu redor.

Também precisava de muito sexo, porque era na intimidade que eu conseguia ter prazer total sem a ameaça de algum ataque externo. Vale dizer que não tinha nada de consciência sobre estes fatos antes e que estas são conclusões minhas, da minha história pessoal que ainda tem muito a ser processada, estou no meu caminho terapêutico...


O problema é que eu estava viciada nas minhas quebras emocionais, então, reproduzia em meus relacionamentos o mesmo que tinha com a minha mãe, e depois de um tempo, meus namorados acabavam me magoando e eu ficava exatamente como a minha mãe me fazia sentir durante toda a vida, rejeitada e não amada. Acredito que os inconscientes se atraem e às vezes também a gente amplia as nossas percepções sobre o outro porque só sabemos viver da forma que aprendemos, por mais que desejemos mudar as coisas. E enquanto não resolvemos nossas questões, as nossas vivências anteriores mal resolvidas reaparecem em meio de outros coloridos e cenários, mas com o mesmíssimo pano de fundo num looping infindável se não acordarmos a tempo. E sim, com esse pano de fundo emocional ainda não resolvido podemos ser vitimas de abusadores e de pessoas mal intencionadas que nos colocam como reféns na mesma promessa de um amor que nunca virá e da ameaça de abandono e rejeição tão sofrida e vividas por nós.

A busca da terapia foi um divisor de águas para que eu rompesse com este ciclo viciado de sofrimento sem fim que eu estava vivendo. Depois da consciência de onde eu estava, precisei de ajuda para efetivamente começar a mudar meus cenários para outros tipos possíveis de realidades mais tranquilas e com outras vivencias mais saudáveis sobre o que vem a ser afeto, amor e conexão.

Quanto mais despertos, melhor!


terça-feira, 26 de julho de 2016

COMO IDENTIFICAR OS VAMPIROS EMOCIONAIS DA SUA VIDA por Judith Orloff



Como médico psiquiatra, descobri que o maior dreno de energia dos meus pacientes estavam em seus relacionamentos. Alguns relacionamentos são fontes de elevação positiva e humor. Outros podem sugar todo o otimismo e a serenidade de você.

Eu chamo essas pessoas de “vampiros emocionais“. Eles fazem mais do que drenar a sua energia física. Essas pessoas podem fazer você acreditar que é indigno de ser amado. Podem lhe infligir danos com proporções menores só para fazer você se sentir mal consigo mesmo. Se proteger deles é importante para combater a drenagem da sua energia pessoal.

Sinais de que você encontrou um vampiro emocional
  • Seu humor despenca;
  • Você sente vontade de ingerir carboidratos ou alimentos de recompensa;
  • Você se sente ansioso, deprimido ou pessimista;
  • Você se sente com uma baixa autoestima.

Tipos de Vampiros Emocionais

1. O Narcisista
Seu lema é “Eu em primeiro lugar”. Eles têm um senso grandioso de auto-importância, anseiam por atenção e admiração. São perigosos porque não têm empatia e possuem uma capacidade limitada de amar. Se você não fizer as coisas à sua maneira, eles se tornam vingativos e frios.

Como se proteger: Mantenha as suas expectativas com os pés no chão. Estas pessoas são emocionalmente limitadas. Tente não se apaixonar por um ou esperar que eles ajam de modo altruísta. Nunca permita que a sua auto-estima dependa deles ou lhes confie seus sentimentos mais profundos. Para se comunicar com sucesso, a dura verdade é que você precisa mostrar como algo será vantajoso para eles. Embora seja melhor não ter de lidar com este tipo de personalidade adorador de si mesmo, se o relacionamento for inevitável, esta abordagem funciona.

2. A vítima
Esses vampiros irritam com a sua atitude “tadinho de mim”. Acham que o mundo está sempre contra eles, por isso se sentem infelizes. Quando você oferece uma solução para seus problemas, eles geralmente dizem: “Sim, mas …”. Você pode escolher não atender mais aos seus pedidos ou simplesmente evitá-los. Como amigo, você pode querer ajudar, mas essa ”cachoeira de lamentações” sem fim poderá drenar as suas energias.

Como se proteger: Estabeleça limites gentilmente, mas com firmeza. Ouça brevemente e diga ao amigo ou parente: “Eu te amo, mas eu só posso ouvi-lo por alguns minutos, a menos que queira falar sobre soluções”. Com um colega de trabalho, diga simpaticamente: “Eu vou continuar a pensar positivamente para que as coisas funcionem”. Em seguida, diga: “Espero que você entenda, mas eu estou no prazo e preciso voltar ao trabalho”. Em seguida, use o “este não é um bom momento” e a linguagem corporal, como cruzar os braços e quebrando o contato visual, para ajudar a definir estes limites saudáveis.

3. O Controlador
Essas pessoas tem uma obsessão para tentar controlá-lo e ditar como você deveria ser e se sentir. Eles têm uma opinião sobre tudo e irão tentar te controlar, invalidando as suas emoções, caso elas não se encaixem no seu ”livro de regras”. Muitas vezes, eles começam suas frases com “Você sabe o que você precisa?” e depois prosseguem. Você acaba se sentindo dominado, humilhado ou colocado para baixo.

Como se proteger: O segredo do sucesso é nunca tentar controlar um controlador. Seja saudavelmente assertivo, mas não lhes diga o que fazer. Você pode dizer: “Eu valorizo ​​o seu conselho, mas quem precisa trabalhar para resolver isso sou eu mesmo”. Seja confiante, mas não se faça de vítima.

4. O Falador Constante
Essas pessoas não se interessam pelos seus sentimentos. Eles só se preocupam consigo mesmos. Você espera por uma abertura, para falar sobre o que pensa, mas ela nunca surge. Essas pessoas não respeitam o seu espaço e se aproximam tanto para falar que quando você percebe elas estão praticamente respirando em você. Você dá um passo para trás, mas elas se aproximam novamente.

Como se proteger: Essas pessoas não respondem aos sinais não-verbais. Você precisa falar e interrompê-la, por mais difícil que isso possa parecer. Escute-a por alguns minutos. Em seguida, diga educadamente: “Eu odeio interromper, mas por favor me desculpe, eu tenho que falar com outra pessoa… ou ir a um compromisso… ou ir ao banheiro”. Uma tática muito mais construtiva do que, “Cale-se, você está me deixando louco!” se for um membro da família, diga educadamente: “Eu adoraria se você me permitisse algum tempo para que eu possa acrescentar minha opinião nessa conversa”. Se você disser isso de forma neutra, é mais provável que seja ouvido.

5. A Rainha do Drama
Essas pessoas têm o dom para transformar pequenos incidentes em dramas dignos de uma novela. Uma das minhas pacientes, Sarah, estava se sentindo exausta depois que contratou um novo funcionário que sempre chegava atrasado no trabalho. Uma semana ele pegou uma gripe e “quase morreu”. Em seguida, seu carro foi rebocado, outra vez! Depois que este funcionário saía do seu escritório, Sarah se sentia cansada e usada.

Como se proteger: Fique calmo. Faça algumas respirações profundas. Isso ajudará você a não ficar preso no melodrama. Estabeleça limites gentis, mas firmes. Diga, por exemplo, “Você deve chegar aqui no horário certo para manter o seu emprego. Sinto muito por todos os seus percalços, mas o trabalho vem em primeiro lugar”.

Para melhorar seus relacionamentos e aumentar o seu nível de energia, eu sugiro fazer um inventário das pessoas que te dão energia e aquelas que a drenam. Tente passar mais o seu tempo com as pessoas que nutrem o seu bem-estar, e aprenda a estabelecer limites com aquelas sugam você. Isto irá melhorar muito a sua qualidade de sua vida.

Fonte:
http://www.psiconlinews.com/2015/11/como-identificar-os-vampiros-emocionais-da-sua-vida.html