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sexta-feira, 27 de julho de 2018

ANIVERSÁRIO DA MINHA FILHA ... MARIA EDUARDA CARRILHO (ESTOU MUITO TRISTE COM O COMPORTAMENTO DELA) :'(

Apesar da decepção e da dor no meu coração, hoje é aniversário da filha que eu mais amei como ser humano neste planeta. Ela era meu amor... minha razão, minha amiga, enfim mesmo decepcionada quero deixar publicado o dia do aniversário dela como eu faço todos os anos desde que eu criei este blog, inclusive foi criado para no futuro ela pudesse acessar e me conhecer melhor, meus gostos e desgostos, o meu lado humano além de mãe.
Fiz tantos planos com ela... mas hoje eu não sei se quero vivê-los. Ela se transformou num ser humano frio, indiferente ao amor, interesseira, manipuladora, etc... tristeza, viu!!! Mas continuarei sendo sua mãe até o último dia da minha existência... e rezando ao Deus todo poderoso faça um milagre nela e em mim para tirar esta tristeza e desconfiança que se instalou no meu coração.
Não gosto de sentir isso e nem omitir meus sentimentos... sou todos eles... como é o título deste blog "...sou sentimentos" e entre eles no momento o sentimento de tristeza e profunda decepção com ela minha ex-bebein! 
Angústia em vê-la se transformar numa pessoa totalmente diferente do que eu desejei ardentemente como mãe para ela como minha filha amada... nada saiu como eu planejei! Nada! 
Enfim, Feliz aniversário minha filha caçula indiferente dos meus sentimentos...  espero que este resto de ano (2018) vc possa começar uma profunda transformação como pessoa e ser humano. Muito diferente do que eu vi nestes últimos anos e confirmei recentemente.
Aprenda a ser uma pessoa boa, amorosa, amiga, empática, sincera, querida, ou seja, uma boa filha apesar de qq coisa que tenha acontecido em nosso passado e no qual vc já sabe de muitas coisas e e ainda saberá muito mais quando ficar adulta e independente emocional e financeiramente dessas pessoas horríveis que mentiram e omitiram a verdade ou simplesmente mostraram só o que os convinham mostrar. Não é certo agir desta forma ainda mais sendo eu e você mãe-filha. Mas Deus vai lhe mostrar mais cedo ou mais tarde a verdade.
Hoje filha vc se transformou numa decepção aos meus olhos e coração. Que dor!
Infelizmente estou tão desolada com o que se transformou sendo educada por uma mulher sem escrúpulos longe de mim... um pai omisso, patético, inerte, manipulável, irresponsável, covarde com a vida, com sentimentos próprios e alheios, velho com mente, comportamento de um adolescente infantilizado e ridículo é trágico.
Foi a pior escolha de uma existência que eu poderia ter feito a nós. Sinto enganada, culpada. Uma mistura ruim de sentimentos confusos e diversos. Sei que não tenho como mudar o que foi feito e isso me dilacera a alma de raiva, arrependimento por ter sido enganada com tantas mentiras, interesses escusos e dissimulações. Covarde é uma palavra elegante para designar tudo que aconteceu. A verdade mesmo que foi e é um ato criminoso que fizeram conosco espiritualmente e humanamente falando, eles nem imaginam o karma que eles fizeram para as vidas deles. O egoísmo e o orgulho deles falaram mais alto do que o amor e a fraternidade em ceder ou acolher a mim e aquela situação momentânea da minha doença. Eles foram impiedosos! 
Mas acredito na lei de retorno, causa e reação crística (do nosso Mestre Cristo Jesus nos ensinou pelas palavras e exemplos) e que nenhum deles que fizeram este mal a minha vida, aliás em nossas vidas, ficarão impunes. Jamais! Ninguém entra nos céus até pagar o último cetil de sua dívida. Assim está escrito e eu acredito porque assim é justo.
Hoje depois de tantos anos eles não precisam se preocupar em mentir, justificar ou inventar desculpas para mim ou ninguém... não!!! Já passou o tempo de reconciliações e perdões.
A inércia foi conveniente e confortável para eles... não pensaram no estrago que deixaram pra trás... por isso eu particularmente só quero que a justiça de Deus seja feita e cobrada diuturnamente pela consciência, lembranças, pensamentos diários, mostrando tudo que eles fizeram ou deixaram de fazer e as consequências das suas escolhas nas nossas vidas.
Quero que seja cobrado cetil por cetil seja agora ou mais tarde... nesta ou em outras vidas... não importa, somos imortais. Acredito que não ficarão impunes porque Deus é misericordioso e o meu coração de mãe está ferido e continua sangrando pelo o que eles me fizeram e me tiraram.
Todos direto ou indiretamente sem exceção pagarão seja pela ação ou omissão. Pela palavra maldita ou pelo silêncio assassino.
Desculpem meu desabafo porque meu coração de mãe está  muito dolorido nestes tempos. Estava precisando colocar para fora, vomitar estas mágoas... 
Assim, é a vida que seguirá seu roteiro através das nossas escolhas e lá na frente chegarão as consequências delas. É o ciclo da evolução obrigatória.
Feliz Aniversário minha filha Maria Eduarda Carrilho.
São os votos de sua mãe, apesar de...
Roberta Carrilho  





segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

ESTOU EM LUTO!!! Morre o sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman


O intelectual tinha 91 anos e era considerado um dos principais pensadores do século XX


O filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman morreu nesta segunda-feira (9), em Leeds, na Inglaterra, informou o jornal polonês Gazeta Wyborzca. A causa da morte não foi divulgada. Aos 91 anos, Bauman era considerado um dos intelectuais mais importantes do século 20. Ele deixou a mulher, Janine Lewinson-Bauman, e três filhas. 

Nascido em Poznan, no oeste da Polônia, em 1925, Bauman fugiu do nazismo, ainda pequeno, com a família para a União Soviética. Lá, serviu na Segunda Guerra Mundial pelo Exército local.

Mais tarde voltou à Polônia, onde foi professor da Universidade de Varsóvia. O que não durou muito. Destituído do posto, teve obras censuradas e foi expulso do Partido Comunista do qual era afiliado.

Em 1968, deixou a Polônia por conta de perseguições antissemitas. Mais tarde, renunciaria à sua nacionalidade e se instalaria em Tel Aviv, em Israel. Anos depois, se fixou Universidade de Leeds, na Inglaterra, onde desenvolveu a maior parte de sua carreira.

Com uma visão crítica da realidade, Bauman era considerado um pessimista.

Um intelectual que se manteve ativo e trabalhando até os últimos momentos de sua vida. Uma de suas teorias mais conhecidas era a da “modernidade líquida” – que compreende um período de intensa mudança na humanidade: tudo que era sólido se liquidificou. De acordo com o conceito, agora “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso”.

A filosofia, a cultura, o individualismo, o avanço da desigualdade, a revolução digital, a efemeridade das relações a partir dessa revolução são algumas questões estudadas pelo pensador – que se tornou uma figura de referência em diferentes campos do conhecimento.

A maioria dos livros de Bauman foi traduzida para o português. Seu último título lançado no Brasil foi A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós? (editora Zahar). Nele, o polonês aborda as atuais consequências do neoliberalismo que triunfou na sociedade capitalista nos aos 80.

O filósofo deu aula em universidades dos Estados Unidos, Austrália e Canadá, sendo professor emérito de sociologia da Universidade de Leeds, onde trilhou a maior parte de sua carreira. Sua obra, que começa nos anos cinquenta, foi reconhecida com prêmios como o Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades em 2010, que obteve juntamente com o colega Alan Touraine.

As teorias de Bauman exerceram grande influência nos movimentos antiglobalização. Seus ensaios alcançaram fama internacional nos anos oitenta, com títulos como Modernidade e Holocausto (1989), em que define o extermínio dos judeus pelos nazistas como um fenômeno relacionado ao desenvolvimento da modernidade. Em sua última entrevista concedida ao EL PAÍS, Bauman fez uma dura crítica às redes sociais: "As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha". 

Entre suas obras mais significativas, destacam-se Modernidade Líquida (2000), em que afirmava que o capitalismo globalizado estava acabando com a solidez da sociedade industrial; Amor Líquido (2005); e Vida Líquida (2006). Além disso, é autor de títulos como A Cultura Como Praxis (1973, sem tradução no Brasil), O Mal-Estar da Pós-Modernidade (1997), A Globalização: As Consequências Humanas (1998), Em Busca da Política (1999), A Sociedade Individualizada(2001) e Vidas Desperdiçadas (2005). 

Entre seus trabalhos publicados em português, também encontram-se Medo Líquido (2006), A Arte da Vida (2008), Desafios do Mundo Moderno (2015) e A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós? (2015). 

Relações, consumo e globalização: 9 pensamentos de Zygmunt Bauman que vão chacoalhar sua mente 


A seguir, conheça 9 pensamentos deixados pelo intelectual 

1) Sobre identidade e redes sociais

“A diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence à comunidade, mas a rede pertence a você. É possível adicionar e deletar amigos, e controlar as pessoas com quem você se relaciona. Isso faz com que os indivíduos se sintam um pouco melhor, porque a solidão é a grande ameaça nesses tempos individualistas. Mas, nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. Elas são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se precisa ter uma interação razoável. Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se envolver em um diálogo [...] As redes sociais não ensinam a dialogar porque é muito fácil evitar a controvérsia… Muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras. As redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha.” Trecho extraído de entrevista ao El País

2) Sobre consumo e poder de escolha

“Numa sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutoras as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o sentido da realidade empobrecida, tanto mais irresistível se torna o desejo de experimentar, ainda que por um momento fugaz, o êxtase da escolha. Quanto mais escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para nós.” Trecho extraído do livro Modernidade Líquida

3) Sobre o sofrimento mediado pelo consumo

“Algum tipo de sofrimento é um efeito colateral da vida numa sociedade de consumo. Numa sociedade assim, os caminhos são muitos e dispersos, mas todos eles levam às lojas. Qualquer busca existencial, e principalmente a busca da dignidade, da autoestima e da felicidade, exige a mediação do mercado.” Trecho extraído do livro Vida Líquida.

4) Sobre redes sociais e privacidade

“Os adolescentes equipados com confessionários eletrônicos portáteis são apenas aprendizes treinando e treinados na arte de viver numa sociedade confessional – uma sociedade notória por eliminar a fronteira que antes separava o privado e o público, por transformar o ato de expor publicamente o privado numa virtude e num dever público (…)” Trecho extraído do livro Modernidade Líquida

5) Sobre globalização e uma humanidade interligada 

“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não, torcendo positivamente ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando nossas vidas.” Trecho extraído do livro Modernidade Líquida

6) Sobre o Brasil 

“Vocês estão no caminho certo e eu espero de todo o meu coração que vocês cheguem lá. Eu apenas direi que os representantes de 66 governos do mundo vieram para o Rio de Janeiro para se consultarem, para aprenderem sobre a experiência de retirar 22 milhões de pessoas da pobreza. Ninguém mais repetiu esse milagre, só o Brasil. Desejo que continuem isso, mas também agora algumas deficiências estão vindo à tona”. Trecho extraído de entrevista ao jornalista Alberto Dines, em 2015.

7) Sobre a pós-modernidade globalizada

“Na hierarquia herdada dos valores reconhecidos, a ‘síndrome consumista’ destronou a duração, promoveu a transitoriedade e colocou o valor da novidade acima do valor da permanência.” Trecho extraído do livro Vida Líquida.

8) Sobre relacionamentos em um mundo individualista

"Em nosso mundo de furiosa individualização, os relacionamentos são bençãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro. Na maior parte do tempo, esses dois avatares coabitam - embora em diferentes níveis de consciência. No líquido cenário da vida moderna, os relacionamentos talvez sejam os representantes mais comuns, agudos, perturbadores e profundamente sentidos da ambivalência." Trecho extraído do livro Amor Líquido

9) Sobre relacionamento e riscos 

"Não se deixe apanhar. Evite abraços muito apertados. Lembre-se de que, quanto mais profundas e densas suas ligações, maiores os seus riscos. (...) E lembre-se, claro, de que apostar todas as suas fichas em um só número é a máxima insensatez!" Trecho extraído do livro Amor Líquido


LEIA TAMBÉM: 

ZYGMUNT BAUMAN: BABEL ENTRE A INCERTEZA E A ESPERANÇA por Leonardo Cazes (08/08/2016)


NÓS, OS FABRICANTES DE SOLIDÃO publicado em sociedade por Mariana Ribeiro


segunda-feira, 15 de agosto de 2016

SE VOCÊ ESTIVER CANSADO DE TUDO, POR FAVOR LEIA ISSO



Quando falamos em cansaço, logo vem à mente o cansaço físico, mas não é nesse sentido que continuaremos esse texto, porque às vezes, o cansaço psicológico machuca tanto quando o cansaço do corpo.


Existem momentos em nossas vidas que nos esgotamos de tal maneira que acabamos ficando sem forças, querendo simplesmente pular um período da vida, dormir e acordar quando tudo estiver melhor. A vontade é manter distância do mundo, porém acabamos descobrindo que essa não é a melhor opção, pois está longe da solução.

O mundo em que vivemos é extremamente cansativo. É muito ingrato. É possível cansar simplesmente por viver nele e assistir diariamente tantas coisas ruins acontecendo, você passa olhar só o lado negro. Você está cansado de amar muito, dar algo ao mundo que nunca lhe dá nada em troca. Você está cansado da incerteza e da monotonia da vida cotidiana.

Talvez você costumasse acreditar, talvez vivesse cheio de belas esperanças, pensando que o otimismo superava o cinismo e se sentia pronto para recomeçar. Mas, após ter o coração despedaçado, promessas não cumpridas e planos fracassados, você sente que perdeu tudo. O mundo nem sempre lhe tem sido bom, você perdeu mais do que ganhou e agora não sente absolutamente nenhuma inspiração para tentar novamente. Entendo.

No fundo, estamos todos cansados. Cada um de nós. Ao chegar a uma certa idade, não somos mais do que um exército de corações partidos e almas doloridas buscando desesperadamente pela harmonia. Queremos mais, mas estamos cansados demais para pedir. Não gostamos de onde estamos agora, mas estamos com muito medo de começar algo do início. Temos de assumir riscos, mas sentimos medo de ver como tudo em nosso entorno pode simplesmente desmoronar. No final, não temos certeza de quantas vezes podemos começar tudo de novo.

A verdade é que, às vezes, cansamos uns dos outros. Estamos cansados dos jogos que jogamos, das mentiras que contamos a nós mesmos, da incerteza que semeamos entre nós. Não queremos usar máscara, mas tampouco queremos continuar a ser tolos e ingênuos. Temos de jogar nossos odiados papeis e fingir sermos alguém, porque não temos certeza da nossa escolha.

Sabemos o quão difícil é seguir fazendo algo ou fingir fazer novas tentativas, quando já estão acabando as forças mentais. E aqueles ideais otimistas que estavam tão próximos parecem inatingíveis e ilógicos. Mas já que você está tão perto de desistir de tudo, pedimos uma coisa: tente de novo, com todas as suas forças!

Uma grande verdade é que somos muito mais resistentes e alegres do que podemos imaginar e isso é uma verdade inquestionável. Somos capazes de dar mais amor, mais esperança, mais paixão do que damos hoje. Queremos resultados imediatos e desistimos se não os vemos. Estamos desapontados com a falta de respostas e deixamos de tentar.

Você entende que nenhum de nós consegue estar inspirado todos os dias? Todos ficamos chateados e cansados. O fato de você se sentir exausto e cansado da vida não significa que esteja imóvel. Cada pessoa que você já admirou, quando buscou seus sonhos, também já falhou algum dia. Mas isso não o impediu de alcançar seus objetivos. Não desista, não importa o que você esteja fazendo, seja uma tarefa comum ou planos grandes e magníficos.

Quando estiver cansado, vá devagar. Mova-se com calma, sem pressa. Mas não pare! Você está cansado por razões objetivas. Sente-se esgotado porque está mudando e fazendo muitas coisas. Está exausto porque está crescendo. Algum dia este crescimento poderá realmente lhe inspirar.



Fonte: http://www.equilibrioemvida.com/2016/08/se-voce-estiver-cansado-de-tudo-por-favor-leia-isso/


terça-feira, 26 de julho de 2016

TRISTEZA OU DEPRESSÃO por Camila Prado



Chorar, rolar na cama e sentir pena de si mesmo. Será que estou com depressão?
Estamos vivendo um período em que a felicidade é obrigatória. Nas redes sociais estão todos felizes, lindos, bem sucedidos, viajando, fazendo declarações de amor. As pessoas parecem não suportar ouvir que a outra não está bem, que está passando por uma dificuldade, quando fazemos a rotineira pergunta: “tudo bem?”. Não estar, não é aceitável, você precisa estar feliz, ou fingir, se medicar ou se recolher para que ninguém tenha contato com o sofrimento.

É fundamental se permitir estar triste, sofrer em alguns momentos, como o fim de um relacionamento, a perda de emprego, morte de uma pessoa querida, doença, briga, saudade… Seja qual for seu motivo, o sofrimento está liberado. É sofrendo que crescemos, na busca de vias para que o desconforto e a angústia sejam resolvidos. É no sofrer que, em algum momento, resulta o desenvolvimento e na criação de novos esquemas de resolução de problema e de enfrentamento.

Quando começar a se preocupar?
A depressão é muito mais forte, é uma dor viver, a pessoa tem seu mundo cada vez mais restrito, seu sofrimento toma conta. O que começa a atrapalhar sua vida, a se desinteressar por atividades rotineiras e se empenhar menos, o que muitas vezes gera sintomas cognitivos como diminuição da concentração e memória gerando uma diminuição no rendimento profissional. A pessoa não consegue sentir prazer em boas companhias, passa a não querer sair de casa, pois acredita que as pessoas não gostam dela e que irá contaminar os lugares com sua tristeza.

É uma tristeza persistente, sentimento de culpa, inferioridade, muitas vezes, com sintomas físicos, tais como: dores, inflamações ou insônia. O desamparo, crença da não melhora e pensamentos negativos diante da vida podem conduzir à morte, pois, apenas através desta não será necessário sentir tanta dor. Há demasiado retraimento pessoal e sem tratamento a pessoa pode se retrair completamente ou até cometer suicídio.

Evidentemente, cada pessoa sente esses sentimentos e sintomas de diferentes formas e intensidades, pois cada um de nós teve vivências diferentes durante nossas vidas. O importante é como você enfrenta! Poder reconhecer que precisa investir em si mesmo e, geralmente, procurar ajuda psicológica.



Fonte: http://www.psiconlinews.com/2015/08/tristeza-ou-depressao.html



COMO IDENTIFICAR OS VAMPIROS EMOCIONAIS DA SUA VIDA por Judith Orloff



Como médico psiquiatra, descobri que o maior dreno de energia dos meus pacientes estavam em seus relacionamentos. Alguns relacionamentos são fontes de elevação positiva e humor. Outros podem sugar todo o otimismo e a serenidade de você.

Eu chamo essas pessoas de “vampiros emocionais“. Eles fazem mais do que drenar a sua energia física. Essas pessoas podem fazer você acreditar que é indigno de ser amado. Podem lhe infligir danos com proporções menores só para fazer você se sentir mal consigo mesmo. Se proteger deles é importante para combater a drenagem da sua energia pessoal.

Sinais de que você encontrou um vampiro emocional
  • Seu humor despenca;
  • Você sente vontade de ingerir carboidratos ou alimentos de recompensa;
  • Você se sente ansioso, deprimido ou pessimista;
  • Você se sente com uma baixa autoestima.

Tipos de Vampiros Emocionais

1. O Narcisista
Seu lema é “Eu em primeiro lugar”. Eles têm um senso grandioso de auto-importância, anseiam por atenção e admiração. São perigosos porque não têm empatia e possuem uma capacidade limitada de amar. Se você não fizer as coisas à sua maneira, eles se tornam vingativos e frios.

Como se proteger: Mantenha as suas expectativas com os pés no chão. Estas pessoas são emocionalmente limitadas. Tente não se apaixonar por um ou esperar que eles ajam de modo altruísta. Nunca permita que a sua auto-estima dependa deles ou lhes confie seus sentimentos mais profundos. Para se comunicar com sucesso, a dura verdade é que você precisa mostrar como algo será vantajoso para eles. Embora seja melhor não ter de lidar com este tipo de personalidade adorador de si mesmo, se o relacionamento for inevitável, esta abordagem funciona.

2. A vítima
Esses vampiros irritam com a sua atitude “tadinho de mim”. Acham que o mundo está sempre contra eles, por isso se sentem infelizes. Quando você oferece uma solução para seus problemas, eles geralmente dizem: “Sim, mas …”. Você pode escolher não atender mais aos seus pedidos ou simplesmente evitá-los. Como amigo, você pode querer ajudar, mas essa ”cachoeira de lamentações” sem fim poderá drenar as suas energias.

Como se proteger: Estabeleça limites gentilmente, mas com firmeza. Ouça brevemente e diga ao amigo ou parente: “Eu te amo, mas eu só posso ouvi-lo por alguns minutos, a menos que queira falar sobre soluções”. Com um colega de trabalho, diga simpaticamente: “Eu vou continuar a pensar positivamente para que as coisas funcionem”. Em seguida, diga: “Espero que você entenda, mas eu estou no prazo e preciso voltar ao trabalho”. Em seguida, use o “este não é um bom momento” e a linguagem corporal, como cruzar os braços e quebrando o contato visual, para ajudar a definir estes limites saudáveis.

3. O Controlador
Essas pessoas tem uma obsessão para tentar controlá-lo e ditar como você deveria ser e se sentir. Eles têm uma opinião sobre tudo e irão tentar te controlar, invalidando as suas emoções, caso elas não se encaixem no seu ”livro de regras”. Muitas vezes, eles começam suas frases com “Você sabe o que você precisa?” e depois prosseguem. Você acaba se sentindo dominado, humilhado ou colocado para baixo.

Como se proteger: O segredo do sucesso é nunca tentar controlar um controlador. Seja saudavelmente assertivo, mas não lhes diga o que fazer. Você pode dizer: “Eu valorizo ​​o seu conselho, mas quem precisa trabalhar para resolver isso sou eu mesmo”. Seja confiante, mas não se faça de vítima.

4. O Falador Constante
Essas pessoas não se interessam pelos seus sentimentos. Eles só se preocupam consigo mesmos. Você espera por uma abertura, para falar sobre o que pensa, mas ela nunca surge. Essas pessoas não respeitam o seu espaço e se aproximam tanto para falar que quando você percebe elas estão praticamente respirando em você. Você dá um passo para trás, mas elas se aproximam novamente.

Como se proteger: Essas pessoas não respondem aos sinais não-verbais. Você precisa falar e interrompê-la, por mais difícil que isso possa parecer. Escute-a por alguns minutos. Em seguida, diga educadamente: “Eu odeio interromper, mas por favor me desculpe, eu tenho que falar com outra pessoa… ou ir a um compromisso… ou ir ao banheiro”. Uma tática muito mais construtiva do que, “Cale-se, você está me deixando louco!” se for um membro da família, diga educadamente: “Eu adoraria se você me permitisse algum tempo para que eu possa acrescentar minha opinião nessa conversa”. Se você disser isso de forma neutra, é mais provável que seja ouvido.

5. A Rainha do Drama
Essas pessoas têm o dom para transformar pequenos incidentes em dramas dignos de uma novela. Uma das minhas pacientes, Sarah, estava se sentindo exausta depois que contratou um novo funcionário que sempre chegava atrasado no trabalho. Uma semana ele pegou uma gripe e “quase morreu”. Em seguida, seu carro foi rebocado, outra vez! Depois que este funcionário saía do seu escritório, Sarah se sentia cansada e usada.

Como se proteger: Fique calmo. Faça algumas respirações profundas. Isso ajudará você a não ficar preso no melodrama. Estabeleça limites gentis, mas firmes. Diga, por exemplo, “Você deve chegar aqui no horário certo para manter o seu emprego. Sinto muito por todos os seus percalços, mas o trabalho vem em primeiro lugar”.

Para melhorar seus relacionamentos e aumentar o seu nível de energia, eu sugiro fazer um inventário das pessoas que te dão energia e aquelas que a drenam. Tente passar mais o seu tempo com as pessoas que nutrem o seu bem-estar, e aprenda a estabelecer limites com aquelas sugam você. Isto irá melhorar muito a sua qualidade de sua vida.

Fonte:
http://www.psiconlinews.com/2015/11/como-identificar-os-vampiros-emocionais-da-sua-vida.html


terça-feira, 19 de abril de 2016

FIBROMIALGIA: A DOENÇA DA ALMA por Luziane Soprani - RECENTE DESCOBERTA DE ONDE VEM A FIBROMIALGIA E NÃO É DO CÉREBRO


Eu até 2001 não tinha nada... nenhuma doença, dor, não tomava remédios, era uma pessoa que trabalhava 8h e estudava a noite (Faculdade de Direito), enfim, depois que eu reencontrei o psicopata do passado, monstro e inescrupuloso ser das trevas e permitir que esse indivíduo entrasse na minha vida, tudo que eu tinha de bom (saúde física, mental e emocional) se perdeu...
Comecei a apresentar depressão, depois vieram outras doenças inclusive a fibromialgia.
Eu fico pensando como pode uma pessoa destruir tanto a vida de outra assim? Como isso é possível? Apesar de tentar deletar, fazer terapia psicológica, psiquiátrica, etc os sintomas persistem, o corpo não me obedece, não aceita a minha vontade, ele adoeceu com esse relacionamento problemático , traumático e até hoje vivo as consequências. Eu não consigo perdoar esta pessoa infeliz que tanto mal me fez e continua fazendo hoje através da filha que tive com ele. Infelizmente esta doença (da alma) FIBROMIALGIA NÃO HÁ CURA. 
Hoje em dia eu e minha filha mais velha (ela quem me enviou este artigo pelo whatsapp) conversamos muito sobre isso... de como eu era antes do HK e como eu fiquei depois dele... é visível a diferença. Esta relação foi destrutiva para mim, ela, M.E, até meus pais. Ele trouxe desgraça, tristeza, desilusão, doença e brigas... Ele não pode e com certeza não é feliz. Deus é bom e justo!!! Eu não quero vingança, eu só quero a Justiça Divina. Ele tem que pagar por todo mal que fez com suas ações e omissões, seus comportamentos irresponsáveis, agressivos, violentos, mentirosos, dissimulados, esquizos. Ele mudou o curso de várias vidas trazendo sofrimentos, dores e doenças não só para mim, mas para muitas pessoas, inclusive e principalmente para a sua própria filha que qualquer pessoa percebe que ela é ou está desajustada, Aliás, ela mesma sente e confessa que existe um buraco na alma e que sabe que ela é problemática. Que Karma(débitos) este ser das trevas arrendou para existência atual e também as futuras, hein? 

Um corpo sempre será para o sujeito uma “coisa” sua. Assim, para viver cada ser depende habitar um corpo. Desse modo, as paixões, afetos, ideias, são consideradas pelo princípio da filosofia clássica, a localização das mazelas humanas – mencionadas a partir de um corpo – como função de suporte necessário. A análise do corpo constitui uma relação de pertinência entre o existir e sua materialidade. Esse é o âmago de grandes questões que ultrapassam o tempo, a cultura, à vida, o nascimento, à morte e, também, um tema intrínseco à psicanálise: a sexualidade.

Nesse artigo abordaremos a dor física e psíquica sem causa orgânica. Enunciaremos aqui, uma síndrome que não se encontra causa orgânica específica – chamaremos de doença da alma. A síndrome cujas dores crônicas sem causalidade orgânica constatável, são fonte de sofrimento para pacientes e um desafio para os profissionais da medicina. Essa síndrome está localizada na fronteira entre a reumatologia e a patologia psicossomática, com comorbidades de transtornos e uma degradação da qualidade de vida no plano profissional, social e familiar.

A fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente, na musculatura. A síndrome cursa com sintomas de fadiga, intolerância ao exercício e sono não repousante – a pessoa acorda sempre cansada. Os médicos classificam a fibromialgia como uma síndrome, porque caracteriza um grupo de sintomas sem que seja identificada uma causa específica.

Não existe uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas existem alguns sinais para identificá-la. Os estudos mais recentes mostram que pacientes com fibromialgia apresentam maior sensibilidade à dor do que outros que não têm a doença. Isso não está relacionado com o fato de se ser “forte” ou “fraco” com relação à dor. Na realidade, funciona como se o cérebro dos fibromiálgicos fosse uma bússola desregulada em que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Sendo assim, nervos, medula e cérebro estariam fazendo que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.

A dor da fibromialgia é real. Existem estudos experimentais avançados mostrando o cérebro funcionando e os pacientes com fibromialgia sentindo dor. Também foram feitos estudos com o líquido que banha a medula e o cérebro (líquor) e foi visto que as substâncias que levam a sensação de dor para o cérebro estão de três a quatro vezes aumentadas em pacientes fibromiálgicos em comparação com pessoas sem o problema.

Tanto pacientes quanto médicos parecem entender melhor as causas de dor quando existe uma inflamação, um machucado, um tumor, que estão ali, visíveis, causando a dor. Na fibromialgia é diferente; se tirarmos um pedaço do músculo que está doendo e olharmos no microscópio, não encontraremos nada – porque o problema está somente na percepção da dor.

Dados epidemiológicos apontam uma maior incidência dessa entidade clínica em mulheres jovens, mas, não podemos deixar de abordar os homens, com muita sensibilidade a dor. A sociedade e muitos estudiosos insistem em proclamar que às mulheres são mais sofríveis que os homens, no entanto, sob o olhar de uma psicanalista, o sexo masculino sofre tanto como apontam o sofrimento do sexo feminino. Não podemos generalizar e racionalizar que o sexo feminino é mais suscetível do que o sexo masculino. Os homens ainda hoje, precisam omitir os seus sentimentos para não se mostrarem fracos. Isso é uma condição precária da observação humana.

Independente do sexo, existe nessa síndrome uma ausência de evidências na materialidade do corpo e a presença de fatores psicopatológicos dificulta o diagnóstico e tratamento. Face à diversidade e dos fatores envolvidos em determinadas síndromes. Faz-se necessário a indicação de uma abordagem multidisciplinar para um tratamento com resultados mais eficazes.

Nesse contexto, ao mesmo tempo em que os profissionais buscam uma cura para suas dores, os pacientes clamam pelo reconhecimento dessa síndrome que causa muito sofrimento.

DA PSICANÁLISE:
A sugestão é considerar a eventual função da fibromialgia na estruturação psíquica como solução subjetiva. Para o referencial teórico-clínico da psicanálise. A psicanálise fornece elementos para reflexões sobre a dor no corpo e seu lugar na psique.

A partir do estado atual das pesquisas sobre o tema – considerando a escassez de estudos no campo da psicanálise, o ponto nevrálgico para nós psicanalistas é podermos contribuir para uma abordagem da fibromialgia que sustente o relato da experiência de dor. Não temos à pretensão de pôr a fibromialgia a qualquer quadro psicopatológico, como a histeria ou a depressão – o foco da psicanálise é sublinhar a posição subjetiva – daquele que sofre em seu corpo essa dor “insuportável” para então, termos um diagnóstico junto os profissionais médicos no tratamento da fibromialgia.

O que a fibromialgia pode ensinar ao psicanalista? Acreditamos que, para além da doença, há um sujeito em questão e que o diagnóstico em psicanálise se produz a partir da posição que este ocupa frente ao seu sintoma. O que, para além da dor, do que o analisando diz, comporta um falar singular. Se na medicina o diagnóstico se alicerça nos fenômenos comprovados e numa probabilidade estatística, a psicanálise avança, para além dos fenômenos, os modos de enfrentar a singularidade do sofrimento. Da forma como a dor psíquica, implicada na dor física, faz com que a psicanálise avance na subjetividade dos casos sob o olhar clínico. A fibromialgia não pode ser igual para todos, mesmo que haja uma tipologia, uma peculiaridade sintomatológica na doença, o traço único dirá mais sobre aquele que sofre e sobre o uso que faz de sua dor.

“O umbral de estimulação requerido para transformar um estímulo sensorial em uma possível ameaça está significativamente rebaixado na Fibromialgia, sendo uma das características principais do processo neurobiológico, que afeta de forma extensa todo sistema e pode converter informações subclínicas em sensações desagradáveis em diferentes partes corporais.” (Collado, A., 2008, p. 517-518).

DA EXISTÊNCIA DE ESTADOS DOLOROSOS CRÔNICOS:
A existência de estados dolorosos crônicos sem substrato orgânico, doenças da dor, é assinalada desde o século XIX. Dentre elas, a fibromialgia (FM), conhecida como fibrosite desde 1904 (Gowers, 1904), tem denominação bastante recente (Smythe e Moldofsky, 1977). Reconhecida pela OMS em 1992, sob a identificação M 79.7 na classificação internacional das doenças (CID), essa síndrome é definida como composta de dores músculo-esquelético acompanhadas, frequentemente, de transtornos do sono e fadiga. A partir dessa classificação, que lhe confere um estatuto de doença, o aumento do interesse sobre a fibromialgia repercute em numerosos estudos (Kahn, 1989; Kochman, 2002; Heymann, 2006; Saltareli, Pedrosa, Hortense e Sousa, 2008). No entanto, sua etiologia permanece obscura e parece remeter a uma origem multifatorial, sem que nenhuma causalidade orgânica tenha sido detectada (Sordet-Guepet, 2004).

A maioria dos textos e estudos sobre o tema indica a possibilidade de uma comorbidades psiquiátrica no que concerne à presença de transtornos de ansiedade e depressão. Sendo assim, apontam a adequação do recurso a tratamentos medicamentosos conforme cada caso é suas comorbidades. Digno de nota, a indicação de tratamento psicoterápico é mencionada no recente estudo brasileiro sobre o tema ao mesmo tempo em que os exercícios de alongamento e assimilados (Heyman et al., Idem). De todo modo, a indicação de uma abordagem multidisciplinar para o tratamento dos casos de fibromialgia parece consenso na maioria dos trabalhos da área médica, figurando tanto no recente estudo Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia (Heyman et al., Ibid) quanto no relatório da Academie Française de Médecine (Menkès e Godeaul, 2007).

Numerosos autores reconhecem o importante e até mesmo preponderante papel dos fatores psíquicos no surgimento da fibromialgia. Ao mesmo tempo, a maior parte deles, rejeitam a assimilação desta a qualquer doença psiquiátrica e somente o componente psicossomático é, em certos casos, evocado. Uma vulnerabilidade psicológica marcada pelo stress (Boureau, 2000), a tendência ao “catastrofismo”, à “vitimização”, por vezes uma hiperatividade prévia, um contexto de tensão emocional constante, ansiedade e afetos depressivos vêm esboçar um quadro psicológico do paciente fibromiálgico. Todavia, sublinha-se que as relações de causalidade entre os sintomas psiquiátricos e a fibromialgia são difíceis de confirmar. (Menkès, Godeaul, 2007).

É possível que os transtornos encontrados na fibromialgia (fadiga, transtornos do sono, dores de cabeça, diminuição da atividade cognitiva) fazem observar os sinais de depressão, somando a uma síndrome dolorosa. Porém, não se encontram nem as ideias suicidas nem os elementos de desvalorização e autoacusações. Do mesmo modo, se os autores sublinham as relações inegáveis entre a fibromialgia e uma extensa lista de transtornos psicológicos, entre os quais a hipocondria, transtornos funcionais e somatoformes, o critério principal das dores difusas parece, entretanto, separá-los (Kochman, Hatron, 2003). Unicamente a comorbidades entre os estados de stress pós-traumático (SPT) e a fibromialgia, tanto em termos da expressão sintomática como no da anamnese (eventos traumáticos, violência, abusos sexuais etc.) parece confirmada no plano clínico. Geralmente, a fibromialgia inicia-se após um traumatismo psíquico (eventos recentes ou passados, situação prolongada de stress etc.) ou físico, por vezes mínimo (traumatismo, cirurgia, acidente de trabalho, de transito etc.).

Em muitos casos, as evidencias da doença através do diagnóstico pode permitir ao sujeito certo alívio. Na realidade, o reconhecimento da dor, abre a possibilidade de se ter à mão, como um prêt-à-porter, uma causa que fornece certo sentido aos males somáticos, mas também aos psíquicos. Graças a essa identidade adotada e caracterizada com o selo da fibromialgia, existe o des- prazer de sentir dores corporais, mas, porém, não necessita ser escondida ou omitida.

Na contrapartida às tentativas sempre sem definições e/ou de um diagnóstico exato para descrever um perfil típico do paciente fibromiálgico – correto será obter referências a uma psicopatologia sustentada na consideração do sujeito. Assim, não podemos proclamar que existe a “cura a qualquer preço”, mas pode-se, considerar a eventual função da fibromialgia na estruturação psíquica como solução subjetiva. Nessa ação “esperançosa,” (o médico, o psiquiatra, o psicanalista e/ou psicólogo) podem manter o dizer do sujeito em sua tentativa de esboçar uma teoria pessoal de sua doença. É um primeiro passo, uma via para permitir ao sujeito mudar ou, pelo menos, compreender sua posição face ao sofrimento sem remédio. Em alguns casos, esse pode ser um caminho para uma verdadeira mudança subjetiva, uma abertura para a interrogação sobre à maneira de se colocar no mundo, a singularidade de sua relação ao saber da realidade e lidar com sua condição, buscando viver melhor, sem prostração para não se tornar uma vítima da doença.

REFERÊNCIAS:
Rev. Mal-Estar Subj. vol.10 no.4 Fortaleza dez. 2010.

Entrevista com Reumatologista Eduardo S. Paiva
Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR, Curitiba.

Bennett, R. (2005), The Fibromyalgia impact questionnaire (FIQ): A review of its development, current version, operating characteristics and uses. Clinical and Experimental Rheumatology., 23 (Suppl. 39), S154-S162.

Collado, A. (2008). Fibromialgia: Una enfermedad más visible. Revista de la Sociedad. Española del Dolor, 15 (8), 517-520. Recuperado em 1 agosto 2010, da http://revista.sedolor.es/articulo.php?ID=589

Fernandes, M. H. (2001). As formas corporais do sofrimento: A imagem da hipocondria. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 4 (4), 61-80.

Freud, S. (1986). La perturbación psicógena de la visión según el psicoanálisis (Obras Completas Sigmund Freud, Vol. 9). Buenos Aires, Argentina: Amorrortu. (Originalmente publicado em 1910).

Gaspard, J.-L. (2009). Le corps du refus dans la modernité: l’exemple de la fibromyalgie. In J-L. Gaspard & C. Doucet (Orgs)., Pratiques et usages du corps dans notre modernité (pp. 129-139).Toulouse: ERES.

Heymann, R. E. (2006). O papel do reumatologista frente à fibromialgia e à dor crônica musculoesquelética. Revista Brasileira de Reumatologia, 46 (1). Recuperado em 1 agosto 2010, da http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042006000100001&lang=pt

Heymann, R. E., Paiva E. S., Helfenstein, M., Jr. Pollak D. F., Martinez, J. E., Provenza, J. R. et al. (2010). Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia. Revista Brasileirade Reumatologia 50 (1), 56-66. Recuperado em 3 agosto= 2010, da http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042010000100006Não

Houvenagel, E. (2001). Mécanismes de la douleur de la fibromyalgie. L’Observatoire de la Douleur, 11, 9-12.






Fibromialgia mistério resolvido, finalmente!


Pesquisadores descobriram a principal fonte de dor em pacientes com fibromialgia, e ao contrário do que muitos acreditam, não derivam do cérebro. Os resultados marcam o fim de um mistério de décadas sobre a doença, que muitos médicos acreditavam ser fruto da imaginação dos pacientes.

O mistério da fibromialgia deixou milhões de pessoas que sofrem à procura de esperança em medicamentos para a dor. Até recentemente, muitos médicos pensavam que a doença era “imaginária” ou psicológica, mas os cientistas agora revelaram que a principal fonte de dor resulta de um excesso de fibras nervosas sensoriais presentes ao redor dos vasos sanguíneos localizadas na palma das mãos.

A descoberta pode levar a novos tratamentos e talvez até mesmo a uma cura total no futuro, trazendo alívio para milhões de pessoas suspeitas de ter essa doença.


Para resolver o mistério da fibromialgia, os pesquisadores concentraram a atenção na pele da mão de uma paciente que tinha uma falta de fibras nervosas sensoriais, que causavam uma reação reduzida à dor.

Eles então pegaram amostras da pele das mãos de pacientes com fibromialgia, e foram surpreendidos ao encontrar uma quantidade extremamente excessiva de um determinado tipo de fibra nervosa.

Anteriormente os cientistas pensavam que essas fibras fossem apenas responsáveis por regular o fluxo de sangue, e que não desempenhassem qualquer papel na sensação de dor, mas agora eles descobriram que há uma ligação direta entre estes nervos e a dor corporal generalizada.

A descoberta também pode resolver a questão persistente de porque muitos doentes têm mãos extremamente dolorosas, bem como outros “pontos sensíveis” em todo o corpo, e porque o tempo frio parece agravar os sintomas. Além de sentir dor profunda generalizada, muitos pacientes com fibromialgia também sofrem de fadiga debilitante.

O neurocientista Dr. Frank L. Rice explicou: “Nós anteriormente pensávamos que estas terminações nervosas só estivessem envolvidas na regulação do fluxo sanguíneo em um nível subconsciente, mas agora temos evidências de que as terminações dos vasos sanguíneos também podem contribuir para o nosso sentido consciente do toque, e também da dor “, disse Rice.
“Este fluxo de sangue mal administrado pode ser a fonte de dores musculares e da sensação de fadiga nos pacientes com fibromialgia.”
Os tratamentos atuais para a doença não trouxeram alívio completo para os milhões de pessoas que sofrem. Terapias incluem analgésicos narcóticos; medicamentos anti-convulsivos, anti-depressivos e conselhos, mesmo simples, tais como “dormir mais e exercitar regularmente.”

Agora que a causa da fibromialgia foi identificada, os pacientes estão ansiosos para uma eventual cura.




terça-feira, 15 de março de 2016

O QUE NINGUÉM DIZ SOBRE A DEPRESSÃO (mas eu vou dizer) by Yahoo Vida e Estilo International



Em 2009, pela primeira vez passei por um hospital psiquiátrico, e fiquei lá por uma semana. Naquele momento da minha luta contra a depressão, meus pensamentos giravam em torno das várias maneiras pelas quais eu poderia acabar com a minha vida. Desde então, meu medo de perder para a depressão, aumentou.


Eram três horas da manhã, e eu estava sozinho com meus pensamentos. Esta é uma experiência com a qual estou muito familiarizado. Uma experiência que eu nunca deixei de temer. Meu cérebro, entenda, quer me matar.

A depressão é uma doença mental, que essencialmente faz com que você acredite que é um lixo inútil. Para alguns, como eu, este sentimento pode se tornar forte o bastante para que pensamentos autodestrutivos sejam comuns.

A depressão, bem como qualquer outro problema de saúde diagnosticado, tem diferentes níveis de gravidade, e felizmente, não estou mais no nível crítico da doença. No entanto, pensamentos suicidas surgem de vez em quando, então eu precisei desenvolver maneiras de diminuir o impacto destes pensamentos.

Mesmo com estratégias definidas, lutar contra a depressão (e contra a perspectiva de pensamentos suicidas) é uma batalha constante e muito dolorosa. E é esta realidade — a letargia, a apatia forçada por traz de um véu de sorrisos — que desejo que as pessoas conheçam e entendam. Para entender o suicídio, é preciso entender a natureza da depressão. Para a maioria das pessoas que não passou pela experiência, isso é difícil.

A desvantagem de sempre ser o melhor

Oficialmente fui diagnosticado com transtorno depressivo em 2009, durante meu último ano de faculdade. Eu digo “oficialmente” porque, na época, meu psiquiatra sugeriu que provavelmente eu já sofria com o problema há mais tempo. Foi antes do último semestre da faculdade, no entanto, que a depressão se mostrou de uma forma que já não podia mais ser ignorada. Embora irracional, o suicídio aliviava minha incessante necessidade de me convencer de que minha vida valia a pena.

Parecia que a depressão era um pré-requisito para a admissão — uma crença que aparentemente não é completamente infundada.

Mas eu não era o único que enfrentava este inimigo. Na minha faculdade de “elite”, a depressão não era mencionada, mas era experimentada de forma quase onipresente por muitos dos meus colegas. Parecia que a depressão era um pré-requisito para a admissão — uma crença que aparentemente não é completamente infundada. De acordo com um estudo de 2014, realizado pela Cooperative Institutional Research Program da UCLA, quase um em cada 10 universitários sofrem de depressão — um número bem maior do que o citado em estudos anteriores. E este problema mental é indiscutivelmente mais difundido nos ambientes hiper competitivos das instituições de elite.

Como William Deresiewicz, um antigo professor de Yale que escreveu ‘Don’t Send Your Kid to the Ivy League’ explicou em uma entrevista para o The Atlantic:

“Essas crianças sempre foram as melhores de suas classes. Seus professores sempre as elogiaram e inflaram seus egos. Mas esta é uma falsa autoestima. Não é o verdadeiro autocontrole, no qual você se julga segundo os próprios padrões internos e tem a sensação de que está seguindo em direção a algum lugar…. Estas crianças não têm capacidade de medir o próprio valor de uma forma realista — ou são as melhores ou não valem nada. Este é o tipo de mentalidade que permeia todo o sistema”.
Mais recentemente, uma força-tarefa da University of Pennsylvaniaorganizou um exame da saúde mental nos estudantes no campus. Como o The New York Times relata, os pesquisadores trouxeram à luz um aspecto sombrio e perturbador da cultura do campus: “O Rosto de Penn”, um termo usado pelos alunos para descrever a prática de fingir que está feliz mesmo quando está triste ou estressado. Um fenômeno semelhante está presente em outras escolas de nível superior comoStanford, onde é conhecido como “A Síndrome do Pato”. “Como um pato, os alunos parecem deslizar pela água enquanto se debatem freneticamente para não afundar”, escreve Julie Scelfo no Times.

De fato, em uma época na qual as linhas do tempo no Facebook estão inundadas de promoções de trabalho, compromissos, e viagens de férias, a ansiedade sobre o sucesso pessoal é muito comum.


Fonte: https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/127777974715/o-que-ningu%C3%A9m-diz-sobre-a-depress%C3%A3o-mas-eu-vou