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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

DEPRESSÃO OU FALTA DE EMPATIA ... QUAL É A PIOR DOENÇA DESTE SÉCULO?



Ser indiferente sobre alguém em depressão ou não dá a devida atenção quem precisa é um dos atos mais cruéis que alguém pode praticar. Debochar, pré-julgar essa doença, como se não passasse de uma noite mal dormida ou, sei lá, de uma frescurinha boba é demonstrar ignorância absoluta sobre um assunto tão sério.

O Brasil é o país mais depressivo da América Latina. Segundo pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será até 2020, o maior motivo de afastamento do trabalho no mundo.

Não sinta vergonha de ter depressão. Não deixe os julgamentos de pessoas que não entendem o seu estado, aumentarem uma dor emocional que já é grande o suficiente para a sua alma. 

A pior coisa da depressão é que ela é uma disfunção afetiva, psíquica que acontece dentro da gente. Por isso, muitas vezes, ninguém consegue vê-la e muito menos ajudar. Não é um osso quebrado que vemos no raio x ou um corte que a enfermeira costura e logo cicatriza. 

Depressão é um rasgo na alma que ninguém tem acesso. É uma ferida aberta e inflamada na nossa alegria de viver, que ninguém pode desinfetar porque não há como alcançá-la fisicamente.

Quando nos afogamos no mar, buscamos a superfície incessantemente no desespero pelo ar. Na depressão é o contrário. Afogamo-nos na dor e quando tentamos buscar ar no lado de fora, podemos sufocar ainda mais, porque é mergulhando dentro da gente que conseguimos respirar melhor.

Por isso, não entendemos porque as pessoas nos julgam tanto. Porque ninguém nos ajuda enquanto a angústia esmaga nosso peito e tira todo nosso fôlego, deixando-nos jogados na cama.

Então, a gente escuta que estamos nos fazendo de vítima. Que é bobagem, frescura. As pessoas nos ignoram justamente no momento em que mais precisamos, deixando-nos, sem se darem conta, à beira de um precipício, porque a nossa depressão pode ser imperceptível aos olhos do coração de quem não sabe o que é passar por essa dolorosa experiência.

Quantas vezes nos sentimos mal sem um motivo aparente? A tensões que acumulamos no interior de nós mesmos se refletem em nosso exterior. Pesquisas recentes constataram que a tensão psicológica pode dar a origem a doenças corporais (mais comum enxaqueca, insônia e fibromialgia). Para curar o de fora, precisamos primeiro controlar o de dentro, nossos conflitos internos.

A tensão emocional machuca lenta e inexoravelmente o corpo, se expressando por meio da depressão, ansiedade ou estresse. A canalização incorreta dos conflitos emocionais pode desencadear um amplo leque de doenças, como a diabetes mellitus, o lúpus e a leucemia.


Quando as emoções nos machucam

Em muitos casos, as pessoas pensam uma coisa e dizem outra, sentem uma coisa e fazem outra, não são coerentes com elas mesmos por medo da rejeição, do abandono, da crítica, de perder prestígio e de ser julgado pelos outros. De tanto pensar na valorização alheia nos esquecemos de nosso próprio julgamento, e isso causa inúmeros conflitos interpessoais.




As emoções que não expressamos afetam nossa saúde e se expressam no corpo através da dor e da doença. Nosso corpo nos envia sinais para chamar nossa atenção sobre a existência de algo que é preciso mudar, sejam pensamentos negativos ou crenças distorcidas enraizadas que limitam nossa vida. As distorções ocupam um papel predominante ao serem produzidas pela perturbação emocional.

Essa percepções e pensamentos distorcidos que o sujeito realiza sobre si mesmo, o mundo e o futuro, o levam a desenvolver estados de ânimo disfuncionais como: fobias, depressão, ansiedade, problemas de autoestima e transtornos obsessivos. A distorções cognitivas são falhas do pensamento que o ser humano utiliza constantemente para interpretar a realidade de forma irreal.

Essas percepções originam-se em falhas no processamento da informação e nos processos emocionais ao invés de racionais. Podem basear-se em crenças irreais firmes, mas as distorções na verdade não são crenças, e sim hábitos de pensamento que nos levam às emoções negativas.


Controle emocional para cicatrizar o exterior

As emoções influenciam o pensamento e a conduta, por isso seu controle é de fundamental importância. Qualquer acontecimento, por mais simples que seja, desperta emoções bem distintas. Isso se deve ao Sistema Límbico, o encarregado de que possamos considerar que as emoções formam parte de nós e de nossa maneira de reagir ao mundo.

A técnica mais simples de controle emocional é aprender a evitar o que gera emoções negativas em nós, sejam pessoas ou situações. 

Temos que tomar cuidado ao evitar as situações, já que podem reforçar um estilo de enfrentamento baseado na preservação de si mesmo, que é pouco efetivo na resolução de problemas. No entanto, controlar as emoções negativas é necessário.

Outras técnicas mais naturais e úteis para controlar as emoções antes, durante e depois de enfrentarmos situações emocionalmente intensas é o relaxamento. Ao relaxarmos, conseguimos um efeito de calma que nos faz visualizar a situação de forma mais nítida.


As técnicas mais úteis para controlar nossas emoções são as técnicas cognitivas. Para mudar as emoções temos que mudar os pensamentos, já que a emoção e o pensamento andam juntos, e se mudamos o pensamento podemos regular tanto nossas emoções quanto nossas ações. Técnicas cognitivas como o ensaio mental, a percepção do pensamento e a mudança de perspectiva nos ajudarão a curar o interior para poder cicatrizar o exterior.

São 5:30 da manhã e eu não consigo dormir, mas faz parte, às vezes, eu não prego os olhos durante a noite toda; outras, eu me fecho em casa e passo o dia todo dormindo, literalmente, sem falar com ninguém, sem beber ou comer, só dormindo. E se eu acordar, eu vou dormir outra vez.

Eu não como nada, ou como tudo a minha volta, às vezes, uma salada, às vezes, uma torta inteira. O conceito de valor nutricional foi pelo ralo; não se contam calorias a essa altura do campeonato, o que vier é lucro. Pode ser que eu só me lembre de comer porque já cheguei ao extremo e estou passando mal. Se eu tiver compromisso, eu acordo e desejo mais 5 minutos, esses 5 minutos duram mais tempo que minha última soneca. 

Tudo na minha vida passou a ser feito com um esforço surreal, seja do mais básico, como higiene, até as obrigações.

Depressão não é preguiça e nem desculpa, depressão é luta!






Já ouvi várias coisas a respeito da depressão. Já a nomearam como “frescura” e dizem ser coisa de quem não tem o que fazer. Já falaram para eu ocupar minha cabeça e parar de pensar besteira. Falaram que eu deveria trabalhar mais, estudar mais e deixar de pensar em todas essas loucuras.



Já falaram, também, que só reclamo e que uso o termo depressão porque me convém, para que as pessoas acabam tendo pena de mim.



Outros já se incomodaram com o meu choro e falaram que eu precisava ir ao psiquiatra com urgência.


O que ninguém entendia, porém, era o medo que eu sentia de falar das minhas dores, era o peso da angústia em me manter acordada, era o fato de eu buscar o refúgio dormindo para me esquecer da dor e fazer o tempo passar mais rápido. Era a luta de todos os dias de ter de enfrentar o seu “eu” em pedaços e, depois, juntá-lo novamente.

Ninguém entendia o quanto eu queria sair daquilo: era uma como uma prisão. Eu era prisioneira de medos, fracassos, mágoas e angústia.

Ninguém entendia que eu não via mais graça em nada e isso não tinha nada a ver com antipatia. Não entendiam que a força que me puxava para cama era bem maior do que a que me encorajava a levantar dela e sair para o mundo para ver e conhecer pessoas. Eu não tinha forças para falar, saudar alguém ou mesmo me arrumar. Eu me olhava no espelho e gostava do meu pijama velho, rasgado e do meu cabelo bagunçado. Eu não me preocupava com isso, pois a bagunça e os rasgos eram bem maiores dentro de mim.


Depressão não é fraqueza e está bem longe disso.

Ah, como eu queria que fosse frescura, como eu queria que fosse uma fase, como eu queria que fosse preguiça e que só a vontade bastasse para mudar tudo aquilo. O que ninguém entendia era a autoestima perdida e o desencanto que se fazia presente.

Ninguém conseguia ver a minha luta diária para virar a página, como eu me sentia impotente demais diante de tanta dor e, quantas vezes, eu não pensei em entregar os pontos.

Quantas vezes eu chorei sozinha no banheiro para ninguém ver, quantas vezes eu quis dormir e acordar leve. Nunca chame algo assim de falta de fé ou de falta de Deus. Depressão não tem a ver com falta de religiosidade. Depressão tem a ver com conflitos, com situações que muitas vezes nos jogam no buraco. Depressão não é fraqueza e está bem longe disso.

É como estar no meio da maré e ela querer te levar: você tenta, com todas as suas forças, mas uma hora cansa.

A tal da depressão quase me levou e ela pode levar muita gente, se continuarem acreditando ser frescura, se continuarem achando que o outro precisa de motivos para as suas dores, que é falta de vontade ou que, sei lá, a pessoa é muito sentimental. Pode levar muita gente, como já tem levado, porque muitos continuam acreditando que remédios bastam e que ”é fase e vai passar”.

Sabe, as pessoas querem ser ouvidas, elas têm sede de ver as suas dores acolhidas. Mas, em meio a tantos julgamentos e conceitos errados, eu preferia me calar, mesmo que isso não parecesse tão simpático. Era mais fácil dizer que estava tudo bem e depois chorar, do que ter que contar sobre mim e ter de ouvir uma resposta desagradável. Era mais fácil inventar desculpa para não sair, do que ter que enfrentar a mim mesma e a todos. Qualquer coisa era mais fácil do que ter que parecer bem.

Ninguém parou para ver a tempestade que havia em mim. Ninguém entendia o quanto eu lutava pra não chorar quando estava rodeada de pessoas e que, cansada de tanto lutar contra esses sentimentos que me sufocavam, na maioria das vezes preferia o meu quarto.


Não é do dia para a noite que você se liberta, é com apoio, é com ajuda, é com acolhimento e muito esforço. É um processo, é um leão que você mata todos os dias dentro de você, é sentir o seu dia tomando cor novamente devagarinho, é aprender a apreciar aqueles filmes velhos de que você tanto gostava e parou de assistir, é ler um livro novo e sentir prazer com cada frase terminada. É conseguir sorrir sem ter que fazer esforço, é olhar no relógio e querer parar o tempo ao invés de acelerá-lo. É ver a graça chegando aos poucos e a alegria fazendo morada. 

Não sou melhor do que ninguém por não ter me rendido totalmente, só eu sei o quanto é doloroso conviver com aquela dor e a imensa falta de força que um depressivo sente todos os dias. No entanto, posso ser melhor do que muita gente que não entende que depressão não é e está bem longe de ser frescura. Todas as noites ao deitar eu agradeço por não ter tirado minha própria morte em vida. Eu me sinto morta há décadas. Parece que nada faz sentido, nem pessoas, nem qualquer outra coisa. Como se ao acordar depois de tomar dois rivotril de 2mg ligasse o corpo morto sem vida na tomada recarregasse um dia de vida. Todos os dias são iguais. 

O não ter mais prazer em fazer nada, que a vida voltasse a soprar novamente no meu rosto, senti viva outra vez é um  sonho surreal para um depressivo. 
Eu frequentemente me tranco no quarto, não vejo TV. Fico deitada pensando, lembrando de coisas que eu não quero, tento não pensar ou relembrar, mas insistem esses pensamentos que machucam por não terem tido fim, respostas, explicações. Sinto raiva!

Eu me tornei do tamanho da minha dor. Invisível. Às vezes, eu tento manter as atividades, mas sempre parece que estou com uma tonelada nas costas, e é superdifícil para mim. Às vezes, no meio da atividade, o sufoco vira um alívio e acabo saindo melhor do que entrei. Eu agradeço por esses dias de excesso de trabalho, esqueço que eu existo. O corpo que suporte o esforço talvez assim ele se desgaste mais rápido do que o natural. Suicidar é pra os corajosos! Ateus! Eu não sou nem uma coisa nem outra. 

Não choro mais e nem consigo ver alguém chorando. Me traz angústia e estado de ira.


Criamos estratégias para disfarçar a dor, não devíamos, mas nos acostumamos com a indiferença. Ah! A indiferença!!!!  Talvez o mal do século não seja a depressão, mas a falta de empatia.



Acredito que, de todos os enfrentamentos que uma pessoa passa, nesse período, a depressão vem a ser o mais difícil deles, por conta da incompreensão.

Nesses momentos, tenho a sensação de que surgem pessoas com aquela necessidade incrível de rotular quem está passando por um momento de luta, no caso, a depressão. Quando eu passei por essa fase, escutei o discurso cansado de que eu precisava ocupar a minha cabeça; também ouvi o tal “isso aí é falta de fé” e que, de certa forma, eu não estava confiando em Deus. Outras vezes, ouvia que eu não estava me ajudando e que “ah, você precisa se levantar dessa cama”, como se isso fosse tão simples.


Quantas e quantas vezes escutei falas que mais me afundaram do que propriamente me ajudaram. Eu já estava me amando de menos e todas essas frases, em tom de “ajuda”, na verdade faziam com que eu me achasse ainda mais o problema, afinal, tudo era tão simples aos olhos dos outros, mas tão doloroso e complicado aos meus olhos. Então, eu chegava à conclusão de que o problema estava comigo.


Cansei-me de tanto escutar a frase:Existem pessoas em condições tão piores que a sua e você aí, com problemas pequenos e se entregando por tão pouco.” Claro, isso certamente me ajudou bastante (ironia). A verdade é que ninguém entendia o quanto era difícil sair do meu quarto, o quanto eu queria dormir para aliviar aquela dor e ver o tempo passar depressa. Aliás, eu sentia que o tempo não passava e a angústia fazia cada vez mais morada em mim.


E, embora isso tudo tenha acontecido um bom tempo atrás, é triste ver que esses discursos permeiam ainda os dias de hoje. Até quando as pessoas vão acreditar que ir ao psicólogo é coisa de louco? Sabe, eu tenho visto muita gente deixando de procurar ajuda por vergonha, por achar que quem precisa de um psicólogo é realmente louco – ideia totalmente errônea. Mas, que atire a primeira pedra quem não tem nada a melhorar, quem não tem angústias, conflitos e quem não precisa de mudança. Todos nós precisamos, o erro está em procurar ajuda apenas quando adoecemos.


Então, eu percebo que se fala tanto em depressão, mas pouco em empatia. Damos muita atenção às doenças do corpo, mas nos esquecemos da alma e da mente, como se não ter disposição para ir ao trabalho por conta da depressão fosse de fato encarado como preguiça. Não se leva em conta as noites sem dormir por conta da insônia, ou o excesso de sono causado pelos remédios, ou até mesmo a falta de energia.

De uma vez por todas, que fique bem claro que depressão não é frescura, depressão não é preguiça, não é desculpa, não é falta de fé e não tem nada a ver com religiosidade. Depressão é luta.

É a incompreensão de pessoas que soltam suas falas que mais doem do que curam, que mais machucam do que saram, que mais pesam do que aliviam, que mais empurram para o buraco do que ajudam alguém a sair dele. Afinal, incompreensão também mata.


Às vezes, eu consigo sorrir. Dizem que depressivos não sorriem. Enganam-se. É um vazio, uma angústia tão grande que a gente não sabe de onde veio, mas a gente sorri, e muito; às vezes, fazemos rir. A gente ri quando vocês perguntam: “Está tudo bem?”, quando a gente ouve que é frescura, falta de Deus ou que a pessoa é mal-amada, pois está há muito tempo solteira, etc. e tal. A gente ri para tudo isso.
Então a gente sente vergonha do nosso estado. Já nos achamos inúteis, os julgamentos só nos pioram mais.

Por isso nos questionamos se esse afogamento na dor é real, se faz sentido. E como a depressão é uma doença e não uma birra infantil, a gente disfarça porque não quer parecer tolo, mimado ou dramático.

Então, finge nadar enquanto se afoga. Sorri quando mesmo quando fica impossível respirar. Escondemos o desespero porque dói menos fingir e enganar as pessoas do que mostrar toda nossa dor e não ser compreendido, pior, ser julgado.

E tudo que precisamos é de apenas alguém para segurar nossa mão, enquanto buscamos a linha e a agulha para costurar essa ferida da alma.


Tudo é tão grande na depressão exatamente pelo nada ser maior ainda. Achava que era tristeza, mas é um nada exacerbado. E nada é pior que tudo. O silêncio. mistérios, falta de explicações, de detalhes da mente é perturbador, mata e nos faz nos perdermos. E sair desse labirinto é difícil e doloroso. Perdemos coisas, oportunidades e principalmente pessoas, essas últimas saem com sangue. Talvez não fosse tão ruim essa parte, olhando para o outro lado.

Quem não vê nosso choro não merece ver nosso sorriso. Por mais que doa, por mais que percamos mil pessoas, precisamos acreditar: aquele um que ficou é o que vai fazer a diferença. Aquele preparado para ouvir: “Eu matei alguém” ou “Eu sinto vontade de morrer”.

E, se sente tudo isso, por que não pede ajuda? Por que você não me falou? É difícil pedir ajuda, muitas vezes até pedimos direta ou indiretamente e somos ignorados, julgados, rotulados de vitimistas e outros rótulos pesados que machucam... e essas pessoas seguem suas vidas sem olhar para traz e enxergarem o mal que fizeram aquela que já estava doente com depressão.

Sem qualquer tipo de remorsos seguem suas vidas desfrutando alegria sem entender que isso não é possível para uma pessoa deprimida. Acostumaram a ver o deprimido como algo natural, ou seja:
  • ... "ele ou ela é assim mesmo desde que eu me conheço por gente", 
  • ..."desde que eu a conheço, nunca muda. Até parece que gosta de passar de louca(o) para todos sentirem peninha, coitadinha";
  • ... "se vira, não vou cuidar de ninguém porque tenho minha vida";
  • ... "Você não cuidou de mim porque eu tenho que cuidar de você?"
  • ... "Ele ou ela quer moleza, de mim nem precisa esperar nada"; 
  • ... "Faz de boba! Gosta de ficar assim, deprimida sem fazer esforço e quer ter tudo de mão beijada, para cima de mim não, esperta(o)!";
  • ... não entendeu que a vida é assim para todos e que não existe almoço grátis. 
... acostumam com a dor do outro como se fosse parte dela. Não se importam e nem tentam resgá-la daquilo sofrimento inarrável que não é natural, não é normal! Mas essa demanda esforço, tempo, dedicação, paciência e muita empatia ao se colocar no lugar da pessoa que esta doente e nem sabe se curar e não consegue sozinha sem apoio. 


Além disso, para pedir ajuda, os próximos do depressivo devem reconhecer o problema. É muito difícil reconhecer porque 'se' reconhece automaticamente 'se' sentem comprometidos ou repelidos na consciência que precisam ajudar, mas não querem deixar suas próprias vidas pra cuidar de outra pessoa ainda mais problemática e doente. Vai demandar, tempo, dedicação e dinheiro que será investido em outra pessoa além dela mesma. É difícil ser generoso em um mundo cada vez mais egoísta, individualista e sem amor verdadeiro. Não existe mais isso... se vai me desgastar eu não quero seja quem for. Nasci para ser feliz, diverti, viajar, curtir a vida e não para cuidar de alguém. 

É aí que entram em ação os sorrisos amarelos e vazios, mas que só quem se importa conosco vai perceber:
– Está tudo bem?
– Está! – com um sorriso amarelo.
Está tudo bem! Porque é mais fácil falar “Está” do que: 

“Não, não está tudo bem, eu estou surtando, a minha cabeça está queimando, eu não sinto nada, só dor. Estou há dias sem dormir direito, e na última semana eu passei mais tempo na cama do que em qualquer outro cômodo, faltei ao trabalho, compromissos, não fui ver o filho da minha amiga que nasceu… Cada osso do meu corpo dói, cada músculo do meu corpo está tenso, e isso me causa uma dor insuportável onde nem o mais potente dos analgésicos alivia. Então, meu único remédio é que Deus me dê a misericórdia de me tirar a vida. Quero morrer não gosto de viver.”

O que mais dói é a indiferença, aos poucos as pessoas deixam de ligar para a gente, de procurar, de abraçar, e vão partindo como se fosse um brinquedo velho que já não serve mais, sem ao menos perguntar: “Tudo bem?” Algumas vão perceber e vão partir vendo a gente como problema; umas nem vão se importar; outras vão ficar já no início. Raríssimas vão ser aquelas que ficarão até o fim, estarão presentes nas nossas quedas e recaídas.

Dói ter medo de tudo ao nosso redor, dói ter medo de si. Porque sozinho ninguém aguenta essa dor por muito tempo. Eu não me lembro do dia em que eu acordei e tudo desabou na minha cabeça, o dia em que as pessoas que eu amava foram embora. Eu daria a vida para escrever outra história, mas eu não posso, a única coisa que eu posso é colocar uma vírgula e seguir em frente, com outro final, uns personagens a menos e um sorriso verdadeiro. Porque ninguém precisa passar por isso sozinho. Peça ajuda!


Sobre o direito de sentir tristeza…

Eu serei objetiva aqui, só quero lhe fazer um pedido, com muita gentileza:

Quando uma pessoa o escolher para compartilhar uma angústia, uma dor, um medo, uma fragilidade ou algo do gênero, por favor, adote os seguintes cuidados…

1. Não diga “você não tem motivos para se sentir assim”. Entenda, o sofrimento da pessoa é real, mesmo que não faça sentido para você. Cada um tem uma forma de perceber a vida e os acontecimentos.


2. Evite dizer “muitas pessoas gostariam de estar no seu lugar”. Isso só vai piorar o estado da pessoa, pois ela, além de triste, vai se sentir culpada também. Dinheiro, beleza, juventude, casamento, etc. não blindam ninguém contra dores emocionais.


3. Esqueça o lembrete: “você precisa ser forte, muitas pessoas dependem de você”. A pessoa precisa de um suporte, por isso ela o procurou. Ela não quer ser cobrada sobre a força dela. Ao invés disso, diga: “você é humano e sempre arcou com muitas responsabilidades, é natural se sentir assim, isso não o faz fraco.”


4. Evite expressões que sinalizem julgamento ou questionamento. Ainda que seja a pessoa mais forte que você conheça, não insinue que ela não tem o direito de sentir aquele desconforto, medo ou fragilidade. Ofereça a sua audição interessada, olhe nos olhos, demonstre que se importa.


5. Lembre-se, a depressão é uma desordem química, isso significa que o milionário, o bonitão, a mulher capa de revista, o seu vizinho bem-sucedido, todos estão sujeitos a tê-la. É lógico que os acontecimentos tristes, os lutos e as perdas no geral favorecem o desencadeamento das doenças emocionais, mas isso não significa que esses fatores sejam obrigatórios para “justificar” o diagnóstico delas.


6. Talvez, essa pessoa tenha feito um grande esforço até tomar coragem de se expor, e se ela o escolheu, é porque o percebeu como merecedor da confiança dela. Não faça com que ela saia de perto de você pior do que chegou. Talvez, ela só queira ser ouvida. Pode ser que esteja cansada de ouvir que é forte. Ela só quer se sentir no direito de sentir-se triste.


Porque, sim, a depressão é um salto do fundo do poço que só nós somos capazes de dar. São as nossas pernas que nos impulsionam não a dos outros. Podemos estar cercados de amigos, procurar uma terapia, seja com um profissional seja com uma atividade, opções que são um suporte e amenizam a angústia, são máscaras de oxigênio diante desse afogamento na dor, mas somente nós mesmos podemos decidir buscar o ar lá no fundo e respirar para sair dessa.


As pessoas podem nos falar as melhores coisas, estender o braço para nos puxar dessa lama da alma, mas se a gente não levantar a mão e segurar firme, permaneceremos imersos em um mundo escuro, onde ninguém nos vê, de uma doença que é o mal do mundo e que somente a coragem de quem a tem é capaz de salvar.


Por isso, peça ajuda, sim, sem vergonha de estar deprimido, e o mais importante: aceite orientação, pois, no fim das contas, somos nossos próprios salva-vidas na depressão. Somos o motorista do nosso caminhão de dor.

Então, quando alguém o julgar, não desanime, apenas lembre-se de que: os caminhos mais difíceis nos levam aos melhore destinos. E se no meio da trilha o tempo virar, em vez de esperar a tempestade passar, dance na chuva!



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

NIKOLA TESLA, O GÊNIO MAIS INJUSTIÇADO DA HISTÓRIA


Você conhece Nikola Tesla? Muito provavelmente não, pois ele é um dos maiores injustiçados do mundo da ciência. Pai de diversas invenções não creditadas ao seu nome, Tesla permitiu que o mundo em que vivemos se tornasse real. Por que tudo isso? Vejamos:


Responda rápido: Quem fez a revolução elétrica no mundo? Aposto que você disse Thomas Edison, certo? Mas não, não foi ele. Quem realmente inventou esta e muitas outras coisas que se atribuem a diversas pessoas foi Nikola Tesla, o mesmo homem que possui desde uma unidade de medida para medir a densidade do fluxo magnético, uma cratera na lua, um asteroide, o maior prêmio de engenharia elétrica do mundo até um aeroporto, uma banda de heavy metal com o seu nome, um dia só seu (10 de julho, em diversos países), além de ser personagem do filme O Grande Truque e nomear a marca que promete um futuro verde ao mundo.

Mais de 300 patentes em quase 30 países (inclusive 2 aqui no Brasil), mas então porque ele não é reverenciado como um gênio? Tretas como as de Thomas Edison que você confere a partir de agora.

Nikola Tesla 


QUEM FOI NIKOLA TESLA?
Nascido no finado Império Austro-Húngaro, onde hoje seria a Croácia, em 1856 durante uma tempestade de raios, segundo a lenda, teve seu primeiro contato com a eletricidade na Universidade de Praga onde estudou engenharia elétrica até o terceiro ano, desistindo depois de assistir às aulas. 

Solteiro pela vida toda, pois dizia que isso era proveitoso às suas ambições e capacidades científicas, acredita-se que ele tinha uma memória fotográfica e podia decorar livros inteiros ao lê-los apenas uma vez; além disso tinha uma condição que fazia com que enxergasse clarões de luz que o cegavam, alucinações, e que lhe traziam inspiração e ideias.

Além disso ele era capaz de enxergar uma invenção completamente pronta em sua mente antes de começar a esboça-la em um papel. Leia em destaque: Por que a Terra Plana é uma besteira e como provar isso

O próprio motor elétrico de corrente alternada, invento que fez a revolução elétrica no mundo, foi visto por ele em uma dessas visões. O projeto foi feito todo mentalmente, sem um protótipo sequer. E quando foi perguntado sobre como ele sabia que aquilo ia dar certo, ele respondeu: "Simples, eu estou vendo-o funcionar". Na época, pensar em um motor de corrente elétrica alternada seria tão surreal quanto pensar, hoje, em teletransporte. 

Seu motor elétrico em funcionamento na hidroelétrica das Cataratas do Niágara 


Acredita-se também que ele tivesse transtorno obsessivo compulsivo, insônia (dizia dormir apenas 2 horas por noite, embora fossem apenas cochilos), além de outras manias e fobias, por exemplo: Não tocava em cabelos; não gosta de pérolas – despedindo uma secretária por ir trabalhar com um colar, uma vez –, fazia as coisas de acordo com o numeral 3 e nunca ficava em um quarto de hotel divisível pelo número. 

Atualmente, através dos relatos, seus biógrafos acreditam eu ele era misofóbico, ou seja, tinha completo pavor em entrar em contato com sujeira ou qualquer coisa que não julgasse estar higienicamente seguro. Antes de cada refeição ele polia cada utensílio até chegar à perfeição, utilizando 18 guardanapos (múltiplo de 3). 

Chama a atenção, também, sua obsessão por pombos, alimentando-os regularmente no Central Park, em Nova Iorque, com sementes especiais que encomendava. Ele costumava, inclusive, levá-los ao seu quarto e os cuidar. Além da memória eidética (memórias extraordinariamente precisas e vívidas, especialmente as visuais) e talento para a física, Tesla também era poliglota. Falava 8 idiomas com fluência: sérvio, checo, latim, italiano, alemão, húngaro, francês e inglês.

Um de seus primeiros trabalhos foi na Companhia Nacional de Telefones, sendo o eletricista-chefe da empresa e engenheiro do primeiro sistema telefônico do país. Nesta época desenvolveu um aparelho que pode ser taxado como um repetidor ou amplificador de telefone, ou ainda, pode ser considerado o primeiro alto-falante do mundo. No entanto ele não divulgou ou publicou esse invento.

Nos anos 80 trabalhou na França e depois nos Estados Unidos, onde foi assistente do famoso Thomas Edison, aquele que você respondeu que inventou a lâmpada, lembra? Aqui começa o drama de Tesla com seu maior sabotador.


A GUERRA DAS CORRENTES 
Thomas Edison contratou Tesla para resolver problemas que ele estava tendo com corrente contínua em geradores e motores. Se Tesla resolvesse o problema ganharia cerca de 50 mil dólares – o que corresponderia a 1 milhão de dólares em valores atuais –, essa era a promessa. Quando Tesla consertou ou problemas de Edison e perguntou sobre seu dinheiro, recebeu a seguinte resposta: 

"Tesla, você não entende o humor americano". Sim, para ele a promessa era uma piada e nunca foi paga. 
Tesla não se abateu, continuou suas pesquisas, e, hoje, podemos ter luz elétrica em nossa casa graça à invenção e aplicação da corrente alternada desenvolvida por ele quando fora contratado pela Westinghouse para criar a linha de transmissão e viabilizar o primeiro sistema hidrelétrico do mundo. 

Na ocasião recebeu 1 milhão de dólares pela venda de suas patentes a George Westinghouse e mais US$ 2,50 dólares de royalties por HP gerado por suas invenções. Tesla começava a ficar rico e famoso, certo? Mais ou menos. Devido a jogadas mal planejadas, a Westinghouse ficou à beira de uma falência, e Tesla, não querendo que centenas de pessoas perdessem seus empregos, teve a grandiosidade de rasgar o contrato dos royalties, o que hoje valeria TRILHÕES de dólares

Mas nem assim tudo foram flores para ele. O seu sistema de corrente alternada recebeu críticas duríssimas de Edison que dizia que ele era ineficiente e não devia ser levado a sério. O motivo? O sistema de corrente contínua – que vimos acima – tinha sido criado por ele e era o padrão adotado nos Estados Unidos, com a mudança do padrão ele perderia uma montanha de dinheiro a cada ano em royalties. Assim começava a famosa Guerra das Correntes. 

Seu laboratório durante um experimento 


Para termos luz na sala de casa hoje, segundo o sistema de Thomas Edison, precisaríamos de uma usina de energia elétrica a cada quilômetro quadrado. Inviável, certo? Já o sistema de Tesla usava cabos menores, alcançava maiores voltagens e podia transmitir energia elétrica a distâncias muito maiores.


Frente a essa perda de dinheiro, nome e prestígio, Thomas Edison resolveu se mexer e tomou uma atitude muito adulta: Começou a pagar 25 centavos por cada cachorro ou gato que garotos trouxessem vivo para ele. Depois, em uma exibição pública, eletrocutou todos usando a corrente alternada de Tesla, além de cavalos e até elefantes. Ele queria mostrar como era perigoso sistema de corrente alternada e convencer a opinião pública de que não era segura para se ter em uma casa. A propaganda negativa foi tão forte que, na época, o estado de Nova Iorque passou a utilizar a eletrocussão por corrente alternada como método de execução de condenados. 

Para a nossa sorte, o sistema de Tesla era mais barato e funcional e foi adotado não só nos EUA, como em diversos países, caminhando para ser o padrão global. Por isso, Tesla é o verdadeiro pai da era da eletricidade. Para conferir mais sobre a Guerra das correntes e a Guerra Elétrica





OUTRAS INVENÇÕES DE TESLA 
Ainda na época da Guerra das Correntes, época de muita criatividade para ele, Tesla desenvolveria diversas aplicações para seu uso de corrente alternada, como: motor elétrico, o princípio da criação de energia elétrica através de um campo magnético rotativo, ignição elétrica de motores à gasolina; o motor assíncrono giratório, comutadores elétricos, bobina de Tesla, que permitiu a comunicação sem fio, rádios e tv’s (SIM, AGRADEÇA A ELE CADA VEZ QUE LIGAR SUA WI-FI),lâmpada fluorescente, etc. (muitos etc.), controle remoto por rádio, etc. 

Pesquisou desde energia solar até o poder do mar, além de prever comunicações interplanetárias e satélites. Há também relatos de ideias geniais e invenções ou teses feitas que ele preferiu não registrar. 

Para ajudar, após a briga contra Edison, em 1895, seu laboratório pegou fogo misteriosamente, junto de todas as suas pesquisas. Suspeitasse até hoje que fora causado por alguma grande companhia do ramo da eletricidade, já que após o incêndio, o que sobrou foi "sem querer" atropelado por tratores. A motivação seria a pesquisa dele em energia gratuita a todos, mas como veremos no parágrafo seguinte, Tesla não desistiria, e, mostraria que era uma das pessoas mais legais que já viveram. 

Em seus estudos Nikola Tesla descobriu, em um de seus momentos de genialidade, uma forma de conceder energia elétrica wireless grátis para todo o planeta através de uma torre que seria construída perto de Nova Iorque . O projeto saiu do papel e chegou a ter a torre e o prédio prontos, porém empacou em um detalhe: o empresário que estava financiando a construção da torre – um dos mais famosos financistas dos EUA, J. P. Morgan – decidiu encerrar o projeto quando se deu por conta de que não teria como regular essa energia, e, portanto, como cobrar por ela e lucrar com isso. 

Hoje, cientistas, físicos e engenheiros elétricos dizem que aquilo seria impossível, que por não fazer cálculos no papel, ele não conseguiu ver um detalhe banal: ao passar para o ar, a energia rapidamente se esvaneceria. Bom, funcionando ou não, é interessante notar a benevolência de Tesla que não queria 1 centavo por sua nova criação. 

E se você ainda não entendeu ainda a importância de Tesla para nossas vidas e da sua genialidade, saiba que: 
  • Foi o responsável pela construção da primeira hidroelétrica do mundo, nas cataratas do Niágara, provando a todos que a água era um meio prático de obter energia; 
  • Conduziu experimentos com engenharia criogênica, quase meio século antes de sua invenção; 
  • Patenteou mais de 100 inovações que foram usados na criação do transistor, aquela pecinha primordial que faz com que seja possível o computador moderno existir e você ler isso neste momento; 
  • Foi a primeira pessoa a captar ondas de rádio do espaço, o que o torna, indiretamente, o pai da radioastronomia; Descobriu a frequência de ressonância da terra, que só pode ser confirmada 50 anos depois, já que era muito avançado à época; 
  • Desenvolveu uma máquina de terremotos que quase destruiu um bairro inteiro em Nova Iorque; 
  • Inventou a poderosa Bobina de Tesla, que você pode não conhecer de nome, mas com certeza já a viu em algum lugar. Confira ela, abaixo: 




  • Conseguiu, na década de 90, reproduzir em seu laboratório o fenômeno conhecido como "Ball Lighting", que consiste em uma luz que aparece na forma de uma esfera e viaja devagar enquanto plana a alguns pés do chão. É um fenômeno muito raro e até hoje os cientistas ainda não conseguiram replicar o feito em moderníssimos laboratórios; 
  • Inventou o controle remoto, a luz de neon, motor elétrico moderno, comunicações wireless, e outras coisas que tornam nosso dia a dia mais prático e legal; 
  • Inventou um raio da morte que poderia destruir o mundo caso caísse em mãos erradas. Parece ficção, mas não é, ao menos é o que diversas fontes juram. No entanto, destruiu o projeto antes dele vazar (alguns acreditam que o projeto está em posse do governo dos EUA, confira mais sobre isso, alguns parágrafos abaixo). O raio chegou perto de ser vendido para a Inglaterra por 30 milhões de dólares, durante a 2ª Guerra Mundial, mas foi desfeito nos últimos momentos. O próximo comprador seriam os Estados Unidos, porém, a reunião que daria desfecho à compra nunca ocorreu. Tesla morreria antes. 


O MUNDO CONTRA TESLA 
Mas se você acha que o atrito com Thomas Edison foi a única injustiça com Tesla está muito enganado. Diga-me: Você sabe quem inventou o rádio? Se você souber, com certeza respondeu que foi o italiano Guilherme Marconi, mas, como você já deve ter imaginado, foi Tesla. 

Tudo que Marconi fez foi pegar o trabalho desenvolvido por Tesla e patenteado em 1896, que continha todos os diagramas esquemáticos descrevendo todos os elementos básicos do transmissor de rádio, mudar um pouquinho aqui, umas coisinhas ali e ficar mundialmente famoso ao mandar a primeira mensagem transatlântica da história. Ao ser perguntado sobre o que sentia, Tesla disse: 

"Marconi é um bom amigo. Deixem-no continuar. Ele está usando 17 das minhas patentes". Sim, ele é um baita parceiro. 
Porém, Marconi recebeu um prêmio Nobel por isso. Prêmio que deveria ser de Tesla (e essa não foi a primeira vez que ele perdeu um Nobel, já que a discussão e os avanços decorrentes da questão corrente alternada/contínua gerou o prêmio para ele e Edison. O prêmio não foi entregue, pois a Academia de Ciências não concordou em dividir o Nobel e ele foi repassado a um terceiro pesquisador - Willian Bragg). Ao perder a honraria para Marconi - e a grande soma em dinheiro - ele teria dito: "Marconi é um asno". 

Para piorar, nesse momento Tesla já estava sem dinheiro - note que foi quando J. P. Morgan havia removido o incentivo financeiro à Torre coincidiu com a época em que suas patentes começavam a expirar. Desesperado, tentou processar o italiano, desistindo ao ver que, sem recursos, não conseguiria disputar com uma grande companhia. 

Outra: O radar, este invento que permite desviar de mísseis, submarinos navegarem por aí, sua comida sair quentinha do micro-ondas, etc. Hoje, credita-se a descoberta a Robert Watson-Watt, que o teria descoberto em 1935, porém, 18 anos antes (18 anos!!!), em 1917, ele havia apresentado à marinha americana (estávamos no início da 1ª Guerra Mundial) um sistema que poderia ter previsto milhares de baixas ocasionados pelos mísseis aquáticos alemães. 

Daí você pergunta: E por que a marinha rejeitou o invento? Bem, é que Thomas Edison (lembra dele?) era chefe do centro de pesquisa e desenvolvimento da marinha e disse que o radar não teria aplicação prática na guerra. 

Quer mais uma prova de que a vida é injusta? Lá vai: o Raio-X. Creditado a Wilhelm Rontgen, já havia sido descoberto e pesquisado por Tesla anos antes. Na euforia de sua "descoberta", acreditava-se que os raios-x poderiam curar problemas como a cegueira, porém, Tesla, que já havia investigado o assunto, e sabia do que ele podia causar, recusou-se a conduzir experimentos médicos com ele, tentando alertar o mundo sobre seu perigo. 

Mas claro que alguém não ouviria as advertências. Quem seria? Se você citou Thomas Edison, ponto para você. Não perdendo a oportunidade de ser inconveniente, Edison começou a experimentar os raios-x em seus empregados. Um deles, Clarence Dally recebeu uma carga de raios-x tão grande que precisou ter seus 2 braços amputados para que não morresse. Pois é, não deu certo e ele morreu por causa de um câncer no mediastino 

Parabéns, Thomas Edison. Aliás, o próprio Edison quase ficou cego por disparar raios-x contra seus olhos. 

TESLA UM SER MÍSTICO? 
Por causa de sua incrível genialidade, invenções além do pensamento racional humano, criações sem nem mesmo protótipos, hábitos estranhos, transtornos de personalidade, etc. Tesla é visto por seitas e cultos como um ser místico. Um capelino (Capela) um ser de uma dimensão mais evoluída que a nossa terráquea que veio renascer aqui para ajudar a humanidade evoluir nas ciências. 

Ou os Newubianos um ser venusiano (Vênus), enviado para passar ensinamentos ao planeta Terra. Louco, né? Mas nem é só isso, os seguidores dessa religião tem alguns preceitos nada convencionais, como enterrar a placenta após o nascimento para que Satanás não a use para fazer um clone do recém-nascido, ou então algumas coisas um tanto quanto preconceituosas, como pregar que as pessoas brancas foram destinadas a serem uma raça escravizada para servir os negros. Muito preconceituosa e impensável nos dias de hoje (opa, o cristianismo pregou o contrário por centenas de anos...melhor mudar de assunto). 

LEGADO DE NIKOLA TESLA 
Embora hoje ele não tenha o reconhecimento que lhe é devido, na sua época, foi uma celebridade, morando por diversos anos no Waldorf Astoria, onde organizava jantares com pessoas famosas que seriam as testemunhas de suas descobertas. Certa feita, perguntaram a Albert Einstein como era se sentir o homem vivo mais inteligente, a resposta foi: 

"Eu não sei, você vai ter que perguntar a Nikola Tesla". 
E mais, Tesla era muito popular com as mulheres, existindo relatos incríveis de brigas homéricas por sua causa, no entanto, como dissemos antes, ele preferiu a castidade em nome de seu legado, morrendo sem nunca provar do pecado da carne. 

E mesmo com toda essa história de vida surpreendente, Tesla não tem o reconhecimento que merece. Vivendo em uma época que somente invenções rentáveis e vendáveis eram "legais", ninguém dava bola para a radioastronomia. Suas invenções não eram aquelas que poderiam aperfeiçoar um produto e vender mais e mais, elas eram revolucionárias. 

Por toda sua vida ele foi leal e compreensivo com aqueles que o tentaram passar para trás, e mais, não via o lucro como principal motivação das suas pesquisas. 

Em seus últimos anos de vida ele passava dias e noites sozinho em seu laboratório, que era o único modo de ele estar realmente feliz. Tesla morreu alucinado, pobre, considerado louco por muitos, sozinho em um quarto de hotel em Nova Iorque. Pagando o preço por ser um humanitário durante toda a sua vida, por tentar levar tudo de graça às pessoas, chegou ao fim de seus dias vivendo apenas de leite e bolachas e mesmo em sua pior situação não esquecia daqueles que amou durante toda sua vida: os pombos. 

Em uma de suas últimas entrevistas disse: 

Venho alimentando os pombos, milhares deles, há anos, mas havia um pombo, um pássaro bonito, branco puro com detalhes cinza claro em suas asas. Aquele era diferente... Não importa onde eu ia, aquele pombo iria me encontrar; quando eu queria ver ela só tinha que desejar e chamá-la para que ela viesse voando até mim... Eu amei aquele pombo... Eu a amava como um homem ama uma mulher, e ela me amava.

Então, uma noite eu estava deitado na minha cama, no escuro, resolvendo problemas, como de costume, ela voou pela janela aberta e ficou na minha mesa. Eu sabia que ela me queria; ela queria me dizer algo importante, então eu me levantei e fui até ela. Quando eu a olhei eu sabia o que ela queria me dizer - ela estava morrendo. E então, eu saquei sua mensagem, vinha uma luz de seus olhos - poderosos feixes de luz... uma luz mais intensa do que eu já tinha produzido pelas lâmpadas mais potentes em meu laboratório.

Quando aquele pombo morreu, algo saiu da minha vida. Até aquele momento, eu sabia com certeza que iria completar meu trabalho, não importa o quão ambicioso fosse, mas quando algo como aquilo saiu da minha convivência eu sabia que o trabalho da minha vida tinha acabado". 

 

E assim, em 7 de janeiro de 1943, acabou a vida de um dos maiores gênios da humanidade: Vivendo na pobreza e conversando com pombos imaginários. A última foto de Nikola Tesla mostra-o magro e cansado...



Infelizmente um homem brilhante que não conseguiu o reconhecimento que merecia. Morreu na pobreza e esquecido em vida.

Ele queria um mundo auto sustentável com energia limpa, renovável e grátis para todo o planeta. Perdeu seus concursos para as hidroelétricas de Edison (que, hoje se sabe, roubou muitas invenções) porque seu projeto não geraria ganho e libertaria as pessoas. Foi ridicularizado e tratado como louco. Após a morte, o governo dos EUA confiscou e desapareceu todos os estudos e patentes. Não deixemos o nome dele ser apagado da história.

Ainda hoje existem diversas invenções que são classificadas como sigilosas pelo governo americano e que não foram entregues à família quando de sua morte, gerando muitas especulações sobre invenções fantásticas. Invenções essas que seriam mantidas no escuro devido à pressão das grandes petroleiras ou por outros assuntos tão sensíveis quanto. Outro episódio que suscitou borburinho durante a Guerra Fria foi o sumiço de algumas de suas pesquisas. Os EUA temiam que a União Soviética tivesse ficado com suas ideias e estivesse as desenvolvendo. No final do post tem um belo documentário que trata com detalhes essa questão. 

Hoje ele tem um museu fundado em seu nome, com suas invenções e memória. No museu são realizadas diversas experiências e demonstrações, como a do vídeo abaixo. Os experimentos recriam as apresentações de Tesla que era um verdadeiro showman, conhecido por suas exibições performáticas, que muito lembravam os espetáculos de mágica. 


E o mais legal: Em 2006 aquele terreno em que foi levantada a torre de eletricidade gratuita de Tesla que vimos acima, foi posto à venda. E aí vem a maravilha da internet, novidade que só foi possível pelas criações de Nikola Tesla. O site de quadrinhos OatMela criou uma campanha crowdfunding que conseguiu arrecadar mais de 1 milhão e 700 mil dólares em apenas 6 dias!! 

Atualmente, eles estão em busca de 10 milhões de dólares para criar "um centro de ensino de ciência e um museu digno de Tesla e seu legado." E parece que a ideia vai sair do papel, afinal, Elon Musk, fundador da Tesla Motors – maior e mais promissora montadora de carro elétricos do mundo – doou 1 milhão de dólares em troca de uma estação de abastecimento de carros no local. 

Na foto acima o prédio e a torre prontas, abaixo, a triste demolição dela, anos depois.

Parece que a internet está conseguindo corrigir uma das maiores injustiças do mundo das ciências. Então ajude a desmistificar e desfazer esse mal-entendido, compartilhe esse post nas redes sociais e ajude a memória de Tesla. 




Dedico este post sobre NIKOLA TESLA para meu psiquiatra e amigo Dr. Sebastião Emílio Santiago que me instigou a pesquisar e conhecer este gênio injustiçado do Nikola Tesla numa das minhas consultas (faço tratamento desde 2002 desde quando perdi minha filha Maria Eduarda - depressão). Temos altos papos sobre filosofia, literaturas, política, sentimentos, novas reações com modulações medicamentosas, desabafos, enfim... ele é "the best of the best" dos psiquiatras de todos os que eu já consultei e não abro mão de jeito nenhum. Ele conseguiu um feito incrível ao acessar e diagnosticar com precisão meus sintomas. Obrigada Dr. Sebastião... 
... como disse meu muso Nando Reis na composição que fez para seu filho Sebastião...  

O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é bão, Sebastião
O mundo é teu, Sebastião
Como escrever certo o seu nome
Como comer se der fome
Como sonhar pra quem dorme
E deixa o cansaço acalmar lá em casa
Como soltar o mundo inteiro com asas

O mundo é melhor com ele. SIM O MEU MUNDO É MELHOR. O MUNDO É BÃO, SEBASTIÃO!!! 
SEM ELE TALVEZ JÁ TERIA SUCUMBIDO, TALVEZ... TIVE MUITAS DIFICULDADES EMOCIONAIS PARA CONSEGUIR SUPERAR A PERDA DA MINHA FILHA... ADOECI O CORPO e a ALMA, coração... PERDA DA VONTADE DE VIVER, apenas sobrevivi até chegar o sebastião entre outras pessoas e entidades espirituais na minha vida.

Roberta Carrilho


domingo, 17 de fevereiro de 2019

PESSOAS MUITO INTELIGENTES E SUA RELAÇÃO CURIOSA COM A DEPRESSÃO




Pessoas muito inteligentes não são sempre os que tomam as melhores decisões. Um coeficiente intelectual elevado não garante mesmo o sucesso ou a certeza da felicidade. Em muitos casos, essas pessoas permanecem presas no emaranhado de suas preocupações, no abismo do Ego existencial, no desconforto que consome as reservas de otimismo. 

Há a tendência geral de ver os gênios da arte, matemática ou ciência como criaturas taciturnas, tristes, antissociais, pessoas de alguma forma muito particular e apegadas às suas peculiaridades ou esquisitices. Entre essas pessoas que encontramos Hemingway, Emily Dickinson, Virginia Woolf, Edgar Allan Poe ou mesmo o Amadeus Mozart... Todas com mentes brilhantes, criativas e excepcionais que trouxeram a sua angústia à beira daquele precipício que prenunciou a tragédia. 

"A inteligência de um indivíduo é medida pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar" 
Immanuel Kant 

Mas o que é verdade sobre tudo isso? Existe uma relação direta entre QI elevado e depressão? Em primeiro lugar, é necessário enfatizar que a alta inteligência não contribui para o desenvolvimento de qualquer tipo de transtorno mental. 

Todos os fatores que em muitos casos criam as condições necessárias para dar origem a um quadro depressivo. Claramente há exceções, isso deve ser dito. Em nossa sociedade, temos pessoas brilhantes que sabem aproveitar ao máximo seu potencial, investindo não apenas em sua qualidade de vida, mas também em sua própria sociedade. 

No entanto, existem numerosos estudos, análises e publicações que revelam essa tendência singular. Especialmente em pessoas que têm um QI acima de 170. 


A personalidade das pessoas mais inteligentes 
“O cérebro criativo” é um livro muito útil para entender como a mente e o cérebro das pessoas mais inteligentes e criativas trabalham. Nele, o neurocientista Nancy Andreasen desempenha uma análise meticulosa o que mostra que há uma tendência bastante significativa dos gênios de nossa sociedade para desenvolver várias doenças: em particular, distúrbios bipolares, depressão, ataques de ansiedade, ataques de pânico. 

O próprio Aristóteles, em seu tempo, já sustentava que a inteligência anda de mãos dadas com a melancolia. Gênios como Sir Isaac Newton, Arthur Schopenhauer ou Charles Darwin experimentaram períodos de neurose e psicose. Virginia Woolf, Ernest Hemingway e Vincent Van Gogh acabaram fazendo o último ato de tirar suas próprias vidas

São pessoas famosas, mas em nossa sociedade sempre existiram gênios silenciosos, incompreendidos e solitários que viveram em seu universo pessoal, profundamente desconectados de uma realidade que para eles era muito caótica, sem sentido e decepcionante. 


Estudos sobre pessoas muito inteligentes 
Sigmund Freud, juntamente com sua filha Anna Freud, estudou o desenvolvimento de um grupo de crianças com QI acima de 130. Este estudo revelou que quase 60% das crianças acabaram desenvolvendo um maior transtorno depressivo. 

Os estudos de Lewis Terman, pioneiro da psicologia educacional no início do século 20, também são bem conhecidos. Nos anos 60, um longo estudo começou em crianças com altas habilidades que tinham um QI maior que 170, que participaram de um dos mais famosos experimentos da história da psicologia. Essas crianças foram chamadas de “terminiti” e foi apenas no início dos anos 90 que foram tiradas conclusões importantes. 


Inteligência: uma carga muito pesada 
Os “terminitis”, a crianças de Lewis Terman que são adultos de idade avançada hoje, confirmaram que a alta inteligência está ligada a uma menor satisfação vital. Embora alguns deles tenham ganhado fama e uma posição de destaque na sociedade, muitos tentaram cometer suicídio em mais de uma ocasião ou caíram em vícios como o alcoolismo. 

Outro aspecto significativo que emerge desse grupo de pessoas, que também pode ser visto em pessoas com altas habilidades intelectuais, é que elas são muito sensíveis aos problemas do mundo. Eles não se preocupam apenas com a desigualdade, a fome ou a guerra. Pessoas muito inteligentes sentem-se desagradáveis ao comportamento egoísta, irracional ou livre de lógica. 

Lastro emocional e pontos cegos em pessoas muito inteligentes 
Especialistas nos dizem que pessoas muito inteligentes às vezes sofrem com o que poderia ser chamado de transtorno de personalidade dissociativa. Isso significa que elas vêem suas vidas de fora, como um narrador que usa uma voz de terceira pessoa para ver sua realidade com objetividade meticulosa, mas sem se sentir totalmente envolvida nela. 

Essa abordagem faz com que elas frequentemente tenham “pontos cegos”, um conceito intimamente relacionado à Inteligência Emocional que Daniel Goleman desenvolveu em um livro interessante com o mesmo título. Trata-se de auto-engano, sérios erros em nossa percepção quando temos que escolher o que focar e o que evitar para não assumir a responsabilidade por isso. 

Assim, o que muitas pessoas inteligentes fazem é concentrar-se exclusivamente na falta de seu ambiente, nesta humanidade desafinada, nesse mundo estrangeiro e egoísta por natureza, no qual é impossível encaixá-lo. Elas muitas vezes não têm as habilidades emocionais apropriadas para se relativizar, para se encaixarem melhor, para encontrar a calma nessa floresta externa e nessa disparidade que tanto os confunde. Outra coisa que podemos indubitavelmente inferir sobre pessoas muito inteligentes é que elas freqüentemente apresentam fortes deficiências no campo emocional. Isso, por sua vez, nos leva a outra conclusão: ao realizar testes psicométricos, outro fator deve ser adicionado ao QI sempre superestimado. 

Referimos-nos à “sabedoria”, este conhecimento vital para desenvolver uma autêntica satisfação diária, para moldar um bom conceito de self, boa auto-estima e todas aquelas habilidades adequadas para investir em coexistência e construir uma felicidade real, simples mas tangível. 

Um exemplo clássico que nem sempre ser inteligente é sinônimo de felicidade ou sucesso é o caso do "Homem mais inteligente do Mundo" americano William James Sidis

Nascido em 01/04/1898 e filho de dois imigrantes russos Boris e Jewish Russian. Testemunhos e documentários ilustram elementos muito importantes. Um deles é que William nunca teve uma infância, ele nunca foi concedido o direito de viver como uma criança, por causa de sua imensa inteligência. Aos nove anos de idade ele foi admitido na Universidade de Harvard, e em uma noite de congelamento de janeiro de 1910. Em 1912 ele realizou sua primeira conferência sobre a quarta dimensão antes da imprensa e da comunidade científica na época. 

Seus pais, um renomado psicólogo russo e um dos mais importantes doutorandos da época, tinham um objetivo muito claro: queriam que ele fosse um gênio, o homem mais inteligente do mundo. Educaram sua mente negligenciando o que era muito mais importante: seu coração, suas emoções. 

Tanto a mãe como o pai de William tinham uma mente brilhante, um importante fator genético na base da alta inteligência desenvolvida por seu filho. Mas o objetivo do casal sobre o futuro do filho era claro e controverso ao mesmo tempo: eles queriam treinar o cérebro da criança para se tornar um gênio. 


Uma vida de laboratório e exposição ao público 
Além da genética, também foi favorecido por um ambiente particularmente estimulante e orientado para um fim muito preciso. É bem sabido que o pai, Boris Sidis, usou técnicas sofisticadas – incluindo a hipnose – para maximizar a capacidade e o potencial de seu filho. 

Sua mãe, por sua vez, deixou a medicina para se dedicar à formação de seu filho gênio, utilizando estratégias de ensino inovadoras. Não se pode negar, no entanto, que o próprio William estava particularmente preparado para aprender. No entanto, um aspecto da sua vida marcou-o e traumatizou-o para sempre: a exposição ao público e aos meios de comunicação.

Os pais publicaram relatos acadêmicos frequentes para documentar o progresso do filho. A impressa, assim como a comunidade cientifica, não lhe deu descanso. Sabe-se que durante o período de estudos de Harvard, a imprenso de perseguição no verdadeiro sentido da palavra. Depois de se graduar com honras e deixando acadêmicos abertos para suas teorias da quarta dimensão, ele foi transferido para a Universidade de Houston para dar palestras sobre matemática, enquanto ele estava começando a estudar direito. 

Ele tinha 16 anos quando sua mente simplesmente disse, "o suficiente." Então ele começou o que ele mesmo chamou de andamentos em direção ao abismo. 


"Eu gostaria de viver a vida perfeita.
A única maneira de viver a vida perfeita é vivê-la na solidão." 

William James Sidis 

O homem mais inteligente do mundo e o seu triste fim Apesar de sua inteligência, William não terminou sua licenciatura em direito ou qualquer outro. Ele nem tinha 17 anos quando decidiu se rebelar contra o ambiente acadêmico e experimental que o forçou a se sentir como uma cobaia de laboratório, observada com a lupa e analisada em todos os aspectos e pensamentos. 

Em 1919, ele foi preso por recrutar jovens e dar lugar a um comício comunista. Dada a influência de seus pais e da importância de sua figura, no entanto, foi logo liberado. Entretanto, repetiu-se quando, a fim defender-se de encontro aos pais e à sociedade própria, levantou insurreições juvenis de encontro ao capitalismo e liberalismo e mostrou-se altamente arrogante contra o sistema judicial principalmente para os juízes conservadores dos quais ele tinha repulsa pela sua limitada inteligência cognitiva e social. Ele foi condenado a uma sentença de dois anos, obtendo assim o que ele ansiava tanto: solidão e isolamento. 

"Não tente se tornar um homem de sucesso, mas sim um homem de valor." 
Albert Einstein 

Depois de ter recuperado a sua liberdade, a primeira coisa que William J. Sidis fez foi mudar o seu nome. Ele queria uma vida nas sombras, e ainda assim tanto a imprensa e seus pais continuaram a segui-lo para realizar uma peregrinação aos Estados Unidos, durante o qual ele procurou trabalho esporádico e dedicou-se ao que ele adorava fazer: escrever

Ele publicou várias obras vários pseudônimos. Ele escreveu livros sobre sua história e outros sobre suas teorias sobre buracos negros. De acordo com os peritos, poderia haver dezenas de livros esquecidos que ocultam, por trás de uma identidade falsa, a figura de William J. Sidis. 


Um fim adiantado e na solidão 
William J. Sidis amou somente uma mulher: Martha Foley, uma ativista de esquerda da Irlanda do norte com quem teve um relacionamento complexo e atormentado. A foto da mulher foi a única afeição que encontraram entre suas roupas quando em 1944 seu corpo foi encontrado sem vida em um pequeno apartamento em Boston. Ele tinha 46 anos de idade quando morreu de uma hemorragia cerebral


William Sidis passou seus últimos anos de um tribunal para outro. A imprensa foi divertido para defini-lo: 

"a criança prodígio que não obteve nada agora chora enquanto ele é um vendedor de magazine", "o homem mais inteligente do mundo leva uma vida miserável", "queimou o gênio da matemática e linguística" e "William J. Sidis está cansado de pensar." 

Não sabemos se ele realmente se cansou de pensar ou mesmo de viver. O que podemos deduzir ao ler suas biografias, no entanto, é que ele estava farto da sociedade e da família e do ambiente acadêmico que tinha colocado nele expectativas muito elevadas, mesmo antes de ele nascer. 

Ele ficou cansado de não ser ele mesmo e, quando teve a oportunidade de fazê-lo, ele não teve sucesso. Ele era um perito na quarta dimensão e buracos negros, mas a questão mais importante da vida, a arte de aprender e lutar por sua própria felicidade, sempre escapou-lhe das mãos, a partir da visão e do coração... 

Mesmo hoje ele é considerado o homem mais inteligente do mundo, dotado de uma mente prodigiosa e com um QI entre 250 e 300 pontos. William James Sidis era considerado uma calculadora viva e um gênio da linguística, uma pessoa de quem esperar sucessos incríveis graças à sua inteligência. No entanto, este homem teve de enfrentar um problema que o acompanhou durante toda a sua vida e que levou à morte prematura: tristeza

Imagine por um momento uma criança que já 18 meses foi capaz de ler o New York Times. Agora imagine com a idade de 8 anos falar perfeitamente o francês, alemão, russo, turco e armênio, dominando latim e, claro, inglês, sua língua materna. Vá um pouco mais longe e visualize a mesma criança aos nove anos de idade, quando ele criou um novo idioma chamado "Vedergood", estudado por linguistas e classificado como completo, correto e fascinante.

Terense Tao - matemático australiano 

Em segundo lugar, encontramos Terence Tao, jovem matemático australiano com o QI de 225-230, que atualmente ensina na Universidade de Los Angeles. 

É provável que em um canto mais ou menos remoto do mundo exista algum prodígio da criança, ainda não identificado, com a inteligência talvez mesmo mais elevada. Mas a verdade é que não importa, porque os números não são nada além de números. O importante, nestes casos, é que estas crianças têm permissão para ter uma infância verdadeira, para desfrutar de constrangimentos emocionais seguros e um ambiente em que eles podem se realizar como pessoas que seguem seus desejos, em liberdade, sem pressão. 

Porque, como vimos com esta história, às vezes uma grande inteligência não é um sintoma de felicidade.