terça-feira, 23 de abril de 2013

COMO LIDAR COM O BIPOLAR SEM TRATAMENTO - Blog Bipolar Brasil



Algumas sugestões sobre o que fazer quando um paciente do transtorno bipolar do humor se recusa a aceitar a doença e fazer o tratamento. É claro que talvez não consigamos dar uma "receita" pronta, mas algumas ideias sobre o tema que poderá te ajudar - enquanto cuidador (a).

Se alguém com transtorno bipolar se recusa a se tratar é importante que os cuidadores - familiares, amigos etc - consigam "ouvir" e "observar" cada detalhe daquilo que o bipolar está comunicando - ou tentando comunicar. 

Os principais motivos que você deve levar em conta quando um bipolar não quer se tratar são:

Aceitação - o paciente bipolar ainda não aceitou ou se recusa aceitar que tem uma doença que é para vida inteira. Esse ponto é importante, porque realmente o bipolar tem razão é pra vida inteira, porém tem tratamento. O bipolar quer passar a vida inteira sofrendo com os altos e baixos, ou quer ter uma vida melhor? Uma vida mais produtiva? Uma vida onde se possa sonhar. São questões para ouvir e compreender por parte do cuidador. Devemos tentar entender e compreender que o medo da doença assusta, mas não precisamos ficar assustados pelo o resto da vida certo? Se a doença é certa para a vida, muitas outras coisas também o são, como a morte por exemplo. Decidir viver, e viver de uma maneira onde impere o equilíbrio a felicidade e os momentos de gratificação é possível com o tratamento, para tanto a aceitação se faz necessária antes de tudo. Aceitar ser portador de transtorno bipolar, fará toda a diferença. Temos de lembrar - faço isso sempre por aqui no Bipolar Brasil -, não somos a doença bipolar... nós temos a doença e só. 

O transtorno bipolar não define quem a pessoa é!

Estigma - Alguns pacientes se recusam a se tratar porque tem medo do estigma, do preconceito que o transtorno bipolar pode gerar em suas vidas. A primeira coisa que podemos conversar a respeito é que ninguém precisa saber que o paciente sofre de transtorno bipolar. Ele ou ela conta se quiser e para quem quiser. Talvez para pessoas de confiança pode ser um caminho ameno para encarar isso. No meu caso eu falo as pessoas, pois sinto firmeza para combater isso. É uma oportunidade que eu tenho de explicar e desmitificar aquilo que a outra pessoa pensa sobre o que é ser bipolar. Na verdade, eu falo a respeito quando sou perguntado, ou quando alguém quer compreender certos comportamentos meus. 

Não ando com uma placa na testa escrita: - sou bipolar! 

Acho que o bom senso se aplica a isso. E é importante compreender que as consultas com o psiquiatra são seguras no que tange confidencialidade. E isso significa que o médico do bipolar não vai sair por aí colocando no mural do facebook, por exemplo, o nome de seus pacientes e o que eles lhes contam. Na salinha de espera de consultórios psiquiátricos ninguém fica invadindo sua privacidade querendo saber o que você está fazendo ali. E então, este ponto também é possível de ouvir e conversar melhor com o paciente do transtorno bipolar.

Hipomania ou Mania - Alguns pacientes às vezes nem sabem direito do que se trata esses sintomas do transtorno bipolar, apenas sentem energia, momentos de criatividade entre outras coisas que "parecem" serem ótimas para o dia dia. O que eu quero dizer é que muitos bipolares não se tratam porque não querem sair deste estado "alterado" de muita energia. O problema é que a Lei da Gravidade se aplica ao transtorno bipolar, isso é, tudo que sobe, desce. Então, ao passo que os estados eufóricos podem "parecer" bons, os momentos que se seguem não o são, como são os casos de depressão. Mas não é só isso. O problema é maior porque cada crise de euforia que o bipolar vai acumulando ele diminui as chances de uma melhor recuperação global da doença, e só pra constar: ele está "detonando" seu cérebro sem fazer ideia dos prejuízos cognitivos que está acumulando ao longo do tempo. Temos sempre que lembrar que como a doença é cíclica então, com "certeza absoluta" todo o bipolar que se encontre numa fase alterada de humor para cima, num momento seguinte vai experimentar depressão, e elas vão aumentando de intensidade sem tratamento, levando inclusive a ideações suicidas e consequente morte precoce. Para que correr o risco? E um ponto para fechar: é possível sim ser altamente produtivo, criativo e ter energia para encarar seja lá o que for na vida com tratamento adequado. Temos aqui no Bipolar Brasil muitos e muitos amigos que relutaram em fazer o tratamento, mas quando o fizeram mudaram completamente de vida. Estão muitos trabalhando, estudando, outros tornaram-se artistas, outros advogados, são uma porção de casos bem sucedidos. Mais recentemente um amigo passou num concurso do TRT-SP como oficial de justiça - ele faz uso por exemplo de 300mg de Seroquel XRO. Estou certo que ele fará um relato para nos contar sua história com a doença brevemente - foi um pedido que lhe fiz quando nos encontramos recentemente em meu aniversário. Pense nisso e dê exemplos ao bipolar que é possível sim, ir em frente, com melhores resultados. 

"Geralmente as melhores praias e cachoeiras, só são possíveis, os acessos, através de longas e difíceis trilhas (...)".

Willian H.K 

Estão muito doentes - Existem casos em que o paciente bipolar está tão doente que não tem uma percepção acurada sobre os "prejuízos" que está causando a si - e porque não também à família e/ou os envolvidos na situação? Eles é claro precisam de tratamento urgente. O senso de realidade e o pensamento coerente e/ou natural está afetado pelos sintomas da doença. Nestes casos eu recomendo que os familiares conversem com um médico sobre alguma alternativa de ajudar nesses casos. Se houver necessidade de internação, na minha opinião deve ser realizada sim. E já escrevi algo sobre isso, leia aqui:

Efeitos colaterais - Isso não se aplica apenas aos pacientes com transtorno bipolar. Tomar medicações parece ser o fim da linha, ou seja, será uma experiência de "dopagem" sem fim. Irá danificar o corpo, a mente, a alma para sempre! E pior: sem reversão. É oque pensam... Engano! Não tomar as medicações para o tratamento bipolar é que trará consequências imensuráveis e danosas para todo o organismo. Lembrando que o cérebro é que controla o corpo, então, ter uma doença que afeta os mecanismos químicos dele - do cérebro - é pedir para o corpo não funcionar direito. Isso claro reduz a expectativa de vida. Em estudos já é possível afirmar que bipolares vivem entre 10 a 15 ano menos que pessoas sem a doença. Isso é claro, sem tratamento.Como dizem: "mente sã, corpo sã". A maior parte dos efeitos colaterais das medicações para transtorno bipolar são toleráveis, ficam numa faixa de administração de riscos por parte dos profissionais de saúde mental e "nem sempre" ocorrem com a gravidade que se prega por aí. Tudo depende de doses, tempo, e acertos. 

A diferença entre o veneno e o antídoto como eu já disse aqui no Bipolar Brasil, está na dose. 

E quem entende disso é o médico. Se fosse para deixar o paciente numa situação pior do que ele se encontra, eu tenho certeza que médicos psiquiatras já nem existiriam mais em nossa sociedade. Pense nisso. Esses dias eu escrevi um artigo sobre a mediação topiramato e seroquel, sendo a primeira para ajudar na redução de peso, por exemplo, eis ele aqui:

Veja é possível sim lidar com os efeitos colaterais, que são bem menores que os danos no cérebro que controla todo o corpo. Avaliar custo versus benefícios de um tratamento para transtorno bipolar é uma atitude inteligente para viver dias melhores e preservar o que há de mais importante num corpo: o cérebro. 

Dependência de medicação - A primeira coisa que eu digo sobre dependência é que ela não ocorre com a maior parte dos medicamentos para tratamento do transtorno bipolar. E se, ocorrer, são reversíveis! Isso é importante compreender. Alias, é bom que se diga, que se o bipolar precisa de certa medicação para o resto da vida, ele vai "depender" dela. O fato de depender dela deve sempre vir acompanhada dos "benefícios do para sempre" também, o exercício da "ponderação" de que o "para sempre, é algum tipo de ilusão criada, deve ser levada em consideração." Se eu faço exercícios e dependo disso, essa dependência me gera quais benefícios para o resto da vida? Pense nisso. 

A vida é curta para não experimentar a verdadeira vida. 

Eu fui entender isso, quando o meu tratamento começou a dar resultado, e retornei as minhas atividades normais, digamos assim. Hoje tenho amigos, trabalho, estudo por prazer, escrevo por aqui vez ou outra, e posso dizer que não me importo nem um pouco em ser "dependente" de benefícios tão interessantes para minha condição bipolar.

Pontos a serem observados para cada tipo de paciente bipolar e como ajudar

A primeira coisa que um cuidador de paciente bipolar deve avaliar é se o paciente - ele ou ela - está muito doente, isto é, se os sintomas que são apresentados no dia dia estão afetando o funcionamento da pessoa. 

Como esse (a) bipolar esta funcionando na vida? Como tem tem sido as relações sociais? Está trabalhando? E sim, existem queixas ou rendimento abaixo do esperado e/ou nível de estresse é alto? Como tem sido em casa? Consegue relaxar? Se isola com facilidade? Faz grosserias com muita frequência? 

Isso tudo tem que ser avaliado para determinar a urgência de intervir imediatamente, ou aguardar um momento em que as crises estão mais controladas, para conversar. Não vai adiantar. Repito: não vai adiantar o cuidador fazer de tudo para convencer o bipolar de que ele precisa de tratamento - que portanto precisa se cuidar -, se ele não aceitar isso como verdade. Bipolares infelizmente em crises, são teimosos e sem senso crítico apurado. Portanto, deve-se esperar a "poeira" baixar para abordar as questões deste artigo por exemplo. A não ser que o caso seja grave, daí os familiares devem intervir, e buscar os meios legais para isso. Quando o bipolar estiver melhor, estou certo que ele compreenderá as decisões tomadas. 

Nem sempre tudo é legal, mas quase tudo é justo - foi uma frase de minha amiga Ana Maria, educadora e que possui uma vasta cultura. 

Paciente bipolar muito doente: 
Muitas ocasiões em menor parte dos casos o paciente do transtorno bipolar pode estar com severas crises de mania ou depressão, e neste caso é um tanto complicado a adesão do paciente ao tratamento. O ideal é que antes desta situação se instalar é tentar deixar acertado um "plano de regras". É importante fazer a seguinte pergunta ao bipolar: - se você estiver numa situação realmente muito ruim, o que eu posso fazer? O que você me autoriza fazer para te ajudar. Estabeleça isso com o bipolar, e peça que ele ou ela dê sua palavra de confiança nesse sentido. 

Se não houve tempo para acertarem com antecedência um "plano de regras" para situações mais problemáticas, tente se concentrar apenas em dizer que está a disposição para ajudar, comente sobre os "benefícios" do tratamento, evite falar em efeitos colaterais etc etc... Deixe isso para o médico explicar em momento apropriado. Foque nos benefícios! Transmita paciência, empatia e confiança que está realmente a disposição para ajudar. Sem julgamentos, sem pressão... Respeite o tempo do bipolar pensar a respeito. E lembre-se de sempre comentar quando o bipolar estiver mais "receptivo" em ouvir. Geralmente isso ocorre em crises de depressão, momento mais fácil de convencer um bipolar a se tratar - se levarmos em conta o outro extremo da doença: a hipomania ou mania. Se o bipolar tem plano de saúde, faça uma lista de alguns médicos próximos da residência para serem acionados numa situação mais urgente, até mesmo liste hospitais que possam ajudar. Faça isso com antecedência e deixe anotado em sua agenda e com fácil acesso. Cuide desses detalhes caso a situação aperte. Tente conhecer os serviços médicos de urgência público que possa recorrer a qualquer horário, em São Paulo por exemplo, existem hospitais psiquiátricos 24 horas que podem ajudar, pelo o menos medicar e mandar o paciente de volta para casa na maioria dos casos. Vale a pena ter isso anotado. 

Paciente bipolar de média gravidade:
Estou a considerar aqueles pacientes que se recusam ao tratamento, que não estão bem, porém ainda é possível manter algum nível de conversa. Nestes casos eles não estão apresentando sintomas severos de mania ou mesmo psicose. É quando eles ainda conversam sobre a doença, e se recusam ao tratamento com argumentos e mais argumentos contrários. Nestes casos é necessária certa habilidade de comunicação - se não tem, comece a treinar. 

Convencer um bipolar de que ele está errado, pode ser "faísca" para ele ficar muito irritado. 

Todos nós queremos "autonomia" na vida. Alguns há têm - a minoria é bem verdade -, mas nem sempre o que chamamos de "tomar conta de nosso nariz" é de fato tomar conta mesmo. A habilidade de comunicação nesses casos precisa ser desenvolvida para que a cada argumento que o bipolar apresentar, seja debatida com um tom calmo e tranquilo, para que se possa devolver com outros argumentos o pensamento racional da questão. Não é bom um debate, mas saber fazer"perguntas", e fazê-las com calma não demonstrando que você está "inquerindo" alguém que cometeu um crime, compreende? 

Ao cuidador se reserve mais em fazer perguntas, isso irá colocar dentro do bipolar algum motivo para refletir. Talvez ele ou ela não o faça imediatamente. Então tenha paciência para ouvir o que ele ou ela irá dizer. 

Fará imensos discursos. Ouça. 

Tenha paciência, mas deixe pequenas perguntas no ar, sobre benefícios. Se o bipolar diz não irei fazer o tratamento porque não preciso, responda: e porque não precisa? Ao invés de dizer, eu acho que não, você precisa sim. Olha como está sua vida etc. 

Deixe perguntas, para que ele não consiga chegar a conclusões, e reflita que existe uma maneira dele conduzir sua vida de maneira mais equilibrada. Se o bipolar não quiser falar sobre isso, pergunte sobre um dia em específico que você pode voltar ao assunto, pois você considera isso muito importante e se preocupa.

Peça quando possível que o paciente vá a pelo o menos uma consulta com o médico. Se der certo a primeira consulta, tente entrar junto no consultório, e diga que é a primeira consulta do paciente. Com isso o médico já conseguirá conduzir uma abordagem diferenciada de consulta, o que pode facilitar um retorno. Se não der certo e o bipolar se recusar a voltar, você pode propor outras opções de médicos, quem sabe não ache um que ele ou ela goste mais. O primeiro passo é ir ao médico, o segundo, gostar do médico e o terceiro conseguir acertar a medicação em menor tempo. O resto é colheita de benefícios do tratamento em si.

Fale com pessoas que conheçam bem a doença - e me coloco a disposição nesse sentido -, para ganhar mais e mais argumentos para ajudar no processo de iniciar o tratamento. Claro leia as centenas de artigos do Bipolar Brasil, sempre tem alguns que podem ajudar num ponto ou outro. 

Se o bipolar tem um plano e/ou um projeto, mas está com dificuldade de terminar, ou desmotivado para começar ou resolver uma questão mais crítica, pergunte se com tratamento isso não pode ficar mais fácil?

Ele ou ela poderá dizer, não isso não tem jeito! Mas, você pode devolver, mas se tentarmos? Ele ou ela pode devolver eu já tentei... E dar muitos argumentos. Mas na verdade, o que está incomodando são os pontos que eu abordei logo no início do deste artigo: o medo, a aceitação, o estigma, os efeitos colaterais etc... 

Leia com atenção cada item, e tente desfazer o "preconceito" que o bipolar tem de si mesmo. Isso ajudará no transtorno bipolar. Eu chamo isso de atuar "proativamente" na ajuda do paciente, é estar munido de informações e ter um tom de motivar a pessoa a se cuidar e retirando os medos para fazê-lo, um a um. 

Sobre questões práticas sobre gastos de dinheiro, por exemplo, jamais pague as dívidas do bipolar, mas fique de olho. Ficar de olho significa aprender e compartilhar sobre educação financeira, existem vários livros sobre este tema. Vale a pena discutir alguns pontos, a exemplo de como é importante poupar para multiplicar o dinheiro. 

Se o bipolar tem grandes projetos, estou certo que ele quer ganhar muito dinheiro, mas será que é este o caminho? 

Analise esses planos, alguns podem ser realmente bons, mas consumirá investimentos que muitas vezes o bipolar não tem, e se tem, ficará sem nada caso não planeje. 

Indico livros do Mauro Halfeld, são fáceis de ler e aprender conceitos que podem ser discutidos para um melhor planejamento das finanças. Discuta e sempre lembre as contas a pagar. Isso pode parecer um pouco chato, mas é fundamental que se pense primeiro em pagar o que se deve, multiplicar os recursos, para só depois usufruir. Requer certa disciplina, mas para isso você terá que mostrar os "benefícios" para o paciente bipolar. 

Nunca diga que o bipolar está errado, mas ofereça opções para ele refletir que poderia ter mais resultados em outros planos, e com o tratamento ele poderia atingir mais rápido esses anseios. 

Sendo profissional em comunicação, marketing e vendas, estou desenvolvendo palestras específicas sobre este tema voltado a bipolares, terá relação com geração de renda - nada mirabolante etc. Coisas práticas, mas isso é assunto para outro capítulo. Eu tenho como ajudar quem quer realmente vencer na vida fazendo o que quiser, em breve eu terei um canal na internet para demonstrar isso. Mas funcionará com pacientes que aderiram ao tratamento, sem esse requisito, não há chances de êxito. 

Demonstre ao bipolar quando ele gasta mais do que pode os problemas que se acumulam logo em seguida. Se possível monte planilhas financeiras de entradas e saídas, por exemplo. Aprenda sobre isso, para ter argumentos. 

Não adianta debater com um bipolar, sem argumentos sólidos e exemplos. Pense nisso igualmente. 

E concluindo, esteja pronto (a) para ajudar o bipolar a colocar as coisas em ordem, mas sempre busque fazer isso com o compromisso de que o bipolar irá ter um comportamento diferente dali em diante, a começar pelo o tratamento. É uma troca, não uma chantagem, que fique claro.

Paciente bipolar que está sob suspeita que possa ser bipolar:

Com tanta informação sobre transtorno bipolar na mídia, internet etc, é incomum não nos depararmos com pessoas que desconfiam que são bipolares. Eu digo sempre a elas, para irem ao médico e sanar a dúvida logo. Ao invés de ficar tentando achar pelo em ovo - na maioria das vezes. Vá a um médico e ponto. 

Tente ler sobre a doença e as características de depressão bipolar, hipomania e mania, tem alguns textos aqui no Bipolar Brasil que pode te orientar, leia.




Com o conhecimento sobre o assunto, você pode pontuar muitos sintomas. Se a maioria dos sintomas se apresentam no dia dia, converse sobre esses sinais com a pessoa que suspeita ser bipolar. Explique o que é hipomania, mania e como isso danifica o cérebro. Fale sobre a depressão que é uma doença muito comum na sociedade, e ninguém precisa se envergonhar disso, até porque há tratamentos eficazes. No dia dia vá observando os comportamentos e sugerindo a consulta médica. Estabeleça uma data para ver isso. Com uma consulta médica definida e aceita, estipule data limite para caso os sinais não cessem, tente ter um "positivo" da pessoa para dar uma passadinha no médico que poderá avaliar os sintomas do transtorno bipolar e ajudar. Se os sintomas passar, deixe claro que caso eles voltem em algum momento, que haja um novo compromisso de ir ao médico para ver direitinho do que se trata. Negocie. Faça o seu melhor, você consegue!

Enfim...
O que eu escrevi até aqui é o que pode ser "tentando" ao invés de trocas de acusações e pressão demasiada sobre o bipolar. 

Não vai adiantar medir forças com um paciente do transtorno bipolar. Tem que ter paciência, jeito, persistência e amor. Do contrário, haverá sempre embates sem "foco nas soluções", isto é, nos benefícios do tratamento do transtorno bipolar. 

Esse é o ponto, ao invés de discutir pontos negativos da doença, discuta os benefícios de levar uma vida normal e equilibrada. 

As chances da relação dar certo e sua ajuda funcionar, vai vir do nível de envolvimento que você tem com as informações e dados do transtorno bipolar, e como você "argumenta" sem forçar sua verdade ao outro. Além do engajamento ou perseverança, como preferir. Se decidiu ajudar, vá até o fim, até conseguir a consulta, até o paciente bipolar estar envolvido com o tratamento, a partir daí é estudar, amar, e compreender que pode levar certo tempo para tudo ficar bem, mas, ficará bem!

Criterialmente como a bipolaridade é uma doença que vai e volta, sempre haverá um momento de mais fragilidade do paciente bipolar, que ele estará mais vulnerável aos sintomas da depressão por exemplo, momento esse ideal para ter em mente um discurso para ajudar. 

Discuta ponto a ponto. E ouça as queixas do porque não. 

Quando se faz perguntas abertas, peça para o bipolar argumentar o "porque não", com isso você vai aprendendo do que o bipolar tem medo, e vai gradativamente contra argumentando que a maior parte desses medos são infundados e fruto de preconceito. Alias, comece a quebrar seu próprio preconceito para conseguir ajudar. Para não ter preconceito, basta enriquecer-se de informações. Foi assim comigo. Assim que eu aceitei minha condição de paciente do transtorno bipolar. E vi que a doença é real, que sem tratamento minha vida é uma, com tratamento é muito melhor, e ponto. Fui e continuo indo em frente.

Minha esposa Elke Eleuterio - psicóloga - sempre me coloca em cheque quando eu estou enganado ou fazendo um juízo pobre, ela usa a técnica do "ouvir", "perguntar" e "ponderar". Para isso o nível de diálogo deve estar estabelecido, do contrário nada vai adiantar. 

Bons relacionamentos tem relação direta com o nível de cumplicidade e diálogo, sem isso, ao invés de ajudar, talvez atrapalhe. 

E talvez o problema deve ser outro: a relação é que não vai bem, seja ela entre casais, seja com familiares. E daí já é outra questão, e portanto um novo artigo para breve. Mas estou certo que para todo e qualquer problema existe solução - certo de que a morte não, é claro.

Boa sorte e participe dos comentários, nos contando como convenceu seu ente querido a se tratar, isso pode e ajudará muitas outras pessoas. Este artigo não é obra fechada, portanto é através dos comentários que podemos ir criando "volume" de informações sobre este tema tão delicado no transtorno bipolar do humor. Vamos la! Afinal...

Juntos, podemos muito mais! 
Bipolar Brasil - Ano 5
Por Will



33 comentários:

  1. Roberta, gostei muito! Estou com um familiar diagnosticado com transtorno bipolar, e muitas vezes não sabemos como agir.
    Aproveitando, o bipolarbrasil.net está sem nenhum post... Parecem que todos foram removidos. Procede?
    Abraços e parabéns pela iniciativa!

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    Respostas
    1. Olá Juliana como vai? Seja Bem-vinda ao meu blog.

      Eu enviei um e-mail para o Will o proprietário do Blog Bipolar Brasil solicitando informações a respeito do que está acontecendo. Pois, também não estou conseguindo acessar o Bipolar Brasil.

      Eu não sei o que realmente está acontecendo, mas parece que ele desativou o Blog (temporário ou definitivamente, não sei!). É uma pena ou perda para todos nós, porque é ou era o melhor canal que conheci sobre reportagens, depoimentos, matérias científicas, etc e etc... sobre o transtorno de humor afetivo - bipolaridade. Sou sua seguidora desde 2009.

      Vamos aguardar o retorno (resposta) do Will...

      Mas não fique triste! Têm outros blogs, que posso citar alguns por exemplo:

      http://eubipolarbuscandoapaz.blogspot.com.br/
      http://a-bipolar.blogspot.com.br/
      http://crisilveira33.blogspot.com.br/
      http://cantinhobipolar.blogspot.com.br/
      http://sindromemm.blogspot.com.br/
      http://maisloucoequemmediz.blogspot.com.br/

      E no meu blog se vc quiser pode usar o aplicativo: 'Pesquisar este blog' e digitar a palavra Bipolar encontrará alguns textos, vídeos entre outros que postei sobre o tema e quem sabe poderá lhe auxiliar.

      Entre em um desses blogs que eu citei e faça contato, pergunte, pela indicação de blogs que possam lhe orientar nas sua busca... Geralmente os proprietários(as) dos mesmos são muito receptivos e gentis. Quem sabe eles(elas) que convivem diariamente com o transtorno possam lhe auxiliar.

      Espero tê-la ajudado um pouco e quando eu receber resposta do Will do blog Bipolar Brasil eu lhe falo.

      Abraços,

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    2. Olá Juliana conforme eu me comprometi segue abaixo a resposta do Will do Blog Bipolar Brasil....

      Tristeza eis o que eu sinto em saber que ele foi desativado!

      Abraços,
      Roberta Carrilho
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      Olá Will como você está?

      Sinto sua falta meu amigo desde que passou o comando do Blog Bipolar Brasil...
      Você faz a diferença nas vidas de muitas pessoas. Acredite! Seu trabalho maravilhoso, humanitário e muitas vezes salva, orienta as pessoas e famílias a lidar com este transtorno.

      Veja bem, eu não usei e nem vou usar o verbo no passado (fez) porque acredito que você é presente e se tudo ocorrer bem brevemente fará e voltará ao comando do Bipolar Brasil.
      Ele é seu Will!

      Mas a questão é a seguinte: O que aconteceu com o Blog?
      Eu não estou conseguindo acessar as postagens, textos, depoimentos, nada do blog! Ele foi desativado? Por favor me responda para que eu possa repassar para as pessoas que buscam ajuda sobre o transtorno através do meu blog. Eu o cito (blog Bipolar Brasil)em muitas postagens no meu.
      Eu preciso saber ...
      Obrigada!
      Aguardo retorno
      Atenciosamente,
      Roberta Carrilho

      ***************************************************************************

      Date: Sun, 4 Aug 2013 18:09:00 -0300
      From: ***************************
      To: robertacarrilho@hotmail.com
      Subject: Re: Will o que aconteceu com o Blog Bipolar Brasil?


      Sim amiga, ele foi desativado - infelizmente.


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      Olá Will

      Infelizmente é a palavra! Tristeza é o sentimento!!

      Will se puder volte amigo, reativa o Bipolar Brasil você é respeitado e querido por todos nós seguidores e amigos(as).... E se reativá-lo não esquece de me avisar. Ok?

      Mas se não puder eu vou entender e respeitar. Mas, quero que saiba que durante todo o tempo que o Bipolar Brasil ficou ativo ele fez uma GRANDE diferença!!

      Parabéns pelo SEU blog.

      Abraços fraternos de sempre,
      Roberta Carrilho

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    3. "Veja bem, eu não usei e nem vou usar o verbo no passado (fez) porque acredito que você é presente e se tudo ocorrer bem brevemente fará e voltará ao comando do Bipolar Brasil." --- Você tinha razão amiga Roberta, "não vou usar o verbo no passado" --- Grato pelo carinho, estou de volta, aos poucos, mas vamos em frente. Bjokas Will Brasil

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    4. Bom dia Will Brasil!!!

      Que alegria para todos nós o seu retorno ao comando do BIPOLAR BRASIL... fez muita falta e como!! Meu e-mail e aqui têm muitas pessoas que precisam de você para orientar, tirar dúvidas e ajudar quem é bipolar e também amigos, parentes, etc que não são bipolares entender melhor e saber lidar com eles.

      Seja bem-vindo!!! Sempre!!!
      Abraços amorosos e fraternos,
      Roberta Carrilho

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  2. Olá Roberta Carrilho. Poxa vida, essa resposta do Will nos dá uma angústia terrível! Precisamos aber o que aconteceu. A primeira coisa que vem a mente é que ele não está bem e, com isso, vão-se todas as nossas esperanças de poder ter uma vida "normal" apesar da doença. Por favor Will, esclareça para nós o que aconteceu. Obrigado Roberta pela publicação dessas mensagens e, se possível, nos esclareça mais, Abraço. Silvio.

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    1. Pois é Sil o Will faz muita falta mesmo. No último contato que tive com ele me pareceu bastante desanimado.

      Suposições: pode ser que o Blog, palestras, livros, etc tenham sugado sua energia, pode ser que ele voltou a ter crises (mania x depressão - bipolaridade), eu não sei responder. Só sei sentir uma tristeza danada.

      Se ele mandar notícias com certeza compartilho aqui e aviso vocês.
      Abração!
      Roberta Carrilho


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  3. Olá, gostaria de uma orientação, sou casado hà 15 anos, estou passando por um problema com a minha esposa, depois pesquisar muito acredito que ela seja bipolar. Durante todo este tempo de casado sempre me fazendo perguntas o por que das suas atitudes e comportamento,alteração de humor constante,irritabilidade por qualquer motivo, é mais agitada em casa com as pessoas próximas, ficou mais intenso depois do nascimento do nosso filho, que hoje tem 12 anos, ela nunca foi avaliada por um profissional. Já pediu separação por duas vezes, a ultima em 2006(ficamos separados por 3 meses, depois pediu para voltarmos), agora eu estou estudando fora do Brasil e de uns 3 meses para cá venho observando sua mudança de comportamento, pediu novamente separação, fala que quer viajar sem rumo,fala que não quer mais dar satisfações nem para sair e nem ter hora para voltar para casa, tem saído para beber cerca de três vezes por semana, fico intrigado pois sou um homem super tranquilo não brigo, sou muito calmo, atencioso procuro fazer tudo que posso por ela, amo muito minha esposa e meu filho, ela apresentou estas mesmas características das outras vezes. Ela e nosso filho estão morando na casa da minha sogra. É Pedagoga atualmente está na direção da escola. Irei de férias da faculdade em junho, gostaria de uma orientação, se com apenas estas suspeitas devo tentar leva-la para uma avaliação profissional e como devo realizar esta primeira abordagem, pois acredito que esteja no período de euforia.

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    1. Boa Noite Nagib

      Parece que os sintomas são de uma pessoa portadora de transtorno de humor, ou seja, bipolar. Mas fico receosa em rotular se é ou não é porque eu não a conhece e nem sou psiquiatra/psicóloga especializada em distúrbios mentais.

      Bipolar é um transtorno mental irreversível, sem cura, mas tem tratamento medicamentoso e terapêutico que faz o portador ter uma vida estável e consequentemente o comportamento interpessoal. É imprescindível uma avaliação médica.

      Em Belo Horizonte posso indicar a Dra. Eni Ribeiro e Doutor Fernando Neves.Espero ter ajudado de alguma forma. Procure ajuda o mais rápido possível.
      Abraços,
      Roberta Carrilho


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    2. Obrigado pela orientação Roberta!

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    3. Almeida bom dia!

      Hoje o Will me pediu para adicioná-lo no meu face ... que alegria para todos nós! Ele montou uma página do BIPOLAR BRASIL e o endereço é

      https://www.facebook.com/bipolarbrasiloficial?pnref=lhc

      Acesse e faça parte dos seus seguidores agora no face.

      Abraços,
      Roberta Carrilho

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  4. Oi Roberta, quase um ano após o último contato que você teve com o Will, gostaria de saber se tem alguma novidade. Estou torcendo para que ele esteja bem. Obrigado, Sil.

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    Respostas
    1. Sil bom dia!

      Hoje o Will me pediu para adicioná-lo no meu face ... que alegria para todos nós! Ele montou uma página do BIPOLAR BRASIL e o endereço é

      https://www.facebook.com/bipolarbrasiloficial?pnref=lhc

      Acesse e faça parte dos seus seguidores agora no face.

      Abraços,
      Roberta Carrilho

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  5. O BIPOLAR BRASIL VOLTOU .... PARA TODAS PESSOAS QUE SÃO BIPOLARES OU NÃO E PRECISAM DE AJUDA

    COMUNICADO IMPORTANTE!!!!

    Amigos e amigas do blog quero comunicar com muita alegria que o Will Brasil do BIPOLAR BRASIL voltou para a nossa alegria. Ele agora está em duas plataformas diferentes Facebook e Google + segue abaixo os links

    Facebook BIPOLAR BRASIL
    https://www.facebook.com/bipolarbrasiloficial?pnref=lhc

    Google+ BIPOLAR BRASIL
    https://plus.google.com/109108493824621506639/posts

    Hoje é um dia muito especial para todas as pessoas carentes de informações, aconchego, orientações, seja bipolar ou que lida com bipolares. Sim! O Will Brasil é o melhor amigo bipolar que se possa ter e graças a Deus ele resolveu voltar para todos nós com seus textos bacanas e instrutivos.

    Abraços fraternos,
    Roberta Carrilho


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  6. Olá, queria compartilhar o blog que criei um há pouco tempo o blog: http://amarunbipolar.blogspot.com.br/
    estou casada com um bipolar há 12 anos, e percebi que escrever me faz bem. Embora está em espanhol queria compartilhar. Obrigada
    Giuliana

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    1. Olá Giuli tudo bem? Desculpa a demora em responder...

      Quero que fique à vontade para divulgar seu blog aqui no nosso cantinho... quem agradece sou eu e a turma que acessa buscando auxílio, aconchego, informações, relatos, etc. Obrigada pela oportunidade em disponibilizar mais opções para os portadores de transtorno BIPOLAR...

      Então!!! Quem quiser saber mais sobre BIPOLARIDADE acesse mais este canal sobre o tema da GIULI

      http://amarunbipolar.blogspot.com.br/

      Abraços fraternos,
      Roberta Carrilho

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  7. Olá, gostei da sua abordagem de não só falar como se sente, mas utilizar o meio virtual para informar, digo sempre que a informação é a arte do negócio. Sabemos que é uma doença que tem comprometimento grave, que é necessário muita informação para podermos lidar com a bipolaridade, de forma menos sofrida. Digo que não é a bipolaridade que me defino e sim como lido com ela. Tenho blog http://despertardeumabipolar.blospost.com, é um blog de conscientização, pois só assim sobrevivi e sobrevivo . Bjs

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    1. Oi Ana Cristina Sardenberg que bacana!!!

      Mais uma opção para quem sofre com o transtorno BIPOLAR e também para quem precisa conviver com uma pessoa que seja.

      Vamos divulgar: http://despertardeumabipolar.blospost.com

      Abraços e fique à vontade, viu!
      Roberta Carrilho

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    2. Amada, eu que agradeço. é sempre bom ler post que acrescenta. Não é fácil lidar com as conseguências que a bipolaridade nos impõe.

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  8. Olá Roberta! Gostei muito do seu blog. Tenho uma irmã que ficou internada por 17 dias numa clínica.Ela deu uma crise no trabalho e a equipe médica a encaminhou para esta clínica.Foi diagnosticada como Bipolar. Depois teve alta, ficou com nossa família. No entanto em abril, ela retornou ao trabalho e voltou a morar só. Há um mês se afastou da família.Todos os números de telefone sempre caem na caixa. trocou as fechaduras do apartamento tb. Depois de várias tentativas, consegui vê-la no dia 2 de julho. Mas não deixou entrar em sua casa e disse que não está tomando a medicação, pois diz que não precisa... Não sei mais o que fazer. Ela vai para o trabalho, mas já soube que mal fala com as pessoas.Está sempre irritada. Como posso ajudar?? Carla

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    1. Olá Carla Dias!!!

      Primeiramente a família tem que buscar suporte, ajuda e conhecimento para ajudar um portador de bipolaridade. É uma doença, tem tratamento com os estabilizadores de humor e a pessoa pode ter uma vida social normal.

      Segundo conversar com sua irmã e mostrar para ela que é mais uma doença como qualquer outra, por exemplo, diabetes que têm que fazer controle por resto da vida. De perto ninguém é normal já dizia Caetano Veloso. É tirar o estigma de ser bipolar é ser louca, doida, incapaz, etc. Isto não é de maneira alguma uma verdade absoluta. Só é se ela não se cuidar ou se medicar.

      Outra questão que eu penso que ela tem que confiar em alguém que queira realmente ajudá-la sem prejulgamentos ou ficar passando sermão que precisa cuidar senão vai acontecer isso e aquilo. É uma fase difícil que ela pode estar passando em aceitar a doença. Têm alguns que aceitam tranquilamente outros negam... isso vai de pessoa para pessoa.

      Então Carla procure aqui tem vários blogs com links de pessoas que são na grande maioria portadores do transtorno de humor - bipolar que resolveram desmitificar a doença e compartilhar relatos e apoio para quem seja ou quem conviva entender melhor... dá uma olhada e entre em contato com alguns deles ou todos eles... risos!

      Como eu disse ai para cima eu conheço e indico 2 psiquiatras especializados em bipolaridade no meu Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, Dra. Eni Ribeiro e Dr. Fernando Neves. São excelentes e com muita experiência e credenciamentos dos órgãos competentes. Não é qualquer psiquiatra que sabe lidar com este transtorno... é bem específico.

      Espero ter ajudado.
      Abraços,
      Roberta Carrilho

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  9. Acho que meu marido é bipolar devido aos sintomas...
    É explosivo quando contrariado e só aceita a opinião dele ...
    Numa conversa se eu discordar ou dar minha opinião já é motivo para gritar e se descontrolar...

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  10. Olá Roberta.
    Tenho uma tia diagnosticada com transtorno bipolar a 7 anos. Atualmente ela se trata com um psiquiatra muito bom, encontrou os medicamentos que conseguem mantê-la estável e bem para executar as atividades. Porém, mesmo após internações não sabemos como lidar com ela e ela não aceita totalmente o tratamento. Ela se mostra bem agressiva com os familiares e não conseguimos fazer com que ela tome a medicação, toma os remédios quando quer.
    Hoje ela não está fazendo o tratamento e se mostra bem mal. Não queremos que o quadro dela se agrave, mas não conseguimos ajudar.
    Como devo abordá-la para tentar mudar isso? Todas as vezes que tentamos falar algo, ela acaba levando para o lado ruim. Para piorar a situação, ela têm filhos pequenos e mora sozinha com eles. Ficamos bem preocupados porque as crianças percebem a alteração da mãe e quando ela está mal deixa de cuidar deles e acaba proibindo os familiares de vê-los também.

    Como poderia iniciar a conversa? Se eu apontar as alterações dela como dormir pouco, falar de modo exagerado e descompensado como atitudes que demonstram que ela precisa retornar ao tratamento, será que ela vai se irritar comigo?
    Não sei o que fazer, mas amo minha tia e o que mais quero é vê-la bem e sei que isso é possível.
    Se vc puder me ajudar montando um início de um diálogo com as perguntas e respostas que devo fazer eu ficaria muito grata.

    Abraços, Carol

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  11. Bom dia! Você teria o contato desses médicos? Dra. Eni Ribeiro e Dr.Fernando Neves. Sou de BH e uma amigo precisa urgente! Grata.

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  12. Oi Roberta, meu nome é Juliana e sofro da doença bipolar há 10 anos... entre muitas idas e vindas (episódios de mania fortíssimos com todos os sintomas) e vários episódios depressivos... cheguei a tirar licença do trabalho por causa de um deles. Tento tomar o remédio com frequência e vejo como ele faz diferença! Nesses últimos tempos, estou em uma crise no meu relacionamento que me fez perder a cabeça e agir como uma desesperada, ligando 500x, mandando várias mensagens.... já perdi muitas pessoas por causa desse temperamento... espero não perder esta também. É muito importante que a outra pessoa entende o que se passa na nossa cabeça nesses momentos mas também ninguém merece aguentar um estigma que não é próprio. Penso que nós bipolares devemos parar, respirar e compreender o que se passa no momento e toda repercussão que um ato impensado traria às nossas vidas... são questões de segundos e de meias palavras ou atitudes que você consegue jogar tudo o que construiu fora. Isso é uma dor muito grande, porque ao mesmo tempo que você sabe como deveria agir, ou tomar a medicação certo, muitas vezes simplesmente não os fazemos. Enfim, foi um desabafo de alguém que já sofreu muito com a doença e segue com ela às vezes como uma assombração na própria vida. Adorei o blog

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  13. Olá Roberta! Como vai? Primeiramente adorei o blog! Sou bipolar e fui diagnosticada quando tinha 20 anos, ou seja há 11 anos... sofri muito com a doença na minha juventude e aprendi um pouco a lidar com ela. Passei por alguns períodos horríveis quando fiquei mais velha principalmente na questão de relacionamentos... eu criava uma dependência do relacionamento e da pessoa, como se ela fosse a última coisa valiosa na minha vida. Essa dependência não faz bem a ninguém... e me encontro nessa situação de novo. Infelizmente tive algumas atitudes impensadas e impulsivas que acho que joguei tudo a perder agora.
    As pessoas cansam... é um desgaste considerável! Meu conselho é para q o amor próprio vença a doença e que tomem os remédios certinhos. No entanto, apesar do remédio ajudar, muito está na nossa cabeça e como encaramos o mundo a nossa volta, nossas relações e como podemos fazer para melhora-las e/ou não prejudicá-las com atos impensados e impulsos.
    Foi um desabafo
    Boa noite

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  14. Sou casada com há 18 anos com uma pessoa com esse transtorno bipolar, ja teve depressão e varios picos de depressão, confesso que as vezes me sinto tão exausta, queria muito que ele fizesse o uso certinho dos medicamentos e fizesse acompanhamento mas nunca cumpre a promessa que faz em se cuidar. As vezes tenho vontade de desistir pq até eu já não me sinto a mesma pessoa.

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  15. boa tarde, o pai do meu filho sofre de transtorno bipolar, nunca sei como lidar, cada hora ele fala uma coisa e tem uma declaração que esta em tratamento médico, mas cada dia é uma surpresa, ele grita, buzina na frente do prédio, eu já recebi advertências do condominio por esse motivo, vai na reunião da escola fala para eu decidir, ao sair, muda completamente e entra com ação que eu não cumpri, enfim, ele destorce os fatos parecendo que eu que estou fazendo as coisas erradas, até inventar que nosso filho se tratava com uma psicologa ele fez, quando a procurei ela disse que atendeu o pai apenas uma vez e que nao conhecia meu filho, como agir nesses casos?

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  16. Tenho um grupo ,de pessoas que lidan com bipolar pra trocarmos ideias nos ajudar meu zap 08496916450

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  17. Tenho um grupo ,de pessoas que lidan com bipolar pra trocarmos ideias nos ajudar meu zap 08496916450

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  18. Tenho um grupo ,de pessoas que lidan com bipolar pra trocarmos ideias nos ajudar meu zap 08496916450

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  19. Boa tarde, adorei sua página. Sou nova por aqui e não sei se pode me ajudar. Tenho uma amiga a 4 anos q foi diagnosticada com o transtorno bipolar bem antes disso, quando a conheci ela tinha as crises, mas logo voltava ao normal novamente, só q de um ano pra cá ela já foi internada 3x não segue o tratamento como deveria, não se alimenta direito nem anda tomando banho. O problema maior q ela mora sozinha, não tem família nenhuma r não aceita nenhum tipo de ajuda. Além de mim ela tem mais uma amiga e nos duas não sabemos mais o q fazer pra ajudar ela. Se puder me dar uma luz eu agradeço muito.

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  20. Bom dia sou casada a 23 anos e a uns 3 meses descobri que meu marido é bipolar ele saiu de casa depois de uma briga nossa ja fazem 9 meses e não tem coragem de voltar por que ele contou uma outra história pela nossa separação infelizmente ele agora esta usando drogas e não fala comigo, esta com muita raiva de mim não sei mais o que fazer para voltar estarmos juntos e poder ajudar ele e nós

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