Há um consenso quando falamos na competitividade feminina. As mulheres, em geral, são competitivas. Desejam ser as únicas no imaginário dos homens. Durante um voo, enquanto ouvia uma música brasileira que fez muito sucesso nos anos 80, me peguei pensando nisso e resolvi escrever sobre as mulheres que abalam os homens.
Não tenho muito tempo de estrada, acredito ter chegado próximo a metade da vida, sendo que durante quase dois terços era adolescente, mas já tive o prazer e o desprazer de cruzar com quase todo tipo de psique feminino.
Fora minhas experiências pessoais, escrever o Pergunte ao Urso durante quase cinco anos me apresentou às mais diversas neuroses e carências que alguém pode ter. Aprendi algumas coisas com isso, pode ter certeza. De forma geral, o que as mulheres querem, pensam, sentem e projetam nos homens não me é mais segredo. Sei que a afirmação parece pretensiosa, de fato é, mas acho que passei tanto tempo observando tanto um repertório comportamental tão diversificado que me permiti fazê-la.
Quando falamos em relacionamentos, a característica de poder impressa na essência feminina foi o que mais me chamou a atenção. Dentro de toda mulher há algo dominador, um “quê” de onipresença, porém também há uma Leila Diniz enclausurada para não chocar a tudo e a todos.
Claro que cada uma tem uma dosagem diferente desse componente, acredito que a variação seja fruto de sua criação, passando pelo modelo familiar em que foi colocada e também pelas experiências adquiridas ao longo da vida.
Boa parte sucumbe ao papel de dominação exercido pelos homens, outra confunde sua necessidade de abalar os homens com a necessidade de ser notada. Raramente noto alguém que consegue estabelecer uma linha intermediária.
Hoje vivemos o inferno que é dominado pelas periguetes e mulheres frutas. Mulheres que optaram por execrar as suas qualidades psicológicas para exaltar as habilidades físicas e, infelizmente, algumas insistem em demonstrações artísticas de voz e dança.
Por outro lado também já passamos maus bocados com as antigas “amélias”. Mulheres que se colocavam em quinto lugar em sua hierarquia de prioridades, fazendo com que seu “eu” desaparecesse, tornando-as tão interessantes como uma panela de ferro.
Periguetes e “amélias” estão mais próximas do que imaginam. É notável o esforço que cada uma faz, a sua maneira, para ter uma avaliação positiva. Praticamente imploram um julgamento masculino que seja favorável. Afirmo, não é aí que a admiração aparece.
É claro que apreciamos atitudes que tem como objetivo nos impressionar, mas isso não faz ninguém inesquecível. Tem um ditado que diz “a mulher que acha que os homens são todos iguais é a que não sabe fazer diferença na vida de um”.
Raramente cruzo alguém com esse potencial construtivo. A maior parte se foca tanto em “ter” que esquece que o “ser” é muito mais importante.
Quer realmente “ser” a mulher da vida de um homem ou apenas ser mais uma na história dele?
Algumas mulheres, quando conseguem se libertar do comportamento de massa comercializado pelos veículos de comunicação e da mesmice popular vão muito mais além do que as outras, realmente mexem com os homens, praticamente os constroem e, dependendo do caso, os destroem.
A beleza física serve apenas para atrair a atenção em um primeiro plano, não se pode apostar todas as fichas nela, até porque ela é passageira.
Não serei leviano e concordarei com a frase de Vinícius de Moraes que diz “As feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”, contudo sei que beleza é subjetiva, o que é para um não é, necessariamente, para outro.
Sim, eu tenho espelho, mas não sou eu que estou em discussão e talvez a beleza masculina não seja um ponto tão importante quanto a feminina.
O que faz uma mulher inesquecível é sua integridade, inteligência, valores e força de transformação. Estas geralmente reclamam pouco e fazem muito.
Mulheres assim conseguem criar filhos sem a ajuda de pais que sumiram no mundo, estudam quando não precisam, colocam seus valores acima dos modismos e da vulgaridade medíocre, reconhecem seus erros, não supervalorizam seus acertos, têm segurança nas relações e fazem com que os homens queiram ser melhores apenas para poder estar ao lado delas.
Se você não se reconheceu em quase nada do que coloquei acima, não é problema, você pode aceitar as coisas como são ou correr atrás do tempo perdido. Concorda comigo?
Até mais!
Marcelo Vitorino
http://www.pergunteaourso.com.br/comportamento/mulheres-que-abalam-os-homens/
Sinto uma enorme afinidade com os
pensamentos do Marcelo Vitorino.
Gosto do seu modo inteligente de escrever, de sentir...
Ele é daqueles sujeitos que não faz da vida
um rascunho, um esboço. Não!
Ele vai direto ao ponto. Sem ferir, nem se mostrar desrespeitoso
com a pouca ou nenhuma intelectualidade
ou verdade de uns e alguns.
Tem humor inteligente!!!!
Enfim, sou fã deste homem, publicitário e mais,
sou fã desta autenticidade peculiar que ele tem
e que o faz para mim especial acima do comum.
Roberta Carrilho
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