quarta-feira, 16 de junho de 2010

O AMOR NÃO MORRE NUNCA

De repente, o que era luz se faz sombra. A época do namoro, as delicadezas e olhares apaixonados dão lugar à amargura, à aridez dos dias. E muita gente afirma: O amor acabou!

Uma sentença que cai pesada sobre os ombros de quem ouve. O fim do amor talvez seja a mais triste notícia para um ser humano. Afinal, o amor move o Mundo e enche a vida de alegria.

Mas será que o amor acaba? Afinal, é um sentimento tão forte que ultrapassa a barreira dos relacionamentos pessoais e deságua nas relações sociais. Onde há um grupamento humano há a necessidade de amor.

Nem sempre é preciso esperar alguém morrer repentinamente, um acidente, uma doença inesperada para darmos conta que o amor estava ali, bem perto da gente esperando ser cultivado e vivido. E percebemos, então, que desperdiçamos o nosso tempo com futilidades, uma vida social bastante movimentada, ao invés de ter ficado ao lado daquela pessoa especial; daquele filho divertido; daquele pai amoroso; daquele amigo que estava bem ao lado, caminhando junto.

Não! O amor não morre. Nós o deixamos murchar, apagar-se.
É nosso desleixo, desatenção, medo e preguiça que sufocam o amor.

Mas basta regar com cuidado, sorrisos e carinho, para que ele reviva. Como planta ressequida, o amor bebe as palavras que lhe dirigimos e se reergue.

Amor não morre nunca. Mesmo que acreditemos que ele está morto e enterrado, que desapareceu, ele apenas aguarda que um gesto de amor o faça reviver.

Experimente! Olhe para aquela pessoa que você amou e continua amando, e lembre-se de todas belas coisas que viveram juntos. É a sua história. É você vivendo!

Não deixe que as más lembranças o contaminem. Focalize toda a sua atenção nos momentos mais felizes. Abrace, afague, sorria junto, diga o quanto ama.

E se, de repente, seu coração acelerar, seus olhos ficarem úmidos e uma indescritível sensação de felicidade tomar conta de você, não tenha dúvida: são os efeitos contagiantes e deliciosos do amor.
 
Amor de pais,  filhos, de amigos. Amor entre um homem e uma mulher. Que importa de que tipo é o amor? Basta que ele exista para que seu perfume imediatamente transforme os ambientes, ilumine os olhos, torne o ar mais leve.
 
E se é tão essencial o amor, por que o deixamos acabar? Por que permitimos que ele se amesquinhe e seja sufocado?
 
É que nem sempre sabemos priorizar o que realmente é importante para nossa felicidade. Nem sempre sabemos cuidar das pessoas que mais amamos. Por vezes tratamos mal justamente aqueles a quem mais queremos bem. São nossos pais, esposas, namoradas e filhos... parece estarem sempre em último lugar. Para eles deveríamos guardar os gestos de delicadeza, os afagos, as palavras gentis. Pior ainda é quando permitimos que os abismos e silêncios se instalem nos nossos corações.
 
É como um câncer, que começa devagarzinho, vai se instalando e se torna incontrolável.
 
E tudo começa porque deixamos de conversar, de trocar experiências, de compartilhar. E assim vamos nos afastando dos seres amados. 

Deixamos de falar, de sorrir, de dar atenção as pessoas mais importantes da nossa vida. Concentramos em pessoas com as quais temos contato meramente social, aos poucos vamos substituindo o importante pelo menos importante, o grupo familiar pelos amigos, pelos colegas de trabalho e até por gente que acabamos de conhecer. 
 
Assim vamos deixando a vida seguir.
 
De repente, quando percebemos, o tempo passou, a esposa já não está ao lado, os filhos estão adultos, os irmãos casaram, os pais morreram. Ou estão idosos demais sequer para ter uma conversa divertida num fim de tarde.
 
O trem da vida seguiu e nós nem o vimos. 
 
É quando chega o arrependimento, a saudade, a vontade de ficar junto mais um pouco, percebemos que não dá mais. Não temos como voltar a fita do tempo e recomeçar. O tempo é implacável indistintamente.
 
Um conselho: Viva o presente como um presente.
 
Ame! Apaixone! Viva! Sinta! Recomece!
 
Roberta Carrilho


Dedico este texto especialmente ao meu amigo Agnaldo Neves de Boston/USA. Hoje, recebi um comentário dele em um dos meus textos sobre o tema e resolvi escrever o que penso do sentimento amor. Ele não morre nunca quando é verdadeiro. O tempo pode paralisa-lo provisoriamente, mas nunca destruí-lo.

3 comentários:

  1. Eu sabia que iria "amar" rssosss ...

    Outra coisa Agnaldo, está para sair a sentença da Maria Eduarda, e se por um acaso o HK começar a me infernizar a vida, eu pego a minha filha e mudo para aí (Boston/USA), para ficarmos bem longe dele ... Tá!!! Quem sabe eu aceito o seu convite.

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