Mostrando postagens com marcador CONSCIÊNCIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CONSCIÊNCIA. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

SÓ UMA COISA PODE FAZER A OUTRA PESSOA MUDAR by Liliya Ahremchik




Sempre que eu acabava algum relacionamento conturbado, ficava um bom tempo presa ao passado e, mesmo quando percebia que aquilo não levaria à nada, achava que poderia mudar alguma coisa. Quando a euforia da última relação passou, comecei a notar todas as peculiaridades psicológicas da outra pessoa. No fundo, eu conhecia todas elas, mas, como a maioria das pessoas, achava que poderia mudar algumas delas. Procurava artigos sobre diferentes tipos de personalidades, natureza da imaturidade humana, formas de manipulação, etc. 

E, claro, compartilhava essas informações nas redes sociais para que ele também as lesse. Era como se eu estivesse dizendo «olha, está acontecendo isso, você é assim, e assim, e assim, e deve fazer isso, isso e isso».

Adivinha o que eu recebia em troca. Agressão e desprezo. Que outro tipo de reação você esperava? Quando você mostra a uma pessoa os seus defeitos, dói muito. Todos os comportamentos especiais são uma proteção psicológica em relação às feridas emocionais. São estratégias de comportamento desenvolvidas durante anos e que permitem que você viva de maneira cômoda sem ser uma pessoa completa.

Agora, posso dizer com total segurança que uma pessoa pode mudar. Isso mesmo, ela realmente pode mudar. Mas apenas em um caso (leia atentamente): QUANDO ELA MESMA QUISER.

Provavelmente você acha que pode motivar o seu amor a mudar de personalidade ou os costumes por você. Não se engane. Você não tem tanta influência, ninguém tem. Talvez a outra pessoa possa se adaptar um pouco às suas exigências, mas mudar a forma de pensar e de agir da outra pessoa, isso não. 

Apenas quando alguém se cansa de ser infeliz, de não ter ’sucesso’, de reclamar que a vida não é o que ela esperava, ou de qualquer outro problema. Ou talvez quando, em algum sonho, ela perceber alguma coisa nova que a faça entender que ela não gosta da própria vida. Neste caso sim, ela pode mudar.

Mas pode ser que você já esteja longe do epicentro da explosão. E é melhor assim, desta forma a explosão não te afetará. Porque aceitar que «eu mesmo causei tudo o que aconteceu» não é nada fácil. Em geral, culpamos quem temos ao lado pelos fracassos e pelos erros, ou alguém que estava próximo. Até que compreendemos — e isso leva tempo — que nós mesmos somos culpados pelos nossos erros. 

Donald Walsch escreveu: «a melhor coisa que podemos fazer pela pessoa amada é deixá-la ser, para que ela tenha uma mostra maior de si mesma». Isso não é uma vergonha, não é um «vamos ver se você sobrevive sem mim». No final, cada um tem o direito de ser o que é. Mesmo que você, temporariamente, esteja junto dela (sim, temporariamente, porque nada é eterno), isso não te dá o direito de mudá-la.

Somos apenas responsáveis por nós mesmos. Nascemos sozinhos e deixaremos este mundo individualmente, cada um numa hora. Cada pessoa vive a própria vida.

A sua vontade pode apenas mudar a sua vida. Não tente ser uma espécie de Deus achando que tem o direito de influenciar o destino de outra pessoa. Deixe que ela decida e cuide de sua vida.

Alguns psicólogos defendem a seguinte ideia: não resolva um problema de um cliente até que ele peça. Na realidade, se ele não pedir ajuda, ele não é um cliente e o ideal é seguir a regra básica: não se meta onde não é chamado. Vale ressaltar que uma pessoa adulta e em sã consciência (claro que quem decide isso também não somos nós) é capaz de resolver os problemas dela ou pedir ajuda se não conseguir resolvê-los sozinha.

Transforme-se no criador do seu destino, isso é o melhor que você pode fazer. Se a pessoa ao seu lado quiser mudar, ela vai mudar. Ao realizar um sonho, você pode motivar e inspirar a pessoa ao seu lado. Se o seu caminho não parecer atrativo, tudo bem, ela vai achar o caminho dela. E você encontrará outra pessoa cuja jornada se alinhará à sua.



completando com um conto...


O CONTO DAS QUATRO ALMAS

Era uma vez quatro almas que nasceram na matéria. A primeira delas era um pouco mais esclarecida, e por isso, Deus lhe deu a missão de conduzir as outras três almas pelos caminhos da luz.

Logo após o nascimento, durante sua existência corporal, a primeira alma, mais esclarecida, foi ao encontro da segunda alma. Assim que a encontrou, pegou em sua mão e, de mãos dadas, a foi conduzindo pela escuridão. Após um tempo, apontou para ela o caminho da luz e a deixou seguir sozinha. Logo depois, foi ao encontro da segunda alma e fez a mesma coisa: pegou em sua mão e, de mãos dadas, a primeira alma conduziu a terceira alma pela escuridão, mostrando depois o caminho a ser seguido para a luz.

Assim que deixou a terceira alma, a primeira alma foi ao encontro da quarta e última alma que ela deveria auxiliar na vida corpórea. Fez exatamente o mesmo das duas primeiras: pegou em sua mão e, de mãos dadas, ambas começaram a caminhar juntas. No entanto, a quarta alma deu dois passos e logo depois parou. A primeira alma disse: “Vamos. Eu te mostrarei o caminho”. Mas a quarta alma retrucou: “Não quero ir. Prefiro permanecer aqui mesmo”.

A primeira alma insistiu: “Procure entender que aqui só existe escuridão. Mas há um lugar melhor para todas nós, almas de Deus, que é um local todo iluminado”. A quarta alma permaneceu irredutível e reafirmou: “Não me importo. Quero ficar aqui.”

Nesse momento, de mãos dadas, enquanto a primeira alma fazia força para frente, a quarta alma fazia força para trás, e força de uma anulava a força da outra. Acreditando saber o que é melhor, a primeira alma, ainda de mãos dadas, tentou convence-la e fez ainda mais força para que ambas seguissem, mas a quarta alma insistiu que preferia ficar, e por isso, fez mais força ainda para ficar onde estava. A primeira alma, mais esclarecida, acabou ficando presa nessa situação, de mãos dadas com a outra, tentando carrega-la e forçando seu caminhar, mas a quarta alma não queria de jeito nenhum seguir para a luz.

A vida material de ambas foi se esgotando, até que chegou ao fim. A primeira alma acabou ficando presa ao mundo, sem conseguir ir para a luz. A quarta alma também permaneceu presa à matéria, como era seu desejo. Por isso, as duas almas acabaram se transformando em fantasmas que perambulavam perdidas e erráticas pelo mundo astral da Terra.

Essa é uma lição que serve para todos nós. Aquele que pega na mão de uma pessoa e tenta leva-la ao melhor caminho, deve entender que o outro pode não querer ser ajudado e pode optar em permanecer estagnado onde está. Assim, quando damos a mão a alguém e essa pessoa não quer seguir em frente, o melhor é soltar sua mão e caminhar sem ela. Caso contrário, os dois ficarão estacionados, presos e o resultado será a perda de suas vidas.

Não jogue fora a sua vida tentando carregar os outros. Se a pessoa que você ama não quer se melhorar, solte sua mão e siga em frente. Não tente forçar a melhora do outro; não intente modificar alguém que não quer mudar; não imponha o desenvolvimento a ninguém. Respeite sua livre vontade de ficar onde está e não se melhorar. Se a pessoa não quiser caminhar, solte sua mão e caminhe você… Cada alma que vem a Terra é responsável apenas e tão somente pelo seu próprio destino. Ninguém pode forçar a caminhada daqueles que preferem ficar inertes e estacionados em seu próprio nível.

Hugo Lapa


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

É PRECISO DEIXAR IR O QUE DÓI, AINDA QUE SEJA DIFÍCIL


O tempo me fez entender que deixar ir não é desistir, não é um ato de fraqueza, mas sim de força e crescimento: porque ainda que me doa deixá-lo ir, compreendo que há coisas que simplesmente não estão destinadas a ser.

Ao longo do caminho de nossa vida deixamos muitas coisas pra trás, deixamos lugares, situações, costumes e inclusive pessoas no passado. O dia de hoje é tudo o que sobrou ontem, o que você deixou no seu ontem para formar o seu presente, ainda que isso tenha implicado bastante sofrimento.

Deixar ir, na realidade, é parte da roda da vida, aquela na qual cada passo que damos adiante serve para deixarmos pra trás o que não pode mais ocupar nosso presente, o que nos machuca ou o que acaba enferrujando as engrenagens da nossa felicidade.

Assumir que viver é muitas vezes cortar vínculos e ficar com as mãos vazias, perder o que em algum momento nos trouxe muitas alegrias e esperanças, é algo muito difícil e doloroso. Quanto antes assumirmos, no entanto, mais preparados estaremos para superar esses momentos, essas encruzilhadas de caminhos em que olhar para trás é apenas se apegar ao que não pode mais ser.

Viver nostalgias pontuais é enriquecedor e inspirador, mas reviver de forma perpétua as recordações e as coisas que já deixamos ir e estão no passado, longe de permitir o crescimento, na verdade encalha e impede o caminho, como pedras que uma vez ou outra causam dor e sofrimento.

Liberte-se, avance e assuma o vivido como quem conserva um tesouro precioso: enriqueça por dentro e reflita para tomar o caminho mais indicado, aquele por onde se abrem oportunidades de equilíbrio.
Deixar ir certas coisas para que outras melhores cheguem a nós
Em algumas ocasiões o que deixamos ir já foi algo em que confiamos em certo momento, e que em muitos casos nos fez feliz. Alegrias, amor e esperança de antes explicam a dor de depois, e também a dificuldade para compreender que é melhor se desprender da pessoa ou situação.

Até o que antes foi bom de repente pode deixar de fazer o bem, pode passar a trazer sofrimento, e até quem disse gostar de você pode deixá-lo ir dia a dia um pouco mais, como quem vai cada dia arrancando uma pétala da flor até deixá-la apenas com seus espinhos.

Na realidade não é fácil assumir isso que nos dizem tantas vezes, de que a vida é deixar-se levar, permitir-se fluir, sem resistência. Como conseguir isso? As pessoas precisam de segurança no dia a dia, e precisam também de alguém que seja conosco hoje do mesmo jeito que foi ontem.

Deixar ir é um ato de valentia e autoconhecimento.É necessário saber perceber onde estão nossos limites e o que é aquilo que queremos de verdade para nós mesmos.

Somos conscientes de que ninguém tem a felicidade garantida na palma da sua mão;temos o direito, no entanto, de entrelaçar nossos dedos em determinado momento em outra mão que nos enche de emoção e que, de algum modo, nos oferece bem-estar.

Se esse companheiro ou companheira com quem entrelaçamos nossa mão acaba nos levando para o caminho da infelicidade, é necessário soltar para buscar nosso caminho. Isso deve ser feito ainda que exista o amor, porque, apesar do carinho e da paixão,nem todas as relações são sábias, nem todos os amores entendem a linguagem do respeito.

Uma boa autoestima e uma atitude forte que defenda nossa própria dignidade será sempre o que nos guiará para longe dessas situações, que nos ajudará a não nos imobilizarmos quando submetidos ao sofrimento. Porque amadurecer também é deixar ir quem não quer ficar.
Aprender a deixar ir nos traz felicidade
Quem se apega ao passado escraviza seus pensamentos, sua mente, seu coração e sua alma. O ontem não se pode apagar, nem editar, nem ao menos podemos esquecê-lo facilmente. Não podemos mudar as pessoas, nem obrigá-las a nos querer como nós desejamos… Há aspectos de nossa vida que para serem superados precisam, primeiro, ser aceitos.

Amar é também aprender a deixar ir, porque é quase sempre o amor que causa maior sofrimento. Só quando aceitarmos que algumas coisas não estão destinadas a ser nos permitiremos ser livres para encontrar novas felicidades.

Deixar ir é deixar vir, porque ninguém vive nesse mundo sabendo de tudo, nem trazendo consigo o manual das decisões perfeitas, aquelas que nunca acarretarão erros. Viver é provar, tocar, iniciar, arriscar-se e também enganar-se, e é aí que devemos saber os seguintes aspectos:

Não fique bravo, não encha seu coração com a ira nem sua mente com o rancor.Deixar ir é uma arte que deve ser feita de forma pacífica e sem raiva, só então nos permitiremos ser livres, descobrindo que dia após dia a dor se faz muito menor.

Para deixar ir o primeiro que deve ser feito é aprender a aceitar: aceita que toda experiência vale a pena porque é vida vivida, porque quem nega e esquece não assume, não cura e não aprende. É necessário aceitar o ocorrido e entender que deixar ir também é crescimento.

Algum dia tudo terá sentindo, a dor de agora, o caos e as incertezas por deixar ir o que antes nos definia. O amanhã nos trará coisas muito melhores porque, lembre sempre, tudo acontece por alguma razão.



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

QUER SER LIVRE? por Roberta Carrilho




Em primeiro lugar olhe para si mesmo, para as pessoas que dependem de você, e para todos aqueles que você se sente conectado, esperando um carinho, um abraço, uma palavra, um gesto de reconhecimento. Enquanto houver laços emocionais, não haverá liberdade, mas fuga ou solidão. Para ser livre é preciso resolver tudo antes, não deixar nada para trás como ressentimentos, mágoas se libertando aos poucos sem traumas, sem violência. Tudo tem que ser consciente, conversado, entendido e aceito. Depois disso, então poderá se sentir livre, pois, liberdade é poder estar pleno de paz íntima e consciência tranquila. Não há liberdade sem isso.







sábado, 27 de abril de 2013

CONSCIÊNCIA SEXUAL por Pedro Henrique Curvelo



O que significa ter consciência sexual? 
É simplesmente reconhecer aquilo que você gosta e ser capaz de gozar. A nossa sociedade alimenta muito a lascívia, homens e mulheres com corpos de deuses gregos que despertaria a libido de qualquer pessoa.

A libertinagem sexual não trouxe liberdade sexual.
Vejo algumas mulheres que estão lendo "cinqüenta tons em cinza", "liberdade" e seja qual for a sequência. Elas comentam como se as fantasias ali exploradas servissem, de fato, como acessórios mentais ou servissem de insumos para novas experiências. Vejo também alguns homens que já rodaram todos os sites pornôs, malham com uma fome insaciável, investem em roupas e carros para ver se, de alguma forma, o pênis cresce um pouco mais. 

No entanto, tanto o lado feminino como o masculino, na hora do vamos ver, brocham. Esse tabuísmo utilizo para falar do medo que travam suas vaginas, ânus, pinto, boca e qualquer buraco que você possa imaginar.

Sexo envolve a nudez. O se despir de qualquer medo e despojar dos conceitos formulados como monstros.

Sexo envolve autoconhecimento. O saber o que realmente lhe proporciona prazer, como é o seu corpo, quais são as zonas onde o gozo flui sem esforço algum.

Sexo envolve o compartilhar. Dividir desejos, sentimentos e, por fim, a própria alma.

É por esses conceitos que digo que o sexo não serve para crianças e adolescentes (aqui incluo a idade mental). E sim, para adultos. Homens e mulheres que desenvolvem sua vida sexual com liberdade e saúde.

Pedro Henrique Curvelo