sábado, 15 de março de 2014

A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO




O pequeno Zeca entra em casa após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo, chama o menino para uma conversa. 

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala, irritado: 
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele. 

- Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar: 
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. 

Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. O pai escutava tudo calado enquanto caminhava até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. 

Zeca vê o saco aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propôs: 
_ Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. 

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços de carvão acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai, que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e pergunta: 
_  Filho, como está se sentindo agora? 
_ Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. 

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala: 
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo inteiro. Que susto! 

Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente: 
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou, mas olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que posamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos. 

Cuidado com os seus pensamentos, pois eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações. Cuidado com suas ações; elas se transformam em hábitos. Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter. Cuidado com o seu caráter; ele controla o seu destino.


Autoria Desconhecida


CONTRIBUIÇÃO MARCIA HELENA



Nenhum comentário:

Postar um comentário