quarta-feira, 17 de novembro de 2010

MEDOS E ANSIEDADE - Ana Beatriz Silva - Pt.1/2

Em 12/07/2003, recebi um exemplar do Livro "Mentes Inquietas" da Ana Beatriz Silva, com os seguintes dizeres: 

"Para a Roberta e Família,
para que todos compreendam o que você sente!
Pois só quem já passou e passa por isso sabe compreender".

Quem me deu este livro não importa. O que importa é que naquela época, essa pessoa acreditava realmente que eu tinha algum transtorno mental ou emocional. Ele acreditava tanto, que chegou até me convencer que 'eu' tinha uma mente inquieta. E pior que eu acreditei! É ilógico ou incrível essa situação, pois, na verdade era ele quem tinha ou tem Transtorno de Humor Afetivo - Bipolaridade, com tendências para a fase maníaca e não eu.

Mesmo assim a partir daquele  momento comecei a caminhada na busca do autoconhecimento. Comecei estudando livros, artigos, pesquisas, blogs e etc. Comprei todos os livros publicados da Ana Beatriz Silva entre outros: Mentes com Medo; Mentes Perigosas e Mentes Insaciáveis. (além do Mentes Inquietas que já tinha).

Estudei muito e para ser sincera, algumas coisas identifiquei com minha personalidade como por exemplo "DDA e Dependência de Pessoas - Dependentes Ativos" - tenho uma imensa necessidade de afeto e também aceitação social mas, o resto não.

Com estes estudos comecei a entender o que ele queria dizer com seu prefácio personalizado. "Roberta eu te entendo. Procure então me entender". Ele nunca reparou que eu não fiz outra coisa a não ser tentar entender o que ele era ou tinha. Mas eu estava perdida, sem rumo.

Se eu soubesse naquela época teria ajudado a entender e principalmetne a conviver com a sua doença, a bipolaridade. Buscaria meios ou pessoas para nos orientar, ele não estaria só nessa luta, porém ele achou melhor transferir a responsabilidade para mim ao invés de me pedir ajuda.

Era tão mais simples dizer: - Robertinha (ele só me chamava assim), eu tenho dificuldades com isso e aquilo, você me ajuda? Teria sido tudo diferente, porque tenho um coração abençoado e generoso. Tudo seria muito diferente mesmo. Mas fazer o quê??? Nada!!! A não ser aceitar o inevitável, ou seja, o fim do relacionamento da pior forma possível, cheio de mágoas e cicatrizes.

É difícil para mim entender essas coisas, porque se eu fosse a doente não haveria nenhum problema nisso. Tenho coragem e nenhum medo de assumir o que sou ou o que tenho. Se ele soubesse como é LIBERTADOR, HONESTO E DIGNO mudaria o seu modo de agir. Tenho absoluta certeza que quando queremos realmente alguma coisa tudo é possível! Basta acreditar. Então fica o meu recado pessoal: Acordaaaaa fulano para vida!!!! Procure ajuda!!! Faça tratamento!!!

Roberta Carrilho





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