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quarta-feira, 29 de março de 2023

PENSAR HISTÓRIA - EUA E SUA ARROGÂNCIA IMPERALISTA NA QUESTÃO HUMANITÁRIA NA BIOÉTICA


Escola Estadual de Willowbrook, em Nova York, Estados Unidos


Crianças internadas na Escola Estadual de Willowbrook, em Nova York, Estados Unidos, em uma fotografia de Bill Pier. Entre 1955 e 1970, a instituição sediou os chamados Experimentos de Willowbrook, um dos estudos científicos mais hediondos do pós-guerra. Milhares de crianças pobres e portadoras de transtornos mentais foram utilizadas como cobaias humanas e deliberadamente infectadas com hepatite, como parte de uma pesquisa secreta sobre a doença.

Localizada em Staten Island, na cidade de Nova York, a Escola Estadual de Willowbrook foi originalmente concebida como um internato para crianças com transtornos psiquiátricos. A construção teve início em 1938, mas foi interrompida após a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito, o complexo, ainda inacabado, foi convertido em um hospital militar. A construção foi concluída em 1947. Contrariando a pretensão do governo estadunidense de repassar o edifício para uso do Departamento de Assuntos de Veteranos, o governador de Nova York, Thomas Dewey, insistiu em retomar o projeto original e utilizar o complexo para recolher "milhares de crianças mentalmente deficientes que nunca poderão fazer parte da sociedade".

Apesar da sua denominação, Willowbrook jamais funcionou como uma escola. A instituição não contava com projeto ou estrutura pedagógica e não havia professores em seus quadros. As aulas eram ministradas de forma irregular por estudantes voluntários e eram restritas, na melhor das hipóteses, a duas horas por dia. Willowbrook funcionava na prática como um depósito para crianças tidas como "indesejáveis", refletindo a política higienista do governo estadunidense que seguiu em curso no pós-guerra, mesmo após a revelação dos horrores praticados pelos nazistas em nome da eugenia.

Desde a inauguração, os internos de Willowbrook sofriam com o abandono e negligência estatal. As péssimas condições de higiene e conservação das instalações favoreciam a disseminação de doenças. As taxas de letalidade eram muito elevadas e, não raramente, os funcionários levavam dias para recolher os corpos em decomposição. As crianças eram amontadas em alojamentos imundos, acorrentadas e submetidas a abusos físicos. Denúncias de violência sexual contra os internos também eram frequentes. Apesar disso, Willowbrook era a única instituição que oferecia "tratamento" gratuito para crianças portadoras de transtornos mentais no estado de Nova York, sendo, portanto, muito procurada pela população — sobretudo por famílias carentes, que não tinham condições de pagar por tratamentos particulares.

Projetada pra abrigar até 4.000 crianças, Willowbrook já contabilizava 6.000 internos pouco após sua inauguração, convertendo-se em uma das maiores colônias psiquiátricas dos Estados Unidos. Na década de cinquenta, as péssimas condições sanitárias da instituição resultaram em um grave surto de hepatite entre os internos. O surto chamou a atenção do médico Saul Krugman, pesquisador da Universidade de Nova York, que então se dedicava a estudar a hepatite e os efeitos da gama globulina no tratamento da moléstia. Krugman solicitou ao Conselho Epidemiológico das Forças Armadas dos Estados Unidos uma permissão para estudar o desenvolvimento de uma vacina contra a hepatite em Willowbrook, utilizando as crianças como cobaias. O governo estadunidense autorizou a pesquisa.

O estudo teve início em 1955, conduzido por Krugman e outros renomados cientistas estadunidenses — incluindo o virologista Robert McCollum, da Universidade de Yale. Para obter o consentimento dos pais, os pesquisadores diziam que as crianças passariam por um procedimento preventivo, que impediria que elas desenvolvessem hepatite. Na década de sessenta, a instituição também vinculou a admissão de novos internos à autorização para que as crianças participassem do experimento. Sem informações sobre a verdadeira natureza do estudo, as famílias concordavam em entregar os filhos para uso como cobaias.

Os pesquisadores queriam observar as diferenças na evolução da hepatite sérica e da hepatite infecciosa, bem como testar as hipóteses sobre o uso de anticorpos no combate à doença. Para isso, dividiram as crianças em dois grupos — o grupo experimental, composto por crianças que receberam anticorpos, e o grupo de controle, formado por crianças desprotegidas. Os pesquisadores infectaram propositalmente milhares de crianças com o vírus da hepatite B. As cepas do vírus eram inoculadas através de injeções ou oferecidas no lanche das crianças, misturadas ao leite com chocolate. As crianças infectadas não recebiam qualquer tipo de terapia, pois os médicos pretendiam observar os efeitos da progressão da doença. Como resultado do experimento, centenas de crianças morreram ou ficaram com sequelas graves.

As complicações e mortes de internos despertaram a desconfiança das famílias, que começaram a procurar a imprensa e autoridades públicas para saber o que estava ocorrendo em Willowbrook. Em 1965, após uma visita à instituição, o senador Robert Kennedy relatou que as crianças estavam "vivendo em meio à imundície e à sujeira, vestindo trapos, dormindo em quartos menos confortáveis do que as gaiolas dos animais do zoológico". Donna Stone, uma militante dos direitos da infância, obteve acesso à escola passando-se por uma assistente social e registrou uma série de abusos. A imprensa começou então a publicar reportagens versando sobre as péssimas condições sanitárias de Willowbrook e os abusos contra os internos.

Temendo que as investigações avançassem sobre a contaminação deliberada dos internos, os pesquisadores encerraram o estudo em 1970. As informações sobre a pesquisa, entretanto, vazaram para a imprensa. Em 1972, o repórter investigativo Geraldo Rivera produziu o documentário "Willowbrook: The Last Great Disgrace", exibido em rede nacional pela WABC-TV. O documentário indignou o público, chocado pelos procedimentos antiéticos e condições deploráveis impostas às crianças. Em 1975, o estado de Nova York foi alvo de uma ação coletiva movida pelos pais dos internos. O governo anunciou que encerraria gradualmente as atividades da instituição, mas Willowbrook somente fecharia as portas em 1988.

A pressão popular e as batalhas legais levaram o congresso a aprovar da Lei dos Direitos Civis das Pessoas Institucionalizadas em 1980, estabelecendo parâmetros éticos para as pesquisas com crianças, pessoas com transtornos psiquiátricos e internos de instalações correcionais. Os pesquisadores e autoridades responsáveis pela condução da pesquisa, entretanto, nunca foram punidos. Ao ser questionado sobre o motivo pelo qual os cientistas não realizaram os testes em cobaias convencionais, preferindo usar crianças pobres e com transtornos mentais, Saul Krugman respondeu que animais de laboratório eram "caros demais".

O médico John Charles Cutler participou de um experimento chamado Tuskegee onde negros foram infectados com sífilis nos EUA. Este mesmo médico liderou um experimento similar na Guatemala, infectando desde soldados aliados até crianças guatemaltecas de um orfanato.


Isso aconteceu em 1988, 34 anos atrás apenas.


O caso Tuskegee, tb denunciado no NYT em 1972, tratava-se de um "estudo" sobre a sifilis com negros. Negaram tratamento às vitimas. Horrendo tb! Filme “Cobaias” e o Caso Tuskegee – onde estava a Bioética?

O filme “Cobaias”, 1997, Anasazi Productions, se baseia no “Estudo Tuskegee de Sífilis Não-Tratada em Homens Negros”, mais conhecido como Caso Tuskegee, que ocorreu no Condado de Macon, Alabama, Estados Unidos, de 1932 à 1972, ele foi uma das transformações que mais contribuiu para o avanço da Bioética, houveram outros estudos relacionados à sífilis antes dele, porém a penicilina ainda não havia sido descoberta (descoberta em 1928, por Alexander Fleming, e utilizada como fármaco a partir de 1941), como o “Oslo Study” e o “Rosahn Study”.

O Caso Tuskegee é comparado a outros estudos, os quais os participantes também não eram informados do experimento, como os estudos realizados na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), por Hitler em prisioneiros de guerra, na sua maioria judeus, eles eram expostos a temperaturas muito baixas por períodos prolongados; infectados com tifo, malária, e outras doenças para testar drogas e vacinas; esterilização; administrar venenos para estudar seus efeitos letais; testes aplicando corantes químicos em olhos de presos na tentativa de mudar suas cores, experiências com gêmeos, entre outros. Em 1947 médicos do regime nazista são julgados pelos crimes cometidos, elabora-se o Código de Nuremberg, primeiro sistema normativo internacional regulador dos padrões de pesquisas clínicas, nele já se estabelecia que o consentimento voluntário era absolutamente essencial e que o participante tinha direito de ser informado para tomar a decisão. Em 1948 foi elaborado a Declaração Universal dos Direitos do Homem - “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.

Além disso, a pesquisa passou por vários estágios, sendo os iniciais plausíveis, os objetivos iniciais eram levantar novos fundos para tratar os participantes, pois depois da Crise de 1929 o governo Rosenwald retirou os fundos que auxiliavam a descoberta de novos tratamentos para a sífilis, doença que mais afetava os moradores da cidade de Tuskegee, porém a proteção do indivíduo não era tão importante quanto o interesse da sociedade em mostrar que os negros eram inferiores tanto socialmente, culturalmente, quanto biologicamente. Nenhum deles foi informado sobre o verdadeiro propósito do estudo, eles foram induzidos a acreditar que estavam recebendo tratamento adequado, além de receberem incentivo por parte da enfermeira Eunice Rivers, como conversas, visitas, comida, remédios, seguro funerário, consultas com médicos e exames, quando alguns reclamavam que o tratamento não estava surtindo efeito, que eles tinham dores, a enfermeira dizia que o governo estava gastando com eles, que eles eram ingratos, em 1957 os sobreviventes até ganharam um diploma do Serviço de Saúde Pública Norte-Americano agradecendo a participação de 25 anos no estudo, como se isso fosse o suficiente pelo não tratamento lhes negado; por fim o estudo foi interrompido em 1972 por pressão da sociedade, após divulgação na imprensa leiga. Em 1947 o serviço de saúde pública norte-americana criou "Centros de Tratamento Rápido" para pacientes com sífilis, mesmo assim, todos os indivíduos incluídos no estudo continuavam sem receber tratamento por decisão formal do grupo de pesquisadores, o que no filme é mostrado quando o militar ex-participante do estudo leva seu amigo para tomar a vacina e ele não pode, pois seu nome está marcado para não tomar a vacina, além do fato da influência da enfermeira, Eunice Rivers, sobre os participantes do estudo, eles tinham menos instrução, mostrando que aquele que detém maior grau educacional, é mais confiável. Ela era tão confiável, na visão dos participantes, que até 1952, de 146 óbitos, ela conseguiu a autorização para 145 necropsias.

Foram escritos 13 artigos científicos sobre o estudo, os mais importantes foram os de 1936, 1952 e 1961, e em todos era explicito o não tratamento, por vezes os artigos geraram polêmica, mas esta logo foi superada, mostrando que a história ideológica era muito presente mesmo no mundo acadêmico. Muitas pessoas contraíram sífilis ao longo do estudo, bem como muitos recém-nascidos e o E.U.A. pagaram mais de dez milhões de dólares em indenizações para mais de 6.000 pessoas, mas somente em 16 de maio de 1997 o Presidente Bill Clinton pediu desculpas formais para os cinco sobreviventes que compareceram à solenidade na Casa Branca, isso mostra que ainda há muita hierarquia de valores, perdemos a noção dos direitos dos valores das pessoas. Em relação a este triste caso da história mundial, em 1981 James H. Jones, publicou o livro Bad Blood: The Tuskegee Syphlis Experiment e em 1997 saiu o filme Cobaias, uma forma de tornar mais público o episódio lamentável. O filme em si é bem fiel a história que aconteceu, porém mesmo sendo encarado como um documentário, ele tem um toque de romance que não aconteceu na realidade, talvez para minimizar um pouco a brutalidade da pesquisa.

Esse caso foi fundamental para a estruturação da Bioética, ética em ciência experimental, pois em 1978 houve a publicação do Relatório Belmont, seus princípios eram: respeito pelas pessoas (consentimento livre e esclarecido), ou seja, saber sobre o que se trata, estar ciente da pesquisa, sua finalidade e riscos; beneficência (avaliação da relação custo-benefício), ou seja, vale a pena fazer a pesquisa, os dados serão úteis; e justiça (igualdade de acesso à participação nos estudos e distribuição dos resultados), ou seja, todos têm que ter acesso aos resultados da pesquisa.

Onde estava a Bioética nessa época? Valeu a pena tantas mortes em relação aos resultados que o estudo obteve? Porque tantos tiveram que morrer, não somente nesse caso, mas também em outros como nos experimentos da 2° Guerra Mundial, estudo de células cancerosas vivas injetadas em 22 idosos para testar a imunidade ao câncer, ausência de tratamento de hepatite em crianças com deficiência mental, e outras infectadas deliberadamente com o vírus; infelizmente por causa dessas mortes e dessas pesquisas antiéticas que hoje a Bioética está tão estruturada, por causa deles que hoje para se fazer qualquer tipo de pesquisa, tanto com seres humanos, quanto com animais, existe um Comitê de Ética que avalia a proposta, avalia se vale a pena o estudo, se a metodologia é necessária, quantos indivíduos são necessários, então quem somos nós para julgar se os resultados dessas pesquisas foram válidos para que elas acontecessem, apenas podemos dizer que eles foram válidos para que esse tipo de pesquisa não aconteça mais, para assegurar que as próximas pesquisas não sejam feitas dessa maneira, que elas respeitem os objetos de pesquisa, para que os indivíduos não sejam somente um número, uma estatística, um resultado e sim um ser humano ou animal que acima de tudo merece respeito e tem direito a vida.



sexta-feira, 2 de novembro de 2018

COMO É SER MÃE DE UM SOCIOPATA QUE MATOU A IRMÃ AOS 13 ANOS?



"Meu filho de 13 anos esfaqueou a irmã, de 4 anos, até a morte". Como lidar com uma tragédia dessas? Como uma mãe pode entender que seu filho é sociopata? E o amor incondicional ainda pode ser possível em uma situação tão terrível?





Quando Charity Lee (mãe) tinha seis anos de idade, sua mãe atirou e matou seu pai em casa, no Texas (EUA), e mais tarde foi absolvida. Quando adolescente, Charity era boa aluna e atleta, mas desenvolveu problemas de saúde mental e se tornou viciada em drogas.

Quando ela tinha 18 anos, pediu ajuda e conseguiu parar. Foi então para a universidade estudar Ecologia Humana –analisando como as pessoas reagem ao ambiente. “Desde que me entendo por gente, sou fascinada com o ‘porquê de as pessoas fazerem o que fazem'”, diz

Mas isso não é apenas objeto de estudo, e sim algo com que ela convive todos os dias. Por causa de seu filho Paris. Quando tinha 13 anos, o adolescente esfaqueou a irmã de quatro anos, Ella, até a morte. Ele está preso há 11 anos e pode ficar na cadeia até os 50 anos de idade.

Mas como lidar com uma tragédia como essas? Como uma mãe pode entender que seu filho é sociopata? E o amor incondicional ainda pode ser possível em uma situação tão terrível?

O início dessa história
Quando estava na faculdade, Charity descobriu que ficar sóbria não era fácil. “Eu estava infeliz. Todo mundo ficava me dizendo ‘Se você ficar sóbria, a vida vai ser muito melhor’. E ela não era, não era de jeito nenhum! Porque toda a dor que eu estava encobrindo com as drogas estava saindo para a superfície.”

Depois de ficar “limpa” e infeliz por quase um ano, Charity se deu três meses para tomar uma decisão. “Eu sei que isso é um pensamento adolescente, mas decidi que, se não estivesse feliz até lá, acabou. Já chega de viver essa vida.”

Então Charity descobriu que estava grávida, “e isso mudou tudo”.

“Acho que nunca amei alguém tão intensamente quanto aquela criança crescendo em mim.” Charity batizou o bebê com o nome do mitológico príncipe grego Paris. As coisas não se tornaram perfeitas da noite para o dia, mas ser mãe a motivou a viver uma vida melhor – por seu filho.

Nove anos depois, ela engravidou novamente. Desta vez teve uma menina, Ella. Ella também era um bebê que não dava muito trabalho. “A maior diferença entre eles era que Paris era mais introvertido e tímido, enquanto Ella era uma pimentinha, muito agitada! Era extrovertida, teimosa e determinada.”

Eles dois se davam bem. “Paris parecia realmente amar muito Ella. E Ella adorava Paris.”

Sem motivo para preocupação
“Paris era um bom menino, era muito calmo a maior parte do tempo. Tinha seus momentos, como toda criança, mas não posso dizer que fosse algo que me causasse grande preocupação.” Charity é categórica sobre nunca ter se preocupado em relação a ele naquela época.

“Quero dizer, olhando para trás, algumas coisas que ele fez podem ter sido sinais de alerta, mas no momento em que acontecem você pensa: ‘Tudo bem, isso é coisa de criança’.” Mas nem tudo era um mar de rosas.

Charity tinha conseguido se manter longe das drogas por muitos anos, mas não estava livre das garras do vício. Por um período de seis meses, ela teve uma recaída com cocaína quando Paris estava com 12 anos e Ella, com três.

“Foi um período realmente muito difícil. Eu não deixava de cuidar das crianças, mas obviamente estava tendo problemas e estava alterada. Paris assumiu a responsabilidade e cuidou mais de Ella.” Charity diz que ainda estava funcionando como mãe, mas era difícil para o filho perceber que os pais são “falíveis, humanos e cometem erros”.

“Acho que foi muito devastador para Paris.” Enquanto a filha tentava consolá-la com um abraço, “ele ficava muito zangado comigo”.

Tempos difíceis
As crianças pareciam se dar bem, mas um incidente na fazenda da mãe de Charity mostrou um lado diferente de Paris. Ele e a irmã estavam brincando do lado de fora com uma parente e tiveram uma discussão boba, que acabou se agravando.

Enquanto Charity acalmava as garotas, Paris pegou uma faca na cozinha e fugiu. Quando ela o encontrou, ele estava agitado, irritado, soluçando e fazendo ameaças. “A reação dele foi completamente desproporcional… ele disse que ia se machucar se eu me aproximasse.”

Ele ficou no hospital por mais de uma semana, mas nenhum médico disse o que poderia haver de errado com ele. Então Charity o levou para casa.

“Muita gente pode dizer: ‘Isso era um indicativo de que ele estava fadado a ser violento’, mas não era assim que eu via na época. Eu sabia que Paris estava chateado com a minha recaída e com o que eu tinha feito com a nossa família.” Charity ficou “limpa” novamente e a vida voltou ao normal. O ano era 2005.

4 de fevereiro de 2007
“Eu não posso negar que esse fim de semana foi estressante”. Houve discussões. Charity havia voltando a estudar e estava trabalhando meio período como garçonete. Assim, passava menos tempo em casa.

Quando ela saiu para o trabalho naquele dia, o clima em casa estava tenso – mas não é incomum para um adolescente ficar irritado com os pais.

Charity se lembra de ter se despedido das crianças quando a babá chegou.

“Ella era uma criança muito tranquila, não tinha nenhum tipo de ansiedade com separação, mas naquele dia em particular ficou dizendo: ‘Só mais um abraço, mamãe, só mais um beijo’. Ela disse isso várias vezes, e eu estava atrasada para o trabalho.”

Charity também deu um abraço em Paris e disse a ele: “Você sabe que eu te amo. Nós passamos por coisas bem piores que isso e vamos superar isso também”. Ela então saiu para trabalhar.

“Pouco depois da meia-noite, quando estávamos fechando o restaurante, a polícia veio até a porta e disse: ‘Charity, precisamos conversar com você. Sua filha foi ferida’.”

Os agentes disseram que ela estava em casa, mas Charity não entendia por que não a tinham levado ao hospital se ela estava ferida.

Então um deles disse: “Ella está morta”.

“Aquilo foi praticamente o fim da vida como eu conhecia”, lembra Charity. Ela desmaiou. Quando acordou, perguntou: “Onde está Paris? Ele está bem?”

“Sim, ele está bem. Ele está conosco.”

“O que você quer dizer com ‘ele está com vocês?'”

E foi quando contaram a ela – Paris havia matado a irmã. “E aí tudo parou de fazer sentido.”

O que aconteceu naquele dia
Paris tinha convencido a babá a ir para casa antes do retorno da mãe. Ele então entrou no quarto de Ella, bateu nela, a sufocou e a feriu 17 vezes com uma faca de cozinha. Paris então ligou para um amigo e conversou com ele durante seis minutos antes de telefonar para o 911, o número de emergência local.

Eles ensinaram como deveria fazer os primeiros socorros na irmã e ele disse que estava tentando. Mas evidências posteriores mostraram que ele não fez qualquer tentativa de ressuscitar Ella.

“Eu digo às pessoas que, quando ouvi que Ella estava morta, me quebrei em um bilhão de pedaços”, diz Charity.

“Quando descobri que havia sido Paris… foi como se alguém tivesse pegado esses pedaços e quebrado tudo de novo.”

No final daquela noite, Charity se sentiu destruída. “Eu não achava que conseguiria me recompor, sabe? Eu só queria morrer… Mas eu não podia. Eu tinha Paris.”

‘O que você vai fazer agora?
No dia seguinte, Charity foi ver Paris. “Ele não disse nada no início.”

“Eu estava destruída. Não conseguia me acalmar, mas quando finalmente me deixaram naquela sala, a primeira coisa que senti foi: ‘Estou tão feliz de ver meu filho'”.

“Eu simplesmente abracei ele, com tudo o que eu tinha. Eu estava chorando, sentindo ele. Eu precisava saber que ele estava realmente lá, que estava bem…mas então comecei a perceber que ele não estava me abraçando de volta “.

“Ele não estava demonstrando sentimento.” Charity diz que ele parecia estar apenas com o corpo presente.

Ela deu um passo para trás e olhou para ele: “Eu não vi nada lá. Na cara dele, nos olhos… nada!”

“Nós nos sentamos, ele me olhou e disse: ‘O que você vai fazer agora?'”

“O que você quer dizer?”, perguntou Charity.

“Você sempre dizia que se alguém machucasse seus filhos você seria capaz de matar essa pessoa — então o que você vai fazer agora?”, perguntou ele.

“Ele não estava me perguntando como se estivesse com medo. Era como se estivesse me desafiando.”

“Foi a primeira vez que vi que havia alguma coisa a mais em Paris. Eu sabia que ele tinha raiva, mas aquilo não era apenas raiva. Aquilo era sombrio.”

Amor incondicional
Paris havia dito à polícia que estava dormindo, acordou e viu que Ella era um demônio em chamas. Então ele pegou uma faca e tentou matar o “demônio”.

Nos primeiros três meses, Charity realmente queria acreditar em Paris. Ela queria acreditar que o filho estava doente. “E ele estava, mas eu queria acreditar que ele estava doente de um jeito diferente.”

“Eu olhei para ele e disse: ‘Eu prometo a você agora a mesma coisa que prometi no dia em que você nasceu. Eu realmente não sei como ser sua mãe, mas serei sua mãe da melhor forma que puder e vou te amar não importa o que aconteça.”

“Eu queria que Paris soubesse que meu amor era incondicional.” O garoto não esboçou reação durante muito tempo. E, quando reagiu, foi assustador.

Conhecendo o verdadeiro Paris
“Depois que Paris cometeu o assassinato, ele decidiu tirar a máscara. Ele não estava mais fingindo que essa parte dele não existia. Ele abraçou seu lado obscuro.”

O comportamento dele se transformou depois que foi preso. Ele se tornou mais violento, e novas evidências foram descobertas: seu perturbador histórico de buscas na internet e os detalhes horríveis de como matou Ella.

Em 2007, Paris recebeu uma sentença de 40 anos de prisão pelo assassinato, e Charity aceitou que aquilo não havia sido um acidente ou o resultado de uma psicose temporária — o jovem realmente quis matar a irmã.

Os pensamentos de Charity foram de “meu Deus, quem é essa criança?” até perceber “quem ele realmente era, que ele era 100% capaz de fazer o que fez. Eu acho que chorei sem parar durante meses”.

Ela perdeu 15kg em 13 dias, desenvolveu gagueira…ficou arrasada.

Charity se lembra de quando conversou com o filho durante uma visita e implorou a ele: “Paris, me faça entender. Estou tentando tanto entender, para poder te ajudar”.

Mas, em vez de falar, “ele simplesmente me olhou e começou a rir. Foi uma risada realmente maldosa. E depois ele disse: ‘Você sabe mãe, todos vocês sabem, você foi muito estúpida. Todos esses anos, todos me achando inteligente, bonito e artístico… vocês estavam todos errados’.

“Ele não era mais Paris.”

Por que Charity ainda visita o filho
Muitos amigos disseram a Charity que não conseguiam entender por que ou como ela ainda visitava Paris, “mas eu nunca, nunca, deixei de amar meu filho”.

Havia passado nove meses desde o assassinato de Ella até o momento em que Paris foi condenado. “Essa é provavelmente a experiência mais surreal e desconexa pela qual passei na minha vida. É mais dolorosa do que qualquer coisa que eu já vivi depois que me tornei adulta”.

Quando Charity disse ao filho que seu amor era incondicional, ela o fez com convicção — mas isso não significa que não tivesse medo. Porque não era só o que Paris havia feito, mas o que tinha planejado fazer: matá-la também.

“Parte da razão de ele ter me deixado viver é que, depois que matou Ella, percebeu que eu sofreria mais se ficasse viva.”

“Se ele me matasse, eu sofreria por 15 ou 20 minutos. Mas depois tudo estaria acabado, eu ainda estaria com Ella e ele estaria sozinho.” Charity sabe de tudo isso, porque ouviu do próprio Paris quando ele completou 15 anos.

PARIS NA PRISÃO 

Sendo julgada
Não foi só com o medo que passou a sentir do filho que Charity teve de lidar. Ela também teve que enfrentar julgamentos da sociedade: “Quando uma criança faz algo horrível, a mãe é sempre culpada”. Charity recebeu muitas palavras duras, insultos e ameaças de alguns de seus amigos e de conhecidos.

Ela não se esquece do dia em que foi abordada no supermercado e ouviu: “Você é a mulher que criou aquele menino que assassinou a irmã”.

Charity já culpou a si mesma? “Sim e não. Sei que minha recaída contribuiu para deixar Paris com raiva. Mas também acredito fortemente que grande parte do que motiva sua personalidade é genética.”

Mas ela não o absolve da culpa:

“Eu ainda acredito que ele poderia ter feito uma escolha diferente. Todos nós temos a capacidade de fazer escolhas diferentes. Teria sido outra coisa se Paris sofresse de esquizofrenia ou de um terrível transtorno e tivesse sido verdadeiramente incapaz de fazer uma escolha diferente ou melhor”.

“Mas esse não é o tipo de transtorno que ele tem: ele é muito frio, muito calculista, muito inteligente…(matar a irmã) não foi uma decisão por impulso. Ele me disse que escolheu conscientemente Ella porque sabia que isso causaria um dano maior.”

“O garoto é um sociopata, sem dúvida.”

Uma gaveta vazia
Sociopata é o termo usado para designar pessoas com uma forma extrema de transtorno de personalidade antissocial.

Não se sabe ao certo por que algumas pessoas desenvolvem esse transtorno, mas acredita-se que tanto a genética quanto experiências traumáticas da infância contribuam.

Este é um diagnóstico que Paris continuou recebendo. Mas levou uns bons três anos até Charity conseguir aceitá-lo.

“Os elementos mais marcantes (que vejo) são o desprezo pelas normas e regras sociais e uma completa falta de remorso – eles não são fisiologicamente capazes de sentir os instintos ou reações que a maioria de nós tem. Todas as suas emoções são extremamente superficiais”, descreve ela.

“E então você junta isso com narcisismo. Isso torna a pessoa extremamente desagradável a maior parte do tempo.”

“Ele diz: ‘Eu sei que em algum lugar dentro de mim deve haver uma gaveta que eu posso abrir; e toda a culpa, remorso e angústia sobre o que fiz com Ella deveria estar lá. Mas quando eu abro a gaveta, não tem nada lá dentro. Eu apenas esqueci’. Ele simplesmente não sente isso”.
Mas como é ser mãe de um sociopata?
“Quando você aceita algo, você ganha uma sensação de serenidade. Eu não estou totalmente em paz com o fato de meu filho ser um sociopata, mas parei de lutar contra essa ideia.”

“Em vez de fazer isso, eu me concentro mais na ideia de que sei quem eu sou. Eu sei que não criei meu filho desse jeito, mas não vou dar as costas a ele por ele ser do jeito que é.”

Para ajudar os outros a entenderem, Charity usa a mesma analogia que a ajudou a lidar com a condição do filho. “Paris é um predador, completamente”, como um tubarão, diz ela.

“Se eu sou um surfista na prancha e um tubarão morde minha perna, eu vou me machucar e minha vida nunca mais será a mesma. Mas eu não vou passar o resto da minha vida odiando o tubarão por ser um tubarão.”

Renascendo das cinzas
Esse pensamento também ajudou Charity a seguir em frente. “Tudo o que eu posso fazer agora é lidar com o tubarão com muito cuidado e ensinar outras pessoas sobre os tubarões.”

Charity criou uma fundação chamada ELLA, onde as letras do nome da filha também significam, em inglês, Empatia, Amor, Lições e Ação.

A ELLA Foundation (charity@ellafound.org) tem como objetivo ajudar vítimas de crimes violentos, bem como aqueles afetados por doenças mentais ou pelo sistema criminal.

Em 2013, seis anos após o assassinato de Ella, Charity teve outro filho.

Um menino que ela chamou de Phoenix, porque “a fênix renasce das cinzas de sua própria destruição. Eu achei que seria perfeito”.

“O que aconteceu com Paris, Ella e eu, não é tudo o que eu sou. Agora eu tenho uma vida com Phoenix, e eu amo a vida de novo.”

Paris ainda está na prisão no Texas e tem quase 25 anos de idade. Ele pode ser libertado em 2047, quando terá 50 anos.

Charity continuou visitando e conversando com ele ao telefone, mas sua futura liberação causa apreensão.

“Eu não gosto da ideia, mas principalmente por causa do medo. Ele não vai mudar. Ele não mudou muito desde os 13 anos de idade.”

Ela está preocupada com a segurança de Phoenix.

“Espero que Paris tenha que cumprir o máximo possível de sua sentença, porque quero garantir que Phoenix tenha o máximo de tempo possível – e a capacidade de crescer o mais forte possível – considerando a possibilidade, mesmo se remota, de Paris pensar em fazer algo assim com a gente novamente”.

BBC World News
Charity Lee foi entrevistada por Emily Webb para o programa de rádio Outlook, da BBC World Service.


História trágica da família virou documentário:

https://youtu.be/1OfzdJ0vZX8





sábado, 23 de janeiro de 2016

CONHEÇA AS 62 PESSOAS QUE DETÊM A MESMA RIQUEZA DE METADE DA POPULAÇÃO DO MUNDO




Na lista abaixo dos 62 nomes sendo 48,39% de toda riqueza do planeta está concentrada nos EUA. O país mais potente em todos os sentidos, armamento, poluição ambiental e agente da desigualdade mundial, etc com seu sistema econômico capitalista. 


Analisem das 62 pessoas mais ricas do planeta 30 são americanas. É difícil imaginar que essas 62 pessoas que cabe em uma sala detém 50% de TODA RIQUEZA MUNDIAL. Ou seja, analisando 1/4 de tudo que produz e dá dinheiro está no EUA. Isto não é bom!! 

A desigualdade social é extrema. O Papa Francisco tem nos advertido inúmeras vezes que este sistema como é não pode ser... não é possível a humanidade aguentar ou suportar tantas desigualdades na distribuição das riquezas (riquezas monetárias ou naturais). Este sistema capitalista que vivemos terá que algum dia ser modificado e priorizar mais o social do que o capital. O meio ambiente (riqueza natural) já está começando a cobrar a conta, pois com ele não tem como discutir ideologia política (capital x social ou direita x esquerda).

Ps. Eu quando falo social é no sentido de sociedade-pessoa-fraternidade-desigualdade e não socialismo (sistema político que também é corrompido que traz desigualdades e principalmente falta de liberdade e transparência). É preciso misturar os dois. Temos que encontrar um novo sistema econômico mais humanizado. Roberta Carrilho 


DESIGUALDADE: 
62 pessoas têm o mesmo dinheiro que metade mais pobre da população mundial


As 62 pessoas mais ricas do mundo (53 homens e nove mulheres) têm tanto capital quanto a metade mais pobre da população mundial, algo em torno de 3,6 bilhões de pessoas.

O dado chocante foi divulgado nesta segunda-feira (18) pela ONG britânica Oxfam. A descoberta mostra um crescimento galopante da desigualdade no mundo: há cinco anos, a riqueza de 388 pessoas era equiparada à metade mais pobre do mundo. 

"O fosso entre a parcela dos mais ricos e o resto da população aumentou de forma dramática nos últimos 12 meses", diz relatório.


A divulgação dos dados, dois dias antes do início do Fórum Econômico Mundial de Davos também não é coincidência: a Oxfam pede a ação dos países em relação a essa realidade e o Fórum, onde se encontram líderes políticos e representantes das empresas mais influentes do mundo pode ser o campo ideal para o começo da mudança.

Para combater o crescimento das desigualdades, a Oxfam recomenda o fim da "era dos paraísos fiscais", acrescentando que nove em dez empresas que figuram entre "os sócios estratégicos" do Fórum Econômico Mundial de Davos "estão presentes em pelo menos um paraíso fiscal".

A Oxfam afirma que acabar com os paraísos fiscais fará com que governos tenham mais recursos para combater a pobreza e a desigualdade. 

Além disso, a organização defende mais duas abordagens: maiores investimentos em serviços públicos e salários mais altos àqueles mal remunerados.



"Devemos abordar os governos, as empresas e as elites econômicas presentes em Davos para que se empenhem a fim de acabar com esta era de paraísos fiscais, que alimenta as desigualdades globais", diz Winnie Byanyima, diretor-geral da Oxfam International, que estará em Davos.

Líderes proeminentes como o papa Francisco e Christine Lagarde, diretora do FMI, já pediram por ações que revertam o curso da desigualdade, mas, segundo a Oxfam, os discursos não tem se revertido em ações. Tanto que a previsão da organização, que o 1% mais rico da população superaria os 99% restantes em termos de receitas no ano de 2016 se concretizou um ano antes do esperado.




REVISTA FORBES 21/01/16



1- Bill Gates - EUA - US$ 79,2 bilhões *
2- Carlos Slim Helu - México - US$ 77,1 bilhões
3- Warren Buffett - EUA - US$ 72,7 bilhões *
4- Amancio Ortega - Espanha - US$ 64,5 bilhões
5- Larry Ellison - EUA - US$ 54,3 bilhões *
6- Charles Koch - EUA - US$ 42,9 bilhões *
7- David Koch - EUA - US$ 42,9 bilhões *
8- Christy Walton - EUA - US$ 41,7 bilhões *
9- Jim Walton - EUA - US$ 40,6 bilhões *
10- Liliane Bettencourt - França - US$ 40,1 bilhões
11- Alice Walton - EUA - US$ 39,4 bilhões *
12- S. Robson Walton - EUA - US$ 39,1 bilhões *
13- Bernard Arnault - França - US$ 37,2 bilhões
14- Michael Bloomberg - EUA - US$ 35,5 bilhões *
15- Jeff Bezos - EUA - US$ 34,8 bilhões *
16- Mark Zuckerberg - EUA - US$ 33,4 bilhões *
17- Li Ka-shing - Hong Kong - US$ 33,3 bilhões
18- Sheldon Adelson - EUA - US$ 31,4 bilhões *
19- Larry Page - EUA - US$ 29,7 bilhões *
20- Sergey Brin - EUA - US$ 29,2 bilhões *
21- Georg Schaeffler - Alemanha - US$ 26,9 bilhões
22- Forrest Mars Jr. - EUA - US$ 26,6 bilhões *
23- Jacqueline Mars - EUA - US$ 26,6 bilhões *
24- John Mars - EUA - US$ 26,6 bilhões *
25- David Thomson - Canadá - US$ 25,5 bilhões
26- Jorge Paulo Lemann - Brasil - US$ 25 bilhões
27- Lee Shau Kee - Hong Kong - US$ 24,8 bilhões
28- Stefan Persson - Suécia - US$ 24,5 bilhões
29- George Soros - EUA - US$ 24,2 bilhões *
30- Wang Jianlin - China - US$ 24,2 bilhões
31- Carl Icahn - EUA - US$ 23,5 bilhões *
32- Maria Franca Fissolo - Itália - US$ 23,4 bilhões
33- Jack Ma - China - US$ 22,7 bilhões
34- Prince Alwaleed bin Talal Alsaud - Arábia Saudita - US$ 22,6 bilhões
35- Steve Ballmer - EUA - US$ 21,5 bilhões * 
36- Phil Knight - EUA - US$ 21,5 bilhões *
37- Beate Heister & Karl Albrecht Jr. - Alemanha - US$ 21,3 bilhões
38- Li Hejun - China - US$ 21,1 bilhões
39- Mukesh Ambani - Índia - US$ 21 bilhões
40- Leonardo Del Vecchio - Itália - US$ 20,4 bilhões
41- Len Blavatnik - EUA - US$ 20,2 bilhões * 
42- Tadashi Yanai - Japão - US$ 20,2 bilhões
43- Charles Ergen - EUA - US$ 20,1 bilhões *
44- Dilip Shanghvi - Índia - US$ 20 bilhões
45- Laurene Powell Jobs - EUA - US$ 19,5 bilhões *
46- Dieter Schwarz - Alemanha - US$ 19,4 bilhões
47- Michael Dell - EUA - US$ 19,2 bilhões *
48- Azim Premji - Índia - US$ 19,1 bilhões
49- Theo Albrecht Jr. - Alemanha - US$ 19 bilhões
50- Michael Otto - Alemanha - US$ 18,1 bilhões
51- Paul Allen - EUA - US$ 17,5 bilhões *
52- Joseph Safra - Brasil - US$ 17,3 bilhões *
53- Anne Cox Chambers - EUA - US$ 17 bilhões *
54- Susanne Klatten - Alemanha - US$ 16,8 bilhões
55- Pallonji Mistry - Irlanda - US$ 16,3 bilhões
56- Ma Huateng - China - US$ 16,1 bilhões
57- Patrick Drahi - França - US$ 16 bilhões
58- Thomas & Raymond Kwok - Hong Kong - US$ 15,9 bilhões
59- Stefan Quandt - Alemanha - US$ 15,6 bilhões
60- Ray Dalio - EUA - US$ 15,4 bilhões *
61- Vladimir Potanin - Rússia - US$ 15,4 bilhões
62- Serge Dassault - França - US$ 15,3 bilhões



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

HOJE VOU APRESENTAR MEU GENRO ANTHONY BUSHMAN namorado da minha filha mais velha Maria Tereza Carrilho


Hoje vou apresentar meu GENRO! 


✿*´*✿
ღ(•‿•)ღ 
   .._/█\_ ..♡ 



Dá para acreditar nisto? Eu adorei... Lindo, culto, graduado em Engenharia, trabalhador, simpático e está fazendo muito bem para minha filha, Maite Carrilho. Eu abençoo este relacionamento como mãe dela e quero e vou ser a MELHOR SOGRA DO MUNDO para o ANTHONY BUSHMAN. 


Até o nome dele é lindo!!! Lindo casal!!!!! Meu Genro é americano e tem o mesmo estilo dela ... são afins!

Tenho a intuição e pressentimento que eles ficarão juntos e serão felizes!Eu nunca senti isso antes... estranho! Mas estou curtindo isso.

Coisas de mãe, vai saber?

Today I will present boyfriend of my daughter! 



Can you believe it? I loved it ... Beautiful, cultured, friendly and is doing very well for my daughter, Maite Carrilho. I bless this relationship as her mother and I and I will be the BEST MOTHER-IN-THE WORLD for ANTHONY BUSHMAN. Even his name is beautiful !!! Lovely couple !!!!!



Roberta Carrilho/2014


Clube do Estrela do Oeste Clube - EOC em Divinópolis/MG - Brasil 





ANTHONY's Back ... 

Wow it is even more beautiful with this long hair and beard! More man seems to me. Amazing how generous time was withhim. In fact, with both, because my daughter Maria Tereza also more beautiful, more woman with time. 

ANTHONY BUSHMAN - 31/10/2018 


My Beatiful son-in-law I'm happy, with this news that you two are still together even you traveling the world for work! Welcome Anthony Bushman back to Brazil and I sincerely, hope that you and my dayghter, Maria Tereza, can be together and give me beautiful grandchildren. At least 3 (three)... 

Imagine? Two beautiful can only be born beautiful children... Whatever God decides and wants... I as motherand future grandmother wish that it be you Anthony andthat my daughter and her children can live far from Brazil with dignity, complicity, true love and respect. 



Be happy are my vows! 
Roberta Carrilho-Divinópolis/MG 


Maria Tereza Carrilho - outubro/2018 

Maria Tereza Carrilho - outubro/2018 

Maria Tereza Carrilho - outubro/2018 

Maria Tereza Carrilho - outubro/2018 

Maria Tereza Carrilho - 2017 

Maria Tereza Carrilho - 2017 

Maria Tereza Carrilho - 2017 

Maria Tereza Carrilho - 2017 

Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 

Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 

Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 

Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 

Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 

Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 



Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 

Maria Tereza Carrilho - Ensaio Fotográfico - Rio de Janeiro / outubro 2018 


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Impressionante como ela se parece hoje comigo quando moça. Quem me conheceu pode confirmar. Estou um pouco assustada com esta semelhança.
Impressive as she looks like me today as a young woman. Anyone who knew me can confirm. I'm a little scared by this resemblance. 


Instagram para contato comercial @maitecarrilho
ou pelo Facebook Maria Tereza Carrilho