segunda-feira, 15 de agosto de 2022

SÓ QUEM VIVE BEM SÓ É CAPAZ DE VIVER A DOIS por Flávio Gikovate


“Quanto mais bem constituído e amadurecido for o individuo, mais competente ele estará para viver relações de boa qualidade. A relação afetiva de boa qualidade é um subproduto do próprio crescimento individual.”

“Quanto mais bem constituído e amadurecido emocionalmente for o indivíduo, mais competente ele estará para viver um relacionamento afetivo de boa qualidade. Podemos dizer que relação afetiva de boa qualidade é um subproduto do próprio crescimento individual, sendo este, curiosamente, também o ingrediente necessário para que possamos viver bem sozinhos, o que não tem nada de contraditório, porque, como já dito, quem pode viver bem sozinho estará em condições para viver relações amorosas de boa qualidade (quem pode viver bem sozinho nem sequer irá querer relações amorosas de má qualidade).

Existem três estados civis: mal casado, solteiro e bem casado. O solteiro é hierarquicamente superior ao mal casado – este último tolera qualquer coisa por não aguentar ficar sozinho. Já a pessoa que tem sua individualidade bem constituída, que fica melhor consigo mesma e que encontrou razoável harmonia em si tem menos medo de que o amor venha a ofender e/ou ameaçar a sua individualidade, já que esta não está mais em questão, ou seja, não há risco de perda da individualidade porque ela já se estabelecera.

Além disso, nos encontros amorosos de grande intensidade as afinidades predominam, de modo que o risco de ofensa à individualidade é menor, porque a individualidade é muito mais prejudicada nos casos em que temos que nos adequar a uma pessoa muito diferente da gente. Portanto, as afinidades garantem uma menor ofensa à individualidade. A constituição de uma boa identidade, um crescimento e amadurecimento emocionais definem uma boa identidade pessoal que garante uma relação afetiva sem grandes ameaças”.

Cientista afirma: casar é melhor do que só morar junto!

"Casar é melhor do que morar junto"! E não foi uma noiva romântica que ama festas de casamento que chegou à esta bela conclusão! A pesquisa que confirma que dizer o "sim, aceito" é melhor do que simplesmente "juntar as escovas de dente" foi feita pela equipe do diretor do Laboratório de Neurociência Afetiva da Universidade de Virgínia, professor James A. Coan, que leva mais de 20 anos estudando os relacionamentos humanos.

Seu interesse se centralizou no chamado “efeito de coabitação”. Segundo a pesquisa, os casais que apenas vão morar “sob o mesmo teto” quando comparados com os “casados de papel passado”, não são tão estáveis emocionalmente. Ainda afirma que os mesmos, se algum dia chegam a oficializar a união, estão mais propensos ao divórcio.

O estudo contou com 54 casais, 27 casados no papel e 27 apenas convivendo sob o mesmo teto e funcionou da seguinte maneira:

Um membro do casal deitava dentro de um aparelho de ressonância magnética e já dentro, era informado da probabilidade de receber um choque no tornozelo – o objetivo era gerar medo e/ou tensão nos voluntários. Aviso feito, eles podiam escolher entre dar a mão ao parceiro, a um desconhecido ou a ninguém.

Resultados

Os casados, quando entrelaçavam as mãos com os seus maridos/esposas, sofriam a desaceleração imediata do hipotálamo (parte do cérebro que exerce uma função fundamental na identificação das emoções e das nossas reações às ameaças externas), gerando muito mais confiança e tranquilidade, do que entre os que só moravam juntos.

Segundo Coan, existe um efeito regulador fortíssimo e previsível entre os casados e nenhum efeito nos casais que só coabitam. Os “juntados“, salvo raras exceções, não tiveram a mesma reação no hipotálamo, a possibilidade do choque gerou neles tanto nervosismo e ansiedade, como se estivessem sozinhos. A resposta à esta reação, segundo o cientista, é que os casais que moram juntos confiam menos um no outro.

“Não casar significa manter um pouco de distância emocional. Imagino que funcione como um sinal para o cérebro dizendo que você não pode passar o seu stress ao companheiro”, explica o pesquisador.

Portanto, casar no papel pode ser a resposta para sentir essa segurança tão gostosa que só sente quem sabe que tem com quem contar. Além disso, casar com festa, nem que seja um mini wedding com as pessoas mais especiais é sempre uma alegria!

Escolher um lugar especial, uma decoração, o traje, tudo isso é parte de um ritual muito gostoso e emocionante! Por que não? E com tantas opções de lugares para casamento, com certeza você vai encontrar um local ideal para sua celebração! E se você ainda não mora junto com seu amor confira 28 realidades que os casais só descobrem quando vão morar juntos e divirta-se!




Flávio Gikovate nasceu em 1943 e publicou 34 livros. Psiquiatra, dedicou-se à psicoterapia e tornou-se um dos mais conceituados e reconhecidos psicoterapeutas brasileiros. Para conhecer diversos livros do autor, clique AQUI.

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