Fé dirigida torna todo o pensamento palpitante de poder. Você pode erguer-se a alturas ilimitadas, impelido pela força ascendente de sua poderosa e nova autoconfiança.
A FÉ É O QUÍMICO-CHEFE da mente. Quando a fé se une ao pensamento, o subconsciente apanha imediatamente a vibração, traduzindo no seu equivalente espiritual e transmitindo-a à Inteligência Infinita, como no caso da oração.
As emoções da fé, do amor e do sexo são as mais poderosas de todas as principais emoções positivas. Quando as três se unem, tem o efeito de “colorir” o pensamento de tal maneira que alcança, instantaneamente, o subconsciente, onde se transforma em seu equivalente espiritual, única forma que induz a reação da Inteligência Infinita.
A FÉ AGUARDA QUE VOCÊ A ENCONTRE
Segue-se agora uma declaração que lhe dará melhor compreensão da importância que o princípio da auto-sugestão assume na transformação do desejo em seu equivalente físico ou monetário; como se sabe, a fé é um estado de espírito que pode ser induzido ou criado, por afirmação ou instruções repetidas ao subconsciente, através do princípio da auto-sugestão.
Como exemplo, considere o propósito pelo qual você está, presumivelmente, lendo este livro. O objetivo é, naturalmente, adquirir a capacidade de transformar o intangível impulso do pensamento do desejo em seu correlato físico, o dinheiro. Seguindo as instruções dadas no capítulo da auto-sugestão, e nos do subconsciente, resumidos naquele capítulo: – você poderá convencer o subconsciente de que acredita que receberá o que deseja; isso agirá sobre o que você acredita, de modo que o subconsciente o devolverá em forma de “fé”, seguida de planos definidos para procurar o que deseja.
A fé é um estado de espírito, que pode ser desenvolvido à vontade, depois de dominados os treze princípios, pois é um estado de espírito que se desenvolve voluntariamente, através da aplicação e uso desses princípios.
A repetição da afirmação de ordens ao subconsciente é o único método conhecido de desenvolvimento voluntário da emoção da fé.
Talvez o sentido se torne mais claro através da seguinte explicação, quanto à maneira dos homens se tomarem, às vezes, criminosos. Nas palavras de famosos criminologistas: – “Quando o homem entra em contato, pela primeira vez, com o crime, tem-lhe horror. Se se mantêm em contato com o crime por algum tempo, acostuma-se a ele e aguenta-o. Se ficar muito tempo em contato com o crime, acaba abraçando-o e se toma influenciado por ele.”
Isso equivale a dizer que qualquer impulso do pensamento, que se transmite repetidamente ao subconsciente, é afinal, aceito e operado pelo subconsciente, que começa a traduzir o impulso para seu equivalente físico, pelo processo mais prático que pode obter.
Ligado a isso, considere novamente a declaração: todos os pensamentos emocionalizados (aos quais se deu sentimento) e misturados à fé, começam, imediatamente, a traduzir-se em seu equivalente físico ou cópia.
As emoções, ou a parte de “sentimento” dos pensamentos, são os fatores que dão a esses vitalidade, vida e ação. As emoções de fé, amor e sexo, quando misturadas a qualquer impulso de pensamento, dão-lhe ação maior que qualquer dessas emoções, por si só.
Não apenas impulso de pensamento misturados à fé, mas os misturados com qualquer emoção positiva, ou qualquer emoção negativa, podem alcançar e influenciar o subconsciente.
NÃO EXISTE O AZAR
Compreender-se-á, dessa declaração, que a subconsciente traduzirá para o equivalente físico, os impulsos de pensamento de natureza negativa ou destrutiva, com a mesma prontidão com que agirá sobre os impulsos de natureza positiva ou construtiva. Isso explica o estranho fenômeno que milhões de pessoas experimentam e ao qual se referem como “má sorte” ou “azar”.
Há milhões de pessoas que se creem “condenadas” à pobreza ou ao fracasso, por alguma força estranha, sobre a qual acreditam não ter controle. São os criadores de sua própria “má sorte”, par causa dessa crença negativa, que, apanhada pelo subconsciente, é traduzida para seu equivalente físico.
Eis um lugar apropriado para sugerir, novamente, que você pode beneficiar-se, transmitindo ao subconsciente qualquer desejo que quiser ver traduzido em seu equivalente físico ou monetário, num estado de expectativa ou de crença de que a transmutação terá lugar. Sua crença ou fé é o elemento que determina a ação do subconsciente. Nada pode impedi-lo de “enganar” o subconsciente, ao dar-lhe instruções, através da auto-sugestão, como eu enganei o subconsciente de meu filho.
Para tornar o “engano” mais real, aja como se já estivesse de posse da coisa material que está exigindo, ao dirigir-se ao subconsciente.
O subconsciente transformará em seu equivalente físico, pelos meios mais diretos e práticos existentes, qualquer ordem dada com fé, ou crença em que essa ordem será executada.
Certamente muita coisa já foi dita para dar um ponto de partida do qual, através de experiência e prática, se possa adquirir a capacidade de unir a fé com qualquer ordem dada ao subconsciente. A perfeição advirá pela prática. Não pode vir apenas pela leitura de instruções.
É essencial que você estimule as emoções positivas como forças dominantes da mente, desanimando e eliminando as emoções negativas.
A mente dominada por emoções positivas torna-se abrigo favorável ao estado mental conhecido por fé. A mente, assim dominada, pode, à vontade, dar instruções ao subconsciente, que serão imediatamente aceitas e seguidas.
A FÉ DÁ PODER AO PESAMENTO
Em todas as épocas, os religiosos advertiram a humanidade lutadora da necessidade de “ter fé”, neste ou naquele dogma, nesta ou naquela crença, mas esqueceram de explicar como ter fé. Não afirmaram que a “Fé é um estado de espírito, que pode ser induzido pela auto-sugestão.”
Em linguagem acessível a todo o ser humano, descreveremos tudo o que se conhece sobre o princípio pelo qual a fé pode ser desenvolvida, onde ainda não existe.
Tenha fé em si mesmo; fé no Infinito.
Fé é o “elixir eterno” que dá vida, poder e ação ao impulso do pensamento!
Fé é o ponto de partida de todo o acumulo de riquezas!
Fé é a base de todos os “milagres” e todos os mistérios que não podem ser analisados pelas regras da ciência!
Fé é o único antídoto do fracasso!
Fé é o elemento, a “substância química” que, misturada à oração, permite comunicação direta com a Inteligência Infinita.
Fé é o elemento que transforma a vibração comum do pensamento, criada pela mente finita do homem, em seu equivalente espiritual.
Fé é o único instrumento através do qual a força cósmica da Inteligência Infinita pode ser dominada e usada pelo homem.
PENSAMENTOS QUE DOMINAM SUA MENTE
A prova é simples e fácil de demonstrar. Está envolta no princípio da auto-sugestão. Concentremos, pois, a atenção sobre o assunto da auto-sugestão, descobrindo o que é e o que é capaz de conseguir.
A prova é simples e fácil de demonstrar. Está envolta no princípio da auto-sugestão. Concentremos, pois, a atenção sobre o assunto da auto-sugestão, descobrindo o que é e o que é capaz de conseguir.
É fato sobejamente conhecido que se chega a acreditar o que quer que a gente repita a si mesmo, seja a afirmação verdadeira ou falsa. Se o homem repetir sempre a mentira, acabam por aceitá-la como verdade. Além disso, acreditará tratar-se da verdade. Todo homem é o que é pelos pensamentos dominantes que permite a sua mente abrigar. Pensamentos que coloca, deliberadamente, na mente, que estimula com simpatia, e, com os quais mistura uma ou mais emoções, constituem as forças motivadoras, que dirigem e controlam cada movimento, cada ato e cada feito seu!
Pensamentos misturados a qualquer dos sentimentos emotivos constituem força “magnética”, que atrai outros pensamentos simulares ou com ele relacionados.
O pensamento assim “magnetizado” de emoção pode ser comparado à semente que, plantada em solo fértil, germina, cresce e se multiplica muitas e muitas vezes, até que a semente original se toma incontáveis milhões de sementes da mesma espécie!
A mente humana está atraindo constantemente vibrações que se harmonizam com o que domina a mente. Qualquer pensamento, ideia, plano ou propósito que se retém na mente atrai uma multidão de “parentes”, acrescenta os “parentes” a sua própria força e cresce até tornar-se o senhor dominante, motivador do indivíduo, em cuja mente se abrigou.
Voltemos, agora, ao ponto de partida e informemo-nos de como a semente original da ideia, do plano ou propósito pode ser plantada na mente. A informação é facilmente transmitida: qualquer ideia, plano ou propósito pode ser colocada na mente através da repetição do pensamento. É por isso que você deve redigir a declaração do seu principal propósito, ou objetivo mais importante, confiá-lo à memória, repeti-lo, em palavras audíveis, todos os dias, até que as vibrações do som tenham alcançado o subconsciente.
Resolva destruir as influências de qualquer ambiente infeliz e construir sua vida bem ordenada. Fazendo um inventário das qualidades e deficiências mentais, você poderá descobrir que sua maior fraqueza é a falta de autoconfiança. Essa desvantagem pode ser superada, a timidez transformada em coragem, através do auxílio do princípio da auto-sugestão. A aplicação desse princípio pode ser feita por um simples arranjo dos impulsos positivos de pensamento, estabelecidos pela escrita, pela memorização e repetidos até se tornarem parte do equipamento de trabalho da faculdade subconsciente de sua mente.
CINCO PASSOS PARA A AUTOCONFIANÇA
1. Sei que tenho a capacidade de atingir o objeto do meu propósito definido na vida; portanto, exijo de mim mesmo uma ação persistente e contínua, para sua realização. Aqui e agora prometo empreender tal ação.
2. Compreendo que os pensamentos dominantes de minha mente reproduzir-se-ão futuramente em ação externa, física, transformando-se em realidade física; portanto, concentrarei meus pensamentos por trinta minutos diários, na tarefa de pensar que sou a pessoa que pretendo me tornar, criando, desse modo, uma imagem clara em minha mente.
3. Sei, pelo princípio da auto-sugestão, que qualquer desejo que eu mantenha com persistência na mente procurará, no futuro, expressar-se através de meios práticos de atingir o objeto existente por detrás desse desejo; portanto, devotarei dez minutos diários para exigir de mim mesmo o desenvolvimento da autoconfiança.
4. Já anotei uma descrição clara do meu principal objetivo definido na vida e jamais pararei de tentar, até desenvolver autoconfiança suficiente para alcançá-lo.
5. Compreendo perfeitamente que nenhuma riqueza ou posição pode durar muito sem ter sido construída sobre verdade e justiça; portanto, não me envolverei em transação alguma que não beneficie a todos a quem afetar. Terei êxito atraindo para mim as forças que desejo usar e a cooperação de outros. Induzirei outros a servir-me, pela minha boa vontade em servi-los. Eliminarei o ódio, a inveja, o egoísmo e o cinismo, cultivando amor pela humanidade, pois sei que uma atitude negativa para com os outros nunca me trará sucesso. Farei com que os outros acreditem em mim, porque eu acredito neles e em mim mesmo. Assinarei essa fórmula, recomendá-la-ei à memória, repetindo-a uma vez por dia, em voz alta, com fé integral de que influenciará, gradualmente, meus pensamentos e ações, de modo a tornar-me uma pessoa autoconfiante e bem sucedida.
Por detrás dessa fórmula existe uma lei natural que até hoje ninguém conseguiu explicar. O nome dessa lei têm pouca importância. O que importa a respeito dela é que FUNCIONA, para glória e sucesso da humanidade, SE for usada de maneira construtiva. Se, porém, usada de maneira destrutiva, destruíra com a mesma facilidade. Nessa afirmação esta uma verdade muito significativa, ou seja, aqueles que fracassam e terminam a vida na pobreza, infelicidade e desespero, fazem-no por causa da aplicação negativa do princípio da auto-sugestão. Pode-se encontrar a causa no fato de que todos os impulsos do pensamento têm tendência a refugiar-se em seu equivalente físico.
VOCÊ PODE CHEGAR AO DESASTRE PELO PENSAMENTO
O subconsciente não distingue entre impulsos de pensamento construtivos e destrutivos. Trabalha com o material que lhe fornecemos, através dos impulsos de pensamento. O subconsciente traduz em realidade o pensamento atormentado de medo, com a mesma presteza que usará em traduzir em realidade o pensamento impulsionado pela coragem ou pela fé.
Assim como a eletricidade faz girar as rodas da indústria e produz serviços úteis se usada de maneira construtiva, ou estraga a vida se mal usada, assim a lei da auto-sugestão leva à paz e à prosperidade ou ao vale da amargura, do fracasso, da morte, de acordo com seu grau de compreensão e de aplicação dela.
Se você encher a mente de temor, dúvida e descrença na sua capacidade de estabelecer um elo e usar as forças da Inteligência Infinita, a lei da auto-sugestão tomará tal espírito de descrença e usá-lo-á como padrão pelo qual o subconsciente se traduzirá em seu equivalente físico.
Tal qual o vento, que leva um navio para leste, outro para oeste, a lei da auto-sugestão irá erguê-lo ou derrubá-lo, de acordo com a maneira pela qual você arrumar as velas do pensamento.
A lei da auto-sugestão, através da qual qualquer pessoa pode ascender a altitudes de realização que surpreendem a imaginação, está bem descrita nos versos seguintes:
Se você pensa que foi derrotado, foi derrotado.
Se você pensa que não ousa, não ousa.
Se você gosta de ganhar, mas pensa que não pode, é quase certo não poder.
Se você pensa que perderá, está perdido, pois fora do mundo percebemos
Que o sucesso começa com a vontade de alguém tudo está no estado da mente.
Se você pensa que foi sobrepujado, foi sobrepujado, é preciso que pense em altos termos para se elevar, é preciso que esteja seguro de si antes de poder ganhar um prêmio.
As batalhas da vida não são sempre vencidas pelo homem mais forte ou mais veloz, mas, cedo ou tarde, o homem que vence é o homem QUE PENSA QUE PODE VENCER!
Observe as palavras grifadas e apanhará o significado profundo que o poeta teve em mente.
A GRANDE EXPERIÊNCIA DO AMOR
Que o sucesso começa com a vontade de alguém tudo está no estado da mente.
Se você pensa que foi sobrepujado, foi sobrepujado, é preciso que pense em altos termos para se elevar, é preciso que esteja seguro de si antes de poder ganhar um prêmio.
As batalhas da vida não são sempre vencidas pelo homem mais forte ou mais veloz, mas, cedo ou tarde, o homem que vence é o homem QUE PENSA QUE PODE VENCER!
Observe as palavras grifadas e apanhará o significado profundo que o poeta teve em mente.
A GRANDE EXPERIÊNCIA DO AMOR
Em algum lugar de sua estrutura está, adormecida, a semente da realização que, se desperta e posta em ação, pode levá-lo a alturas que você jamais esperou atingir.
Assim como o mestre da música pode fazer com que as mais lindas melodias jorrem das cordas de um violino, assim você pode despertar o gênio adormecido em seu cérebro e fazer com que ele o conduza para o alto, para qualquer objetivo que possa desejar alcançar.
Abraham Lincoln fracassou em tudo que tentava, até passar da idade de quarenta anos. Era um senhor João Ninguém, de Não Importa o Que, até que uma grande experiência lhe chegou à vida, despertou o gênio adormecido em seu coração e cérebro e deu ao mundo um de seus homens realmente grandes. Essa “experiência” se misturou às emoções da tristeza e do amor. Veio-lhe através de Ann Rutledge, a única mulher que amou de verdade.
É fato conhecido que a emoção do amor está muito próxima ao estado de espírito conhecido como fé, pela razão de que o amor chega quase a traduzir os impulsos de pensamento em seu equivalente espiritual. Durante seu trabalho de pesquisa, o autor descobriu, da análise do trabalho e das realizações de centenas de homens de destacado valor, que houve influência do amor de uma mulher, por trás de quase todos eles.
Se quiser a prova do poder da fé, estude as realizações de homens e mulheres que o empregaram. Encabeçando a lista está o Nazareno. A base do Cristianismo á a fé, embora muitos tenham pervertido ou interpretado erradamente o significado dessa grande força.
A súmula e substância dos ensinamentos e realizações de Cristo, que podem ser interpretados como “milagres”, foi, nada mais, nada menos, que a fé. Se existem fenômenos como “milagres”, eles só são produzidos através do estado de espírito conhecido como fé!
Consideremos o poder da fé, como o demonstrou um homem muito conhecido da época, o Mahatma Gandhi, da Índia. Nesse homem teve a humanidade um dos mais assombrosos exemplos das possibilidades da fé. Gandhi controlava mais poder potencial que qualquer pessoa viva, em sua época, apesar do fato de não ter nenhum dos instrumentos ortodoxos de poder, como dinheiro, navios de guerra, soldados e armamentos. Gandhi não tinha dinheiro, nem lar, nem um terno como roupa, mas teve poder.
COMO CONSEGUIU ESSE PODER?
Criou-o da compreensão que tinha do princípio da fé por sua capacidade de transplantar essa fé nas mentes de duzentos milhões de pessoas.
Gandhi conseguiu o assombroso feito de influenciar duzentos milhões de mentes, para unir-se e mover-se em uníssono, como uma única mente.
Que outra força na terra, exceto a fé, poderia conseguir tanto?
VOCÊ DÁ ANTES DE GANHAR
Por causa da necessidade de fé e cooperação ao operar negócios e indústria, será tanto interessante como útil analisar um acontecimento, que fornece uma compreensão excelente do método pelo qual industriais e homens de negócios acumulam grandes fortunas, dando antes de tentar ganhar.
O acontecimento escolhido para essa ilustração volta para o ano de 1900, quando se formava a “United States Steel Corporation”. Ao ler a historia, guarde esses fatos fundamentais e entenderá como se converteram idéias em vastas fortunas.
Se você é um dos que muitas vezes se perguntaram como foram acumuladas grandes fortunas, a historia da criação da “United States Steel Corporation” será esclarecedora. Se tiver alguma dúvida de que os homens podem pensar e enriquecer, essa história servirá para dissipar a dúvida, pois você poderá ver claramente, na história da “United States Steel” a aplicação da maior parte dos princípios descritos neste livro.
A surpreendente descrição do poder de uma idéia foi dramaticamente contada por John Lowell, no New York World Telegram, por cuja cortesia aqui vai reproduzida:
UM BELO DISCURSO APÓS O JANTAR
POR UM BILHÃO DE DÓLARES
Quando, na noite de 12 de dezembro de 1900, uns oitenta membros da nobreza financeira da nação se reuniram no salão de banquetes do “University Club”, para prestar homenagem a um jovem vindo do Oeste, nem metade dos convivas percebeu que seria testemunha de um dos episódios mais significativos da história industrial americana.
J. Edward Simmons e Charles Stewart Smith, com os corações cheios de gratidão pela generosa hospitalidade que lhes fora proporcionada por Charles M. Schwab, no decurso de recente visita a Pittsburgh, tinham organizado o jantar para apresentar o homem do aço, de trinta e oito anos, à sociedade banqueira do leste. O que não esperavam era que tumultuasse a reunião. A visaram-no, em verdade, que os corações, dentro das camisas engomadas, não seriam muito receptivos à oratória. Além disso, se não quisesse aborrecer os Etillmans e Harrimans eVanderbilts, seria melhor limitar-se a quinze ou vinte minutos de generalidades corteses e parar por ali mesmo.
Mesmo John Pierpont Morgan, sentado a direita de Schwab, conforme exigia sua imperial dignidade, só pretendia honrar, com sua presença, a mesa de banquete por pouco tempo. E quanto à imprensa e ao público, o acontecimento todo era de tão pouca monta, que nenhuma menção se fez nos jornais no dia seguinte.
Os anfitriões e convidados ilustres banquetearam-se com sete ou oito iguarias costumeiras. Houve pouca conversa e a que houve era discreta. Poucos banqueiros e corretores conheciam Schwab, cuja carreira fluíra às margens do Monongahela e ninguém o conhecia bem. Mas antes que a noite se escoasse, todos – e com ele Morgan, o Senhor do Dinheiro – foram arrebatados e um bebê de dois bilhões, a “United States Steel Corporation”, foi concebido.
Talvez seja infelicidade, para a história, que não se tenha gravado o discurso de Charlie Schwab, no jantar.
É provável, contudo, que se tratasse de um discurso rústico, meio sem gramática (pois as belezas da língua nunca preocuparam Schwab), cheio de epigramas e intercalado de espírito. Mas, a parte disso, teve força e efeito galvânicos sobre o capital avaliado em cinco bilhões, representado pelos convivas. Depois que terminou e a reunião ainda estava sob seu fascínio, embora Schwab tivesse falado durante noventa minutos, Morgan levou o orador a uma janela retirada, onde, balançando as pernas que pendiam dos assentos altos e desconfortáveis, ficaram conversando por mais uma hora.
A magia da personalidade de Schwab fora solta, a todo vapor, mas, o que era mais importante e duradouro, foi o programa, imponente e bem delineado, que esboçara para o engrandecimento do aço. Muitos outros tinham tentado interessar Morgan em formar um truste do aço, nos padrões dos trustes de biscoitos, arame, açúcar, borracha, uísque, óleo ou goma de mascar. John W. Gates, o jogador, recomendara-o, mas Morgan não confiava nele. Moore, Bill e Jim, corretores de Chicago, que juntaram um truste de fósforos a uma corporação de bolachas, recomendaram-no e fracassaram. Elbert H. Gary, o advogado rural bonachão quis fomentá-lo, mas não era bastante grande para impressionar. Enquanto a eloquência de Schwab não elevou J. P. Morgan aos píncaros donde pode visualizar os resultados sólidos da empresa financeira mais corajosa jamais concebida – o projeto foi encarado como sonho delirante de doidos por dinheiro fácil.
O magnetismo financeiro que começou, há uma geração, a atrair milhares de companhias pequenas e, às vezes, mal dirigidas, para combinações grandes e capazes de esmagar concorrências, tomou-se operacional no mundo do aço, através das maquinações desse jovem pirata dos negócios, John W. Gates. Gates já tinha formado a “American Steel and WireCompany” de uma cadeia de pequenas empresas e, juntamente com Morgan, tinha criado a “Federal Steel Company”.
Entretanto, ao lado do gigantesco truste vertical de Andrew Carnegie, pertencente e operado por cinqüenta e três sócios, as outras combinações eram ninharia. Podiam associar-se à vontade, mas o grupo todo não chegava aos pés da organização Carnegie e Morgan sabia disso.
O excêntrico velho escocês também o sabia. Das magníficas alturas do castelo de Skibo, observava, a princípio achando divertido, depois com ressentimento, as tentativas das companhias menores de Morgan atrapalharem seus negócios. Quando as tentativas se tornaram ousadas demais, o gênio de Carnegie manifestou-se pela raiva e vingança. Resolveu duplicar todas as fábricas que seus rivais possuíam até então, não estivera interessado em arames, canos, argolas ou folhas. Ao contrário, contentava-se em vender a essas companhias o aço bruto de que precisavam e em deixar que o moldassem da forma que quisessem. Agora, tendo Schwab como seu tenente principal e capaz, planejava encostar os inimigos à parede.
Foi assim que, no discurso de Charles M. Schwab, Morgan viu a resposta ao problema da sociedade. Um truste, seria um pudim de ameixas, como o disse um escritor, sem as ameixas.
O discurso de Schwab, na noite de 12 de dezembro de 1900, trazia em si a sugestão, embora não a promessa, de que a imensa empresa Carnegie seria trazida para debaixo da tenda de Morgan. Falou no futuro do mundo para o aço, da reorganização para eficiência, da especialização, da união de fábricas fracassadas e concentração do esforço nas propriedades florescentes, das economias no trafico de minério, economias nos departamentos superiores e administrativos, da conquista de mercados estrangeiros.
Mais ainda, disse aos piratas entre eles, onde se achavam os erros de sua habitual pirataria. O propósito deles, sugeriu ele, fora criar monopólios, elevar preços e dos privilégios extrair gordos dividendos. Schwab condenou o sistema com sua maneira mais veemente. A falta de visão de tal política, disse ele aos ouvintes, estava no fato de que restringia o mercado numa época em que tudo gritava por expansão. Baixando o custo do aço, argumentava ele, criar-se-ia um mercado em constante expansão; encontrar-se-iam mais utilidades para o aço e boa parte do comércio mundial poderia ser conquistada. Na realidade, embora não o soubesse, Schwab era o apóstolo da moderna produção em massa.
Assim terminou o jantar no “University Club”. Morgan foi para casa, para pensar sobre as róseas predições de Schwab. Esse voltou a Pittsburgh, para dirigir o comércio do aço de “Wee Andra Carnegie”, enquanto Gary e os outros voltavam para seus teletipos, para divertir-se, antecipando o passo seguinte.
Não tardou muito. Morgan levou mais ou menos uma semana para digerir a iguaria de razões que Schwab colocara diante dele. Ao assegurar-se de que não causaria nenhuma indigestão financeira, mandou buscar Schwab – e achou-o um tanto reservado. Carnegie, disse Schwab, não iria gostar de saber que seu presidente da companhia, de confiança, flertara com o imperador da Wall Street. A rua sobre a qual Carnegie resolvera nunca se aventurar. John W. Gates sugeriu então, como intermediário, que se “acontecesse” de Schwab estar no Hotel Bellevue, em Filadélfia, poderia “acontecer” de também lá estar J. P. Morgan. Quando Schwab chegou, entretanto, Morgan estava inconvenientemente doente, em sua casa de Nova York. Diante do convite premente de Morgan, Schwab foi para Nova York, apresentando-se a porta da biblioteca do financista.
Certos historiadores de Economia professaram a crença de que, do começo ao fim do drama, o palco fora arranjado por Andrew Carnegie – o jantar para Schwab e o Rei do Dinheiro, teriam sido planejados pelo astuto escocês. A verdade é, porém, o oposto. Quando Schwab foi chamado para consumar o negócio, não sabia sequer se o “Pequeno Patrão”, como chamavam Andrew, iria ao menos ouvir a oferta de vender, especialmente a um grupo de homens aos quais Andrew encarava como pouco dotados de santidade. Mas Schwab levou consigo, para a conferência, escritos de próprio punho, seis páginas de números perfeitamente nítidos, que representavam em sua mente o valor físico e a capacidade de ganho de cada uma das companhias que considerava como estrela essencial no novo firmamento do metal.
Quatro homens ponderaram os números toda a noite. O principal, é claro, era Morgan, firme em sua crença no direito divino do dinheiro. Com ele estava seu aristocrático sócio, Robert Bacon, homem culto e cavalheiro. O terceiro era John W. Gates, que Morgan desprezava como sendo jogador e apenas usava como instrumento. O quarto era Schwab, que conhecia mais sobre os processos de fabricar e vender aço, que qualquer grupo de homens vivos, na época. Nessa conferência não se discutiram os seus números. Se dissesse que tal companhia valia tanto, então era este seu valor e não mais. Insistia, também, em incluir na sociedade apenas as empresas que designava. Concebera uma corporação em que não haveria duplicação, nem mesmo para satisfazer a ambição de amigos que queriam descarregar suas companhias nos ombros largos de Morgan.
Quando amanheceu, Morgan levantou-se e endireitou as costas. Só ficou uma pergunta.
“Acha que poderá persuadir Andrew Carnegie a vender?” indagou.
“Posso tentar”, respondeu Schwab.
“Se conseguir que ele venda, encarregar-me-ei da questão”, concluiu Morgan.
Até ali tudo bem. Mas será que Carnegie iria vender? Quanto iria pedir? (Schwab pensou em 320.000.000 de dólares). Como exigiria o pagamento? Em forma de ações comuns ou preferenciais? De bônus? Em dinheiro? Ninguém poderia levantar sequer um terço de um bilhão de dólares em dinheiro.
Houve uma partida de golfe em janeiro, nos campos gelados de St. Andrew’s, em Westchester, com Andrew todo enrolado em suéteres, e Charlie conversando animadamente, como de costume, para estimulá-lo. Mas não se pronunciou uma palavra sobre negócios enquanto os dois não se sentaram no calor agradável da casa de Carnegie, próxima dali. Então, com a mesma persuasão que hipnotizara oitenta milionários, no “University Club”, Schwab despejou as brilhantes promessas de aposentadoria com todo o conforto, de milhões inenarráveis, para satisfazer os caprichos sociais do ancião. Carnegie capitulou, escreveu um número num pedaço de papel, estendeu-o a Schwab e disse: “Está bem, venderemos por esta quantia.”
O número era, aproximadamente, 400.000.000 de dólares, composto dos 320.000.000 de dólares mencionados por Schwab como número básico e somando-se-lhe 80.000.000 de dólares, que representavam o valor do capital aumentado, nos dois anos anteriores.
Mais tarde, no convés de um transatlântico, o escocês disse, tristemente, a Morgan: “Quisera ter-lhe pedido 100.000.000 de dólares a mais.”
“Se os tivesse pedido, teria recebido”, assegurou-lhe Morgan alegremente.
Houve alvoroço, é claro. Um correspondente britânico telegrafou que o mundo do aço estrangeiro estava “chocado” pela gigantesca sociedade. O presidente Hadley, de Vale, declarou que, a não ser que os trustes fossem regulamentados, o país poderia esperar “um imperador em Washington, nos próximos vinte e cinco anos”. Mas Keene, o hábil manipulador de ações, começou a trabalhar, empurrando as novas ações para o público, com tal vigor, que todo o excesso – calculado por alguns em quase 600.000.000 de dólares – foi absorvido num relance. Assim Carnegie teve os seus milhões, a corporação de Morgan teve 62.000.000 de dólares por seu “trabalho” e os “rapazes”, de Gates a Gary, tiveram seus milhões.
Schwab, de trinta e oito anos, teve sua recompensa: foi feito presidente da nova companhia, ficando no poder até 1930.
AS RIQUEZAS COMEÇAM DENTRO DO HOMEM
A história dramática do grande negócio, que você acabou de ler, é um exemplo perfeito do método pelo qual o desejo pode ser transformado em seu equivalente físico!
Essa organização gigantesca fora criada na mente de um só homem. O plano, pelo qual as fábricas de aço davam estabilidade financeira à organização, fora criado na mente do mesmo homem. Sua fé, seu desejo, sua imaginação e sua persistência foram os verdadeiros ingredientes que entraram na “United States Steel”. As fábricas de aço e equipamento mecânico adquiridos pela companhia, depois de assegurada sua existência legal, foram incidentais. Mas uma análise cuidadosa revelara o fato de que o valor estimativo das propriedades adquiridas pela companhia aumentou em aproximadamente seiscentos milhões de dólares, pela simples transação que as uniu sob uma única direção.
Em outras palavras: a ideia de Charles M. Schwab, mais a fé com que a transmitiu à mente de J. P. Morgan e a dos outros foi negociada por um lucro de, aproximadamente, 600.000.000 de dólares. Não é uma soma insignificante por uma única ideia!
A “United States Steel Corporation” prosperou e se tornou uma das mais ricas e poderosas companhias da América, empregando milhares de pessoas, desenvolvendo novos usos para o aço, abrindo novos mercados, e provando, assim, que os 600.000.000 de dólares em lucros que a ideia de Schwab produziu foram merecidos.
A riqueza começa em forma de pensamento!
A quantidade só e limitada pela pessoa, em cuja mente o pensamento é posto em movimento. A fé remove as limitações! Lembre-se disso, quando você estiver pronto a negociar com a vida, pelo preço que você exigir, por ter passado por aqui.
PONTOS A FIXAR:
A fé é indispensável para o sucesso. Ela é induzida e fortalecida pelas instruções dadas ao subconsciente.
Eis cinco passos para a autoconfiança, todos eles facilmente ao seu real alcance. Você sabe agora como se atirar ao desastre, pelo pensamento, ou como obter vitória e felicidade – como resultado das mesmas circunstâncias.
Homens como Lincoln e Gandhi mostram-nos como pensamentos podem ter “magnetismo”, o que atrai pensamentos correlatos e faz com que milhares de mentes trabalhem como uma só.
É essencial dar, antes de ganhar. Homens ricos tiveram de aprendê-lo, antes de um negócio ilegal se transformar em negócio que trabalha com e para o público, sem deixar de ser lucrativo.
Tanto a pobreza como a riqueza são produtos da fé.
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PASSO NÚMERO 7DECISÃO
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PASSO NÚMERO 8
PERSISTÊNCIA
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PASSO NÚMERO 9
PODER DA MENTE SUPERIOR
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PASSO NÚMERO 10
MISTÉRIO DA TRANSMUTAÇÃO SEXUAL
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PASSO NÚMERO 11
O SUBCONSCIENTE
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PASSO NÚMERO 12
O CÉREBRO
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PASSO NÚMERO 13
O SEXTO SENTIDO
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OS SEIS FANTASMAS DO MEDO
Napoleon Hill
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Quando, na noite de 12 de dezembro de 1900, uns oitenta membros da nobreza financeira da nação se reuniram no salão de banquetes do “University Club”, para prestar homenagem a um jovem vindo do Oeste, nem metade dos convivas percebeu que seria testemunha de um dos episódios mais significativos da história industrial americana.
J. Edward Simmons e Charles Stewart Smith, com os corações cheios de gratidão pela generosa hospitalidade que lhes fora proporcionada por Charles M. Schwab, no decurso de recente visita a Pittsburgh, tinham organizado o jantar para apresentar o homem do aço, de trinta e oito anos, à sociedade banqueira do leste. O que não esperavam era que tumultuasse a reunião. A visaram-no, em verdade, que os corações, dentro das camisas engomadas, não seriam muito receptivos à oratória. Além disso, se não quisesse aborrecer os Etillmans e Harrimans eVanderbilts, seria melhor limitar-se a quinze ou vinte minutos de generalidades corteses e parar por ali mesmo.
Mesmo John Pierpont Morgan, sentado a direita de Schwab, conforme exigia sua imperial dignidade, só pretendia honrar, com sua presença, a mesa de banquete por pouco tempo. E quanto à imprensa e ao público, o acontecimento todo era de tão pouca monta, que nenhuma menção se fez nos jornais no dia seguinte.
Os anfitriões e convidados ilustres banquetearam-se com sete ou oito iguarias costumeiras. Houve pouca conversa e a que houve era discreta. Poucos banqueiros e corretores conheciam Schwab, cuja carreira fluíra às margens do Monongahela e ninguém o conhecia bem. Mas antes que a noite se escoasse, todos – e com ele Morgan, o Senhor do Dinheiro – foram arrebatados e um bebê de dois bilhões, a “United States Steel Corporation”, foi concebido.
Talvez seja infelicidade, para a história, que não se tenha gravado o discurso de Charlie Schwab, no jantar.
É provável, contudo, que se tratasse de um discurso rústico, meio sem gramática (pois as belezas da língua nunca preocuparam Schwab), cheio de epigramas e intercalado de espírito. Mas, a parte disso, teve força e efeito galvânicos sobre o capital avaliado em cinco bilhões, representado pelos convivas. Depois que terminou e a reunião ainda estava sob seu fascínio, embora Schwab tivesse falado durante noventa minutos, Morgan levou o orador a uma janela retirada, onde, balançando as pernas que pendiam dos assentos altos e desconfortáveis, ficaram conversando por mais uma hora.
A magia da personalidade de Schwab fora solta, a todo vapor, mas, o que era mais importante e duradouro, foi o programa, imponente e bem delineado, que esboçara para o engrandecimento do aço. Muitos outros tinham tentado interessar Morgan em formar um truste do aço, nos padrões dos trustes de biscoitos, arame, açúcar, borracha, uísque, óleo ou goma de mascar. John W. Gates, o jogador, recomendara-o, mas Morgan não confiava nele. Moore, Bill e Jim, corretores de Chicago, que juntaram um truste de fósforos a uma corporação de bolachas, recomendaram-no e fracassaram. Elbert H. Gary, o advogado rural bonachão quis fomentá-lo, mas não era bastante grande para impressionar. Enquanto a eloquência de Schwab não elevou J. P. Morgan aos píncaros donde pode visualizar os resultados sólidos da empresa financeira mais corajosa jamais concebida – o projeto foi encarado como sonho delirante de doidos por dinheiro fácil.
O magnetismo financeiro que começou, há uma geração, a atrair milhares de companhias pequenas e, às vezes, mal dirigidas, para combinações grandes e capazes de esmagar concorrências, tomou-se operacional no mundo do aço, através das maquinações desse jovem pirata dos negócios, John W. Gates. Gates já tinha formado a “American Steel and WireCompany” de uma cadeia de pequenas empresas e, juntamente com Morgan, tinha criado a “Federal Steel Company”.
Entretanto, ao lado do gigantesco truste vertical de Andrew Carnegie, pertencente e operado por cinqüenta e três sócios, as outras combinações eram ninharia. Podiam associar-se à vontade, mas o grupo todo não chegava aos pés da organização Carnegie e Morgan sabia disso.
O excêntrico velho escocês também o sabia. Das magníficas alturas do castelo de Skibo, observava, a princípio achando divertido, depois com ressentimento, as tentativas das companhias menores de Morgan atrapalharem seus negócios. Quando as tentativas se tornaram ousadas demais, o gênio de Carnegie manifestou-se pela raiva e vingança. Resolveu duplicar todas as fábricas que seus rivais possuíam até então, não estivera interessado em arames, canos, argolas ou folhas. Ao contrário, contentava-se em vender a essas companhias o aço bruto de que precisavam e em deixar que o moldassem da forma que quisessem. Agora, tendo Schwab como seu tenente principal e capaz, planejava encostar os inimigos à parede.
Foi assim que, no discurso de Charles M. Schwab, Morgan viu a resposta ao problema da sociedade. Um truste, seria um pudim de ameixas, como o disse um escritor, sem as ameixas.
O discurso de Schwab, na noite de 12 de dezembro de 1900, trazia em si a sugestão, embora não a promessa, de que a imensa empresa Carnegie seria trazida para debaixo da tenda de Morgan. Falou no futuro do mundo para o aço, da reorganização para eficiência, da especialização, da união de fábricas fracassadas e concentração do esforço nas propriedades florescentes, das economias no trafico de minério, economias nos departamentos superiores e administrativos, da conquista de mercados estrangeiros.
Mais ainda, disse aos piratas entre eles, onde se achavam os erros de sua habitual pirataria. O propósito deles, sugeriu ele, fora criar monopólios, elevar preços e dos privilégios extrair gordos dividendos. Schwab condenou o sistema com sua maneira mais veemente. A falta de visão de tal política, disse ele aos ouvintes, estava no fato de que restringia o mercado numa época em que tudo gritava por expansão. Baixando o custo do aço, argumentava ele, criar-se-ia um mercado em constante expansão; encontrar-se-iam mais utilidades para o aço e boa parte do comércio mundial poderia ser conquistada. Na realidade, embora não o soubesse, Schwab era o apóstolo da moderna produção em massa.
Assim terminou o jantar no “University Club”. Morgan foi para casa, para pensar sobre as róseas predições de Schwab. Esse voltou a Pittsburgh, para dirigir o comércio do aço de “Wee Andra Carnegie”, enquanto Gary e os outros voltavam para seus teletipos, para divertir-se, antecipando o passo seguinte.
Não tardou muito. Morgan levou mais ou menos uma semana para digerir a iguaria de razões que Schwab colocara diante dele. Ao assegurar-se de que não causaria nenhuma indigestão financeira, mandou buscar Schwab – e achou-o um tanto reservado. Carnegie, disse Schwab, não iria gostar de saber que seu presidente da companhia, de confiança, flertara com o imperador da Wall Street. A rua sobre a qual Carnegie resolvera nunca se aventurar. John W. Gates sugeriu então, como intermediário, que se “acontecesse” de Schwab estar no Hotel Bellevue, em Filadélfia, poderia “acontecer” de também lá estar J. P. Morgan. Quando Schwab chegou, entretanto, Morgan estava inconvenientemente doente, em sua casa de Nova York. Diante do convite premente de Morgan, Schwab foi para Nova York, apresentando-se a porta da biblioteca do financista.
Certos historiadores de Economia professaram a crença de que, do começo ao fim do drama, o palco fora arranjado por Andrew Carnegie – o jantar para Schwab e o Rei do Dinheiro, teriam sido planejados pelo astuto escocês. A verdade é, porém, o oposto. Quando Schwab foi chamado para consumar o negócio, não sabia sequer se o “Pequeno Patrão”, como chamavam Andrew, iria ao menos ouvir a oferta de vender, especialmente a um grupo de homens aos quais Andrew encarava como pouco dotados de santidade. Mas Schwab levou consigo, para a conferência, escritos de próprio punho, seis páginas de números perfeitamente nítidos, que representavam em sua mente o valor físico e a capacidade de ganho de cada uma das companhias que considerava como estrela essencial no novo firmamento do metal.
Quatro homens ponderaram os números toda a noite. O principal, é claro, era Morgan, firme em sua crença no direito divino do dinheiro. Com ele estava seu aristocrático sócio, Robert Bacon, homem culto e cavalheiro. O terceiro era John W. Gates, que Morgan desprezava como sendo jogador e apenas usava como instrumento. O quarto era Schwab, que conhecia mais sobre os processos de fabricar e vender aço, que qualquer grupo de homens vivos, na época. Nessa conferência não se discutiram os seus números. Se dissesse que tal companhia valia tanto, então era este seu valor e não mais. Insistia, também, em incluir na sociedade apenas as empresas que designava. Concebera uma corporação em que não haveria duplicação, nem mesmo para satisfazer a ambição de amigos que queriam descarregar suas companhias nos ombros largos de Morgan.
Quando amanheceu, Morgan levantou-se e endireitou as costas. Só ficou uma pergunta.
“Acha que poderá persuadir Andrew Carnegie a vender?” indagou.
“Posso tentar”, respondeu Schwab.
“Se conseguir que ele venda, encarregar-me-ei da questão”, concluiu Morgan.
Até ali tudo bem. Mas será que Carnegie iria vender? Quanto iria pedir? (Schwab pensou em 320.000.000 de dólares). Como exigiria o pagamento? Em forma de ações comuns ou preferenciais? De bônus? Em dinheiro? Ninguém poderia levantar sequer um terço de um bilhão de dólares em dinheiro.
Houve uma partida de golfe em janeiro, nos campos gelados de St. Andrew’s, em Westchester, com Andrew todo enrolado em suéteres, e Charlie conversando animadamente, como de costume, para estimulá-lo. Mas não se pronunciou uma palavra sobre negócios enquanto os dois não se sentaram no calor agradável da casa de Carnegie, próxima dali. Então, com a mesma persuasão que hipnotizara oitenta milionários, no “University Club”, Schwab despejou as brilhantes promessas de aposentadoria com todo o conforto, de milhões inenarráveis, para satisfazer os caprichos sociais do ancião. Carnegie capitulou, escreveu um número num pedaço de papel, estendeu-o a Schwab e disse: “Está bem, venderemos por esta quantia.”
O número era, aproximadamente, 400.000.000 de dólares, composto dos 320.000.000 de dólares mencionados por Schwab como número básico e somando-se-lhe 80.000.000 de dólares, que representavam o valor do capital aumentado, nos dois anos anteriores.
Mais tarde, no convés de um transatlântico, o escocês disse, tristemente, a Morgan: “Quisera ter-lhe pedido 100.000.000 de dólares a mais.”
“Se os tivesse pedido, teria recebido”, assegurou-lhe Morgan alegremente.
Houve alvoroço, é claro. Um correspondente britânico telegrafou que o mundo do aço estrangeiro estava “chocado” pela gigantesca sociedade. O presidente Hadley, de Vale, declarou que, a não ser que os trustes fossem regulamentados, o país poderia esperar “um imperador em Washington, nos próximos vinte e cinco anos”. Mas Keene, o hábil manipulador de ações, começou a trabalhar, empurrando as novas ações para o público, com tal vigor, que todo o excesso – calculado por alguns em quase 600.000.000 de dólares – foi absorvido num relance. Assim Carnegie teve os seus milhões, a corporação de Morgan teve 62.000.000 de dólares por seu “trabalho” e os “rapazes”, de Gates a Gary, tiveram seus milhões.
Schwab, de trinta e oito anos, teve sua recompensa: foi feito presidente da nova companhia, ficando no poder até 1930.
AS RIQUEZAS COMEÇAM DENTRO DO HOMEM
A história dramática do grande negócio, que você acabou de ler, é um exemplo perfeito do método pelo qual o desejo pode ser transformado em seu equivalente físico!
Essa organização gigantesca fora criada na mente de um só homem. O plano, pelo qual as fábricas de aço davam estabilidade financeira à organização, fora criado na mente do mesmo homem. Sua fé, seu desejo, sua imaginação e sua persistência foram os verdadeiros ingredientes que entraram na “United States Steel”. As fábricas de aço e equipamento mecânico adquiridos pela companhia, depois de assegurada sua existência legal, foram incidentais. Mas uma análise cuidadosa revelara o fato de que o valor estimativo das propriedades adquiridas pela companhia aumentou em aproximadamente seiscentos milhões de dólares, pela simples transação que as uniu sob uma única direção.
Em outras palavras: a ideia de Charles M. Schwab, mais a fé com que a transmitiu à mente de J. P. Morgan e a dos outros foi negociada por um lucro de, aproximadamente, 600.000.000 de dólares. Não é uma soma insignificante por uma única ideia!
A “United States Steel Corporation” prosperou e se tornou uma das mais ricas e poderosas companhias da América, empregando milhares de pessoas, desenvolvendo novos usos para o aço, abrindo novos mercados, e provando, assim, que os 600.000.000 de dólares em lucros que a ideia de Schwab produziu foram merecidos.
A riqueza começa em forma de pensamento!
A quantidade só e limitada pela pessoa, em cuja mente o pensamento é posto em movimento. A fé remove as limitações! Lembre-se disso, quando você estiver pronto a negociar com a vida, pelo preço que você exigir, por ter passado por aqui.
PONTOS A FIXAR:
A fé é indispensável para o sucesso. Ela é induzida e fortalecida pelas instruções dadas ao subconsciente.
Eis cinco passos para a autoconfiança, todos eles facilmente ao seu real alcance. Você sabe agora como se atirar ao desastre, pelo pensamento, ou como obter vitória e felicidade – como resultado das mesmas circunstâncias.
Homens como Lincoln e Gandhi mostram-nos como pensamentos podem ter “magnetismo”, o que atrai pensamentos correlatos e faz com que milhares de mentes trabalhem como uma só.
É essencial dar, antes de ganhar. Homens ricos tiveram de aprendê-lo, antes de um negócio ilegal se transformar em negócio que trabalha com e para o público, sem deixar de ser lucrativo.
Tanto a pobreza como a riqueza são produtos da fé.
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