sábado, 24 de outubro de 2015

COMO DAR UM NOVO SIGNIFICADO AOS ACONTECIMENTOS PASSADOS? por Miguel Lucas





Todos nós provavelmente temos alguns acontecimentos da nossa vida que gostaríamos de ultrapassar, mudar, esquecer ou tentar que não interferissem de forma negativa na nossa vida. Decidi escrever este artigo na sequência dos comentários expressos por parte dos leitores no artigo: Como libertar-se das angústias do passado. Percebi que algumas pessoas sentem a necessidade de aprender estratégias psicológicas que possam ajudá-las a perceber como dar um novo significado a alguns acontecimentos incomodativos e/ou traumáticos. As terapias, aconselhamentos ou programas de desenvolvimento pessoal, estabelecem uma forte relação com a aprendizagem. E, para aprender algo é necessário viver uma nova experiência ou dar um novo significado a algo que nos aconteceu ou que fizemos. Por outras palavras, é mudar algo.

NOVA INTERPRETAÇÃO DOS ACONTECIMENTOS

Na prática da Terapia Cognitivo-Comportamental conduz-se a pessoa (cliente) a reviver os acontecimentos marcantes, perceber que tipo de emoções e sentimentos ficaram registados, e que impacto emocional teve e continua a ter no presente. Quando a pessoa consegue entender as reações que teve, porque teve, e quais as circunstâncias que contribuíram para o impacto emocional registado, fica numa posição vantajosa para reinterpretar e implementar um nova forma de olhar para os acontecimentos e interpretá-los à luz de nova informação e numa situação segura e controlada (o momento presente).

Todos nós só existimos no presente. Somos constantemente bombardeados com informações sensoriais vindas do ambiente externo, e algumas do nosso ambiente interno (pensamentos e crenças). A fim de dar sentido a essas informações, filtramo-las e armazenamo-las como uma representação interna ou mapa mental (formas de olhar o mundo). Qualquer acontecimento que não está sendo experimentado no momento atual é uma memória.

Quando nos sentimos incomodados, nos sentimos paralisados ou angustiados é a memória de eventos passados ​​que está causando um problema no presente. Especificamente, é a forma como a pessoa revive o evento passado durante o processo de lembrar que a angústia se faz sentir no presente. Por exemplo, algumas pessoas relatam que alguns eventos da infância ainda causam problemas associados aos maus momentos vividos, provocando autoestima diminuída na idade adulta.


NOVA INFORMAÇÃO, NOVO SIGNIFICADO

Na minha prática profissional tenho vindo a ajudar a alterar a história individual de algumas pessoas, permitindo que elas reavaliem e façam alterações na memória de eventos passados​​. Além disso, a pessoa é capaz de fazer uso dos recursos atuais e dos conhecimentos que tem agora, mas não tinha acesso no momento que o evento ocorreu. Então, não sendo possível mudar o que realmente aconteceu, é possível alterar o significado de eventos passados ​​e, portanto, o efeito que isso tem sobre o comportamento de um indivíduo. É possível voltar no tempo com o conhecimento que você agora tem, rever e dar um novo significado para o evento original.


Durante o processo de mudança de significado dos acontecimentos, a pessoa é suportada na revivência das experiências, primeiro num estado dissociado (desapegado) e numa segunda fase num estado associado, com o auxílio de uma âncora (emoções, sentimentos e significado) de recurso emparelhado. A âncora é cuidadosamente escolhida e construída pela pessoa (cliente). A âncora contém recursos emocionais positivos que a pessoa sente que estavam faltando no momento dos acontecimentos (por exemplo, autoconfiança, compreensão, clareza, calma, pensamento funcional). De forma virtual é dada a oportunidade à pessoa (cliente) para reviver de forma imaginada e poder interpretar novamente os comportamentos dos indivíduos envolvidos no evento. A pessoa é suportada para fazer alterações de significado no evento, para torná-lo como quer que seja, com o benefício dos recursos escolhidos. Outros passos são incluídos no processo, dependendo da natureza da memória problemática passada e necessidades específicas e objetivos da pessoa.

Na minha experiência, esta abordagem é muito eficaz. É, desta forma possível diminuir ou eliminar a dor emocional associada aos eventos traumáticos ou angustiantes do passado. Não há necessidade das pessoas sofrerem anos a fio, existe a possibilidade de evitar que as suas memórias incapacitantes do passado continuem a infligir impacto negativo sobre a vida no presente. Esta abordagem psicológica pode ser usada para eliminar a dor e o sofrimento associado a eventos passados​​, como o bullying, abuso, perdas e fobias.


ALGUNS ESCLARECIMENTOS

O que é o trauma psicológico? Um trauma é uma resposta emocional negativa, forte e persistente, a um evento passado, ou lembrança do mesmo.

Características do trauma:
Um trauma não é uma experiência em si mesmo. É uma resposta emocional a uma experiência. Se a resposta emocional é positiva, a experiência não é traumática, não importa o quão angustiante possam ter sido os detalhes sensoriais (Pense em todas as pessoas que pagam dinheiro para ter experiências perigosas e assustadores, como o rafting!).

Os traumas são aprendidas através de repetição e exagero de estímulos sensoriais.Imediatamente após uma experiência negativa, uma pessoa geralmente não fica traumatizada. É por isso que o tratamento que recebe imediatamente após a experiência pode mudar o seu resultado.

Os traumas variam de muito menor para maior, e de uma situação contextualizada para a generalização. Por exemplo, uma pessoa pode ter uma fobia de besouros, mas não a outros insetos ou aranhas.

As causas de trauma psicológico variam. Eventos problemáticos óbvios que acontecem com adultos provocam respostas traumáticas conhecidas como, Transtorno de Stress Pós-Traumático. Outros traumas podem acontecer quando uma pessoa é muito jovem. Muitas vezes reprimidos ou esquecidos, esses traumas podem causar problemas difusos com nenhuma causa óbvia. E algumas pessoas ficam gravemente traumatizadas por um grande número de eventos aparentemente pequenos e insignificantes.

A. Um trauma é uma associação entre um evento sensorial e metainformação (são dados sobre outros dados) sobre esse evento. A metainformação inclui o significado do evento, e as respostas emocionais da pessoa. O cérebro armazena memórias sensoriais e significados separadamente. Esta separação permite que a pessoa altere a interpretação de um evento passado, dar-lhe um novo significado, e gerar uma nova resposta emocional. A remoção da metainformação muda a memória traumática para uma memória de um evento sensorial, sem o trauma.

B. Um trauma é uma sequência aprendida, que acaba associando a pessoa a uma forte emoção negativa. Geralmente a sequência é extremamente comprimida, de modo que o evento para além do seu significado associado e consequentes emoções são reproduzidos quase instantaneamente. Isto torna a experiência intensa e difícil para a pessoa, dificultando o desapego, alterar o gatilho que inicia a sequência, ou alterar a sequência, e as mudanças de resultado.

A MELHORIA É POSSÍVEL

Um trauma ou um acontecimento perturbador e condicionador de vida, pode ter vários graus de incomodo e não tem necessariamente de ser considerado um estigma ou uma catalogação pejorativa para a pessoa. Certamente terá sempre um determinado impacto na vida da pessoa, mas é possível trabalhar num novo reenquadramento no sentido de que esse acontecimento e as memórias associadas deixem de perturbar e condicionar a vida de quem sofre. A melhoria é possível com o devido enquadramento.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

NAMORE COM UMA PESSOA QUE NAMORA VOCÊ por Jéssica Pellegrini


Namore com uma pessoa que saiba o que quer.

Namore com uma pessoa que deixou o passado para trás, que planeja um futuro ao seu lado. Namore com uma pessoa que não tenha dúvidas. Que seja presente, e nunca ausente. Uma pessoa que te conforte, te oriente e te apoie. Namore com uma pessoa que não tenha desculpas, apenas em pedidos de arrependimentos ou erros. Com uma pessoa que te faça sorrir constantemente. Namore com uma pessoa que também tenha te escolhido, que se entregue intensamente e não meça limites para te agradar. Namore com uma pessoa que não tenha vergonha ou medo de demonstrar os sentimentos. Com uma pessoa que você possa confiar, contar e desabafar. Namore com uma pessoa que desperte o melhor de você, mesmo sem querer. Namore com uma pessoa que te conquiste todos os dias. 

Namore com uma pessoa que te causa insônia, ou quem sabe, que te passa segurança o suficiente para você dormir profundamente. Namore com uma pessoa que te coloque em primeiro plano, e em todos os próximos. Namore com uma pessoa que seja gentil, e que não perca o equilíbrio em situações extremas. Namore com uma pessoa que te assuma, sem receios, que não te esconda, nunca. Namore com uma pessoa que tenha coragem para enfrentar os imprevistos da vida, que não vai soltar a sua mão em momentos difíceis. Namore com uma pessoa que não desista, que insista e persista. Com uma pessoa que te espere, e não te apresse. Namore com uma pessoa que te faça perder a noção do tempo, com uma pessoa que te causa arrepios. Namore com alguém que sinta a sua falta. Com uma pessoa que, no silêncio, saiba te escutar. 

Namore com uma pessoa que leve café da manhã na cama. Com uma pessoa que prepare surpresas inesperadas. Namore com uma pessoa que te mande várias mensagens durante o dia, e ainda te ligue nos intervalos. Namore com uma pessoa que ao invés de te cobrar, queira ser o seu cúmplice. Namore com uma pessoa que seja companheiro e amigo. Namore com uma pessoa que te preencha com mais certezas do que perguntas. Namore com uma pessoa que transforme sonhos em realidade. Namore com uma pessoa que chegue mais vezes e não suporte despedidas. Namore com uma pessoa que sinta saudade, que faça cafuné. Namore com uma pessoa que não deixe nada para depois, que faça acontecer agora. Namore com uma pessoa que sinta orgulho de você, e que te incentive a ser ainda mais admirável. Namore com uma pessoa que desapegue do celular quando está com você, que viva no mundo real. Namore com uma pessoa que desperte o seu tesão, e que faça amor ao invés de sexo. Namore com uma pessoa que te inspire, que te faça cantar pelos cantos ou desenhar corações no vidro embaçado. 

Namore com uma pessoa que você esteja apaixonado, e que mantenha essa chama sempre acesa. Namore com uma pessoa que você gosta do beijo, do toque e do cheiro. Namore com uma pessoa que te olhe de dentro para fora, e saiba, sem hesitar, que só existe você e ninguém mais. Namore com alguém que planeja um casamento, que queira ter filhos e animais de estimação. Namore com alguém que te faça olhar para trás, e esteja disposto a organizar todo o seu quarto bagunçado. Namore com uma pessoa que vai conhecer os seus parentes e se tornar a sua família. Namore com uma pessoa que troque o aluguel por casa própria. Que jogue fora a cama de solteiro e compre um jogo de casal. Namore com alguém que se preocupe e te cuide. 

Namore com uma pessoa que você agradeça com olhos lacrimejados, por depois de tantos equívocos, ter colocado sentido na sua busca incessante por um relacionamento ideal. E finalmente, ter feito todos os primeiros pedaços de bolo se tornarem a sua dieta mais saudável: de amor, carinho e respeito, em apenas uma pessoa.

No caso, amor, é você.


sábado, 17 de outubro de 2015

LIBERTE-SE DOS RÓTULOS por Roberta Carrilho




De todos eles: PT, PSDB, DILMA, LULA, AÉCIO, GAY, LÉSBICA, HOMO, HÉTERO, CATÓLICA, EVANGÉLICA, ESPÍRITA, INTELIGENTE, BURRA, LINDA, FEIA, RICA, POBRE, NOBRE, CHATA, ELEGANTE, CAFONA, MAGRA, GORDA, BRANCA, PRETA, PUTA, SANTA ... e aí vai ------ EU SOU LIVRE SEJA VOCÊ TAMBÉM !!

Roberta Carrilho 








sexta-feira, 16 de outubro de 2015

BEIJO ERÓTICO TRANSMITE INFORMAÇÕES AO CÉREBRO SOBRE O(A) PARCEIRO(A)


O beijo erótico, esse que provoca sensações conflitantes (calafrios–calor) e acelera o coração, esconde um complexo mecanismo. Um processo que começa nos lábios, a região do corpo que, apesar de suas dimensões reduzidas, é junto com a ponta dos dedos a de maior densidade de terminações nervosas, ou seja, em seu interior há múltiplos receptores com grande capacidade para perceber, explorar e transmitir informações para o cérebro. 

“Nos lábios se nota com muita precisão a temperatura corporal da outra pessoa, o tônus muscular e até o estado de seu sistema imunológico por meio dos anticorpos e outras proteínas desse sistema. Além disso, durante o beijo, especialmente o de língua, há um importante intercâmbio de saliva, que faz que o homem passe testosterona para a mulher e aja como uma espécie de afrodisíaco que ativa a receptividade sexual da mulher. Quando toda a informação chega ao cérebro, ele avalia se lhe agrada ou não, se o rejeita ou o aceita", explica David Bueno i Torrens, biólogo e pesquisador de genética na Universidade de Barcelona.

Atração pelo olfato

Os feromônios são hormônios liberados pela pele e influem na atração sexual e, como consequência, no acasalamento. Sua presença nos humanos já foi discutida. Há estudos que dizem que sim, existem. Um deles, publicado na revista Science, mostra que os homens que sentem o cheiro das lágrimas de uma mulher têm redução do apetite sexual. E outro mais recente, publicado na revista Current Biology, mostra que o nariz consegue detectar essas emanações corporais até quando pensamos que não estamos cheirando nada no nível consciente. "Atualmente há a concordância majoritária de que existem receptores na parte mais interna do nariz que as detecta, embora a pessoa não saiba", afirma o biólogo David Bueno Torrens, da Universidade de Barcelona.

O beijo serve então como um primeiro exame do outro, um exame do qual não somos conscientes. Isso é confirmado por pesquisa da Universidade de Oxford, realizada por Rafael Wlodarski e Robin Dunbar, que sugere que ele ajuda a analisar a adequação do casal. Também a cientista Sheril Kirshenbaum, da Universidade do Texas, uma das maiores especialistas no tema e autora do livro A Ciência do Beijo (Martins Fontes), junta dados interessantes, como por exemplo que as mulheres se sentem atraídas pelo cheiro dos homens com código genético diferente do seu porque, dessa forma, asseguram melhor prole.

Mas nem tudo é química. A experiência prévia da pessoa ocupa lugar relevante no processo: “As interações de hormônios no cérebro dependem também da experiência prévia da pessoa em suas relações sociais, mesmo que não perceba. Há estudos com ratos que comprovam que quando um macho é recusado pelas fêmeas, dá mais trabalho para se reaproximar delas. Outro exemplo da importância da experiência prévia é que quando se beija uma pessoa conhecida, as reações químicas são diferentes de quando o sujeito é desconhecido", diz o biólogo.

Uma cascata de hormônios

Quando o cérebro, depois de analisar toda essa informação delicada, diz sim, em décimos de segundo começa a segregar uma série de neurotransmissores (substâncias químicas que fazem a comunicação entre neurônios), e os protagonistas do beijo começam a perceber seus efeitos. “O que notamos de todas estas reações químicas depende do tipo de neurotransmissor, da porcentagem ou balanço entre eles e dos neurônios sobre os quais atuam”, indica David Bueno. Quer dizer, dependendo de qual deles predomine, sentiremos alguns efeitos ou outros. O especialista descreve quatro neurotransmissores básicos despertados pelo beijo: DOPAMINA, que nos faz sentir prazer e bem-estar; SEROTONINA, com a qual sentimos excitação e otimismo, embora também possa ter um efeito de raiva e agressão (“nesse caso, há a rejeição ao par”, salienta Bueno); EPINEFRINA, que aumenta a frequência cardíaca, o tônus muscular e o suor, por isso sentimos calor e a aceleração do coração; e a OXITOCINA, que gera afeto e confiança.

Mas além disso, outras substâncias são liberadas, como o ÓXIDO NÍTRICO, que relaxa os vasos sanguíneos, provocando um aumento no fluxo sanguíneo no pênis e, portanto, a ereção. Ou a FENILETILAMINA, “uma anfetamina potente e rápida que estimula o sentimento de prazer, por isso o primeiro beijo dos adolescentes costuma ser mais intenso e apaixonado", explica Jesús de la Gándara, chefe de Psiquiatria do Hospital Universitário de Burgos e autor do livro El Planeta de los Besos (o planeta dos beijos). O psiquiatra destaca que não acontece somente com os adolescentes. Segundo Gándara, também pode ocorrer em adultos. “A chave está em encontrar a pessoa que desperte esse neurotransmissor.”

Depois da tempestade vem a bonança

Beijar é bom. Há estudos que mostram que as pessoas que beijam vivem mais, porque tudo que há a seu redor é positivo (companhia, ajuda, apoio emocional)

Jesús de la Gándara, psiquiatra

Só que a paixão não é eterna. A química do beijo parece mudar com o passar do tempo dentro de uma mesma relação. Com isso, o amor inicial, em que tudo é energia e vitalidade, vai se desvanecendo paulatinamente e dá lugar a uma segunda etapa, mais tranquila. Para o biólogo David Bueno, a razão dessa mudança reside na saturação dos receptores do cérebro. “Passa-se para outra etapa na qual não se sente a paixão inicial, mas se está bem com essa pessoa. Embora nem todos os casais façam a passagem do primeiro estágio para o segundo”, esclarece. O psiquiatra Jesús de la Gándara destaca inclusive que há uma mudança na química cerebral: “no início da relação há grande estimulação hormonal com predomínio dos andrógenos (testosterona) e da dopamina, mas com o passar do tempo muda, com mais estímulo à vasopressina e à oxitocina; beijam-se com menos frequência e intensidade, mas de maneira mais carinhosa e estável”. Algo que parece confirmar estudo realizado na Universidade Bar llán, em Israel, que mostrou o importante papel da oxitocina, o hormônio que gera afeto, nas relações estáveis.

Não se pode esquecer que pelo beijo também dividimos enfermidades, por exemplo a mononucleose (também conhecida como doença do beijo, muito comum em adolescentes). De fato, em cada beijo de 10 segundos intercambiamos 80 milhões de bactérias,segundo pesquisa feita na Holanda. Isso significa que é ruim beijar? “Não, beijar é bom. Há estudos que mostram que as pessoas que beijam mais vivem mais, porque tudo que há à sua volta é positivo (companhia, ajuda, apoio emocional). Não fazê-lo significa que não se tem boa relação com seres humanos”, afirma o psiquiatra, que conclui que o difícil não é que beijem você, e sim ter alguém que se deixe beijar.


Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/07/estilo/1444209730_702668.html


BRASILEIRO ESTARÁ ISENTO DE VISTO DE TURISMO PARA O CANADÁ A PARTIR DE MARÇO DE 2016



Expansão do Canada’s Electronic Travel Authorization (eTA) Visando apoiar e impulsionar o crescimento econômico e o comércio, o governo do Canadá facilitará a entrada de visitantes no país. No Plano de Ação Econômico de 2015, o Governo anunciou que o Canadá está expandindo a elegibilidade para a autorização eletrônica de viagem (eTA) para os viajantes de baixo risco do Brasil, Bulgária, México e Romênia para tornar mais fácil e mais rápido para os viajantes legítimos desses países ir para o Canadá.

Logo após a eTA ser totalmente implementado em março 2016 para os viajantes que estão atualmente isenção de visto, os cidadãos do Brasil, Bulgária, México e Romênia que tenham sido titulares de um visto canadense nos últimos 10 anos ou que possuam um visto americano de não-imigração ainda válido, não precisarão mais aplicar para um visto canadense (para chegar por via aérea). Em vez disso, eles só precisarão de uma eTA. Estes viajantes elegíveis ao sistema eTA ainda serão pré-selecionados, a fim de identificar e prevenir aqueles indivíduos que são conhecidos por ser inadmissível de chegar no Canadá, em primeiro lugar. 

Esta abordagem permitirá que o Governo do Canadá melhor acesse os requisitos de rastreio sob medida com base nos riscos apresentados por viajantes individuais, tornando mais fácil e mais rápido para os viajantes de baixo risco de vir para o Canadá.


Fonte: http://www.cic.gc.ca/english/department/acts-regulations/forward-regulatory-plan/eta-expansion.asp



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

BRASIL DEVE SE PREPARAR PARA UM VERÃO COM CALOR EXTREMO por Thoth


É assustador!!! 


Eu tenho muitas dificuldades em lidar com excesso de calor. Prefiro clima serrano ou mais para frio do que quente e seco. Passo muito mal.

Roberta Carrilho

Brasil deve se preparar para um verão de temperaturas extremas



O próximo verão promete ser um dos mais insuportáveis de todos os tempos no Brasil, com as temperaturas ultrapassando facilmente os 40ºC por vários dias seguidos nos locais tradicionalmente mais quentes, como Rio de Janeiro, Piauí e Tocantins. Segundo meteorologistas, os termômetros podem registrar calor até 4ºC acima da média.

Neste momento, o clima de boa parte do planeta está sob efeitos do fenômeno El Niño – o aquecimento da superfície do Oceano Pacífico que muda correntes de ar e altera eventos climáticos em várias partes do mundo.

Dia 7 outubro 2015 – http://www.bbc.com e http://epoca.globo.com

E, diante de uma primavera que já teve dias de calor intenso em algumas regiões, muita gente já se prepara para o pior. É que, pela primeira vez, se registra uma combinação inédita: a elevação da temperatura média do planeta por conta do aquecimento global e um fenômeno El Niño muito intenso.


Comparação do fenômeno El Niño em 1997 e 2015 (Foto: NOAA) Em laranja o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, em 2015 abrange uma área muito maior e provoca mudanças climáticas.

De acordo com especialistas, o mundo já está 0,8ºC mais quente por conta do aquecimento global provocado pela ação humana. E tudo indica que 2015 deverá ser o ano mais quente já registrado. Para piorar, a previsão para este ano é de que tenhamos um super El Niño, ou mesmo um El Niño monstro, como já vem sendo chamado; o mais intenso já registrados até aqui.

Neste momento, o clima de boa parte do planeta está sob efeitos do fenômeno El Niño – o aquecimento da água da superfície do Oceano Pacífico que muda correntes de ar e altera eventos climáticos em várias partes do mundo. O El Niño de 2015 é considerado um fenômeno forte, talvez tão forte quanto o pior já registrado, em 1997. O Blog do Planeta já explicou o que está em jogo.

Um vídeo feito pela NOAA, a agência dos Estados Unidos que estuda os oceanos e a atmosfera, mostra o quanto os eventos de 1997 e 2015 são assustadoramente parecidos. O vídeo mostra a anomalia de temperatura nos dois anos. Quanto mais quente a cor (vermelho, laranja e amarelo), mais quente estava a água do mar naquele dia. Em alguns momentos, as imagens dos dois anos são quase idênticas.

Confira o vídeo da NOAA abaixo:


O que um El Niño forte significa para o Brasil? Um verão bem quente. A expectativa é de temperaturas acima da média no Sudeste, chuvas acima da média no Sul e forte seca no Nordeste e na Amazônia. A seca amazônica, aliás, já está acontecendo, com um boom de incêndios florestais na região.

O fenômeno está relacionado ao aquecimento das águas do Pacífico Sul e, em geral, à elevação das temperaturas globais. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o EL Niño deste ano pode ser tornar um dos quatro mais quentes dos últimos 65 anos.

“Podemos esperar um verão mais quente, com temperaturas até quatro graus Celsius acima da média”, diz o meteorologista José Antonio Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).
Rio de Janeiro, quarenta graus …

“Isso ocorre por uma combinação de fatores: o aumento da temperatura por conta do aquecimento, as ilhas de calor das cidades e um El Niño intenso que estará em sua atividade máxima justamente em novembro, dezembro e janeiro.”

O climatologista Carlos Nobre, atualmente na presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), diz que já é possível saber que o próximo verão será seco em várias partes da Amazônia e também registrará menos chuvas do que a média no Nordeste. O Sul do país, por sua vez, será castigado por chuvas mais intensas. A grande incógnita para os especialistas é o que acontecerá no Sudeste.

“O verão terá temperaturas mais altas no Sudeste, isso podemos dizer, por conta da influência do El Niño. Mas não dá para saber ainda como será o regime de chuvas”, diz Nobre.


Já no início de setembro, ainda no inverno, São Paulo registrou recordes de temperatura

A estiagem registrada nos últimos dois anos – com graves consequências para os níveis dos reservatórios de água – pode agravar ainda mais o problema, se voltar a se repetir. Setembro foi de chuvas na região, mas, novamente, não há ainda como prever como será o próximo mês.

O Rio de Janeiro está entre as cidades com o verão mais quente do país, ao lado de Teresina, no Piauí, e Palmas, no Tocantins. E mesmo São Paulo, tradicionalmente mais frio, terá temperaturas mais altas.

“Na Europa, na onda de calor de 2003, mais de 30 mil mortes foram atribuídas ao calor”, lembra Nobre. “E as temperaturas foram de três graus acima da média. Claro, eles lá não tinham muitos locais com ar-condicionado, nem estão adaptados ao calor, mas, ainda assim.” No Sul e no Sudeste, as cidades têm planos apenas para enchentes. No Nordeste, para a seca.

Mas, até agora, por incrível que pareça, nenhuma cidade brasileira tinha um plano emergencial para lidar com o calor. Pela primeira vez, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio – que reúne diferentes secretarias e órgãos municipais com o objetivo de responder à emergências de forma integrada – elabora um plano para ondas de calor intenso, como as que atingiram recentemente a Índia e o Paquistão, deixando milhares de mortos.


“A falta de previsão é motivo para estarmos ainda mais preparados. Não podemos correr riscos, não podemos esperar duzentas pessoas morrerem para começarmos a agir”, afirma o diretor do Instituto Pereira Passos, Sé.

Leitos extras em hospitais, atendimento de emergência e campanhas públicas educativas incentivando a hidratação são algumas das medidas que fazem parte do plano de ação. As pessoas mais vulneráveis ao calor são os idosos e os bebês, cujos organismos têm menos capacidade de adaptação e defesa.

Segundo os especialistas, o maior problema do calor para a saúde não é o pico de temperatura mais elevada, mesmo que acima dos 40ºC. O grande risco é quando, ao longo de pelo menos três dias consecutivos, a temperatura máxima passa dos 36ºC e a mínima não cai abaixo dos 21ºC.


“Haverá muitas mudanças dramáticas no clima do planeta, muitas mudanças nas condições meteorológicas na medida em que o TEMPO DA GRANDE COLHEITA se APROXIMA RAPIDAMENTE (2018) ao longo dos próximos anos. Você vai ver a velocidade do vento em tempestades ultrapassando 300 milhas (480 quilômetros) por hora, às vezes. Deverão acontecer fortes tsunamis e devastação generalizada NAS REGIÕES COSTEIRAS, e emissão de energia solar que fará importante fusão e derretimento das calotas de gelo nos polos, e subseqüente aumento drástico no nível do mar, deixando muitas áreas metropolitanas submersas em todo o planeta“ – Excerto do post: http://thoth3126.com.br/illuminati-revelacoes-de-um-membro-no-topo-da-elite-explosivo/

Quando isso ocorre, o corpo não consegue se resfriar e tende ao superaquecimento, o que pode levar a paradas cardíacas e derrames.

Saiba mais sobre mudanças climáticas em:

Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.







MULHERES COM SOBREPESO TEM VIDA SEXUAL MAIS MOVIMENTADA DO QUE AS COM IMC NORMAL (MAGRAS) DIZ ESTUDO



Fluvia Lacerda é a modelo plus size mais bem paga da categoria! Em sua conta no Instagram tira fotos arraso assim. Demais, não? 

Se você acha que mulheres magrinhas e saradas são as que têm a vida amorosa mais movimentada, talvez esteja na hora de rever seus conceitos. Um estudo feito recentemente na Chapman University, California nos Estados Unidos, analisou a vida sexual de 60 mil indivíduos, entre homens e mulheres, de 30 a 44 anos. Os pesquisadores buscaram obter uma relação entre a quantidade de parceiros sexuais e o tipo físico dos voluntários.

Segundo a pesquisa, mulheres com Índice de Massa Corporal maior de 34 (consideradas acima do peso) revelaram ter tido, em média, dez parceiros sexuais ao longo da vida. Já as mulheres com peso considerado normal disseram ter tido, em média, seis parceiros. 

Entre os homens, os que têm tipo físico maior (IMC 26) também foram os que ficaram em primeiro lugar no número de parceiras sexuais durante a vida: em média 12. O que isso prova? Que atração sexual não tem nada a ver com tipo de corpo. 


Fonte: https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/131103069700/mulheres-com-sobrepeso-tem-vida-sexual-mais?linkId=17919290



sábado, 3 de outubro de 2015

18 TEXTOS ESSENCIAIS PARA ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE - LER E ABAIXAR


Seja você pesquisador(a) ou apenas uma pessoa curiosa sobre o assunto, vale a pena dar uma olhada nas sugestões a seguir. Todos os textos já estão com link para download. E se você tiver outras dicas para indicar, é só deixar nos comentários. A gente agradece!

1- Problemas de Gênero – Feminismo e Subversão da Identidade. Autoria: Judith Butler


Judith Butler propõe observar, de maneira geral, o modo como as fábulas de gênero estabelecem e fazem circular sua denominação errônea de fatos naturais. Os textos estão reunidos de modo a facilitar uma convergência política das perspectivas feministas, gays e lésbicas sobre o gênero com a da teoria pós-estruturalista.
A filósofa pós-estruturalista norte-americana Judith Butler

CLIQUE AQUI PARA LER Problemas de Gênero
https://drive.google.com/file/d/0BxrbJ0xD5uBkZ1B3Q1pxQ3V5S00/view


2- História da Sexualidade – A Vontade de Saber – Vol. 1. Autoria: Michel Foucault


Ao longo dos anos 1970, Michel Foucault dedicou seu trabalho no Collège de France à análise do lugar da sexualidade na sociedade ocidental. Sua reflexão encontrou no sexo e na sexualidade a causa de todos os acontecimentos da vida social. O filósofo empreendeu uma pesquisa histórica, estabelecendo uma antropologia e uma análise dos discursos acerca desse tema tão fundamental para a condição humana. É reconhecidamente um dos grandes trabalhos do pensador e fonte de pesquisa e consulta para milhares de estudiosos.

CLIQUE AQUI PARA LER A História da Sexualidade
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/1226/foucault_historiadasexualidade.pdf


3- A Reinvenção do Corpo: Sexualidade e Gênero na Experiência Transexual. Autoria: Berenice Bento

Este livro se ancora em histórias de vida de pessoas que mudaram o corpo, cirurgicamente ou não, para se tornarem reais, para não serem “aberrações” (expressão comum entre os/as transexuais), e sugerirá que as explicações para a emergência da experiência transexual devem ser buscadas nas articulações históricas e sociais que produzem os corpos-sexuados e que têm na heterossexualidade a matriz que confere inteligibilidade aos gêneros. Ao mesmo tempo proporá que o suposto “transexual verdadeiro”, construído pelo saber médico, que tem como objetivo final para implementação da masculinidade/feminilidade a realização das cirurgias de transgenitalização, esbarra em uma pluralidade de respostas para os conflitos entre corpo, sexualidade e identidade de gênero internas à experiência transexual.

CLIQUE PARA LER A Reinvenção do corpo
http://www.academia.edu/3445499/A_reinven%C3%A7%C3%A3o_do_corpo_sexualidade_e_g%C3%AAnero_na_experi%C3%AAncia_transexual


4- Manifesto Contrasexual — práticas subversivas de identidade sexual. Autoria: Beatriz Preciado


Aqui, o aclamado filósofo espanhol (no masculino mesmo) Beatriz Preciado dinamita, com seu humor corrosivo e rigor teórico, tudo aquilo que se entende por sexualidade. Os estereótipos homem/mulher, homo/hétero, natural/artificial vão progressivamente sendo despedaçados através das análises que o autor faz sobre o dildo, a história do orgasmo e a atribuição de sexo. Se de início é curiosamente divertido, a cada capítulo aprofunda-se nas contradições relacionadas às noções contemporâneas de gênero e desejo. É inspirado pelo pensamento de Michel Foucault, Gilles Deleuze, Judith Butler e Jacques Derrida que o autor inaugura a contrassexualidade: uma teoria do corpo que é, também, estratégia de resistência ao poder.

CLIQUE AQUI PARA LER Manifesto Contrassexual
https://drive.google.com/file/d/0BxrbJ0xD5uBkdGRiMXdGcHR3eEE/view


5- Gênero, Sexualidade e Educação – Uma Perspectiva Pós-estruturalista. Autoria: Guacira Lopes Louro


Este livro tem o caráter de introdução aos estudos de gênero. Apresenta conceitos e teorias recentes no campo dos estudos feministas e suas relações com a educação. Estuda as relações do gênero com a sexualidade, as redes do poder, raça, classe, a busca de diferenciação e identificação pessoal e suas implicações com as práticas educativas atuais. Tanto serve de material para estudantes como para professoras/es, como incentivo amplo à iniciativa feminista e de outros grupos.

CLIQUE PARA LER Gênero, Sexualidade e Educação
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/1210/scott_gender2.pdf?sequence=1


7- Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Autoria: Joan Scott 

O próprio título do artigo anuncia o gênero como um executor teórico-metodológico para análise histórica. Por isso, Joan Scott inicia o artigo desconstruindo a intenção de se implementar certas ideias às coisas, evidenciando que assim como as palavras, as ideias também têm seu dinamismo e contexto social.

A historiadora norte-americana Joan Scott.


8- Gênero e sexualidade nas pedagogias culturais: implicações para a educação infantil. Autoria: Jane Felipe de Souza

O artigo visa problematizar as relações existentes entre pedagogia, gênero e sexualidade na educação infantil, a partir da perspectiva dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas. A autora considera que a pedagogia e o currículo devem ser compreendidos a partir de sua intrínseca relação com as questões históricas, políticas e culturais, todas elas envolvidas nas tramas do poder, no sentido que lhe confere Foucault (1992).


9- Sexualidade, cultura e política: a trajetória da identidade homossexual masculina na antropologia brasileira. Autoria: Sérgio Carrara e Júlio Assis Simões




O texto tenta explorar a forma como, supostamente, o brasileiro organiza as categorias ou identidades sexuais, transformando-se às vezes num eixo para a construção de uma identidade nacional caracterizada como exótica, retardatária e “não-ocidental”. Também traça paralelos entre dois momentos da reflexão sobre as relações entre sexualidade, cultura e política.

10- Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Autoria: Guacira Lopes Louro

A autora visa mostrar que gênero e sexualidade são construídos através de inúmeras aprendizagens e práticas, empreendidas por um conjunto inesgotável de instâncias sociais e culturais, de modo explícito ou dissimulado, num processo sempre inacabado e diz que na contemporaneidade, essas instâncias multiplicaram-se e seus ditames são, muitas vezes, distintos.


11- Quando o “estranho” resolve se aproximar: a presença da professora transexual e as representações de gênero e sexualidade no ambiente escolar. Autoria: Tiago Zeferino dos Santos

A pesquisa tem como objetivo geral analisar as representações de gênero e sexualidade (re)produzidas no espaço escolar por estudantes e profissionais de educação a partir da inserção de uma professora autodefinida transexual em uma escola de Ensino Fundamental da cidade de Tubarão/SC.


12- Violência de Gênero, Sexualidade e Saúde. Autoria: Karen Giffin

O presente artigo discute os resultados de uma recente análise de dados internacionais sobre a violência contra a mulher, bem como as consequências para a saúde dessas formas de violência, nas quais o perpetuador é normalmente o parceiro da vítima. A segunda parte do artigo desenvolve questões relacionadas às raízes da violência, incluindo a construção social de identidade de gênero, relações de gênero e sexualidade, dentro de uma tradição dualista que separa mente e corpo, enfatizando elementos biológicos da sexualidade e definindo homens e mulheres como radicalmente diferentes. Para concluir, argumenta que as atuais críticas à visão dualista tem construído novas e mais integradas visões a cerca das sexualidades e seres humanos.


13- Sexualidade e gênero: ensaios educacionais contemporâneos. Autoria: Maria Rita de Assis César

Este texto analisa alguns dos caminhos que os discursos e as práticas sobre a sexualidade e o gênero percorreram na instituição escolar brasileira, em especial nas últimas décadas. A partir de uma perspectiva ancorada nos conceitos de Michel Foucault, especialmente nas noções de dispositivo da sexualidade e biopolítica, analisou-se a produção discursiva e institucional acerca da sexualidade na escola. A partir de questionamentos oriundos da teoria queer realiza-se uma reflexão contemporânea sobre a sexualidade na escola a partir de autoras feministas como Judith Butler e Deborah Britzman, que demonstram as (im)possibilidades de uma abordagem sobre a sexualidade que se dê de forma a interrogar os dispositivos de controle e manutenção da ordem discursivo-social.



14- Educação e docência: diversidade, gênero e sexualidade. Autoria: Guacira Lopes Louro

Minha proposta é compartilhar e discutir com vocês algumas reflexões. Entendo que esse trabalho não é apenas teórico, mas é também político. As questões em torno dos gêneros e das sexualidades não envolvem apenas conhecimento ou informação, mas envolvem valores e um posicionamento político diante da multiplicidade de formas de viver e de ser. Como a escola tem lidado com tudo isso? Como nós, professoras e professores, nos vemos diante dessas questões? Quais são nossos pontos de apoio e onde se encontram nossas fragilidades e receios?



15- Gênero, sexualidade e a produção de pesquisas no campo da educação: possibilidades, limites e a formulação de políticas públicas. Autoria: Jane Felipe

O presente texto tem por objetivo discutir a produtividade do conceito de gênero como ferramenta teórica e política, abalando certezas tão firmemente alicerçadas em torno das diferenças biológicas, que serviram durante muito tempo para justificar as desigualdades entre homens e mulheres. A consolidação dos Estudos de Gênero, dos Estudos Gays e Lésbicos e da Teoria Queer no campo acadêmico traz a possibilidade de pensar que existem muitas formas de viver as masculinidades e as feminilidades e que estas são construções sociais e culturais, elaboradas minuciosamente por inúmeros discursos, áreas de conhecimento e instituições.



16- Ser professora, ser mulher: um estudo sobre concepções de gênero e sexualidade para um grupo de alunas de pedagogia. Autoria: Ana Paula Costa e Paulo Rennes Marçal Ribeiro

Este trabalho tem por objetivo investigar as concepções de relações de gênero de um grupo de alunas do curso de Pedagogia que já atuam na educação escolar como professoras. Para a realização desta pesquisa qualitativa, de tipologia analítico-descritiva, foi utilizada uma entrevista semiestruturada com as universitárias escolhidas. A construção e a análise do objeto têm como fundamentação teórica os estudos de Michel Foucault, Joan Scott e Guacira Lopes Louro. Constatamos que, em um processo de “acomodação” e “resistência”, as categorias “mulher” e “professora” se fundem, o que obscurece, em certa medida, a atuação da professora como profissional da educação.


17- Diversidade sexual e de gênero na escola. Autoria: Alexandre Bortolini

A coexistência de diferentes sujeitos e construções culturais no interior da escola nos faz pensar sobre os processos de interação que se dão nesse contexto de relações sociais. Diferentes correntes vêm produzindo teorias e categorizações que nos ajudam a pensar essas relações que envolvem igualdade, desigualdade e diferença. A idéia aqui é tentar pensar sobre a diversidade sexual e de gênero na escola numa perspectiva relacional, problematizando essencializações identitárias, entendendo essa questão como indissociável dos debates que hoje povoam esse campo mais amplo e trazendo não só os(as) autores(as) que trabalham com gênero e sexualidade, mas também as contribuições das discussões sobre cultura e interculturalidade.



18- O gênero nas políticas públicas de educação no Brasil: 1988-2002. Autoria: Cláudia Pereira Vianna e Sandra Unbehaum

Orientado pela teoria das relações de gênero, este artigo examina as principais leis, planos e programas federais que especificam as diretrizes nacionais das políticas públicas de educação no Brasil. Entre os documentos privilegiados para análise destacam-se a Constituição Federal (CF/1988), a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/1996), o Plano Nacional de Educação (PNE/ 2001) e os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental (PCN/1997). Mostramos que adotar a ótica de gênero para a análise dessas políticas permite avaliar como elas podem facilitar ou dificultar a aquisição de padrões democráticos, uma vez que a política educacional não tem um papel neutro, dissociado de preconceitos, entre os quais destacamos o de gênero.
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*TEXTO: Angie C. Bautista Silva, Caio Castro, Cássio Oliveira, Cícera Amorim, Katarina Vieira, Maria Eduarda Barbosa, Suênia Azevedo