Mostrando postagens com marcador Amor Romântico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amor Romântico. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de maio de 2018

QUERO UM AMOR QUE MEU CORAÇÃO ESCOLHA E QUE MEU CÉREBRO ASSINE EMBAIXO



Eu já fiz um pedido ao Universo: que meu próximo parceiro amoroso seja escolhido pelo meu coração, porém, com o aval do meu cérebro. Dessa forma, acredito que terei direito às borboletas no estômago que tanto aprecio, e terei, também, aquele sentimento de ter feito a escolha certa. Quero sentir orgulho do homem que estiver ao meu lado. Talvez seja a tradução do que o Caetano Veloso canta: “um amor tranquilo com sabor de fruta mordida”. Sim, eu quero, e terei esse amor. Eu estou falando de equilíbrio, de quando a emoção e a razão se abraçam.

Percebo que, quando a razão é a única responsável pela escolha de um parceiro, o relacionamento vai ficar semelhante a um contrato comercial. Não tem frio na barriga, não tem euforia, não tem taquicardia…não tem borboletas no estômago. E, de certa forma, isso é muito frustrante. Sabe aqueles casamentos que já nascem sem vida? Sabe quando os cônjuges parecem não sentir orgulho um do outro? Eles, talvez, tenham tudo do ponto de vista material, talvez façam viagens luxuosas etc. Mas, nunca experimentarão aquela sensação de sentir o fôlego faltar quando o outro se aproximar.

Eu sei, também, que talvez, você lendo isso agora, pode pensar: “que bobagem esse negócio de frio na barriga”. Pois é, mas, eu particularmente, não acho uma bobagem, pelo contrário, eu acho uma delícia e é o mínimo que eu desejo que um parceiro desperte em mim. E, essa sensação, dinheiro nenhum pode pagar por ela. Borboletas no estômago é vida, gente! É ressurreição!

Existem, também, aqueles relacionamentos nos quais a emoção foi a única responsável pela escolha do parceiro. Geralmente, são aqueles vínculos que se iniciam norteados, unicamente, pela atração física. Foram os hormônios que, no auge da sua efervescência, bateram o martelo. Nesses relacionamentos, a empolgação vai à máxima potência na fase inicial, contudo, vai murchando conforme o tempo vai passando, por falta de outros elementos que ajudem a sustentar e garantir a continuidade da relação. Porque você há de convir que, por mais extraordinário que um parceiro seja como amante, ele precisa oferecer algo interessante também fora da cama. Ninguém passa 24 horas namorando, acho que não.

Eu, particularmente, percebo a admiração como um potencializador da atração. Assim como considero a inteligência um poderoso afrodisíaco, capaz de, inclusive, substituir, com louvor, a beleza física. Acredito que, se você nunca viveu essa experiência, certamente, conhece alguém que se empolgou com alguém, mas acabou desanimando porque tudo o que a pessoa tinha a oferecer ficava entre quatro paredes.

Para que uma parceria amorosa tenha o mínimo de chance de prosperar, é fundamental que haja, ao menos, algumas afinidades. Não basta aquela química flamejante, até porque ela, por si só, não se sustentará se os demais quesitos estiverem ausentes na relação.

Eu já tive “amores” que meu cérebro escolheu, e posso afirmar que foram tão insossos. Eles não deixaram nenhuma saudade, nenhum resquício de frenesi sequer, quando lembro deles. Já tive, também, amores que os meus hormônios escolheram, mas que meu cérebro não via nenhum sentido. Foram intensos e efêmeros. Deram o que tiveram que dar e pronto. Faltavam condições para os sonhos e projetos, e eu estou longe daquele perfil de mulher que se contenta com um amor numa cabaninha, se é que me entendem.


Por


quarta-feira, 14 de março de 2018

CANÇÃO DAS MULHERES por Lya Luft



Muito eu esta crônica da Lya Luft 
uma belíssima reflexão feminina 
Roberta Carrilho



Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silencio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco mais – em lugar de voltar logo à sua vida, indo porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.

Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo “Olha que estou tendo muita paciência com você!”

Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!”

Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: “Pôxa, mais um?”

Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro – filho, amigo, amante, marido – não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

– crônica de Lya Luft, do livro ‘Pensar é transgredir’. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

SUPERANDO A DOR DE UMA DESILUÇÃO por Padre Fábio de Melo



Muito bacana!!

Concordo iteris literis com tudo dito. Eu vivi este erro do amor platônico e romântico. Esta construção ou projeção deste personagem. Este fardo estava me matando por mais de uma década. Eu estava me sabotando e ferindo por medo de assumir a verdade.
Finalmente aceitei. 
Acabou tudo! 
As ilusões acabaram!
Desconectei... me soltei!
Consegui me libertar desta prisão mortal e cruel!
Roberta Carrilho