Recebi este texto pelo face e resolvi publicá-lo aqui no blog para uma reflexão. Tenho uma filha com 23 anos e ela está muito ligada ao movimento feminino. Observo e quando tenho espaço coloco minhas observações. Eu particularmente não gosto deste estilo feminaze!! Sou e estou mais pra mulherzinha mesmo... e gosto em ser assim. Sou uma mulher com atitudes de uma mulher com seus 44 anos de vida. Não tenho mais aquelas necessidades de outrora mas uma coisa eu tenho necessidade em ser tratada como mulher e não uma réplica de um homem em pé de igualdade. Não somos iguais! Ponto! Eles são homens e eu sou mulher e cada um tem o seu lugar. Roberta Carrilho
A verdade é que mulher de atitude é aquela que abriu mão. Abriu mesmo, sabe? Não, ela não se maquia mais como antes, nem está sempre de salto. Se libertou de qualquer relação afetiva com seu cabelo. Definitivamente, não nasceram um para o outro. Se curou da sua compulsão por etiquetas em roupas, sapatos, bolsas. Argh! O problema não eram os objetos, mas as etiquetas. Assim que ela as tirava, não os tinha com o mesmo prazer que os via. Agora está a salvo.
Abriu mão da postura imaculada, da cara amarrada. Passou a sorrir mais para estranhos, fazer mais amigos e menos contatos. Abriu mão da regalia exposta, se apaixonou pelo simples, pelo menos. Pelo dela, por ser ela. Um preço que quase ninguém quer pagar. Cansou dessa ciranda de sorrisos plásticos. Se mulher direita é assim, ela é assado; esquerda liberalista. Errada, contrariada. Ela é o oposto, o desgosto. Geralmente identificada como a louca. Não liga. Louca lhe cai bem, afinal.
Uma vez, ouviu de colega que ela devia “assustar os homens com seu jeito”, prontamente respondeu que selecionava os homens com seu jeito. Ela fala palavrão mesmo, e é escandalosa, conversa com deus e o mundo, teima em ser o centro das atenções. Em termos de bebida, ela coloca muito macho no bolso. Mas também sabe fazer outras coisas das quais eles se orgulhariam. Se toda casa tem que ter um homem, ela se dispôs a ser ele desde cedo. E não é só isso: ela liga no dia seguinte, puxa papo e, se der na telha, também dá em cima. Paga a própria conta – e a dele – dá um jeito para qualquer mau humor, mas principalmente, mau olhado. Se tem uma coisa que não se preocupa nem um pouco é como está sendo vista – ou falada.
De fato, encontrar alguém a sua altura é difícil. Não por ela, não lhe entenda mal. Mas por eles. Eles não querem uma mulher que seja pau a pau, que domine, que leve pra sua roda de amigas, que saia pra tomar sua cervejinha sozinha, que não o espere em casa assistindo novela enquanto ele está na pelada com os amigos. O que eles querem é a Sandy. A submissa, a quietinha, a que tenha um passado que não lhe condene. O dela arde em chamas; ela é o capeta de saias.
A mulher de atitude é um desafio, dá trabalho. Os clichês não lhe convencem, é preciso ter essência. Dispensa compatibilidade de gostos, o que ela busca são planos que se casem. Se quiser mantê-la não a prenda, nem sequer seus cadarços são amarrados. Se a vir partir não a pare, se lhe convir, ela vai voltar sem aviso prévio. Rejeita a premissa de carência afetiva, não se pode sentir falta do que nunca se teve. Ela não é reflexo, é ato. Não é vulgar, mas tem o sal que falta nas mulheres doces.
Já abriu mão daquela história de príncipe encantado, de cara certo, de opostos que deveriam se atrair. Seu santo não tem o pau oco, é recheado de memórias. Tem um orgulho inenarrável de todas as conjecturas talhadas pela vida por amores roubados, por amizades perdidas, por dinheiro gasto. Ela é pesada, ainda traz no lombo o fardo de suas asas cortadas. Não se esquece a dor da noite para o dia, é preciso senti-la e vê-la partir. Não pode fingir que não viveu tudo que já fez. Seria uma imensa grosseria com todos os anos cicatrizados na pele como marcas de sol. Não apagaria seu passado nem se pudesse. É dela, tão ela, quanto cada sorriso que guarda na lembrança de qualquer passo atravessado.
A verdade é que ela abriu mão. Abriu mesmo, sabe? Não, não se maquia mais como antes, pois procura por quem não tenha medo de ver seus olhos fartos. Nem está sempre de salto, já tem a cabeça na lua enquanto seus pés saltitam pela rua. Ela dispensa homem sem coragem. Antes uma vida só do que uma mentira a dois.
Abriu mão da postura imaculada, da cara amarrada. Passou a sorrir mais para estranhos, fazer mais amigos e menos contatos. Abriu mão da regalia exposta, se apaixonou pelo simples, pelo menos. Pelo dela, por ser ela. Um preço que quase ninguém quer pagar. Cansou dessa ciranda de sorrisos plásticos. Se mulher direita é assim, ela é assado; esquerda liberalista. Errada, contrariada. Ela é o oposto, o desgosto. Geralmente identificada como a louca. Não liga. Louca lhe cai bem, afinal.
Uma vez, ouviu de colega que ela devia “assustar os homens com seu jeito”, prontamente respondeu que selecionava os homens com seu jeito. Ela fala palavrão mesmo, e é escandalosa, conversa com deus e o mundo, teima em ser o centro das atenções. Em termos de bebida, ela coloca muito macho no bolso. Mas também sabe fazer outras coisas das quais eles se orgulhariam. Se toda casa tem que ter um homem, ela se dispôs a ser ele desde cedo. E não é só isso: ela liga no dia seguinte, puxa papo e, se der na telha, também dá em cima. Paga a própria conta – e a dele – dá um jeito para qualquer mau humor, mas principalmente, mau olhado. Se tem uma coisa que não se preocupa nem um pouco é como está sendo vista – ou falada.
De fato, encontrar alguém a sua altura é difícil. Não por ela, não lhe entenda mal. Mas por eles. Eles não querem uma mulher que seja pau a pau, que domine, que leve pra sua roda de amigas, que saia pra tomar sua cervejinha sozinha, que não o espere em casa assistindo novela enquanto ele está na pelada com os amigos. O que eles querem é a Sandy. A submissa, a quietinha, a que tenha um passado que não lhe condene. O dela arde em chamas; ela é o capeta de saias.
A mulher de atitude é um desafio, dá trabalho. Os clichês não lhe convencem, é preciso ter essência. Dispensa compatibilidade de gostos, o que ela busca são planos que se casem. Se quiser mantê-la não a prenda, nem sequer seus cadarços são amarrados. Se a vir partir não a pare, se lhe convir, ela vai voltar sem aviso prévio. Rejeita a premissa de carência afetiva, não se pode sentir falta do que nunca se teve. Ela não é reflexo, é ato. Não é vulgar, mas tem o sal que falta nas mulheres doces.
Já abriu mão daquela história de príncipe encantado, de cara certo, de opostos que deveriam se atrair. Seu santo não tem o pau oco, é recheado de memórias. Tem um orgulho inenarrável de todas as conjecturas talhadas pela vida por amores roubados, por amizades perdidas, por dinheiro gasto. Ela é pesada, ainda traz no lombo o fardo de suas asas cortadas. Não se esquece a dor da noite para o dia, é preciso senti-la e vê-la partir. Não pode fingir que não viveu tudo que já fez. Seria uma imensa grosseria com todos os anos cicatrizados na pele como marcas de sol. Não apagaria seu passado nem se pudesse. É dela, tão ela, quanto cada sorriso que guarda na lembrança de qualquer passo atravessado.
A verdade é que ela abriu mão. Abriu mesmo, sabe? Não, não se maquia mais como antes, pois procura por quem não tenha medo de ver seus olhos fartos. Nem está sempre de salto, já tem a cabeça na lua enquanto seus pés saltitam pela rua. Ela dispensa homem sem coragem. Antes uma vida só do que uma mentira a dois.
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