O que fazer quando o momento que deveria ser o mais feliz da vida de uma mulher se torna um pesadelo?
O parto tem se tornado o motivo de diversos processos e o palco de vários tipos de agressões.
É a chamada violência obstétrica, caracterizada por insultos de profissionais, procedimentos não concedidos e proibições desmedidas.
Pesquisa divulgada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo mostra que uma em cada quatro mulheres já sofreram alguma violência no parto, física ou verbal.
Número subestimado, já que muitas mulheres, por não conhecerem seus direitos, não entendem que foram vítimas desse tipo de violência.
Grito, episiotomia – o corte entre o ânus e a vagina para facilitar a saída do bebê –, falta de analgesia ou negligência são as principais violências relatadas.
Medicação para acelerar o parto, forçar a barriga para a saída do bebê (manobra de Kristeller), constantes lavagens intestinais e diversos exames de toque para checar a dilatação também estão na lista de violências sofridas.
E continua: humilhações verbais pelos profissionais de saúde, a proibição de um acompanhante, a marcação de uma cesárea sem necessidade, não deixar que a mulher coma ou beba alguma coisa, impedir massagens para aliviar a dor ou proibir que ela se movimente ou escolha uma posição confortável.
E uma das piores: não entregar o bebê para a mãe após o parto, para que ela possa ver e amamentar o filho.
Os efeitos desta violência são muitos, e podem causar depressão, dificuldade para cuidar do recém-nascido e problemas na sexualidade da mulher.
Para por fim a este crime é preciso denunciar. Os casos podem ser denunciados no site do Ministério Público Federal ou em delegacias.
Muitas mulheres e entidades têm se mobilizado para informar as gestantes sobre direitos. E para defender o parto humanizado, onde as escolhas da mulher são respeitadas, com o mínimo de intervenções médicas autorizadas pela gestante – sempre levando em consideração a segurança e saúde dela e do bebê.
Em 2011, o governo federal lançou a Rede Cegonha, com o objetivo de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País. O programa será implantado, gradativamente, em todo o território nacional.
O projeto também prevê a humanização do parto, criando casas de parto integradas ao Sistema Único de Saúde. Até o final de 2014, deverão ser 200 em todo País.
Corra atrás dos seus direitos. Conheça. Pesquise. Em qualquer sinal de abuso ou agressão denuncie. A sua vida e a do seu bebê são importantes demais para não serem respeitadas.
Fonte: https://www.facebook.com/SiteDilmaRousseff?fref=photo
Nenhum comentário:
Postar um comentário