segunda-feira, 7 de maio de 2018

MORRE STEPHEN HAWKING, O GÊNIO DO "UNIVERSO NUMA CASCA DE NOZ", AOS 76 ANOS por Fernando Cymbaluk




"Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar o rei do espaço infinito". 

A frase de Hamlet, de William Shakespeare, citada por Stephen Hawking em seu best-seller "O universo numa casca de noz" (2001), talvez seja uma das melhores metáforas para a vida do físico inglês, morto nesta quarta-feira (14 de março/2018) por complicações da esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa com a qual conviveu desde a juventude. Segundo informe da família do cientista, ele faleceu em sua casa em Cambridge, no Reino Unido.

O jornal britânico "The Guardian" publicou trechos do comunicado dos filhos de Hawking, Lucy, Robert e Tim, em que afirmaram: "Ele foi um grande cientista e um homem extraordinário. Seu legado irá viver por muitos anos. Sua coragem e persistência, além do seu brilhantismo e bom humor, inspiraram pessoas em todo o mundo (...) Nós vamos sentir sua falta para sempre". 

STEPHEM HAWKING QUE REVELOU SEGREDOS DO ESPAÇO E DO TEMPO, MORRE AOS 76 ANOS 










LEGADO 
Ele ficou mundialmente conhecido como o cientista que vivia recluso em uma cadeira de rodas computadorizada sem poder mexer o corpo franzino e atrofiado. E como o pensador que conquistou reinados da física ao ajudar a entender a origem do Universo e o papel dos buracos negros. "Se vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes", diz Howking, citando Issac Newton (1643-1727), na obra "Os Gênios da Ciência" (2002), na qual revisita pensadores revolucionários.

Sua genialidade, que contribuiu para o avanço da física, e sua irreverência, que permitiu dar asas a um fenômeno pop, fizeram com que ele se assemelhasse muito com Albert Einstein (1879-1955), outro gênio pop, Hawking ocupou a cadeira de Isaac Newton como professor de Matemática na Universidade de Cambridge até 2009, quando se comunicava apenas por um botão, utilizando um sintetizador  de voz. Mas foi sua capacidade de contar ao público leigo, em linguagem fácil e cativante, as complexas teorias do mundo moderno, que fizeram dele um astro mundial. 

Seu primeiro best-seller,  "Uma breve história do tempo" (1988), traduzido em 35 línguas, teve mais de 10 milhões de cópias vendidas em 20 anos. Na obra em que trata de teorias como o do princípio quântico da incerteza, supercordas e buracos negros, conclui



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