quarta-feira, 30 de março de 2016

PELA LEGALIDADE by WAGNER MOURA - Folha de São Paulo (30/03/2016)

Núuuuu que homem inteligente, íntegro e corajoso!!! Ele expressa justamente o que eu penso. Roberta Carrilho

Ser legalista não é o mesmo que ser governista, ser governista não é o mesmo que ser corrupto. É intelectualmente desonesto dizer que os governistas ou os simplesmente contrários ao impeachment são a favor da corrupção.

Embora me espante o ódio cego por um governo que tirou milhões de brasileiros da miséria e deu oportunidades nunca antes vistas para os pobres do país, não nego, em nome dessas conquistas, as evidências de que o PT montou um projeto de poder amparado por um esquema de corrupção. Isso precisa ser investigado de maneira democrática e imparcial.

Tenho feito inúmeras críticas públicas ao governo nos últimos 5 anos. O Brasil vive uma recessão que ameaça todas as conquistas recentes. A economia parou e não há mais dinheiro para bancar, entre outras coisas, as políticas sociais que mudaram a cara do país. Ninguém é mais responsável por esse cenário do que o próprio governo.

O esfacelamento das ideias progressistas, que tradicionalmente gravitam ao redor de um partido de esquerda, é também reflexo da decadência moral do PT, assim como a popularidade crescente de políticos fascistas como Jair Bolsonaro.

É possível que a esquerda pague por isso nas urnas das próximas eleições. Caso aconteça, irei lamentar, mas será democrático. O que está em andamento no Brasil hoje, no entanto, é uma tentativa revanchista de antecipar 2018 e derrubar na marra, via Judiciário politizado, um governo eleito por 54 milhões de votos. Um golpe clássico.

O país vive um Estado policialesco movido por ódio político. Sergio Moro é um juiz que age como promotor. As investigações evidenciam atropelos aos direitos consagrados da privacidade e da presunção de inocência. São prisões midiáticas, condenações prévias, linchamentos públicos, interceptações telefônicas questionáveis e vazamentos de informações seletivas para uma imprensa
controlada por cinco famílias que nunca toleraram a ascensão de Lula.

Você que, como eu, gostaria que a corrupção fosse investigada e políticos corruptos fossem para a cadeia não pode se render a esse vale-tudo típico dos Estados totalitários. Isso é combater um erro com outro.

Em nome da moralidade, barbaridades foram cometidas por governos de direita e de esquerda. A luta contra a corrupção foi também o mote usado pelos que apoiaram o golpe em 1964.

Arrepio-me sempre que escuto alguém dizer que precisamos "limpar" o Brasil. A ideia estúpida de que, "limpando" o país de um partido político, a corrupção acabará remete-me a outras faxinas horrendas que aconteceram ao longo da história do mundo. Em comum, o fato de todos os higienizadores se considerarem acima da lei por fazerem parte de uma "nobre cruzada pela moralidade".

Você que, por ser contra a corrupção, quer um país governado por Michel Temer deve saber que o processo de impeachment foi aceito por conta das chamadas pedaladas fiscais, e não pelo escândalo da Petrobras. Um impeachment sem crime de responsabilidade provado contra a presidente é inconstitucional.

O nome de Dilma Rousseff não consta na lista, agora sigilosa, da Odebrecht, ao contrário dos de muitos que querem seu afastamento. Um pedido de impeachment aceito por um político como Eduardo Cunha, que o fez não por dever de consciência, mas por puro revide político, é teatro do absurdo.

O fato de o ministro do STF Gilmar Mendes promover em Lisboa um seminário com lideranças oposicionistas, como os senadores Aécio Neves e José Serra, é, no mínimo, estranho. A foto do juiz Moro com o tucano João Doria em evento empresarial é, no mínimo, inapropriada.

E se você também achar que há algo de tendencioso no reino das investigações, não significa que você necessariamente seja governista, muito menos apoiador de corruptos. Embora a TV não mostre, há muitos fazendo as mesmas perguntas que você.


WAGNER MOURA, 39, é ator. Protagonizou os filmes "Tropa de Elite" (2007) e "Tropa de Elite 2" (2010). Foi indicado ao prêmio Globo de Ouro neste ano pela série "Narcos" (Netflix)

sexta-feira, 25 de março de 2016

VOCÊ PEDIU E EU JÁ VOU DAQUI by Nando Reis e Os Infernais


Um dos prazeres que eu tenho na vida é ficar em casa, fazendo tira-gosto, quitutes, comida, doces, tomando vinho com amigos, e, claro, escutando Nando Reis, Marisa Monte, Ana Carolina, U2, Shank, entre outros ... amooo!!!
Mas entre todos o Nando é meu favorito... my idol 



Você pediu e eu já vou daqui
Nem espero pra dizer adeus
Escondendo sempre os olhos meus
Chorando eu vou, tentei lhe falar
Você nem ligou

Eu nunca consegui me explicar
Porque você não quis me ouvir falar
E deixo todo meu amor aqui
Jamais eu direi que me arrependi
Pelo amor que eu deixar

Mas da saudade eu tenho medo
Você não sabe, eu vou contar todo segredo
Esses caminhos eu conheço
Andar sozinho eu não mereço
E você há de entender
A gente tem que ter alguém pra viver

Se você quer, eu vou embora
Mas também sei que não demora
Você é criança e vai chorar
Só então vai compreender
Que muito amor eu dei
E eu quero ver
Você lamentando, meu nome chamar

E quando um dia isso acontecer
De você querer voltar pra mim
O meu perdão eu vou saber lhe dar
E jamais eu direi
Que um dia você conseguiu me magoar

Nando Reis - site oficial 








DOCE DE ABÓBORA COM COCO by Roberta Carrilho


Hoje estou fazendo doce de abóbora com coco, um dos doces que eu mais gosto e meus pensamentos sentiram saudades da Maria Eduarda... Ela ama++ ficar perto de mim e aprender a cozinhar... experimentar, compartilhar... enfim, senti falta dela estar aqui comigo. :/

Só para meu registro pessoal... Sexta-feira da paixão com saudades no meu coração!

Roberta Carrilho



Como fazer
Cozinhe (panela de pressão) depois que começa a sair o vapor (20 minutos)desligue. A abóbora tem que ficar no ponto em que dê para amassar. 

Escorra bem a água e bata no liquidificador com leite.

Coloque no fogo alto numa panela funda com leite, adicione 1/2 lata de leite condensado e vai adicionando um pouco de açúcar até ficar no ponto que você gosta. Eu gosto menos doce.

Quando começar a ferver, conte cerca de 10 minutos em fogo médio, mexendo para não grudar no fundo e desligue, adicione o coco ralado.

Deixe esfriar e coloque na geladeira.
Sirva gelado.




[18+] A WEDJA CAROLINE FOI FOTOGRAFADA PELO JEFFERSON RAMOS

Sinto a mesma vontade de fazer um ensaio fotográfico como este...(ficou sensual e lindo!) quando completar 50 anos farei. Eu vou escolher um fotografo que me faça sentir à vontade na minha pele, no meu corpo envelhecido, meu companheiro de todas as histórias. Quem sabe o próprio Jefferson Ramos? Gostei muito do estilo vintage que ele fez. Roberta Carrilho



Aquela vontade de posar nua existia há um tempo, porém a insegurança me dominava. Desde os meus 14 anos, começou a crescer minha admiração pela fotografia, principalmente pelo nu e sensual que costumava ver pelo Tumblr. Achava mais incrível ainda ver modelos de vários estereótipo de beleza.

Eu ficava ali, apenas na admiração, não passava pela minha cabeça um dia ser eu sendo clicada nua.


Passei a ter interesse quando comecei a ver amigas minhas sendo clicadas. Conversei com umas e outras para saber a experiência. Quando o Jeh Ramos me convidou, foi uma baita surpresa. Contei a ele sobre a tal da insegurança, detalhes e defeitos que detestava do meu corpo, ele foi bem compreensível e muito paciente, me ajudou bastante e é claro que não tive como recusar. Já que acompanhava o trabalho dele e a admiração foi à primeira vista.

Durante o ensaio foi tudo tão mágico, agradável, prazeroso, divertido. Colocamos um som, fomos batendo um papo, dando gargalhada e aquela timidez insegurança nem ousou em surgir. Foi cansativo, mas ver o resultado de como tudo ficou simplesmente maravilhoso. Valeu a pena. A sintonia que une o fotógrafo com a modelo, não tem igual, é preciso.

A experiência de posar nua foi incrível, desafio, libertador, me ajudou na autoestima e comecei aceitar mais meu corpo como ele realmente é.



20 BONS ESCRITORES INDICAM SEUS LIVROS FAVORITOS by Marcela Campos


O desespero é real. O eterno sentir que não vai dar tempo de ler todos os bons livros que nos aguardam nas prateleiras amadeiradas da vida. A ansiedade de contar as páginas restantes pro final de uma história e a satisfação dos livros jogados pela casa, sem mais lugar na velha estante.

Só dedos que coçam pelo peso de um livro é que sabem das dores e delícias do vício em leitura. Do virar frenético de páginas e da areia nos olhos da manhã seguinte a um último capítulo. Do cheiro abaunilhado da lignina naqueles livros caçados no sebo da cidade.

Bons escritores também sabem de tudo isso. E recomendam outras boas obras, que vêm pra se acumular na nossa interminável lista – e é em prol dela que julguei importante trazer a websérie Livro de Cabeceira pra cá.

São vinte episódios curtinhos nos quais escritores de boa literatura falam sobre seus livros preferidos – histórias, roteiros, críticas e reflexões – e dão o empurrão que precisávamos pra conhecer novos cantos da livraria.

Tem um monte de nomes frescos ou irreconhecíveis a todos, e isso pode ser puro tesouro. Pra conhecer as recomendações, é só dar play no vídeo. Pra estender essa lista pra uma imensamente maior, é só clicar nos nomes dos escritores pra saber mais sobre suas obras.

1. Marcelino Freire indica Estrela da Vida Inteira, de Manuel Bandeira

2. Fernanda Torres indica Bouvard e Pecuchet, de Gustave Flaubert

3. Raphael Montes indica O Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Christie

4. Luiz Ruffato indica O Planalto em Chamas e Pedro Páramo, de Juan Rulfo

5. Valter Hugo Mãe indica Toda Poesia, de Paulo Leminski

6. Lourenço Mutarelli indica O Mez da Gripe e Outros Livros, de Valêncio Xavier

7. Santiago Nazarian indica A Metamorfose, de Franz Kafka

8. Sérgio Rodrigues indica Ficções, de Jorge Luis Borges

9. André de Leones indica Badenhein 1939, de Aharon Appelfeld

10. Milton Hatoum indica Três Contos, de Gustave Flaubert

11. Noemi Jaffe indica José e Seus Irmãos, de Thomas Mann e Poemas Selecionados de William Carlos Williams

12. Carlos Heitor Cony indica Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida

13. Ricardo Lísias indica Ulysses, de James Joyce

14. Carola Saavedra indica Rayuela, de Julio Cortazar

15. Alberto Mussa indica Asfalto Selvagem, de Nelson Rodrigues

16. Bernardo Carvalho indica O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov

17. José Roberto Torero indica Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

18. Sérgio Sant'Anna indica Marcel Duchamp ou o Castelo da Pureza, de Octavio Paz

19. Bruno Zeni indica Malaguetas, Perus e Bacanaço, de João Antônio

20. Marçal Aquino indica Angústia, de Graciliano Ramos

VIVA AS MULHERES FORTES !!



Nadia Fink é uma escritora argentina que teve a ideia de escrever uma coleção de histórias sobre mulheres fortes, que rompem com o estereótipo dos contos de fadas. São histórias feitas para meninos e meninas que buscam derrubar as ideias sexistas que promovem as princesas da Disney, as Barbies e outros clichês de gênero.

Por mais que estejamos em pleno século XXI, o estereótipo do que é feminino continua muito forte. Uma das razões para que isso ocorra dessa forma é que desde a infância os contos infantis instauram no imaginário a ideia de que a princesa é o ideal de mulher.

“As mulheres com passado e os homens com futuro são as pessoas mais interessantes.”
Chavela Vargas

Desde os videogames até os filmes de Hollywood, todos reforçam esse estereótipo que marca fortemente a mente das crianças. E é assim desde a mais tenra infância,alimentando a mente infantil com um modelo ultrapassado das condições de gênero. 

As mulheres dos contos de fadas


Os contos de fadas tradicionais têm uma estrutura narrativa muito similar entre si. Todos são histórias de amor fantásticas, onde o centro do conflito é uma mulher tratada injustamente pelo destino. Todos, sem exceção, resolvem o problema por dois meios: a intervenção mágica de outra mulher, a fada, e a salvação definitiva graças a um príncipe.

Essas histórias terminam com a elevação da protagonista ao papel de princesa, dentro de um reino encantado. Esse tipo de solução para os problemas se reproduz centenas de vezes, com algumas adaptações óbvias, em várias novelas, séries e filmes atuais.

Mas porque esse tipo de história é negativa se o que está sendo exaltado é a justiça e a felicidade no amor? Não são histórias puras com a moral de que as meninas que são bondosas e o amor sempre vence no final?

O mais problemático desse tipo de história é que elas distorcem a essência de muitos valores. Por exemplo, criam uma relação arbitrária entre a bondade e a beleza. A princesa sempre é uma boa pessoa, mas é sempre também muito bonita. Não existem princesas feias. As feias são sempre as vilãs, que conspiram contra a princesa, basicamente por terem inveja.

Também reforçam a ideia de que o maior triunfo para uma mulher é encontrar seu príncipe. Com isso é transmitida uma ideia equivocada do amor.

No amor real a história começa onde terminam os contos de fadas. Não se vive feliz para sempre uma vez que a convivência supõe árduos desafios para qualquer casal. E não existem príncipes, mas sim homens feitos de carne e osso que nem sempre podem corresponder às expectativas de mulheres que os idealizam.

Finalmente, esse tipo de ilusão fantasiosa leva à frustração e à infelicidade. Ainda que seja difícil acreditar, muitas pessoas sofrem por toda sua vida por não encontrarem ou não serem esse ideal de mulher ou homem, esse ideal de amor. E o sofrimento fica no lugar da felicidade pelas situações reais que a vida nos presenteia.

As anti-princesas


As duas anti-princesas com as quais Nadia Fink inaugurou sua coleção são Frida Kahlo e Violeta Parra, duas mulheres que não ficaram esperando o dia que um príncipe as salvaria. Elas mesmas se salvaram e não ficaram esperando.

Em suas histórias de amor há sim contradições, abandonos e desencontros. Também há grandes feitos e um desenvolvimento individual independente dos problemas do amor romântico. Ao contrário do que poderia se supor, essas histórias não decepcionam, mas representam um novo tipo de interesse: o interesse pelo mundo real.

Frida Kahlo não era a típica menina angelical que encontrou seu sonhado príncipe. Foi uma mulher marcada pela doença desde muito jovem, que viveu uma apaixonada e contraditória história de amor com um homem que não se parecia nem um pouco com o Ken, o namorado da Barbie. O interessante dessa história foi a forma como marcou a obra de Frida: uma verdade poesia de imagens.

Violeta Parra, a grande artista chilena, não foi a mulher que seu primeiro marido esperava. Não foram felizes para sempre, já que se separaram. A primeira filha que teve com seu segundo marido morreu aos dois anos.

Sua famosa música “Gracias a la vida” foi uma composição feita depois de se recuperar de uma tentativa de suicídio. Não era certamente o tipo de mulher que inspiraria uma história da Disney.

São muitas as anti-princesas de carne e ossos que deixaram sua marca no mundo, por se negarem a atuar conforme os estereótipos de gênero. Mulheres dotadas de uma grande personalidade, que foram capazes de enfrentar os preconceitos e se atreveram a ser livres. Por isso, sem dúvida, podemos dizer: Viva as mulheres fortes!




segunda-feira, 21 de março de 2016

HOJE É DIA INTERNACIONAL DOS PORTADORES DA SÍNDROME DE DOWN


Quero abraçar e beijar todos estes meninos e meninas que amo++++ que tem síndrome de Down ... amo todos!!! São anjos que moram aqui na Terra....
Roberta Carrilho






terça-feira, 15 de março de 2016

O QUE NINGUÉM DIZ SOBRE A DEPRESSÃO (mas eu vou dizer) by Yahoo Vida e Estilo International



Em 2009, pela primeira vez passei por um hospital psiquiátrico, e fiquei lá por uma semana. Naquele momento da minha luta contra a depressão, meus pensamentos giravam em torno das várias maneiras pelas quais eu poderia acabar com a minha vida. Desde então, meu medo de perder para a depressão, aumentou.


Eram três horas da manhã, e eu estava sozinho com meus pensamentos. Esta é uma experiência com a qual estou muito familiarizado. Uma experiência que eu nunca deixei de temer. Meu cérebro, entenda, quer me matar.

A depressão é uma doença mental, que essencialmente faz com que você acredite que é um lixo inútil. Para alguns, como eu, este sentimento pode se tornar forte o bastante para que pensamentos autodestrutivos sejam comuns.

A depressão, bem como qualquer outro problema de saúde diagnosticado, tem diferentes níveis de gravidade, e felizmente, não estou mais no nível crítico da doença. No entanto, pensamentos suicidas surgem de vez em quando, então eu precisei desenvolver maneiras de diminuir o impacto destes pensamentos.

Mesmo com estratégias definidas, lutar contra a depressão (e contra a perspectiva de pensamentos suicidas) é uma batalha constante e muito dolorosa. E é esta realidade — a letargia, a apatia forçada por traz de um véu de sorrisos — que desejo que as pessoas conheçam e entendam. Para entender o suicídio, é preciso entender a natureza da depressão. Para a maioria das pessoas que não passou pela experiência, isso é difícil.

A desvantagem de sempre ser o melhor

Oficialmente fui diagnosticado com transtorno depressivo em 2009, durante meu último ano de faculdade. Eu digo “oficialmente” porque, na época, meu psiquiatra sugeriu que provavelmente eu já sofria com o problema há mais tempo. Foi antes do último semestre da faculdade, no entanto, que a depressão se mostrou de uma forma que já não podia mais ser ignorada. Embora irracional, o suicídio aliviava minha incessante necessidade de me convencer de que minha vida valia a pena.

Parecia que a depressão era um pré-requisito para a admissão — uma crença que aparentemente não é completamente infundada.

Mas eu não era o único que enfrentava este inimigo. Na minha faculdade de “elite”, a depressão não era mencionada, mas era experimentada de forma quase onipresente por muitos dos meus colegas. Parecia que a depressão era um pré-requisito para a admissão — uma crença que aparentemente não é completamente infundada. De acordo com um estudo de 2014, realizado pela Cooperative Institutional Research Program da UCLA, quase um em cada 10 universitários sofrem de depressão — um número bem maior do que o citado em estudos anteriores. E este problema mental é indiscutivelmente mais difundido nos ambientes hiper competitivos das instituições de elite.

Como William Deresiewicz, um antigo professor de Yale que escreveu ‘Don’t Send Your Kid to the Ivy League’ explicou em uma entrevista para o The Atlantic:

“Essas crianças sempre foram as melhores de suas classes. Seus professores sempre as elogiaram e inflaram seus egos. Mas esta é uma falsa autoestima. Não é o verdadeiro autocontrole, no qual você se julga segundo os próprios padrões internos e tem a sensação de que está seguindo em direção a algum lugar…. Estas crianças não têm capacidade de medir o próprio valor de uma forma realista — ou são as melhores ou não valem nada. Este é o tipo de mentalidade que permeia todo o sistema”.
Mais recentemente, uma força-tarefa da University of Pennsylvaniaorganizou um exame da saúde mental nos estudantes no campus. Como o The New York Times relata, os pesquisadores trouxeram à luz um aspecto sombrio e perturbador da cultura do campus: “O Rosto de Penn”, um termo usado pelos alunos para descrever a prática de fingir que está feliz mesmo quando está triste ou estressado. Um fenômeno semelhante está presente em outras escolas de nível superior comoStanford, onde é conhecido como “A Síndrome do Pato”. “Como um pato, os alunos parecem deslizar pela água enquanto se debatem freneticamente para não afundar”, escreve Julie Scelfo no Times.

De fato, em uma época na qual as linhas do tempo no Facebook estão inundadas de promoções de trabalho, compromissos, e viagens de férias, a ansiedade sobre o sucesso pessoal é muito comum.


Fonte: https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/127777974715/o-que-ningu%C3%A9m-diz-sobre-a-depress%C3%A3o-mas-eu-vou





domingo, 13 de março de 2016

POR QUE EU CONTINUO NÃO INDO PARA A RUA by Tayná Leite



Faço das palavras da Tayná as minhas ... 
Roberta Carrilho


Muita gente que não me conhece me xingou de coisas inomináveis. Me acusaram de corrupta, vendida, petralha, burra, "conivente com a tragédia que assola nosso país" e tantos outros adjetivos que jamais imaginei que seriam atribuídos a mim. Estando grávida e em um momento de maior introspecção e preservação, estava bastante dividida sobre me expor mais uma vez.

Eis que estou navegando inocentemente na minha timeline do Facebook e me deparo com um vídeo beirando o surreal - e que não compartilho por razões óbvias.

No vídeo, o rosto do juiz Sérgio Moro é utilizado em uma montagem que é uma exaltação pitoresca à sua figura de "salvador da pátria". A partir disso, ele convoca as pessoas para ir às manifestações a fim de demonstrar insatisfação com o atual governo -- leia-se PT, Dilma e Lula porque muitos ignoram que o PMDB é governo e decide votações e tem a presidência de duas casas.

Então me dei conta de que a hora não é de preservação e sim de posicionamento. E o posicionamento não é - necessariamente - à esquerda ou à direita, mas contra a loucura e a polarização. Preciso sim, me posicionar contra essa idolatria de pessoas e figuras que em nada contribui ao debate político e ao avanço democrático.

Então, aqui vou eu.

Mesmo sendo repetitiva, sabendo que vou ler coisas desagradáveis, vou colocar as razões pelas quais, eu, Tayná, não vou para as ruas.

Sou contra toda forma de corrupção e não vou para a rua; eu não irei para a rua e jamais irei se for para estar ao lado de pessoas que se afinam com pautas de direita.

Sob a desculpa de estarem preocupadas com a corrupção, essas pautas querem restringir direitos conquistados a duras penas e são capazes de mascarar os problemas históricos desta nação que, como li esses dias no Facebook, sempre foi uma máquina de moer gente.

Continuo não indo às ruas domingo porque essa revolta é seletiva da mídia e também de muitas pessoas que ali estarão.

Esse protesto não é sobre corrupção. A Lava-Jato não é sobre corrupção. Se fosse, seu "garoto propaganda" não seria Áecio Neves. Se fosse, não veríamos, como no ano passado, faixas com‪#‎somostodosCunha‬ escrito. Se fosse teríamos gritos e protestos contra Alckmin, Beto Richa, Serra e Fernando Henrique Cardoso.

Continuo não indo às ruas se não for para expor o Cunha, o PSDB, o PMDB e não adianta achar que uma faixa que diz "queremos que todos os partidos políticos respondam por seus atos" represente um real desejo de justiça e igualdade.

A corrupção não é novidade.

Certamente ela não é novidade para quem cresceu sem saneamento básico e asfalto porque a verba nunca chegou. Ela não é nada nova para quem não teve acesso à educação básica e à saúde por séculos e décadas, muito menos para os que vivem sem água no sertão ou para os que morrem todo ano nas enchentes fluminenses.

Então, não se engane dizendo que a sua revolta é com o nível absurdo de corrupção. Ela está aí, corroendo o Brasil há séculos de formas muito mais perversas e nem por isso você gastou seu teflon com isso.

Muitos dizem: "mas eu não vou domingo pedir a volta da Ditadura" ou "mas eu não apoio o Cunha ou Bolsonaro". Essas mesmas pessoas estarão lado a lado com essas mesmas pautas e este risco eu não quero correr.

Eu fui às ruas contra o Beto Richa e os deputados que massacraram os professores. Eu fui às ruas contra o PL 5069/2015 e o Cunha que ainda insiste em culpabilizar as mulheres vítimas de violência e nos tolher o pouco de direitos reprodutivos conquistados.

Eu não fui pra rua tirar foto com a PM ou abraçar o amigo com a camisa da seleção brasileira (que representa uma das instituições mais corruptas do Brasil e quiçá do mundo). Curiosamente, nessas manifestações não havia rua fechada para nós, nem cordão de isolamento.

Poucos que se indignarão domingo estavam lá apoiando as mulheres. Faltavam muitos dos defensores inflamados do Lula e das Instituições Democráticas. Não teve cobertura da grande mídia e as pessoas passavam com seus carros xingando e reclamando do trânsito.

Por que será?

Já nos dizia Mark Twain:
"Toda vez que você se encontrar ao lado da maioria, é hora de parar e refletir."

Eu não irei às ruas pedir o fim da corrupção ao lado de pessoas que, em muitos casos, não pagam seus impostos, vivem em Miami, mas nunca tem nada a declarar na alfândega e ainda se iludem "que roupa não entra na cota".

Eu não vou às ruas com quem apoia a redução da maioridade penal ou quem é contra a legalização do aborto e jamais, nem sob decreto, irei para a rua com quem acredita que um país com tantas desigualdades como o nosso, no qual a maioria da população é diariamente massacrada pelo Estado, esteja como está apenas por culpa do PT.

Eu não irei às ruas celebrar o Moro ou o MPF que se acham "paladinos da Justiça" quando estão, quando muito e com ressalvas, apenas fazendo seu trabalho.

Para mim, os fins continuam não justificando os meios.

Pode se tratar do Lula, do Cunha, do meu vizinho ou de quem for. Vou pelo caminho mais difícil da mudança. Aquele que passa por uma reforma profunda de valores e não pela destruição de tudo aquilo pelo que tantos deram suas vidas para conquistar.

Não, para mim Moro não é ídolo. Aliás, sequer é alguém que eu pessoalmente admire e sim, eu considero o MP - com raras exceções - um órgão do qual desconfiar; e não, jamais apoiarei nem dez nem duas medidas "contra a corrupção" que sejam também contra a Constituição.

Também não podemos continuar perpetuando discurso de ódio e culpando os outros pelos nossos problemas sem que nos dediquemos minimamente a aprofundar a reflexão e fazer algo para resolvê-los. Essa discussão Fla-Flu não nos levou a lugar nenhum.

Chamar o cidadão de "coxinha" não vai resolver em nada. Culpar o empresário que acorda cedo, paga impostos e que gera empregos também não. Ajuda muito menos aquele que defende o governo cegamente com unhas e dentes sem enxergar suas incoerências, sua hipocrisia e demagogia - e o quão pouco o próprio PT fez para corrigir distorções históricas no tratamento que é dado ao cidadão pelo próprio judiciário que agora "os persegue".

Ainda assim, mesmo eu não indo para a rua por todas as razões expostas, acredito que o protesto é um meio valido de manifestar insatisfação e sei muito bem que nem todos que vão acreditam em todas as pautas ali colocadas. Acredito também que muitos dos que ficarão em casa são realmente iludidos e estão cegos pela ideologia.

Então, vá às ruas no dia 13 e demonstre sua posição. Vá em paz e proteste! Mas lembre-se quem estará ao seu lado e que tipo de pautas estão sendo reivindicadas.

E mais: nem o impeachment nem o status quo resolverão o problema. A única coisa que vai iniciar a mudança verdadeira é o olhar para primeiro para si, depois para o outro com atenção e empatia.

É sair da cadeira e da frente do computador e agir. É ler, estudar, empoderar, ocupar o espaço público, cobrar os políticos, votar com consciência e (de preferência ir votar).

Você pode achar que o maior problema do Brasil é a corrupção, mas não é. O maior problema do Brasil é o individualismo e a consequente desigualdade social. A corrupção é apenas sintoma de uma causa muito mais podre e pobre.




sábado, 12 de março de 2016

terça-feira, 8 de março de 2016

HOJE É O NOSSO DIA - DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

Hoje é o nosso dia!!! Merecidamente!!!
Ser mulher não é fácil não!!! Somos super heroínas... Jornada dupla, cólica, menstruação, gravidez, parto, oscilação hormonal todos os meses, salão de beleza, corpo sarado, profissão rentável, competitividade corporativa, mulher, esposa, namorada, dona de casa, mãe, avó, sogra, etc... é brinquedo não!!! Ufa!!! 
PARABÉNS PARA TODAS NÓS MULHERES 

RECADO PARA AQUELES PSEUDO-HOMENS BATEDORES DE MULHERES

HEI VC AI O MAIS CANALHA DE TODOS HOMENS
VOCÊ É O PIOR PORQUE BATEU DIVERSAS VEZES NUMA MULHER GRÁVIDA
A MÃE DA SUA ÚNICA FILHA ENQUANTO ELA ESTAVA GESTANDO.
SUA FILHA NÃO É IDIOTA COMO VOCÊ!!!

NÃO POSTE NADA SOBRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
TENHA VERGONHA NA CARA E PARE DE BANCAR O HOMEM CORRETO
VOCÊ NÃO É HOMEM - PELO CONTRÁRIO VOCÊ É UM MONSTRO PSICOPATA
SEM ARREPEDIMENTO, SEM NADA DE BOM....
VOCÊ NÃO É HOMEM NEM FORA E NEM DENTRO DA CAMA!!!
CANALHA!!! HIPÓCRITA!!! FALSO!!!

QUEM LHE CONHECE SABE QUEM VOCÊ É UM CANALHA QUE BATE EM MULHER
NA INTIMIDADE DO LAR ... LONGE DOS OLHARES DOS OUTROS.

É UM DEBOCHE! É RIDÍCULO OS SEUS POSTS DE INDIGNADO E ATIVISTA
CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ...


NEM SUA FILHA QUE APANHOU DENTRO DA PRÓPRIA MÃE GRÁVIDA
ACREDITA NISTO,.. VC É UM MONSTRO (hk)

SEI QUE VOCÊ (hk) ACESSA ESTE BLOG TODOS OS DIAS OU QUASE TODOS
VEJA A MÚSICA QUE SUA FILHA ME ENVIOU!!!
VOCÊ REPRESENTA A MORTE PARA ELA...
SÓ QUE ELA AINDA NÃO PODE DIZER
MAS UM DIA O ÓDIO E A MÁGOA DELA TAMBÉM VAI LHE BATER NA SUA CARA
IDIOTA, MONSTRO, BATEDOR DE MULHERES (GRÁVIDAS)


eu assustei com esta música quando ela me enviou pelo Whatsapp
 ... eu não conhecia
dá para sentir a raiva que ela sente de vc HKCN...
você vai pagar por toda dor que causou.



DIA A DIA DE UMA MULHER QUE SE TRANSFORMA EM MÃE