segunda-feira, 31 de agosto de 2015

ADEUS AGOSTO !!!







domingo, 30 de agosto de 2015

QUEM SOU por Roberta Carrilho


É o sentimento de hoje, de amanhã talvez, não sei! Faço escolhas conscientes, pois não me permito mais nada que me traga angústia ou malquerer... sou densa, complexa e tenho necessidades idem, ou seja, preciso de pessoas profundas para mergulhar. Não sou líquida, sou concretude. Não sou paz e amor e nem pragmática, sou racional, intelectual. Gosto de filosofia, sociologia e política. Outros rejeitam meus gostos porque não são fáceis de serem digeridos. Eles não falam o meu idioma e portanto não há comunicação que me agrade. Eu sou eu! Não convencional.Talvez compreendida ou não, amada ou não, mas sou e estou no meu tempo e o vivo no agora. E o porvir eu não sei. Roberta Carrilho






sábado, 29 de agosto de 2015

O GRITO DO SOLITÁRIO - café filosófico com historiador Leandro Karnal


VÍDEOS INTERESSANTÍSSIMOS... 
Sou fã do professor, historiador 'Leandro Karnal' (UNICAMP). Ele me prende, fascina porque tenho uma sensação que ele me entende e vice-versa. É uma relação amistosa de completude. Embriago com suas divagações, retórica, seus pensamentos. É muito bom!

REALIDADE VIRTUAL SE SOBREPONHA 
A REALIDADE REAL

Hamlet é o anti-facebook e eu também.















Leandro Karnal (São Leopoldo1º de fevereiro de 1963) é um historiador brasileiro, atualmente professor da UNICAMP na área de História da América. Foi também curador de diversas exposições, como A Escrita da Memória, em São Paulotendo colaborado ainda na elaboração curatorial de museus, como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. Graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e doutor pela Universidade de São Paulo, Karnal tem publicações sobre o ensino de História, bem como sobre História da América e História das Religiões.






sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A PROIBIÇÃO DAS DROGAS CRIOU PABLO ESCOBAR E OUTROS TRAFICANTE por Juan Pablo Escobar

Filho do traficante, lança livro sobre a infância ao lado do pai, e critica guerra às drogas
Juan Pablo, filho do traficante Pablo Escobar. / MARCELO SAYÃO (EFE)


Juan Pablo Escobar estava feliz. Era o seu 5º aniversário, e uma grande festa foi organizada na casa da família em Medellín, na Colômbia. Vendado e com um pedaço de pau na mão, ele foi em direção a uma piñata (boneco de papel crepom recheado de presentes), golpeando em vão algumas vezes até acertar o alvo. Ao tirar o lenço que cobria os olhos, se surpreendeu quando viu que os adultos avançavam sobre os brindes que caiam com mais rapidez que as crianças. Juan olhou para o chão e entendeu o que estava acontecendo: a piñata colorida não tinha doces, mas dezenas de maços de dólar dentro.

Filho de um dos maiores traficantes de cocaína do mundo, Pablo Escobar, Juan se acostumou desde pequeno a conviver com os excessos e a violência que acompanhavam o pai. Ele acaba de lançar no Brasil o livro: "Meu pai, as histórias que não deveríamos saber", pela Editora Planeta, onde conta a infância ao lado daquele que já foi um dos mais procurados criminosos do mundo.


O que criou Pablo Escobar?

Creio que o verdadeiro culpado pelo nascimento da figura do meu pai – e dos outros narcotraficantes que vieram depois -, o responsável por toda essa guerra, violência e abusos, é a proibição das drogas. A proibição propõe essa divisão, esse enfrentamento até a morte, onde todos lutam por esse elixir que as superpotências demandam todos os dias. E estão dispostos a pagar altos preços por isso. A proibição é uma ideia maquiavélica que sem dúvida está nos prejudicando como sociedade. O contexto proibicionista é um caldo eficaz para que surjam grandes traficantes, como meu pai, como Chapo [El Chapo Guzman, líder do Cartel de Sinaloa, no México], dispostos a desafiar as instituições. Isso é o combustível da violência.

A guerra às drogas fracassou?

Estamos há 40 anos vivendo as consequências dos fracassos ininterruptos dessa guerra. A única certeza que temos hoje é que ela não funciona. E pior ainda: ela garante que a droga seja de pior qualidade, destruindo mais ainda os consumidores em detrimento da saúde publica. Os efeitos dessa guerra são mais corrupção e mais venda de armas, e isso faz com que os narcotraficantes continuem crescendo e aumentando seu poder, o que lhes permite desafiar as democracias americanas sem pestanejar.

O México é um retrato desse fracasso?

Tristemente o México está vivendo uma violência que nós já tivemos na Colômbia. O que essa realidade nos mostra é que o problema hoje está no México, mas amanhã pode estar em outros países. Independentemente de onde a lei de proibição das drogas seja aplicada, os resultados são os mesmos, e cada vez piores. Antigamente os cartéis colombianos eram os empregadores dos mexicanos. Hoje é ao contrário, os mexicanos é que mandam.

Juan com o pai em frente à Casa branca.

A legalização da cocaína não traria riscos para a sociedade?
A pior droga de todas está legalizada. É o álcool. É a que mais vidas rouba todos os anos. Ele é legal, paga impostos, as revistas e propagandas mostram as pessoas bebendo e se divertindo. Mas se vemos os dados da Organização Mundial da Saúde, é tenebroso ver que morrem 200.000 pessoas por ano como consequência do uso de drogas, e morrem 3,8 milhões por causa do álcool e do tabaco. Me parece que é preciso mudar esse enfoque militar dado ao assunto das drogas, quando o correto seria o enfoque da saúde pública.

A quem interessa a proibição na América Latina?
O maior interessado não está na América Latina. É preciso procurá-lo mais acima. A América Latina é a vítima da proibição. Os países que propõe essa ideia são os mais beneficiados. A proibição garante os altos preços, o que garante o financiamento da corrupção e a compra de armas. A América Latina não é um grande produtor de armas. Nós sabemos quem são os grandes fabricantes de armas. Os maiores produtores dos precursores químicos [produtos usados no refino da pasta base da cocaína], que permitem que a droga exista, não estão aqui. Estão na Alemanha e nos Estados Unidos. Como eles perdem esse produtos químicos em uma época em que existe rastreamento por chip, códigos de barras, etiquetas inteligentes... Mas mesmo assim ninguém sabe como eles desaparecem e depois aparecem nas drogas nas ruas. Quem quer a proibição prospera. Eles estão felizes, é um grande negócio.

Você acha que alguns Governos são coniventes com o tráfico?
Depois dos atentados de 11 de Setembro a quantidade de controles aumentou muito. Mas a droga continua entrando [nos Estados Unidos]. Como continuam conseguindo entrar? Eles conseguem apreender um imigrante mexicano ilegal que tenta atravessar a fronteira. Mas passam trinta caminhões com droga e ninguém vê nada...
"Vejo a proibição como a continuação da escravidão. Ela gera escravos que não sabem que são escravos"
Os traficantes latino americanos são ‘coadjuvantes’ nesse esquema?
Vejo a proibição como a continuação da escravidão. Ela gera escravos que não sabem que são escravos. Um traficante, no final de contas, é um escravo dos Estados Unidos. No cartel de Cali existem pessoas que o Governo americano deixou que prosperassem por anos. Eles geraram muito dinheiro para muita gente, a ponto de acharem que eles, os traficantes, eram senhores, os amos desse dinheiro. Depois os EUA os capturou e confiscou o dinheiro. Milhões de dólares. E esse modelo de ação se repetiu milhares de vezes. São os escravos latino americanos que arriscam a vida, enquanto que os EUA os deixam passar, os deixam fazer negócio, sabe por onde entram no país e os vigiam, os deixam crescer. Quando os traficantes estão bem grandes e ricos eles vão atrás deles e pegam o dinheiro. É muito bom para qualquer nação ter ‘idiotas úteis’ trabalhando para você sem saber disso. O dia em que os narcos se dão conta que estão trabalhando para os EUA, é o dia em que eles se veem com algemas e correntes no tornozelo.

Qual seria a reação dos traficantes à legalização?
Não existe um só narcotraficante que esteja a favor da legalização. Isso seria o fim dos seus negócios, não lhes convém. Caso legalizem as drogas, no dia seguinte eles ficariam pobres. Não teriam recursos para corromper, manter um exército e desafiar os Governos.

Os cartéis ainda têm força na Colômbia?

Juan posa com o livro, lançado esta semana no Brasil. / MARCELO SAYÃO (EFE)

É difícil dizer. Caíram alguns chefes, mas o negócio continua funcionando. Você já ouviu alguma vez falar em déficit de cocaína no mundo? Os narcos colombianos aprenderam, principalmente com a historia do meu pai, que não é prudente enfrentar a autoridade de frente, porque você ganha visibilidade, e aí eles lhe capturam ou matam. Os traficantes modernos perceberam que há uma arma muito mais perigosa e poderosa que o narcoterrorismo [Pablo Escobar foi responsável por dezenas de atentados a bomba contra autoridades], que é a corrupção. Esse método de operar lhes permite permanecer na sombra por muito tempo, e faz com que o negócio continue funcionando bem.

Em algum momento você pensou em seguir os passos do seu pai?
Quando as coisas estavam bem nós não estávamos conscientes do problema em que estávamos metidos. Era difícil saber o que viria. Meu pai sempre me disse que se eu quisesse ser médico, ele me daria o melhor hospital da cidade. Se eu quisesse ser estilista, me daria o melhor salão de beleza. Ele apoiaria qualquer decisão que eu tomasse livremente. Se eu pedisse para ser bandido ele também teria me ajudado. Não tenho dúvidas. Mas vimos tanta violência que foi relativamente fácil entender e decidir que esse não era o caminho. Seria preciso ser cego para não ver que é um caminho que leva uma destruição total.

Hoje em dia o tráfico de drogas, com o suposto glamour, as armas, carros, mulheres exercem um fascínio sobre os jovens...
Todo mundo gosta das mulheres, das comodidades que o dinheiro trás. Mas eu tive esse dinheiro, e quanto mais dinheiro tínhamos, mas pobre nos sentíamos, porque não tínhamos liberdade para gastá-lo, para desfrutar disso. A riqueza às vezes é relativa. Passamos momentos em que tínhamos milhões de dólares em cima da mesa, mas não podíamos por o pé para fora de casa para comprar comida [durante a guerra entre os cartéis]. Literalmente passamos fome algumas semanas, apesar de termos uma grande fortuna. Para mim, ignorar essas lições seria insultar o legado dessa vida, o que me levaria à morte.

No livro você conta que seu pai tinha relação tanto com Manuel Noriega, ditador panamenho, quanto com o grupo de esquerda Frente Sandinista de Libertação Nacional, da Nicarágua. Ele tinha alguma ideologia?
Meu pai era um homem muito contraditório em seus atos e em suas ideias. Ele dizia que não era nem de direita, nem de esquerda nem de centro, mas que ele apoiava as ideias que lhe pareciam importantes. Sua vida está cheia de contradições neste sentido. Ele era um homem que tinha uma tendência a ter mais ideias de esquerda, mas foi o fundador do primeiro grupo paramilitar de ultradireita da Colômbia. Por outro lado, era um homem que construía campos de futebol nos bairros pobres, para que os jovens tivessem um espaço de lazer onde pudessem ficar longe da violência e das drogas, mas paradoxalmente financiava tudo isso com dinheiro do tráfico. Com relação a Noriega e aos sandinistas, tem a ver com o fato de que, no final de contas, não importa centro, esquerda ou direita. Todos se interessam por uma ideologia em comum, na qual meu pai era muito bom, que era dinheiro. Então com dinheiro na mão eram todos amigos.

O que motivou a entrada do seu pai na política? [Pablo Escobar foi eleito vereador e deputado]
Ele já tinha muito poder militar e econômico. Mas lhe faltava o poder político para que pudesse ajudar os pobres. Ele foi um dos poucos políticos que não entrou na política para roubar. Porque ele já tinha tudo, não precisava entrar para conseguir mais dinheiro. O comércio de cocaína lhe dava mais dinheiro do que qualquer ato de corrupção poderia lhe dar como congressista. Ele queria utilizar o poder público pelo bem dos pobres da Colômbia.

No livro você fala que tinha poucos amigos na infância...
Não tive oportunidade de ter muitos amigos na escola, porque os pais proibiam seus filhos de ficar perto de mim. Então eu acabei sendo muito amigo de alguns dos piores bandidos da Colômbia, que trabalhavam com meu pai. Era com eles que eu brincava. Meu único amigo dos tempos da escola era um menino órfão, porque ninguém o proibia de andar comigo.

Como foi essa convivência com os bandidos?
Aprendi muito com eles. Sobre seu sofrimento, sobre porque eram tão violentos, porque se comportavam dessa maneira. A conclusão a que cheguei foi que em seus lares nunca houve amor, respeito... Seus pais batiam neles, abusavam das esposas e irmãos. Eram lares marcados pela violência.

Seu pai fazia muitas obras de caridade nas favelas. O que o motivou a fazer isso?
Suas condições de vida. Ele tinha muitos parentes que viviam em situação de pobreza extrema. Seu sócio, Gustavo Gaviria, morava em um barraco de papelão, não tinha o que comer. Então ele não era alheio ao que acontecia na Colômbia. Quando começou a ter dinheiro, as classes pobres foram as primeiras que ele ajudou.
Fonte: Jornal El País
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/18/internacional/1434585423_932778.html?id_externo_rsoc=FB_CM


BIOGRAFIA DE PABLO ESCOBAR




Pablo Emilio Escobar Gaviria, colombiano conhecido no mundo todo pelo seu primeiro e terceiro nome, foi um mito do narcoterrorismo e um dos homens mais ricos do mundo nos anos 90. Apelidado carinhosamente de “Don Pablito” ou “El Patron”, chefiava o Cartel de Medellín, traficando bilhões de dólares em cocaína com sua dócil política chamada "plata o plomo" (prata ou chumbo).

Inteligente, o criminoso ajudava a população carente da Colômbia e utilizava a ideologia antiimperialista para camuflar suas ações ilegais, ganhando apoio da maioria dos colombianos. Por exemplo, Escobar construía estádios de futebol e financiava alguns times da cidade, dizia tirar dos ricos para dar aos pobres, criando uma imagem de Robin Hood. Com isso, o povo de Medellín acobertava-o, escondendo informações e fazendo o possível para protegê-lo das autoridades.

Ele teve uma infância pobre, nasceu em um barraco na cidade de Rionegro, em Antioquia. Foi o terceiro a ver o mundo entre seus seis irmãos e recebeu educação de um camponês, seu pai Abel de Jesus Escobar e de uma professora do ensino fundamental, sua mãe Gaviria Hemilda. Iniciou seus estudos em Ciências Políticas, mas desistiu por não conseguir pagar a mensalidade da faculdade. Então escolheu a solução para seus problemas no mundo do crime, inicialmente roubando túmulos e os revendendo para contrabandistas. Porém, Roberto Escobar, seu irmão, nega que Pablo tenha feito isso.

De qualquer forma, Escobar exercia outras atividades ilegais no início de sua carreira criminal. Começou com pequenos golpes como contrabando de cigarros falsos e venda de bilhetes de loteria falsificados. Aos 20 anos, já era um grande ladrão de carros, ao mesmo tempo em que atuava como guarda-costas. Antes de entrar no tráfico, conseguiu 100 mil dólares sequestrando um executivo de Medellín. Escobar começou a lucrar alto prestando trabalhos ao contrabandista Álvaro Prieto e, aos 22 anos, Pablo já era milionário.

No ano de 1975, Escobar começa a se envolver com o tráfico de cocaína. Fazia viagens de ida e volta entre Colômbia e Panamá, contrabandeando drogas para os Estados Unidos. Começou a ganhar notoriedade quando encomendou o assassinato de Fabio Restrepo, um revendedor de Medellín que tentou lhe matar. Um ano depois, Escobar e seus homens foram pegos com 18 quilos de pasta base, utilizada na composição da coca, após retornarem do Equador. Depois deste episódio, Pablo iniciava suas tentativas de suborno. Comprou alguns juízes de Medellín e conseguiu com que o caso fosse arquivado. Foi aí que começou sua política de lidar com autoridades matando-as ou subornando-as, o famoso sistema “O PLATA O PLOMO” (ou prata [dinheiro] ou chumbo).

Durante os anos 80, sua rede de distribuição de drogas ganha repercussão internacional. O Cartel de Medellín era peça chave no contrabando da cocaína que chegava aos Estados Unidos pelo México, Porto Rico e República Dominicana. Fora isso, outros mercados atingidos pelo cartel foram o Europeu e o Asiático.

Escobar fazia qualquer coisa para atingir seus objetivos. Foi responsabilizado pela morte de três políticos colombianos que concorriam à presidência, por explodir um avião da Avianca 203 e o prédio de segurança pública da cidade de Bogotá; e pelas guerras sangrentas com o Cartel de Cali. Segundo alguns historiadores, Pablo enviava cartas para suas vítimas, convidava-as para seus próprios enterros, que ocorriam precisamente nas datas sugeridas pelo terrorista.

Em 1991, após cometer o assassinato de Luis Carlos Galán, um candidato à presidência, Escobar fez um acordo com o governo colombiano para evitar sua extradição para os Estados Unidos ou sua morte pelo Cartel de Cali. Pressionado pelas autoridades e pela opinião pública, Escobar foi preso em uma prisão luxuosa, construída por ele mesmo, a La Catedral.

Após este episódio, a extradição de cidadãos colombianos foi proibida e uma nova constituição foi aprovada. Porém, suspeita-se, apenas suspeita-se, de que o rei da coca tenha influenciado alguns membros da Assembléia Constituinte. Mesmo preso, Escobar continuava com suas atividades ilegais. Em 1992, escapou antes da transferência para outra prisão, com medo de ser extraditado para os Estados Unidos. Como ele mesmo dizia, “prefiro uma cova na Colômbia a uma cela nos E.U.A.”.

A guerra contra o narcotraficante chegou ao fim quando uma equipe de especialistas em eletrônica colombianos, utilizando uma tecnologia de triangulação de rádio criada pelas autoridades americanas, encontrou Escobar desprevenido em um bairro de classe média de Medellín. Após um tiroteio, o traficante acabou encurralado em um telhado e levou uma saraivada de tiros. Algumas balas atingiram a perna, outras as costas, mas a fatal foi próxima ao ouvido. Apesar de ser o mais aceito, este é um acontecimento controverso e tem várias versões. Do episódio, restam apenas algumas fotos de policiais colombianos posando atrás do prêmio. Um barrigudo, morto e descalço Pablo Escobar.




 Faroeste Caboclo
Legião Urbana
Não tinha medo o tal João de Santo Cristo
Era o que todos diziam quando ele se perdeu
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda
Só pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu

Quando criança só pensava em ser bandido
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu
Era o terror da cercania onde morava
E na escola até o professor com ele aprendeu

Ia pra igreja só pra roubar o dinheiro
Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar
Sentia mesmo que era mesmo diferente
Sentia que aquilo ali não era o seu lugar

Ele queria sair para ver o mar
E as coisas que ele via na televisão
Juntou dinheiro para poder viajar
De escolha própria, escolheu a solidão

Comia todas as menininhas da cidade
De tanto brincar de médico, aos doze era professor
Aos quinze, foi mandado pro reformatório
Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror

Não entendia como a vida funcionava
Discriminação por causa da sua classe e sua cor
Ficou cansado de tentar achar resposta
E comprou uma passagem, foi direto a Salvador

E lá chegando foi tomar um cafezinho
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar
E o boiadeiro tinha uma passagem e ia perder a viagem
Mas João foi lhe salvar

Dizia ele: "Estou indo pra Brasília
Neste país lugar melhor não há
Tô precisando visitar a minha filha
Eu fico aqui e você vai no meu lugar"

E João aceitou sua proposta
E num ônibus entrou no Planalto Central
Ele ficou bestificado com a cidade
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal

"Meu Deus, mas que cidade linda,
No Ano-Novo eu começo a trabalhar"
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga

Na sexta-feira ia pra zona da cidade
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador
E conhecia muita gente interessante
Até um neto bastardo do seu bisavô

Um peruano que vivia na Bolívia
E muitas coisas trazia de lá
Seu nome era Pablo e ele dizia
Que um negócio ele ia começar

E Santo Cristo até a morte trabalhava
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar
E ouvia às sete horas o noticiário
Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar

Mas ele não queria mais conversa
E decidiu que, como Pablo, ele ia se virar
Elaborou mais uma vez seu plano santo
E sem ser crucificado, a plantação foi começar

Logo logo os maluco da cidade souberam da novidade
"Tem bagulho bom ai!"
E João de Santo Cristo ficou rico
E acabou com todos os traficantes dali

Fez amigos, frequentava a Asa Norte
E ia pra festa de rock, pra se libertar
Mas de repente
Sob uma má influência dos boyzinho da cidade
Começou a roubar

Já no primeiro roubo ele dançou
E pro inferno ele foi pela primeira vez
Violência e estupro do seu corpo
"Vocês vão ver, eu vou pegar vocês"

Agora o Santo Cristo era bandido
Destemido e temido no Distrito Federal
Não tinha nenhum medo de polícia
Capitão ou traficante, playboy ou general

Foi quando conheceu uma menina
E de todos os seus pecados ele se arrependeu
Maria Lúcia era uma menina linda
E o coração dele pra ela o Santo Cristo prometeu

Ele dizia que queria se casar
E carpinteiro ele voltou a ser
"Maria Lúcia pra sempre vou te amar
E um filho com você eu quero ter"

O tempo passa e um dia vem na porta
Um senhor de alta classe com dinheiro na mão
E ele faz uma proposta indecorosa
E diz que espera uma resposta, uma resposta do João

"Não boto bomba em banca de jornal
Nem em colégio de criança isso eu não faço não
E não protejo general de dez estrelas
Que fica atrás da mesa com o cu na mão

E é melhor senhor sair da minha casa
Nunca brinques com um Peixes de ascendente Escorpião"
Mas antes de sair, com ódio no olhar, o velho disse
"Você perdeu sua vida, meu irmão"

"Você perdeu a sua vida meu irmão
Você perdeu a sua vida meu irmão
Essas palavras vão entrar no coração
Eu vou sofrer as consequências como um cão"

Não é que o Santo Cristo estava certo
Seu futuro era incerto e ele não foi trabalhar
Se embebedou e no meio da bebedeira
Descobriu que tinha outro trabalhando em seu lugar

Falou com Pablo que queria um parceiro
E também tinha dinheiro e queria se armar
Pablo trazia o contrabando da Bolívia
E Santo Cristo revendia em Planaltina

Mas acontece que um tal de Jeremias
Traficante de renome, apareceu por lá
Ficou sabendo dos planos de Santo Cristo
E decidiu que, com João ele ia acabar

Mas Pablo trouxe uma Winchester-22
E Santo Cristo já sabia atirar
E decidiu usar a arma só depois
Que Jeremias começasse a brigar

Jeremias, maconheiro sem-vergonha
Organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar
Desvirginava mocinhas inocentes
Se dizia que era crente mas não sabia rezar

E Santo Cristo há muito não ia pra casa
E a saudade começou a apertar
"Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia
Já tá em tempo de a gente se casar"

Chegando em casa então ele chorou
E pro inferno ele foi pela segunda vez
Com Maria Lúcia Jeremias se casou
E um filho nela ele fez

Santo Cristo era só ódio por dentro
E então o Jeremias pra um duelo ele chamou
"Amanhã às duas horas na Ceilândia
Em frente ao lote 14, é pra lá que eu vou

E você pode escolher as suas armas
Que eu acabo mesmo com você, seu porco traidor
E mato também Maria Lúcia
Aquela menina falsa pra quem jurei o meu amor"

E o Santo Cristo não sabia o que fazer
Quando viu o repórter da televisão
Que deu notícia do duelo na TV
Dizendo a hora e o local e a razão

No sábado então, às duas horas
Todo o povo sem demora foi lá só para assistir
Um homem que atirava pelas costas
E acertou o Santo Cristo começou a sorrir

Sentindo o sangue na garganta
João olhou pras bandeirinhas e pro povo a aplaudir
E olhou pro sorveteiro e pras câmeras e
A gente da TV que filmava tudo ali

E se lembrou de quando era uma criança
E de tudo o que vivera até ali
E decidiu entrar de vez naquela dança
"Se a via-crucis virou circo, estou aqui"

E nisso o sol cegou seus olhos
E então Maria Lúcia ele reconheceu
Ela trazia a Winchester-22
A arma que seu primo Pablo lhe deu

"Jeremias, eu sou homem. coisa que você não é
E não atiro pelas costas não
Olha pra cá filha da puta, sem vergonha
Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão"

E Santo Cristo com a Winchester-22
Deu cinco tiros no bandido traidor
Maria Lúcia se arrependeu depois
E morreu junto com João, seu protetor

E o povo declarava que João de Santo Cristo
Era santo porque sabia morrer
E a alta burguesia da cidade
Não acreditou na história que eles viram na TV

E João não conseguiu o que queria
Quando veio pra Brasília, com o diabo ter
Ele queria era falar pro presidente
Pra ajudar toda essa gente que só faz

Sofrer



Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pablo_Escobarhttp://en.wikipedia.org/wiki/Pablo_Escobarhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u53665.shtmlhttp://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,de-escobar-a-bin-laden,716446,0.htm





COMO RECONHECER UMA PESSOA CONTROLADORA (DICAS DE DEFESA E LIBERTAÇÃO)


Resolvi compartilhar este texto porque eu sei o que é isto! Sofrimento e co-dependência que lhe deixa refém destas personalidades destrutivas. Eu vivi com um assim. Hoje eu consigo identificar isso e a sensação é de vulnerabilidade e raiva. Raiva de ter caído nesta armadilha sentimental e ter sido enganada pela mentira. Roberta Carrilho

Aqueles que tentam controlar outras pessoas, simplesmente, não são legais nem respeitosos. Enquanto uma personalidade controladora pertence a alguém que provavelmente tem problemas mais profundos, como a co-dependência, narcisismo, tendências sociopatas ou apenas pura teimosia, nenhuma dessas características negativas deve ser assumida por você. As pessoas controladoras são egoístas, imaturas e propensas a colocar os freios em seu caminho para uma vida plena, se você estiver em constante proximidade com elas.

A fim de poupar-se de ficar muito envolvido com uma personalidade controladora, ou despertar você para o fato de que a pessoa controladora é quem tem problemas e não você, aqui estão algumas táticas testadas e comprovadas para ajudá-lo a reconhecer uma pessoa controladora e responder em conformidade.
Seguem 11 passos para identificação:



1. Antes de tudo, pense em como você se sente em torno das pessoas em sua vida. Você tem relacionamentos em que se sente sufocado, perdido, confuso ou angustiado, ou simplesmente farto de ser mandado o tempo todo (e sentindo muita culpa por continuar “obedecendo”)? Existe alguém que faz você se sentir pisando em ovos, que lhe faz agir com todo cuidado para acalmar ou não chatear? Conhece alguém que parece sair do sério mesmo com as mais simples coisas que você diz ou faz, muitas vezes sem nenhum motivo? Se achar que alguma dessas situações é familiar, então você pode estar lidando com uma pessoa controladora. Nesse caso, continue a ler.

Pessoas controladoras podem ser de ambos os sexos; podem ser românticos e platônicos. Seja cauteloso com um amigo ciumento que odeia os seus outros relacionamentos, especialmente se o seu amigo está infeliz com os próprios romances.

Só porque alguém tem uma personalidade forte, isso não faz dela uma pessoa controladora. O teste é: "Será que ela permite que você seja você mesmo, ou ele indevidamente influencia o seu comportamento." Você deve saber isso instintivamente.

Distingua as pessoas com fortes problemas com limites de pessoas controladoras testando suas reações a outros tópicos. Se alguém sempre explode se for tocado, sem aviso prévio, mas não reage de uma forma controladora; se você usa seu cabelo diferente; ou perde/ganha peso, etc.; isso é um problema com limite. Escolhas pessoais de outras pessoas, tais como mudança de religião, revelar que é gay ou transexual, dieta, higiene ou exercício são questões de limites. Mesmo se você achar que está certo e a outra pessoa está errada, alguém que é sensível em qualquer um desses temas está apenas mantendo-se seguro sobre o que fazer de sua vida e como tratá-la. Eles são controladores quando começam a dizer quem você é, o que vestir, pensar, sentir e fazer.

Não se sinta mal se você descobrir que você é, por vezes, controlador com outras pessoas em sua vida, especialmente caso tenha crescido com um pai controlador. Em um nível mais profundo, o que você vivenciou enquanto crescia parece ser o "normal" e é preciso se esforçar para parar de tratar os outros da maneira que você foi tratado. Quebrar o padrão é uma grande parte da recuperação. Se notar isso no momento, ajuda voltar atrás e pedir desculpas para a pessoa cujos limites você cruzou. Isso pode salvar amizades e criar relacionamentos mais saudáveis em sua vida.

2. Procure por mau humor. Mau humor é um sinal fundamental de uma pessoa controladora, precisamente porque aquelas com personalidades temperamentais tendem a ser percebidas remoendo mágoas e injustiças que aconteceram com elas pessoalmente, tentando remediar a dor interna e melhorar a sua situação controlando os outros. O que é melhor do que ter alguém obediente que aceita a culpa ou sente medo quando você não quer se aprofundar em consertar sua própria fonte de dor? Pessoas temperamentais tendem a estar de mau humor ou lançar um manto de escuridão no meio de um momento de felicidade.

Os narcisistas, muitas vezes, dão chilique quando a atenção inadequada está sendo dada a eles e às necessidades deles. Esta é uma forma de manipulação do controle para a qual pode ser difícil dizer não, porque a pessoa, muitas vezes, diz que está com dor / chateada / machucada e afins, tentando fazer com que o outro se sinta mal por ela.


3. Suspeite de qualquer pessoa temperamental e que demonstre isso frequentemente. Acessos de raiva frequentes, especialmente aqueles acompanhados pelo bullying (o covarde tentando controlar os outros) ou ameaças (mais fácil ameaçar do que investigar sua própria fonte interna de problemas) são sinais de um tipo de personalidade controladora. Explosões de temperamento muitas vezes acontecem quando você discorda deles (mesmo que de forma leve ou gentilmente) ou não faz exatamente o que eles desejam (o que pode ser difícil de captar, às vezes, pois muitos controladores esperam que você seja capaz de "ler a mente deles"). Em suas mentes, você está desafiando a autoridade deles discorda de suas opiniões ou não satisfaz os desejos que têm. Juntamente com o mau humor, a pessoa temperamental e mau-humorada pode ser realmente complicada, porque você nunca sabe onde está com essa pessoa. Infelizmente, a sua incapacidade de lidar e trabalhar com a raiva ou ressentimento deles pode ser descontada em você na forma de abuso físico, verbal, emocional ou sexual. Nunca continue a lidar/ se relacionar com alguém que prejudica você; não é sua culpa se essa pessoa tem problemas mais profundos. Infelizmente, é mais provável que alguém tenha se comportado assim durante a juventude dessa pessoa e ela esteja perpetuando um ciclo ruim.

4. Pense em como essa pessoa reage quando são feitas a ela perguntas normais. As perguntas podem revelar várias coisas sobre uma pessoa controladora quando ela responde de uma forma frustrada ou condescendente: Como já mencionado, uma pessoa controladora pensa que você pode ler a mente dela. Se você perguntar coisas básicas sobre o que fazer juntos, para onde ir, o que ela quer, etc, ela pode tornar-se facilmente frustrada porque esperava que você soubesse completamente todas as necessidades dela e colocasse-as à frente das suas próprias. Perguntas significam que uma decisão ainda precisa ser feita. A pessoa controladora pensa que a decisão já foi tomada, tudo pensando nela e para conveniência dela.

Pessoas controladoras muitas vezes assumem que entendem como você pensa, mesmo quando, na verdade, não. Elas podem tornar-se frustradas porque a imagem que construíram de você está em desacordo com o que você diz.
Perguntas podem irritar uma pessoa controladora, porque elas preferem estar no controle do questionamento. Perguntas podem comprovar para a pessoa controladora que a pessoa que está perguntando está precisando de orientação e controle por não saber a resposta. Isso pode, na verdade, piorar com o tempo, porque o controlador busca ter a outra pessoa controlada, sendo levada por sua habilidade de decisão.
5. Ouça os elogios. Frequentemente pessoas com problemas de controle não são muito boas em dar elogios sinceros. Elas não querem que você se sinta bem consigo mesmo, pois pode tirar o controle e a atenção delas. Elogios, quando dados, são falsos, sarcásticos e realmente apontam alguma falha ou defeito na outra pessoa. Por exemplo: Para Maria, Aline é sua melhor fonte para sentir-se bem sobre si mesma e ela gosta de mandar na Aline. Então, muitas vezes, Maria diz a Aline que ela é uma boa amiga, mas nunca se compromete a chamá-la de sua melhor amiga, apesar de Aline, muitas vezes se referir a Maria como melhor amiga. Desta forma, Maria mantém a possibilidade, mas não confirma. Aline tem um ótimo corpo, mas Maria se incomoda com a atenção que os meninos dão a ela, de modo que Maria constantemente diz a Aline que, embora ela tenha um corpo bastante agradável, ela não deve exibir sua aparência, pois os meninos já estão falando dela pelas costas.

Cuidado, se você é muito atraente e a pessoa controladora não é muito atraente. Nesta situação, é possível que a pessoa controladora torne sua vida miserável. Sua aparência vai se tornar uma desvantagem na relação de domínio, pois a pessoa controladora provavelmente terá um problema de ciúmes e vai fazer o possível para reduzir a sua confiança em sua aparência. Por exemplo, uma mãe pode ser ameaçada pela juventude da sua filha e tentar fazer com que sua filha se sinta deselegante e desleixada, até mesmo ajudando isso a acontecer escolhendo suas roupas ou limitando sua capacidade de escolhê-las ou usar maquiagem, etc. Elogios raramente acontecem na situação onde a pessoa controladora pouco atraente se sente ameaçado pela atratividade da outra pessoa; se alguma coisa trás lembranças de suas falhas, isto será ainda mais provável. A pessoa controladora pode tentar controlar a sua maneira de se vestir e falar, ou pode até criticar a sua opinião.
6. Desconfie de qualquer pessoa que parece incapaz de compreender ou aceitar a palavra "não". Controladora ou não, esta pessoa é um problema, mas juntando com as tendências de controle, você será obrigado a ser perseguido. Essa pessoa tende a insistir até derrubar você e fazê-lo desistir, mudar o seu firme “não” para um fraco “sim” e deixar você sentir culpa e vergonha. Lembre-se que é o seu direito tomar decisões, inclusive as que negam e recusam a fazer o que essa pessoa quer.

7. Considere o que acontece quando você quer ser você mesmo ou fazer suas próprias coisas. Você costuma alterar a sua própria personalidade, planos ou opiniões para satisfazer outra pessoa, mesmo que você seja geralmente uma pessoa forte? Se assim for, você pode estar lidando com uma pessoa controladora. Com relação a si mesmo, aqui estão algumas dicas fundamentais sobre a posição de ser controlado:

a- Será que a pessoa ignora, subestima ou substitui sua própria experiência ou expressões de seus próprios sentimentos? Controladores tendem a tentar definir a sua realidade. Se você diz que está cansado e a pessoa diz que você não está, isso é um bom sinal de que ela é uma pessoa controladora.

b - Você costuma encontrar-se numa situação de esperar mudar seus planos por essa pessoa? Vamos dizer que você tem o seu dia inteiro planejado, e então você recebe um telefonema de um amigo e diz a ele os seus planos. A pessoa diz que quer se juntar aos seus planos, com a ressalva de que o horário não funciona bem para ela, ou talvez que não é o lugar que ela quer ir. Quando você percebe, seus planos mudaram totalmente. Você acaba indo ver um filme que você nem queria, em um horário quem nem era o melhor para você.

8. Reveja como essa pessoa vê situações difíceis, tomadas de decisão mútuas ou questões de responsabilidade. É nessas áreas que você pode realmente detectar a pessoa controladora em pleno funcionamento. Ao contrário de uma pessoa altamente opinativa (que pode ser uma chateação, mas não está tentando te controlar, apenas dá suas próprias opiniões em voz alta), uma pessoa controladora não tem a capacidade de tolerar ou aceitar as diferenças entre os dois. Na verdade, uma pessoa controladora está sempre buscando maneiras de mudar alguma parte de seus traços fundamentais ou de personalidade, remodelando-os como parte de sua débil tentativa de controlar o mundo ao seu redor. Pode-se dizer que as relações não são democracias, nem são ditaduras. É importante buscar um equilíbrio que deixe você confortável em qualquer relacionamento e a capacidade de comprometer, tolerar, ser flexível e de dar e receber de ambas as partes é essencial para relacionamentos saudáveis.

A maioria das pessoas controladoras sempre joga no argumento as palavras: "você é o problema", ou "você tem um problema." Nada nunca é culpa delas. Pessoas controladoras muitas vezes têm dificuldade em lidar com problemas de forma objetiva e irão manipular a conversa para culpar os outros quando os seus próprios erros são apontados. Quando isso acontecer, acabe com a discussão, sem permitir que a pessoa controladora jogue com sucesso a sua culpa para você e/ou tire o seu crédito ou o de outros.

Se você realmente ama essa pessoa, o "vínculo” entre você pode ser ainda mais difícil de ver e fugir, porque o seu amor continua tentando desculpar o comportamento dela. Pessoas controladoras costumam humilhar ou criticar os outros como um meio de parecerem superiores e no controle. Na verdade, uma pessoa controladora é fácil de detectar no monólogo constante sobre como podre, estúpido, mal, ridículo, irritante, etc., todo mundo é (presumivelmente eles nunca são nenhuma dessas coisas).
9. Olhe para o que acontece em torno de seus outros relacionamentos. Quando a pessoa controladora está em torno de seus amigos e apoiadores, cuidado. A pessoa controladora, muitas vezes, tenta causar problemas entre você e seus amigos, espalhar boatos, tentar criar divisões (dividir e conquistar) e ainda vai contar mentiras (exageros para ser mais gentil) sobre você para eles ou sobre eles para você, para tentar quebrar seu apego a eles. O objetivo final é isolá-lo dos outros, para que ela possa tê-lo só para si, dentro da realidade que ela está tentando tecer para você. 

Fique alerta, qualquer tentativa de remover ou reduzir os seus amigos ou simpatizantes de sua vida é uma bandeira vermelha. Evite conversas sobre interações, interesses mútuos e amizades / relacionamentos onde você está na presença do controlador. Você sabe que isso vai tirá-lo do sério e se você precisar dar a impressão de que você é um eremita na presença dele, então é melhor fazer isso do que ter sua rede de suporte/amizade destruída por comentários sarcásticos e insensíveis.
10. Confira amizades dessa pessoa. Controladores muitas vezes não têm amigos próximos, e raramente são amigos de outros que são mais atraentes, inteligentes ou queridos do que eles. Eles tendem a ter ciúmes de pessoa populares e bem sucedidas, e criticam aqueles que são muito queridos pelos outros. A falta de amigos pode ser um sinal adicional da incapacidade de tolerar os outros e da necessidade de controlar as relações com firmeza. Relacionamentos e amizades não são construídos sobre quem está no controle. Eles são interações mútuas baseadas em compartilhar, dar e receber, sempre buscando o equilíbrio.

11. Cuidado com o abuso do poder administrativo ou social, inclusive quando há direitos compartilhados. A pessoa controladora tende a manter as conexões sociais e legais (tais como ameaças de litígio, divórcio, manipulação do casamento, contratos de arrendamento de colegas de quarto, planos de telefones celulares comuns, uso indevido de crédito compartilhado e contratos semelhantes) - especialmente se os direitos administrativos estão incluídos. Mesmo em redes sociais, pode-se bloquear e desbloquear uma pessoa, em vez de excluir a conexão, como mais uma tentativa de controlar um relacionamento difícil ou fracassado.

Suspeite da generosidade excessiva de uma personalidade controladora como uma tentativa de impressionar você e controlá-lo. Ela parece dar-lhe um monte de coisas, de modo que você sempre sente que está se beneficiando de alguma forma, você acaba se sentindo como se devesse a ela alguma coisa, talvez até mesmo a longo prazo. A pessoa controladora, então, usa essa obrigação que você sente em relação a ela para controlá-lo.

Libertando-se de uma Personalidade Controladora


1. Aceite a verdadeira natureza desta pessoa. Confie nos seus sentimentos e tente ser honesto consigo mesmo. Se você perceber esses sintomas em outra pessoa e você estiver se sentindo apodrecido em torno dela, é hora de enfrentar, removê-la de sua vida ou lidar com ela de forma diferente. E ser gentil com você mesmo. Este não é o momento para repreender a si mesmo por ser estúpido o suficiente para se apaixonar por uma pessoa controladora, uma relação de domínio pode se aproximar de você de surpresa, envolta em um interesse inicial em você e em preocupação/cuidado aparente com você que acaba se transformando de um mar de rosas em um inferno uma vez que o controlador percebe que você já foi "pego".

Quanto mais forte for você, mais a pessoa controladora vai ter que se esforçar para te derrubar. É como uma viagem de ego para eles. Em outras palavras, este é um elogio indireto para você, que você é realmente uma pessoa forte e carinhosa sendo um alvo de um indivíduo conivente que aspira ter suas características, mas não tem coragem.

Não tenha medo de se aproximar dos outros em quem você confia para suas necessidades emocionais. Isto irá permitir-lhe ganhar uma perspectiva mais saudável sobre a sua vida, bem como forçá-lo a procurar sua própria individualidade e independência longe desta pessoa. Não forneça uma explicação para essa pessoa sobre a sua necessidade de mudanças. Isso só irá atrair mais tentativas de controle, uma vez que a pessoa controladora vai saber o que você está fazendo e as manipulações dela irão prevalecer. Basta mudar.
2. Esteja preparado para estabelecer limites, para impor e defender suas opiniões com firmeza. Espere palavras como "faça isso", "certamente, você tem que concordar com isso", "se você for embora, então ...", "você precisa ...", etc. Quando você ouvir esses tipos de palavras, não ceda ou se renda .

Não se surpreenda com reações à sua retirada da esfera de controle. Quando pessoas controladoras perdem o senso de controle, elas podem induzir psicologicamente problemas físicos, como dores de estômago, dor de cabeça, tristeza / lágrimas, desmaios ou urticária. Isto é simplesmente uma maneira de ganhar o controle da situação mais uma vez, segurando a atenção, simpatia e preocupação de outros. 

Leve-a ao médico se você estiver preocupado (é uma boa forma de deixar claro as tendências hipocondríacas dela), mas não caia nessa, nem continue nesse jogo. Pessoas controladoras são muito manipuladoras, qualquer que seja a razão por trás de sua necessidade de controle. Elas não vão gostar quando você tentar se impor por algo que é importante para você. Sempre tente manter a calma em conversas com conflitos e não perca a calma. Tenha em mente que elas provavelmente vão perder a calma porque você está desafiando o controle delas. Termine as conversas imediatamente - se elas começarem a ficar verbalmente violentas – saindo do ambiente com pressa ou se despedindo de forma irônica e desligando o telefone para não explicar o comportamento.

3. Espere precisar libertar sua mente, dentro de um relacionamento, sem explicar o que está fazendo ou como. Você sabe que essa pessoa tem necessidades de controlar, mas você não precisa transformá-la em cúmplice na tarefa de "corrigir o controlador". Você nunca vai "consertar" uma outra pessoa, a menos que ela esteja disposta a mudar, explicar-se só vai trazer mais manipulação. Lembre-se sempre de que o problema do controle é deles e não seu - exceto para contornar e trabalhar em seus próprios objetivos e metas obviamente em comum. Evite jogar ou mencionar o jogo de controle (sem contar o que você está fazendo), a fim de evitar pontos doloridos ou discussões sobre questões de controle. Desta forma, a paz e a união podem ser possíveis em problemas menores, ou aceitáveis.
4. Seja digno de confiança (justo e honesto), mas mantenha seus pontos de vista longe de manipulações e fatos distorcidos. O controlador muitas vezes quer obrigar você a oferecer informações pessoais ou responder a perguntas sobre questões menores, que parecem tentar capturar as suas más experiências, fraquezas ou falhas. Esta informação é susceptível de ser utilizada para persuadir ou jogar jogos mentais com você posteriormente (eles têm uma memória muito boa para informações descobertas nessas "brincadeirinhas" de jogar verde e investigar).

5. Decida se distanciar e, quando possível, evite essa pessoa que você acredita estar tentando controlá-lo. Você pode até mesmo decidir cortá-la de sua vida, mas isso pode ser impossível se ela for da família, um ente querido ou um colega de trabalho. Algumas abordagens de enfrentamento incluem:

a - Manter todas as interações breves e delicadas. Tal como acontece com qualquer um que te incomoda. Quando tal não for possível, vá para a próxima etapa.

b - Evite misturar, fundir ou colidir direitos e escolhas pessoais, ou permitir que seja exercido sobre você uma tendência de controle. Essa pessoa quer afastar suas decisões de seus próprios desejos na educação, estilo de vida, objetivos na carreira, etc. Por não aceitar ou apreciar seus pontos de vista, a menos que você concorde completamente com ela, ela nega sua personalidade. Vire esse jogo, simplesmente dizendo que você aprecia a opinião dela, mas que é assim que as coisas vão ser para você e vá em frente e seja ou faça as coisas que representam você.
6. Tenha um distanciamento compassivo. Embora seja importante ser compassivo, também é importante se distanciar e deixar para lá as atitudes, as questões e os problemas dessa pessoa. Eles são pessoas problemáticas e sempre se fazem de vítima de uma outra pessoa próxima. Eles tendem a se mostrar frágeis e decepcionados. Os problemas não são seus e você não precisa (e não merece) assumir a responsabilidade. É o papel de cada pessoa aprender a destacar os melhores lados e desculpar o comportamento controlador de alguém, porque essa pessoa teve uma vida dura, ou qualquer outra coisa, simplesmente continua permitindo um comportamento essencialmente ruim e que está machucando ela tanto quanto está lhe machucando. Através do distanciamento compassivo, você pode se preocupar com ela, enquanto pessoa, sem envolver suas próprias emoções e ficar preso em sua rede.

Leia alguns livros sobre desapego: Não é algo que você pode aprender da noite para o dia e você vai falhar muitas vezes nas tentativas de aprender. No entanto, você também vai aprender com a prática e quanto mais você praticar o desapego mais você vai descobrir a liberdade e vai aprender a deixar os outros para lá sem estar buscando resgatar, salvar ou sustentar eles. Embora não seja fácil, é mais fácil do que ser um escravo emocional de outra pessoa por toda a sua vida.

Dicas: É provável que uma pessoa controladora jogue jogos mentais, a fim de ocultar esta falha grave que ela tem. Seja extremamente cuidadoso com essas pessoas em todos os momentos.

Nota especial: há uma grande diferença entre estar no controle de si mesmo e tentar controlar outras pessoas. Ter uma boa auto-estima é uma coisa boa, controlar os outros não é. Se você é uma pessoa segura e forte, você pode ao longo do tempo começar a se sentir um pouco estranho sobre como você nunca pode ter razão sobre muita coisa quando está perto dessa pessoa, especialmente se é um tema que a pessoa se sente confiante de conhecer. Ouça a esses sentimentos, pois eles estão lá para orientá-lo. Se você não ouvi-los agora, em uma década ou outro momento você pode ser uma antiga sombra da pessoa que você deveria ser. Não deixe que isso aconteça com você.
Siga seus instintos e sempre saiba quando é hora de ir embora.
Se você estiver sendo isolada ou empurrada para passar o tempo apenas com a família e amigos do controlador, isso pode mostrar uma falta de respeito por seus sentimentos ou desejos. Se você é uma pessoa que gosta de controlar os outros, dê um passo para trás e dê uma longa olhada no estresse que você pode estar causando na outra pessoa enquanto você está estragando a sua própria saúde / felicidade mental.

Dependência real atrai co-dependentes. Se você é deficiente ou tem problemas financeiros crônicos ou outros grandes problemas na vida que precisam de ajuda, você vai quase que inevitavelmente acabar dependendo de algumas pessoas controladoras por necessidades de sobrevivência. Dissociar-se deles, se eles estão no comando de seus benefícios ou de cuidados médicos, pode dar um monte de trabalho. Documente tudo e busque os mesmos serviços ou assistência de pessoas saudáveis. Pelo menos, em alguns lugares, um serviço como Serviço de Proteção a Adultos podem intervir quando os profissionais de serviço social, médicos e trabalhadores domésticos estão controlando e limitando sua vida além de lidar com seus verdadeiros problemas.

Deficiências devem ser levadas em consideração. Algumas pessoas com deficiências podem sempre mudar seus planos ou não ser capazes de acompanhar as coisas que você quer fazer. Se eles disserem "não" a um monte de coisas e sugerirem outras coisas que você não pode desfrutar, olhe para as razões. Teste a amizade, trazendo à tona questões que são claramente suas próprias escolhas - de cabelo, roupas, opiniões que nada têm a ver com eles. Uma vez que muitas pessoas têm alergias químicas a diversos aromas e perfumes, se alguém lhe pede para não usar um determinado shampoo ou até mesmo não usar perfumes quando visitá-los, isso é uma questão de limite físico e não uma opinião sobre seu perfume, a menos que, em vez disso, a pessoa dite qual perfume você deve usar. Lembre-se que você não pode controlar outras pessoas, mas você pode controlar sua reação consciente a elas. Certifique-se de que você está lidando com as coisas de um jeito que acredita e não apenas respondendo a eles da mesma forma como eles respondem a você para tentar atingir eles ou colocá-los de volta no lugar. Isso não vai te levar a lugar nenhum.

Avisos: Defina limites firmes sobre o que é e o que não é aceitável para você quando se trata de uma pessoa controladora. Elas vão empurrar esses limites para testá-lo. Fique firme e não desista. Pessoas controladoras muitas vezes fingem bondade para obter as coisas que elas querem. Nunca deixe um comportamento "bom" enganá-lo, simplesmente ignore e siga em frente. Se você está mudando seus interesses em detrimento dos da outra pessoa ou desistindo de antigos passatempos ou amigos, você provavelmente está em uma relação de domínio.

Lembre-se: nós ensinamos as pessoas como elas devem nos tratar. Se você encontrar-se constantemente "cedendo" para a outra pessoa em coisas que são importantes para você, então você não está sendo você mesmo, mas está sendo controlado. Quanto mais tempo você permitir que outras pessoas controlem você, mais fraco pode tornar-se. Com o tempo, esse seu Eu enfraquecido pode tornar-se sua nova personalidade, e pode ser como um sonho se lembrar do seu antigo e forte Eu.

Preste atenção nas pessoas que tentam jogar com seu lado emocional para ganhar a sua confiança no início da amizade. Coisas como dizer-lhe como a vida foi dura, porque sofreram bulliyng há seis anos, mas elas dizem que só podem confiar em você - ao tentar levá-lo a contar suas experiências ruins. Em seguida, após descobrirem como outras pessoas te machucaram ou te prejudicaram, elas vão trazer isso a tona constantemente dizendo coisas como: "Como você se sentiu quando você foi traído? Você não acha que você fez algo para merecer isso?" 

Elas vão parecer sinceras e carinhosas no início, mas depois vão usar essas informações para sutilmente insultá-lo até que você concorde com elas. Esta é uma espécie de jogo mental, influenciando você a pensa em si mesmo do jeito que elas querem. Muitas vezes você vai se sentir chateado, irritado e vazio depois de uma conversa, e então eles vão tentar convencê-lo a fazer outras coisas que eles sabem que você não gosta. Você pode dizer a diferença entre isso e um saudável compartilhamento de experiências/informações, porque depois de compartilhar experiências dolorosas mútuas, ambas as pessoas geralmente acabam se sentindo melhor e sentido-se compreendidas. Quando não é assim, procure por jogos mentais da pessoa controladora.